terça-feira, 15 de maio de 2018

MARINA LIMA E SEU POP "MADE IN BRAZIL"

MARINA LIMA
"UMA NOITE E MEIA" (1987)
Quando a musica carioca era bem representada

Essa é uma das músicas nacionais mais sexys, deliciosas e sensacionais já feitas! É daquelas que a gente canta de cor sem precisar olhar a letra ou saber o nome, simplesmente dá uma vontade de cantar e dançar, logo se sentindo também no clima do verão.

"Uma Noite e Meia" é um hit que assolou o Brasil em 1987, sendo também a faixa que me levou a conhecer outras músicas incríveis da Marina Lima (17 de setembro de 1955). Quando fui ouvindo suas outras canções, fui percebendo que já conhecia a maioria, só não sabia que eram músicas da Marina. Uma melhor que a outra!

Eu com a Marina Lima, em 2014
"Meu mundo é você quem faz"

Marina Lima sabia fazer um pop sofisticado, sensual, sem apelar para a vulgaridade ou palavreado baixo. A sua música "Fullgás" foi um grande sucesso em 1984, sendo o seu 1º hit brasileiro, antes de tantos outros sucessos que surgiriam depois. 

Apesar de "Fullgás" dar fama à cantora, é sempre bom mencionar que, em 1980, tivemos um registro que chamou a atenção de muitos na época, era a sua música "Nosso Estranho Amor", que teve participação de Caetano Veloso. A partir desta grande parceria, o nome da Marina começou a figurar entre os críticos e especialistas da época.

ÁLBUNS
[A discografia de Marina Lima é extensa, rica em qualidade, estilo e sonoridade]

“Simples Como Fogo” -  Asylum Records (1979)                
“Olhos Felizes”  - Ariola (1980)                 
“Certos Acordes”  - Ariola (1981)                                             
“Desta Vida, Desta Arte”  - Ariola (1982)                                              
“Fullgás”  - Philips (1984)                                            
“Todas”  - Philips (1985)                              
“Todas Ao Vivo” - Philips (1986)                               
“Virgem”  - Philips (1987)                                            
“Próxima Parada” - Philips (1989)                                            
“Marina Lima” - EMI (1991)                                       
“O Chamado” - EMI (1993)                                         
“Abrigo” - EMI (1995)                                    
“Registros À Meia-Voz” - EMI (1996)                                      
“Pierrot Do Brasil” - PolyGram, Mercury (1998)                                
“Síssi Na Sua” (Ao Vivo)  - Mercury, Universal Music (2000)                                         
“Setembro” - Abril Music  (2001)                                            
“Acústico MTV”  - EMI (2003)                                    
“Lá Nos Primórdios”  - EMI (2006)                           
“Climax” - Libertà Records (2011)                            
“No Osso - Ao Vivo”  -  Universal Music (2015)
“Novas Famílias” -  Pommelo (2018)



VAI MARINA!
Novo álbum da Marina Lima: "Novas Famílias"

Quem resolver conhecer os discos da Marina, vai logo perceber que ela odeia a mesmice e sempre dá um jeito de se reinventar, sem medo de se arriscar ou de conhecer o novo.

Seu último disco, "Novas Famílias", foi lançado recentemente (16/03/2017) e é o seu 21º álbum de inéditas. Muito bacana ver uma artista maravilhosa como a Marina, chegar tão longe, com quase 40 anos de carreira, gravando e divulgando o seu 21º disco. É de deixar qualquer fã feliz e orgulhoso!

Neste disco apenas não curti a 1ª faixa de trabalho, "Vai Coxinha", mas gostei muito de outras, como exemplo a emocionante "Novas Famílias" (que dá título ao álbum). 
Sobre "Vai Coxinha", é uma faixa curtinha, que "provoca" as pessoas que possuem um partido político diferente do da Marina. Ela nega isso em entrevistas, mas em seu instagram (e outras redes sociais) ela já disse que sim, que é uma resposta àquelas pessoas que pediram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e também àquelas que não acreditam na inocência do Lula.

Marina Lima

Na verdade, achei até legal esta atitude da parte de Marina, de brigar pelo que ela acredita, de dar a cara a tapa e de mostrar todo o seu posicionamento. Eu apenas não gostei foi da sonoridade, da melodia, dos arranjos e da simplicidade da música. Não parece arte, que é o que todo artista se propõe a fazer.
"Vai Coxinha" tem uma sonoridade bem próxima do funk carioca, ritmo que a Marina não esconde que gosta e já até brincou em outros trabalhos, como a regravação que ela fez do clássico "Rap da diferença" (Álbum "Abrigo", de 1995). 

O negócio fica doido mesmo quando o assunto envolve seus fãs. A maioria tem chiliques e ataques histéricos quando mencionamos que a música deixou a desejar. Os fãs, que em sua maioria são esquerdistas (como a Marina Lima também é), concluíram que, se uma pessoa não gostou de "Vai Coxinha", é por que ela é conservadora/de direita, que é homofóbica, contra as minorias e etc, etc. Estes fãs são alienados e não consideram a qualidade artística da faixa, mas sim apenas a questão política e o "lacre" que ela causa. 

Assim então, estes fãs "militantes" não respeitam a opinião alheia, o que chega a ser cômico e bem contraditório ao que eles tanto pregam: respeito às diferenças. Não podemos expressar a nossa opinião em relação à esta única música? Calma militante, eu não sou de direita...

Mas tudo bem, fã alienado tem em todo lugar, e eles servem apenas para serem ignorados.

Do Rock para o Funk

Sinceramente, eu super gostei dessa atitude da Marina, de cantar corajosamente uma música com um conteúdo polêmico e que está sempre gerando muitas e muitas discussões. Essa é uma atitude totalmente rock and roll, numa música de..... funk (!). 

Eu respeito as escolhas políticas da Marina e de qualquer outra pessoa, acho bonito quem defende assim o seu ponto de vista, com suas garras e dentes, e independente de sua ideologia política, o artista tem mais é que dizer o que pensa mesmo, sem essa de ser "isentão".... o problema, realmente, é suportar o funk. Só isso!

E para ser sincero, não sou apenas eu que penso dessa forma. No fundo, até esses fanáticos compartilham da mesma opinião, só que eles preferem dizer que a música é uma obra de arte, pelo motivo da cantora estar on-line e por deduzirem que você é de direita, então a ordem é te contrariar.
Faça uma pesquisa pelas redes sociais e puxe pelas hashtags as músicas mais queridas e aclamadas pelos fãs, "Vai Coxinha" não tem admiradores... você não vê nenhum desses militantes declarando o seu amor e preferência por "Vai Coxinha", notará que esses fãs sempre mencionam outras faixas da artista... Cadê o bom gosto dessa galera, afinal? Ah, meus caros...eu amo a internet por isso, pois conseguimos analisar dados, gráficos, preferências, obter provas, entre outros e ainda esfregar na cara dos hipócritas! Viva a Internet!

Quanto aos fãs, eles brigam com você para causar uma impressão falsa à cantora, ou para chegar num objetivo político, não artístico! Na realidade, eles compartilham da mesma opinião que você, então quando constatamos esse fato, vemos que não compensa perder tempo debatendo. O cara pensa exatamente como você, só é covarde em não assumir!

Além de militantes, são falsos e hipócritas, não apenas consigo mesmos mas principalmente com a artista, que acredita nessa falsa garantia e nesse feedback fantasioso. Marina Lima e nenhum artista merece esse tipo de fãs: covardes, fracos e mentirosos.


Gata Todo Dia: Meus álbuns e coletâneas da Marina Lima

De todos os seus álbuns, eu gosto muito do "Todas" (1985), "Todas Ao Vivo" (1986), "Desta Vida Desta Arte" (1982), "Marina Lima" (1991), "O Chamado" (1993), "Fullgás" (1984) e do "Virgem" (1987). 

Sobre suas canções, posso dizer que sou fã de quase todas, mas é impossível não citar "Fullgás""Noite e Dia" (Lobão), "A Francesa", "O Chamado", "Criança", "Difícil" (ouvi tanto essa música, meu Deus!), "Nada por mim", "Mesmo que seja eu" (Erasmo Carlos e Roberto Carlos), entre muitas outras, ficaria aqui até amanhã citando faixa por faixa... E como eu gosto muito de música pop, não posso deixar de mencionar "Uma Noite e Meia", que é o maior de todos os seus sucessos.

Sobre sua maravilhosa discografia (que se tornou patrimônio do Brasil), estão melhores reportados no vídeo abaixo, onde Marina foi homenageada na Coluna Nelson Motta do Jornal da Globo, por completar seus 60 anos de idade (2015):

Coluna Nelson Motta: Um breve resumo da carreira de Marina Lima

THE NEW GENERATION
A geração anos 80 (Luiz, Cazuza, Lobão e Marina): Mil anos luz a frente da geração atual

Apesar da Marina adorar essa fase atual da música brasileira, acho tudo muito abominável o que vem sendo lançado hoje em dia. Também sou a favor do novo, mas antes de tudo, eu sou a favor da qualidade. 

Faço questão de prestigiar os novos artistas, pois muitos destes cantores veteranos logo estarão "batendo as botas", e é muito importante apoiar essa moçada nova, justamente por darem continuidade no trabalho iniciado pela própria Marina Lima, Caetano Veloso, Chico Buarque, Marisa Monte, entre muitos outros artistas geniais. O problema é que são poucos os cantores novos que tem algo decente e inteligente a dizer.

Gosto muito das novatas Kell Smith, Anavitória e Ana Vilela, mas a maioria dessa nova geração mal sabe cantar, só sabendo mesmo é rebolar a bunda, "sarrar" e exaltar a criminalidade. Isso pra mim está longe de ser arte e nem merece o respeito do público (que por incrível que pareça, é disso que gosta e aplaude).

Uma pena que hoje estejamos com um gosto tão duvidoso! 

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MARINA LIMA

Marina, foi uma das minhas primeiras paixões. Deliciosa, natural e simplesmente irresistível.

 #MarinaLima #UmaNoiteEMeia

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