segunda-feira, 17 de junho de 2019

AS SEMELHANÇAS NOS VÍDEOS DE SHANIA TWAIN E ROBERT PALMER

SHANIA TWAIN "COPIOU" IDÉIA VISTA EM VÍDEO OITENTISTA DE ROBERT PALMER - "ADDICTED LOVE"



Em setembro de 1999 foi lançado o single de "Man! I Feel Like A Woman" da talentosa cantora e compositora canadense Shania Twain (28 de agosto de 1965), uma faixa de seu terceiro álbum de estúdio, "Come On Over" (1997). Logo então, esta música foi um sucesso nos principais charts do mundo. Acho que todos vocês se lembram, não é mesmo?

Aqui no Brasil, este single demorou um pouco mais para decolar, mas em 2000 já estava entre as mais tocadas, além de estar na trilha sonora da novela Laços de Família (2000). 
Mas, você sabia que o vídeo deste hit é bem parecido com um outro trabalho visual?  

Sim, isso mesmo, estou falando da música "Addicted Love" de Robert Palmer, um grande clássico de 1985, que possui um vídeo exatamente nos mesmos moldes de "Man! I Feel Like A Woman" de Shania Twain. Quer conferir as tais semelhanças, com seus próprios olhos?


Clique no play para ver os dois vídeos. 
Fica claro que Shania Twain fez uma homenagem ao vídeo de Palmer, mas ainda assim, é uma cópia do mesmo.
Uma bela cópia, por sinal


Shania Twain "Man! I Feel Like A Woman"


O vídeo de "Man! I Feel Like A Woman" foi lançado em 3 de março de 1999, e como resolvemos focar nesta publicação, é uma cópia assumida de "Addicted to Love", de Robert Palmer. 

Esta obra visual de Shania Twain nos traz um cenário de fundo idêntico ao vídeo de Palmer, e com a cantora country dançando com alguns modelos masculinos, que também performam com instrumentos musicais e com seus olhares gélidos, assim como as garotas em "Addicted Love"


Robert Palmer "Addicted Love"


Por sua vez, Robert Allen Palmer (19 de janeiro de 1949) foi um cantor, compositor, instrumentista e produtor musical britânico. Ele era conhecido por sua distinta voz soul e sua mistura eclética de estilos musicais em seus álbuns, combinando soul, jazz, rock, pop, reggae e blues

"Addicted Love" foi sucesso quando o cantor tinha 37 anos de idade, e seu videoclipe foi dirigido por Terence Donovan. Neste clipe de Robert Palmer vemos cinco mulheres com rostos pálidos, olhos esbugalhados, maquiagem pesada e batom vermelho brilhante, que se assemelhavam intencionalmente às mulheres desenhadas pelo desenhista Patrick Nagel, um artista bem popular na década de 1980. 

A aparência das cinco modelos em "Addicted Love" foram inspiradas nestas artes de Patrick Nagel. Este é um vídeo que homenageia seus desenhos, com música de Duran Duran. O artista também desenhou a arte da capa do álbum "Rio" do Duran Duran, por isso a música da banda no vídeo...


VÍDEO: "ADDICTED LOVE" DE ROBERT PALMER:
Este vídeo, lançado em 1986, causou um grande alvoroço na época, particularmente entre as ativistas dos direitos das mulheres. O motivo da controvérsia era devido ao vídeo estereotipar as mulheres como "objetos", mas a atenção extra apenas impulsionou a música para se tornar um grande sucesso.
O conceito provou ser uma receita vencedora: Palmer lançou mais dois vídeos usando este tema para suas outras músicas, como "I Didn't Mean to Turn You On" e "Simply Irresistible".

Maquiagem característica que marcou o vídeo de Robert Palmer

Sobre as modelos deste clipe, elas simplesmente só apareceram aqui para enfeitá-lo. Estas moças nunca tocaram, instrumentalmente, esta ou qualquer outra música.

Seus nomes são: Julie Pankhurst (teclado), Patty Kelly (guitarra), Mak Gilchrist (baixo), Julia Bolino (guitarra) e Kathy Davies (bateria).
Atualmente, Julie trabalha no varejo e é mãe, Patty é uma paisagista com dois filhos, Kathy vive na Tailândia, onde faz trabalhos de caridade, Mak Gilchrist vive na Inglaterra e Julia trabalha com maquiagem e também é estilista de cabelo.


CURIOSIDADE
A modelo Mak Gilchrist recordou à revista Q:

"Eu tinha 21 anos e obtive o papel com a força do meu trabalho de modelagem. Nós fomos contratadas para parecer e 'atuar' como aqueles manequins de lojas. O diretor Terence Donovan nos deixou embriagadas com uma garrafa de vinho, e quando estávamos tendo nossa maquiagem retocada , eu perdi o equilíbrio e bati o topo do meu violão na parte de trás da cabeça de Robert Palmer, e seu rosto então, atingiu o microfone."


CONCEITO DO VÍDEO, POR SHANIA TWAIN
Shania Twain


Shania Twain quis mostrar o poder da mulher nesta música, e usou um vídeo que, no passado, foi acusado por ser "machista", mesmo que de maneira exagerada pelas feministas.
Shania Twain "vira o jogo" e aqui ela é quem joga as cartas, e a sua banda, toda formada de homens, toca de forma inexpressiva e robótica, enquanto que ela canta, se mexe para todos os lados, tira parte de sua roupa, mostra suas curvas, além é claro de exercer o seu papel de protagonista do vídeo.

CD Promo Nacional

Esta canção recebeu críticas favoráveis dos críticos de música, que elogiaram a atitude, bem como os vocais de Twain. O sucesso transformou a canção numa espécie de referência para a música pop, já que a faixa apareceu em diversos eventos, tais como num comercial de TV da Chevrolet, assim como consta também no filme Crossroads (2002) de Britney Spears


Comercial de TV Chevrolet - Colorado (2004)

Vale mencionar que antes de se tornar famosa, a cantora Carrie Underwood também apresentou "Man! I Feel Like A Woman" na quarta temporada de American Idol, quando se tornou a vencedora desta edição. Além é claro, de ser trilha sonora de uma novela bem famosa aqui no Brasil, como já citamos acima.

Comercialmente, a música foi muito bem sucedida. "Man! I Feel Like A Woman" também ganhou um Grammy de Melhor Performance Vocal Country Feminina, em 2000.

Robert Palmer

Eu conheci esta fantástica música de Robert Palmer através da coletânea "Best Of The Universe", que trazia o melhor da música internacional. Este box, com 5 CDs, era um lançamento da Polishop em parceria com a Universal Music, e sua propaganda comercial passava diariamente nas emissoras Rede TV!, Gazeta e Band, em 2001. 


Comercial "Best Of The Universe"

Leia mais aquie baixe também esta coleção completa com todos os hits, incluindo Robert Palmer com seu clássico "Addicted Love".


Robert Palmer, um dos grandes músicos que melhor representou os anos 80


A RESPOSTA DE ROBERT PALMER PARA SHANIA TWAIN:

Ao longo de sua carreira, Robert Palmer recebeu uma série de prêmios, incluindo dois prêmios Grammy de Melhor Performance Vocal Rock Masculino e um Prêmio de Música da MTV.

Infelizmente, o artista morreu de parada cardíaca em 26 de setembro de 2003, com apenas 54 anos de idade, quando estava hospedado num hotel em Paris. 

Mas Robert Palmer chegou a ver o vídeo de Shania Twain, e aprovou a sua ideia sendo reciclada. Ele disse que gostou do resultado: "foi a mais alta forma de bajulação".

#RIPRobertPalmer

sexta-feira, 14 de junho de 2019

NENHUM DE NÓS E SUA TRISTE POESIA EM FORMA DE DENÚNCIA

"CAMILA, CAMILA", DA BANDA NENHUM DE NÓS, É UMA MÚSICA ATEMPORAL E COM UMA LETRA FORTE QUE POUCOS ENTENDEM

Esta, talvez seja uma das músicas mais intensas já produzidas no Brasil dos anos 80!
"Camila, Camila" é um clássico do rock nacional e que fez muito sucesso em 1987, com gravação original da banda gaúcha Nenhum de Nós.
O que poucas pessoas sabem, é que a música foi baseada num caso de violência doméstica que realmente aconteceu.

Os integrantes da banda tinham uma colega do colégio que era constantemente agredida pelo seu namorado violento.
Acompanhe o que o vocalista, Thedy Corrêa, disse sobre a música e seu real significado:


"Essa canção foi inspirada em fatos reais, envolvendo uma jovem que nós conhecíamos na época, em 1985. Era uma colega de escola bastante bonita com um namorado violento. Ficávamos intrigados com os motivos que levavam uma garota assim a se submeter e ser maltratada por um rapaz tão estúpido. Ouvimos algumas histórias de situações constrangedoras que ela sofreu e essa foi nossa “faísca criadora” para uma canção que falasse da violência contra a mulher. Por isso os “olhos insanos”, a “vergonha do espelho naquelas marcas”, além da tristeza e indignação na melodia. Hoje, ela vive super bem, tem uma linda família e está bem longe desse antigo namorado… Ainda bem!"

Thedy Corrêa (26 de julho de 1963)


Thedy Corrêa ainda disse mais em outras conversas:
"Acho importante num país como o Brasil fazer músicas desse tipo. Aqui é mais confortável fazer letras que estimulem o sexismo ou utilizem violência como ingrediente. Na real, acho que ninguém fala de abuso porque não vende. A questão está no que cada um acredita e quer.”

"Sentíamos na obrigação de dar nossa contribuição. Como a questão chegou até nós de forma natural, nos inspiramos a também cumprir esse papel de retomada de consciência que vinha caracterizando nossa geração."
ANOS 2010'S
E pensar que hoje os estupros coletivos acontecem no Brasil quase que regularmente, e ainda fazem funk ironizando as mulheres como "vadias"... E o pior: Por incrível que pareça, muitas destas mulheres ajudam a exaltar este tipo de música. Cadê a evolução?
Infelizmente, os brasileiros perderam o rumo mesmo. Isso é um retrocesso!

Depois reclamam (e me enviam indiretas) quando eu digo que música boa é música velha, rs.

Curtam esta obra-prima que o Nenhum de Nós fez em tom de denúncia, numa atitude longe de ser praticada atualmente, já que a moda agora é aplaudir quem canta temas invertidos:


Nenhum de Nós "Camila, Camila"
As cenas são do filme "O Silêncio de Melinda" com Kristen Stewart


E quem não gosta da minha opinião em relação às músicas atuais, é só deixar de me seguir, oras! Faça isso e vá curtir em paz às suas "flatulências sonoras de satanás" ;)

domingo, 9 de junho de 2019

CD "TV DANCE" - UMA DAS MELHORES COLETÂNEAS DE DANCE MUSIC DOS ANOS 90

DE VOLTA PARA 1995 -  UMA VIAGEM PARA A COLETÂNEA "TV DANCE"
Há quase 25 anos, você estava antenado com o melhor da tecnologia e assistindo ao sucesso de "Santa Maria"

Esta publicação orgulhosamente tem o intuito de relembrar e enaltecer o volume 1 da trilogia "TV DANCE", uma série de discos da saudosa gravadora Paradoxx Music.
Este primeiro volume foi lançado em dezembro de 1995 e foi um grande sucesso comercial, fazendo com que a Paradoxx Music retornasse com outras sequências, sendo "TV Dance Vol.2" (1996) e "TV Dance Vol.3" (1998).

A tecnologia era mínima, mas a qualidade e a satisfação eram imensas

Na minha opinião, "TV Dance" (1995) é uma das melhores coletâneas de dance music dos anos 90, pois além de trazer a faixa multimídia (clipe de Tatjana "Santa Maria"), que era algo tão revolucionário naquela época, ainda trazia um excelente repertório de hits daquele fantástico e produtivo ano. Aqui é a dance music raíz, nada parecido com a cena eletrônica que a geração Alok costuma ouvir atualmente, que passeia pelo sertanejo, reggaeton e funk carioca. Simplesmente é a DANCE MUSIC dos anos 90 em sua essência mais pura.

Até aqueles "covers" enfadonhos - que a Paradoxx Music adicionava em suas coletâneas - estão ótimos aqui, inclusive, alguns até mais apreciáveis que suas versões originais. 

Bora matar saudade desta bela e marcante compilação de eurodance?


Apenas boa música, curtição e paquera, isso era o que representava essa época


1. FAIXA MULTIMÍDIA (MIXED MODE): TATJANA / SANTA MARIA
Bom, este clipe era a grande cereja do bolo, certo? Mas não se engane, pois essa era uma novidade um pouco "problemática", se é que você me entende...
Esta faixa número 1 não rodava em seu aparelho de som, então você tinha que mudar a track rapidamente no seu cd-player, pois se não fizesse isso existia até o risco de suas caixas de som serem deterioradas. Uma certa vez, eu apertei "play" sem querer e emitiu um ruído ensurdecedor, que fez com que minhas caixas de som queimassem completamente. Pense num prejuízo!

Você apenas conseguia acessar esta faixa em seu computador (a configuração 486 era a sensação naqueles áureos tempos, hahaha) e assim, conseguia visualizar o video de Tatjana "Santa Maria", música cantada pela deliciosa loira, que também sempre fez muito sucesso com sua beleza e seus filmes adultos.

Segue o vídeo oficial de Tatjana "Santa Maria", aqui numa qualidade bem melhor que aquela apresentada na tal faixa mixed mode:

FAIXA 01
Vídeo oficial: TATJANA / SANTA MARIA




2. TENESSEE - "TELL ME"
(R. Menichetti, G. Masoni)

Nada como abrir um disco com uma bala destruidora! 
Assim podemos definir "Tell Me" do Tennesse, uma criação do italiano Riccardo Menichetti, que nesta época já era conhecido por ter produzido alguns outros projetos, como New System "This Is The Night", ZEN "Fly Today" e Derby "In The Colour" .


"Tell Me" tocou muito nas FM's e clubs, sendo um verdadeiro estouro naquele ano de 1995, mas o que poucas pessoas sabem é que a verdadeira vocalista foi a italiana de Toscana: Giada Masoni (nascida em 29 de janeiro de 1973). 

Essa é Giada Masoni, a verdadeira dona da voz em "Tell Me" 

A moça que aparecia na capa do single era apenas uma modelo. Já Giada Masoni, é uma legítima cantora de estúdio e que também colaborou com algumas composições ("Tell Me" também foi escrita por ela). Você irá ouvir a sua linda voz também em Prime "To Be Free" e Tenessee "Up and Down", ambas produções também de Riccardo Menichetti. 

ATUALMENTE:
24 anos após o sucesso de "Tell Me", Giada Masoni segue firmemente cantando suas canções e fazendo suas turnês, mas ela não está mais conectada à dance music, sendo mais dedicada no gênero blues e em canções cantadas em italiano. Com certeza, ela foi uma das vozes mais poderosas que já tivemos no Eurodance!

Já Riccardo Menichetti, deixou sua carreira de produtor musical e hoje é dono de uma empresa de chocolates chamada Menichetti Artisan Chocolate.

Leia mais sobre Riccardo Menichetti e suas produções aqui.

Giada Masoni, em projeto que homenageia Janis Joplin

Giada Masoni, atualmente

"Tell Me" tem uma melodia muito bonita, uns vocais bem fortes e poderosos, além de umas batidas bem contagiantes que chegam a emocionar. A super vocalista, Giada Masoni, canta com muita fúria e disposição, combinando perfeitamente a sua voz com a produção de Menichetti.
O ponto alto, na minha opinião, é quando a música dá uma desacelerada e entram os vocais "mais mansos" de Giada Masoni, que intimamente lhe diz:

"You have to believe in passion
You have to know all the dreams
You have to try your special
Can you feel my soul?
Believe me"

Simplesmente fantástico!!!

Apesar do sucesso que obteve, infelizmente "Tell Me" não ganhou nenhum vídeo-clipe oficial, mas nem por isso iremos nos esquecer dessa bela track! Sempre valerá a pena recordar deste super single...
Segue então um simples vídeo com esta linda e nostálgica música:

FAIXA 02
TENESSEE - "Tell Me"
Créditos do vídeo: 



3. TATJANA - "SANTA MARIA"

(Roesnes, Johansen, Stock, Aitken) 
este é um artigo do blog http://rikardomusic.blogspot.com

Seu nome real é Tatjana Simic e nasceu na Croácia no dia 09 de junho de 1963, sendo hoje, o seu aniversário de 56 anos! 
O sucesso "Santa Maria" foi o seu maior hit no Brasil, mas na Europa ela já era super conhecida pelas suas virtudes físicas e também por outras canções dançantes, como "Awaka Boy", "Chica Cubana" e "Feel Good"

Como no CD "TV Dance" você tinha a opção de ver o vídeo desta música (através da faixa "mixed mode"), obviamente que não poderia faltar uma faixa para você ouvi-la no seu aparelho de som. 
"Santa Maria" é uma linda canção, com ótimos vocais e com uma base viajante criada pelos seus competentes produtores: Stock e Aitken.

Vale mencionar que Tatjana, apesar de ser modelo, também cantava com sua voz real. Todos os seus álbuns continham a sua verdadeira voz. 

Porém aqui, acho importante destacar também os vocais adicionais da norueguesa Kirsti Johansen, pois ela não só colaborou na composição da letra de "Santa Maria", como também participou com sua voz, mesmo sendo em trechos pequenos. 
Sua participação pode parecer minúscula para alguns, mas é muito mais que isso. Na realidade, a sua presença é muito marcante e significativa, pois ela cantou justamente num dos mais importantes momentos: o refrão da música! 

Sim, o refrão repetitivo "santa maria" está na sua voz. Sabe quando a música está começando com aquele "Love, love, love..." ? Então, este aí é um outro trecho cantado por Kirsti Johansen. Agora o restante da música, é totalmente cantado por Tatjana mesmo.
Este procedimento ocorreu, provavelmente, a partir da versão demo da música, cantada inteiramente pela Kirsti Johansen, com a finalidade de apresentar a música aos produtores. Então, os tais resolveram manter estes trechos cantados pela cantora / compositora. Ao menos é assim que acontece em outros casos parecidos, quando os produtores creditam "Vocais Adicionais".

E sabe aquele refrão rap na música? É cantado por O-Jay do Real McCoy!
Bacana demais, né?

Leia mais aqui sobre Tatjana e outras curiosidades a respeito deste grande hit, um clássico inesquecível do Eurodance, e que deu vida à esta espetacular coletânea! 


ATUALMENTE
Após 24 anos do sucesso de "Santa Maria", infelizmente não temos muitas notícias sobre a cantora Tatjana. Ela não anda gravando músicas com a mesma frequência de antes, sendo que, desde 2012 não há registros dela nos estúdios. E estes seus últimos lançamentos, até então, tem sido de canções cantadas em holandês.


Não tem como não associar "TV Dance" com "Santa Maria"...



VÍDEO BÔNUS:
Como já postamos o vídeo original de "Santa Maria" (acima), temos também um outro vídeo deste single para anexar a esta publicação. É a versão intitulada de "Sexy Version", gravada em Hollywood e que não está disponível no CD "TV Dance":

FAIXA 03

Em seu instagram pessoal, a artista posta suas fotos com muitos efeitos e filtros, então não conseguimos visualizar a sua atual e verdadeira aparência. Na foto postada abaixo, ela foi clicada por algum fotógrafo não pessoal, onde não teve como recorrer aos seus habituais recursos:

Tatjana Simic atualmente, aos seus 56 anos de idade. 
Feliz aniversário, Tatjana!!




4. CARLOS OLIVA & LOS SOBRINOS - "MACARENA" 
(Romero, Monye, Rafael Ruiz) 

Carlos Oliva e Los Sobrinos cantaram outras músicas lançadas pela Paradoxx Music, além desta famosa faixa que integra o repertório de "TV Dance".
Eles também regravaram o hit "Santa Maria" da Tatjana, gravaram"La Pachanga", "Por Tu Amor" ( que virou trilha sonora da novela global "Explode Coração") e "A La Playa", mas eles ficaram marcados mesmo é com este cover de "Macarena", do Los Del Rio

O grupo Los Del Rio lançou originalmente "Macarena" em 1992, mas só foi em 1995 que virou um grande sucesso mundial, sendo a música mais executada e famosa daquele ano. 
Daí, com todo este sucesso, surgiu Carlos Oliva e Los Sobrinos com este cover, invadindo esta e outras coletâneas da Paradoxx Music.
Segue o saudoso (e simpático) vídeo oficial de Carlos Oliva e Los Sobrinos para o arrasa quarteirões de 1995: "Macarena":

FAIXA 04
Video Oficial de Carlos Oliva e Los Sobrinos "Macarena"


Mas, você sabia que um dos colaboradores oficiais de "Macarena" adorou essa versão de Carlos Oliva e Los Sobrinos? 
George Rizov, responsável pelos arranjos de "Macarena", comentou no youtube: 

"Este é um vídeo incrível e achei muito boa a interpretação dessa música. As partes com a trompa (instrumento de sopro) são excelentes e tornam este arranjo muito mais interessante que a versão original. A cena com os mergulhadores é muito legal e engraçada também! A propósito, eu escrevi o arranjo original de partituras para Macarena. Levou-me uma eternidade para concluí-lo pois tinham 16 notas!"

Já em sua página oficial, o músico disse a respeito de seu trabalho em "Macarena":
"Eu escrevi o arranjo original de partituras para essa popular canção de Los Del Rio para a Warner Bros. Publications. Como falo vários idiomas, muitos projetos que tinham letras em espanhol, como esse, foram atribuídos a mim. Este foi definitivamente um dos destaques da minha carreira durante os 13 anos em que estive no ramo da edição musical. Se eu tivesse recebido royalties para cada vez que essa música fosse tocada, eu seria um bilionário agora!!!
-George Rizov (fonte: https://www.georgerizov.com/192)


ATUALMENTE:
Depois de 24 anos do auge de "Macarena", Carlos Oliva continua trabalhando muito e fazendo diversas apresentações.
Em 2017, ele comemorou 50 anos de carreira (!) à frente de sua banda:

"É uma grande honra celebrar outro aniversário fazendo o que mais gosto. Especialmente porque estou cercado por um grupo de músicos talentosos e que também são meus amigos ", disse Oliva, que tem orgulho de continuar contribuindo para o desenvolvimento da música com o mesmo ímpeto de sua juventude.

"Nosso grande desafio tem sido nos manter vivos sem o apoio da rádio ou de uma grande gravadora. Em todos estes anos a nossa única arma tem sido a qualidade e, graças a ela sobrevivemos aos modismos e 'mudança climática' na indústria", disse o vocalista.
Fonte: http://oyememagazine.com/carlos-oliva-celebrara-cinco-decadas-al-frente-de-los-sobrinos-del-juez/

Carlos Oliva, nascido em Cuba, na cidade de Sancti Spiritus, iniciou a sua carreira na música com o trio Los Juglares, com os irmãos Carlos e Rafael Orizondo. Depois de chegar em Miami em 1961, ele ocupou vários cargos, até conhecer o compositor Julio Gutiérrez, que o convidou para participar de sua orquestra em Nova York. 

Curiosamente, aqui no Brasil eles ficaram conhecidos como apenas "Carlos Oliva & Los Sobrinos", mas no mundo, principalmente nos países latinos, são até hoje chamados de: Carlos Oliva Y Los Sobrinos Del Juez. 

Carlos Oliva atualmente 

Sempre lançando coletâneas de dance music, a dedicada Paradoxx Music sabia falar a língua do jovem nos anos 90


5. WHIGFIELD - "SEXY EYES"
(A. Pignagnoli, D. Riva, A. Gordon, P. Sears) 

A loira, jovem e belíssima Sannie Charlotte Carlson fez parte da vida de milhares de adolescentes dos anos 90, não é verdade? Eu mesmo fui um deles, e até pude comparecer numa apresentação sua, em 1998.

Após aos êxitos de "Saturday Night", "Another Day" e "Think Of You", foi a vez de "Sexy Eyes", o 4º single de seu álbum de estréia (Whigfield, 1995) encantar jovens de todo o Brasil. 
Os vocais para este single? São os mesmos dos hits anteriores! Eu reforço que são os mesmos pois em muitos projetos de dance music eles podiam variar, como em Corona, Randy Bush, Fourteen 14, Masterboy, New System, entre outros.

Embora o projeto Whigfield fosse italiano, tinha também a presença de outros personagens que representavam outros países europeus. Estou falando da modelo dinamarquesa Sannie Charlotte Carlson (11 de abril de 1971) e da talentosa vocalista inglesa Annerley Emma Gordon (12 de abril de 1967), que sempre foi a cantora de estúdio do Whigfield.

Sannie Carlson, a loirinha bonitinha, só foi a modelo do projeto e os créditos vocais são totalmente de Annerley Gordon. 

Annerley Gordon é uma das rainhas do Eurodance. Um site especialista em eurodance que não cita seus créditos no Whigfield, não merece crédito algum. 

Do mais, "Sexy Eyes" é até hoje um dos maiores sucessos do Whigfield e só deixou esta coletânea ainda mais incrível. 

Curiosidade: 
-Nos demais países do mundo, esta canção obteve mais destaque em 1996, sendo que no Brasil estourou bem antes, em meados de 1995 (em setembro / 95 já estava no topo das mais pedidas e tocadas).

-Na parte impressa do CD, LP e K7 de "TV Dance", o nome do projeto Whigfield está escrito de maneira errada: WHHIGFIELD. A Paradoxx Music dava estas "mancadas" às vezes, e se equivocava na escrita dos nomes de seus mais importantes artistas.

Fique agora com o vídeo oficial da música, performado pela linda e meiga modelo Sannie Carlson (nessa época, todos nós acreditávamos que ela era a verdadeira cantora, mas a realidade não era bem essa, infelizmente):

FAIXA 05
Video Oficial de Whigfield / Sexy Eyes (1995)


Video mais atual, gravado em Total Dance Fesztivál (2018)

Em relação ao vídeo acima, de 2018, reparem que os vocais foram regravados recentemente pela modelo. Agora sim, ela está cantando de verdade as músicas do Whigfield, embora que, na maioria das vezes, é a música sendo tocada de fundo e com o playback em sua maior parte. 
Nestes "lives" mais atuais do Whigfield, podemos constatar que as vozes de agora são totalmente diferentes das vozes gravadas nos estúdios, incluindo o sotaque, que é intensamente acentuado.

Algumas pessoas podem dizer: "Ah, mas a voz muda muito com o passar dos anos"
Sim, isso é verdade, mas é impossível a voz mudar tanto assim. Notavelmente é uma outra voz, 100% diferente dos vocais que tanto conhecemos.
Pegue os videos ao vivo de Annerley Gordon, independente de qualquer época, você compreende que é a mesma voz, o mesmo timbre vocal e o mesmo sotaque, mesmo com o decorrer de longos anos. Agora veja os vídeos ao vivo de Sannie Carlson (não vou pedir de qualquer época, pois a modelo só começou a cantar ao vivo recentemente), você sente que é uma voz irregular, discrepante, jamais ouvida em qualquer música do Whigfield. Sem mencionar que ela fica em vários momentos sem fôlego, mal consegue cantar. Bebe água o show inteiro e nada de voz. A diferença de sua voz, com a voz que conhecemos nos CDs e FMs, chega a ser gritante! 

Sannie Carlson nos anos 90

Lembrando que não quero intrigas com nenhum fã do Whigfield, apenas quero seguir transmitindo a verdade, tão escondida e ocultada nos anos 90. E digo mais: Eu também sou fã do projeto (até hoje), mas me considero um fã resolvido, que conseguiu aceitar a verdade. 

ATUALMENTE:
24 anos depois do sucesso de "Sexy Eyes", Sannie Carlson continua se apresentando como Whigfield em alguns festivais europeus de Dance dos anos 90. Ela também tem lançado novos trabalhos sob o nome de Sannie (cantando com sua voz real). 
A modelo chegou a se casar com seu produtor, mas o relacionamento acabou. Junto com o casamento, acabou também o direito de utilizar o nome de "Whigfield" para seus novos trabalhos, mas depois ela conseguiu novamente esse direito...
Ah, e ela deve ter uma quedinha por produtores musicais e DJs, pois a Sra. Carlson se casou novamente e com mais um profissional da área: Marco Marati (seu atual produtor). Quem é das antigas, deve se lembrar também de seu envolvimento com o espanhol DJ Paco...

Já a vocalista Annerley Gordon, gravou muitas músicas depois de "Sexy Eyes", tanto para Whigfield quanto para outros diversos projetos. Em 1998, ela também se lançou como Ann Lee e fez muito sucesso com "2 Times", grande hit por aqui em 1999.
A brilhante artista voltou recentemente aos estúdios, depois de um longo período afastada. No final de 2018, ela foi registrada num estúdio gravando com In-Grid (lembra de "Tu Es Foutu"?), mas como a foto foi apagada depois de algumas semanas, podemos deduzir que este dueto possa ter sido cancelado. Mas os fãs não precisam ficar desolados, não...

Recentemente, Annerley Gordon foi fotografada também com o lendário Ken Laszlo. Eles já trabalharam juntos outras vezes, e tudo indica que vem mais novidades da dupla novamente.
este é um artigo do blog http://rikardomusic.blogspot.com
Annerley Gordon e In-grid, em foto publicada em novembro de 2018 com o anúncio de "em breve". Essa postagem esteve disponível no facebook oficial de In-Grid, mas foi apagada depois de algumas semanas...

Quanto aos shows e apresentações ao vivo de Annerley Gordon, sempre estiveram a todo vapor, principalmente na Itália. Annerley é uma cantora nata, que sempre está com o microfone em mãos. Não podemos deixar de citar que ela também é uma compositora profissional, inclusive, "Sexy Eyes" tem sua colaboração na letra. 

Enfim, "Sexy Eyes" marcou demais! Bons tempos dos colegiais, gincanas nas escolas, primeiras baladas, matinês, namoricos... É uma música que fazia você cantar e dançar nas pistas, sem mencionar no seu contagiante teor pop, surgido antes mesmo de Britney Spears e Spice Girls... Sem dúvidas, é uma dance music de qualidade e a cara dos anos 90!

Leia mais sobre Annerley Gordon, clicando aqui.
este é um artigo do blog http://rikardomusic.blogspot.com
Annerley Gordon (a voz em "Sexy Eyes"), aos seus 51 anos de idade em foto de março / 2019, com Ken Laszlo 



6. MINIE MINE - "DUB I DUB"
(Suzanne, E. Pernille George)

Capa do single original da dupla Me & My

Infelizmente não temos nenhuma informação sobre esta faixa e suas vocalistas disponíveis em lugar algum. Trata-se de uma versão cover para o hit "Dub I Dub" das garotas dinamarquesas do Me & My, que pertenciam ao cast da gravadora EMI. 

Como a Paradoxx Music não podia lançar a versão original em suas compilações, logo buscou um cover deste grande sucesso para adicionar em seus lançamentos. O cover? Está intitulado como Minie Mine, e na minha opinião, é bem melhor que a sua original (que eu gosto bastante também).

Me & My: Em imagem de divulgação de seu álbum (1995)

Os vocais desta faixa são bem convincentes e a instrumental parece até mais empolgante que a sua versão original. Percebe-se também alguns elementos mais harmoniosos que na versão do Me & My, sem desmerecer o hit da dupla dinamarquesa, é lógico.

Talvez eu prefira esta versão devido a quantidade de vezes que a ouvi, me acostumando muito à ela. Como eu disse, a EMI representava o Me & My e a gravadora nunca foi especialista em lançar coletâneas de dance music por aqui, então, demorou muito para que eu encontrasse a versão original. Enquanto eu não encontrava a música oficial das garotas, eu ficava ouvindo este cover mesmo, que repito: é muito bom.

QUEM FEZ ESTE COVER?
Até então, eu não sabia a origem desta versão, mas imaginei que poderia ser um lançamento da italiana S.A.I.F.A.M., que nos anos 90 também criou a sua versão alternativa para "Barbie Girl" do Aqua (Savanah), "Into The Night" do Ondina (Sheila), entre outros diversos covers.

Dito e feito! 
Depois de tanto pesquisar, constatei que a S.A.I.F.A.M. criou este cover em 1995, sob o nome de The Twins "Dub I Dub". 
Ou seja, a Paradoxx Music adquiriu os direitos da faixa e simplesmente trocou o nome do projeto por "Minie Mine". Mais uma gambiarra entre muitas da "safadinha" Paradoxx Music, rs.

Minie Mine - "Dub I Dub" é sem dúvidas, mais uma faixa imperdível da coletânea "TV Dance", além também de ser uma música super rara (não conheço nenhuma outra coletânea que a tenha em seu repertório)!!

Ouça agora essa releitura do Minie Mine, para o sucesso de "Dub I Dub":

FAIXA 06

Além de assistir ao vídeo "Santa Maria" (em primeira mão), você ainda podia ouvir as demais faixas no seu PC. 
Isso na época, era coisa de outro mundo, hahaha





7. ANDREW SIXTY - "DIANA"
(Paul Anka)

Essa é a capa do álbum "Let's Make Love" do Andrew Sixty, já que "Diana" não saiu em single físico.

"Diana" é mais uma regravação do Andrew Sixty, projeto italiano que trazia o vocalista Andrea Alberghi e que era especialista em regravar vários sucessos dos anos 60. Sacou a inspiração para o nome do projeto? Era uma junção do nome do vocalista com os clássicos da década sessentista.

A música "Diana", assim como a anterior "Oh! Carol", também fez sucesso e se tornou numa faixa bem conhecida entre os fãs brasileiros de eurodance, entrando também em várias coletâneas de 1995, como é o caso desta em questão.

Trata-se de uma faixa "inédita" que saiu no re-lançamento do álbum do projeto. Como o álbum de 1994 foi muito bem sucedido, a Paradoxx Music trouxe para o Brasil esta nova edição, que continha uma capa diferente (a imagem acima) e também novas músicas adicionadas ("Diana" é uma destas surpresas).
O vocalista Andrea Alberghi já esteve no Brasil se apresentando em alguns programas de TV e club's durante o ano de 1995, e atraiu bastante fãs por onde se apresentava.
Não sou o único admirador do talento vocal de Andrea Alberghi. O amigo DJ Junior Matias, que também é fã de eurodance, até chegou a trocar algumas palavras com o cantor recentemente:

"Pra galera 90tista!
Apresento à vocês Andrea Alberghi, cantor e voz do grupo Eurodance ANDREW SIXTY, na qual tive a honra de bater um papo com ele no final do ano passado pelo messenger, relembrando histórias de sua passagem pelo Brasil. 
Uma pessoa atenciosa e muito educada.
Atualmente ainda canta é claro e reside na paradisíaca ilha Lanzarote no arquipélago das Canárias- Espanha.

Obrigado Andrea Alberghi!"
-DJ JUNIOR MATIAS





"O SUCESSO FICOU NAQUELES TEMPOS....AGORA EU CANTO PARA MIM MESMO...E ESTOU MUITO FELIZ"
-Andrea Alberghi (Andrew Sixty)


Andrea Alberghi, o vocalista do Andrew Sixty cantando em 2016

Andrew Sixty no Brasil, em 1995
Belos tempos!!!!

O sucesso da passagem do Andrew Sixty no Brasil, em 1995 (Revista DJ Sound)

Após 24 anos do sucesso de "Diana", Andrea Alberghi continua cantando e participando de diversos shows e duetos. Ah, ele segue sendo um grande fã das músicas dos anos 60, é claro!
Elvis Presley é até hoje, um de seus maiores ídolos. Ele também se encontra casado, desde 1996.

Como não existe um clipe oficial para Andrew Sixty - "Diana", adiciono então à esta publicação um simples vídeo contendo apenas a música, inclusa na nossa amada coletânea: "TV Dance":

FAIXA 07



8. PLAYAHITTY - "1-2-3! (Train With Me)"
(E. Asti, S. Carrara, F. Pini)

Essa track é mais uma música inesquecível desta fantástica coletânea!!! Uma lindíssima voz, batidas aceleradas e o velho e bom apito da Maria Fumaça!!! Imagine a emoção que foi ouvir isso nas pistas de dança, em pleno 1995?

A história do projeto Playahitty começou no ano anterior (1994), pois eles já haviam feito o maior sucesso com o mega-hit "The Summer Is Magic", e em 1995 eles voltaram com este novo petardo intitulado de "1-2-3 (Train With Me)", aqui na coletânea apenas resumidamente de "1,2,3".

QUEM É A CANTORA?
Embora nos clipes destas canções tivessem outras mulheres interpretando, era na verdade a voz da vocalista italiana Giovanna Bersola (Jenny B) que se manifestava nestes saudosos singles. 
Aliás, é dela também a voz em "The Rhythm Of The Night" do Corona, "Take Me To Heaven" do Nevada, "You And I" do J.K. e "Lady Dont Cry" do Red Velvet, entre outras porções de projetos de eurodance. Ou seja, a mulher arrebentava com seu vozeirão e praticamente todas as suas músicas acabavam virando hits mundiais.

Você pode ler mais sobre a farsa do Corona, clicando aqui.

Uma das vocalistas mais importantes e requisitadas da história do Eurodance. 
Giovanna Bersola é a verdadeira vocalista também do hit "The Rhythm Of The Night", do Corona. A brasileira Olga de Souza foi apenas uma modelo, que até os dias atuais, tem a cara de pau de dizer que gravou com a sua voz.


A TRAJETÓRIA DO PLAYAHITTY
O Playahitty foi um projeto italiano que esteve ativo entre os anos de 1994 e 1998, e foi produzido por Emanuele Asti.
O nome do projeto deriva da união da palavra espanhola "playa" (praia) e "hit" (sucesso), projetada para assumir o significado de "sucesso de praia" ou "hit do verão". "Hit" transformou-se em "hitty", então ficamos com o título de Playahitty.

A modelo que apareceu nas primeiras imagens do Playahitty chama-se Marion Zhapa e ganhou o título de Miss Guiana em 1991. Já no vídeo de "1-2-3 (Train With Me)" quem aparece é uma outra modelo, chamada Fellini, que também chegou a fazer algumas performances alternando com Marion Zhapa. Os fãs do projeto provavelmente não entendiam nada no início, pois deviam pensar: Qual das duas é a dona da voz, afinal?? 

O PARADEIRO DAS MODELOS:
Não se sabe o que Fellini anda fazendo e como está atualmente. Como fingir ao público não é uma atitude muito legal, é compreensível o sumiço da moça. 
Já a ousadíssima Marion Zhapa reapareceu no Playahitty dublando "The Summer Is Magic", numa apresentação de 2016. 
Cara de pau que só...

Apesar de ser uma boa revista, a DJ Sound pecava muito em algumas informações. Marion Zhapa foi apenas uma das modelos do Playahitty. 
A vocalista desta deliciosa canção é a maravilhosa Jenny B.


ATUALMENTE:
24 anos após o lançamento de Playahitty "1,2,3 (Train With Me)", Emanuele Asti continua ainda no ramo musical. Em 2016, ele fez uma nova versão para o hit do Ondina "Into The Night", que é uma música do ano de 1996 e produzida originalmente por John Oakfield, que - curiosamente - foi totalmente inspirada no estilo de Emanuele Asti em The Summer Is Magic (Playahitty). A própria fonte de inspiração para "Into The Night" resolveu atualizar o hit, mas na minha opinião, ficou bem ruim e decepcionante.

Esta sua nova versão para Ondina se chama Herplay feat. Limmona - "Into The Night", e recentemente, eu perguntei ao produtor se os vocais permaneciam os mesmos, aí ele respondeu que os vocais originais foram mantidos, que apenas foram acrescentados alguns efeitos sobre eles.

-Vocais originais do Ondina são de Jenny Brusk, apenas enrijecendo a postagem.
Leia mais aqui sobre o Ondina e sua misteriosa vocalista.

Voltando ao produtor do Playahitty, esta é a página de Emanuele Asti no Facebook, onde ele posta suas novidades e lançamentos:

O Playahitty teve ao todo estes lançamentos:
1994 - "The Summer is Magic"
1995 - "1-2-3! (Train with Me)"
1996 - "I Love the Sun"
1997 - "Another Holiday"
1998 - "The Man I Never Had"
2008 - "The Summer is Magic 2008"

Giovanna Bersola (Jenny B)

Já a vocalista, Giovanna Bersola (20 de julho de 1972), nasceu em Catania, na Sicília, e é filha de mãe siciliana e pai senegalês. No Playahitty ela apenas cantou "The Summer Is Magic" e "1,2,3 (Train With Me)", já nas demais músicas do projeto são outras vocalistas.

Devido ao seu grande talento e linda voz, em 2000, ela ganhou o prêmio de melhor vocalista feminina e o prêmio de imprensa e crítica no festival San Remo. 


Já em 2012, Jenny B se apresentou numa parceria com Rudeejay, num show da Radio Stop Festival (Marina di Cecina) cantando pela primeira vez ao público, os hits do Corona e Playahitty. 

Em 2013, ela ganhou outro prêmio "Coltellino s'Oro".

Depois de uma mudança para Nova York, onde se apresentou com uma variedade de jazz e funk, Jenny deu uma pausa em sua carreira como cantora para viajar pelas ilhas do Pacífico. Em 2015, o músico Trevor Thwaites ouviu falar a seu respeito e levou-a de volta aos holofotes com apresentações no Auckland Jazz & Blues Club.


Em 2017, Jenny B iniciou um novo negócio para ajudar artistas a melhorar sua apresentação e presença em palcos, também ministrando aulas para pessoas que desejam se tornar grandes artistas.
Atualmente, ela segue cantando e se empenhando muito à música, mas infelizmente não se dedica muito no ramo da Dance Music, como fazia nos anos 90. Ela se aventura mais em outros gêneros, como o pop e o jazz, inclusive, cantando também em italiano. 
Uma grande voz do eurodance, se não, a maior e mais respeitada de todas!

Após 24 anos do lançamento de "1,2,3 (Train With Me)", Jenny B está de volta aos estúdios gravando novos trabalhos, conforme suas atualizações em redes sociais:

Jenny B, com atualmente 46 anos de idade, publicou esta foto em que está num estúdio de gravação, no dia 26/03/19, com a seguinte legenda: "New Recordings Session"

Não deixe de rever o vídeo oficial do Playahitty para o sucesso "1,2,3 (Train With Me)", que é a faixa nº 8 do CD "TV Dance":


FAIXA 08



9. BETTY BLUE - "NO MORE I LOVE YOU'S"
(Huges, Freeman)

No ano de 1995 tivemos inúmeros hits internacionais, não sendo necessariamente do gênero eurodance. Também foi lançado muito conteúdo de Pop, Rock e R&B, que foram super bem nos charts mundiais. 
De olho nestes hits de outros estilos, os principais estúdios de dance music da Europa investiram muito nas versões "dance" destes sucessos. 

Annie Lennox (25 de dezembro de 1954), ex-vocalista do Eurythmics, lançou a sua música pop romântica "No More I Love You's" em 1995, e logo se tornou num grande êxito daquele ano, inclusive, a tal foi adicionada também na trilha sonora da novela global "A Próxima Vítima". 
Logo então surgiram também várias regravações "dance" para esta música, mas a que mais se tornou popular, na minha opinião, foi esta do projeto italiano Betty Blue.

A versão de Betty Blue para "No More I Love You's" trata-se de um ragga, e traz os belos vocais da cantora italiana Maria Beatrice Baccarini, que também já gravou algumas músicas italianas como "Come un Giorno Che Rinasce" (1993).
este é um artigo do blog http://rikardomusic.blogspot.com
Beatrice Baccarini

Mais conhecida como "Beatrice", ela também foi a cantora de estúdio em diversos projetos de "dance", como Ben 8 DJ Team "You Don't Love Me"Green Planet "Around My Life", Beatrice "Shakin' My Heart"Nina "Dance The Night Away" (não confundir com a cantora alemã Nina de "The Reason Is You"), Candice Starr "Sing It to You", entre outros. 

Beatrice Baccarini

Além de "No More I Love You's", o projeto Betty Blue também lançou outros singles, como "I Feel The Passion", "Eyes Without A Face""Dont Cry For Me Argentina" e "Don't Speak", mas nestes dois últimos, parece se tratar de uma outra vocalista pois os vocais estão diferentes.

Essa regravação de "No More I Love You's" é uma produção de Redsoul Music Team, lançada pelo selo italiano Blanco & Nero. A voz da vocalista lembra um pouco também a voz de Anat (Anat Segal), projeto que tem os hits "Without You" e "I'll Give You My Heart".

Beatrice Baccarini em registros mais recentes

Beatrice Baccarini é natural de Ravena, na Itália, e ainda mora na cidade até os dias atuais.

Provavelmente não deve existir um clipe oficial para Betty Blue '- 'No More I Love You's", então segue um vídeo contendo apenas a canção, um ragga suave e classudo, na potente e agradável voz de Beatrice Baccarini. Mate saudades agora, na nossa companhia, desta interessante versão:


FAIXA 09


10. EAST SIDE BEAT FEAT. MAX - "BACK FOR GOOD"
(G. Barlow)

Assim como a faixa anterior (Betty Blue - "No More I Love You's"), esta é mais uma versão "dance" de um sucesso pop do ano de 1995, que consequentemente acabou conquistando também o seu espaço nas rádios e pistas de dança. Já a canção original foi gravada pela boyband Take That e escrita pelo seu integrante britânico: Gary Barlow. 
Sobre esta versão do East Side Beat, a faixa esteve presente também na coletânea "As Sete Melhores Vol. 4", que coincidentemente, também apresentava uma faixa em mixed mode (Roman Photo - "Sounds Of Summer").

Mas, pasmem! Este projeto aqui, nada tem a ver com aquele outro que lançou sucessos, como "Ride Like The Wind" (1991) e "So Good" (1994). Eu sempre achei que seriam os mesmos responsáveis, por apresentarem um mesmo nome ("East Side Beat"), mas é apenas um outro projeto e não tem nenhuma relação com Carl Fanini, o vocalista dos hits citados.

O próprio Carl Fanini me informou que não é a sua voz em "Back For Good", mas, desconfiado, achei que ele simplesmente não queria assumir os seus vocais nesta produção. Foi aí que resolvi averiguar, e realmente, os produtores aqui são totalmente outros. 
Por anos achei que fosse um single produzido pelo mesmo time que produziu "Ride Like The Wind", mas o eurodance (sempre surpreendente), mais uma vez me enganou!

Roberto Guiotto, ele criou os arranjos em "Back For Good"

"Back For Good" do East Side Beat Feat. Max contem a produção de Sandy Dian, Roberto Guiotto, Francesco Vaccari e C.Causin, e o selo aqui é Team Records / Media Records.
O vocalista? É um tal de Max, que também cantou o segundo (e último) single do projeto, "I Want To Know What Love Is", uma regravação agora da banda oitentista Foreigner e que não fez nenhum sucesso no Brasil.

"Back For Good":
Destaque na coluna "Dance Floor", da Revista DJ Sound, Dez/95

Como em muitos casos já vistos, o website Discogs se equivoca também na identidade deste vocalista. A página informa que o cantor é um tal de Max Cortina, mas este é um italiano de Veneza que mora atualmente nos EUA e que nunca foi cantor, apenas sendo um fã de músicas de eurodance. Então, resolvi ir a fundo em descobrir quem realmente é o dono da voz em "Back For Good".

Tomei uma ação e perguntei à Roberto Guiotto, um dos caras que ajudou a criar os arranjos para a tal música, que prontamente informou-me que o verdadeiro vocalista é o italiano Max Senzioni.


Max Senzioni, aqui com outro codinome: Maxen

Max Senzioni é um cantor profissional que já gravou diversas canções durante a sua longa carreira na música italiana. "Back For Good" é apenas um entre seus inúmeros trabalhos. Ele me disse que, infelizmente, apenas cantou em "Back For Good" e que seria bom se fosse também o produtor da faixa:



O LEGADO DE MAX SENZIONI
O vocalista

"Max", além de cantor é também compositor e guitarrista. Ele nasceu em Milão, na Itália, e desde muito jovem começou a profissão de músico, atuando por 7 anos como cantor e guitarrista num clube, em sua cidade natal. Além disso, ele também interpretava inúmeros jingles publicitários para várias empresas, como exemplo a Coca Cola, a Peugeot, etc.


Depois, Max Senzioni passou a ser vocalista de inúmeras bandas, projetos e orquestras, e sempre esteve em numerosas aparições na televisão. 
Após gravar em 1995 as releituras para "Back For Good" (Take That) e "I Want To Know What Love Is" (Foreigner), ele foi um cantor solo numa orquestra, transmitido pelo Canal 5, em 1996.

Os seus trabalhos musicais, no geral, figuram mais no segmento folk / country / rock, sendo que, de todas as suas músicas gravadas, apenas "Back For Good""I Want To Know What Love Is" são de eurodance.

ATUALMENTE:
24 anos após trabalhar com East Side Beat, Max Senzioni continua ainda com todo o gás, cantando e se apresentando por toda a Itália. 
Ele ainda mora em Milão e neste momento está apresentando a sua turnê "One Man Live Unplugged". 
Max também tenta manter as suas redes sociais atualizadas, sempre divulgando seus vídeos, agendas de shows e outros registros de suas performances.

Veja alguns vídeos do cantor:
Max Senzioni é muito fã dos Beatles, Queen, AC/DC, entre outros astros do Rock. Aqui ele canta Beatles na TV italiana, pena que o áudio está muito comprometido (volume baixo). 

Neste ano de 2019, ele lamentou a morte de Mark Hollis, o vocalista do Talk Talk: 
"Fez parte da minha juventude, onde durante muito tempo eu cantei e toquei as suas músicas. 
Tenha uma boa viagem, Mark...!"


Max Senzioni canta o clássico do rock "We Are The Champions"


Em seu show mais atual "One Man Live Unplugged" (2019)

Max Senzioni atualmente

Sem dúvidas, Max Senzioni é mais um grande artista que deu voz à uma baita coletânea, que é "TV Dance"!
Ouça aqui esta sua versão dance para "Back For Good", presente neste fascinante lançamento de 1995:


FAIXA 10


11. A.D.A.M. FEAT. AMY - "ZOMBIE"
(O'Riordan)

Esta é outra "pauleira" que tocou muito nas FM's e pistas de dança do Brasil todo!! Que faixa vibrante e espetacular!! 
Trata-se de mais uma versão "dance" que fez muito sucesso, sendo uma regravação da banda The Cranberries, famosa por ser uma banda irlandesa de rock / pop de grande qualidade, e que teve, infelizmente, a sua talentosíssima vocalista Dolores O'Riordan falecida no início de 2018. Descanse em paz, Dolores!

Eu acho que os italianos do A.D.A.M. fizeram uma excelente versão de "Zombie" para os clubs, tanto que logo ganhou vários admiradores, mas também foi desaprovada por muitas pessoas... Entenda o porquê:

O PROJETO A.D.A.M FOI INFELIZ?
Aqui no Brasil todo mundo amou a faixa, tocava direto nas rádios, discotecas, playcenter e tudo certo. Mas na Europa, estava claro que uma versão "dance" para essa música estava longe de ser apropriada. Passou uma impressão de que os produtores estavam se divertindo com uma música sobre crianças assassinadas (!). 
Sim, a letra de "Zombie" não tem nada de alegre. Sua letra é uma resposta à morte de dois meninos que foram mortos em um bombardeio politicamente motivado pelo grupo armado IRA (Exército Republicano Irlandês), em 20 de março de 1993, na cidade de Warrington, na Inglaterra. 

Além das mortes das crianças, o ataque terrorista ainda deixou mais de 50 pessoas feridas. A própria compositora da música (Dolores O'Riordan) já disse que essa é a música mais pesada que eles já haviam feito, então, realmente é estranho colocar uma galera para dançar ao som de uma música com uma mensagem tão séria e triste. Isso ainda consegue piorar, se você assistir ao video da canção, que nos mostra uma modelo "gostosona" sensualizando o tempo todo num lava-car (???). 
Ou seja, bem compreensível esta enxurradas de críticas que esta versão italiana recebeu.

Venha para o meu lava-car...

O SUCESSO DO A.D.A.M.
Mesmo com a polêmica, esta versão "dance" foi muito bem nas paradas, alcançando o número 5 na Austrália, enquanto a original alcançou o número 1 por 8 semanas. A banda The Cranberries, que possuía os direitos autorais, também deve ter permitido essa versão e com certeza recolheu parte dos lucros. Se eles não se importaram muito com a versão "feliz" para a sua música "triste", então... vamos dança-la!

Eu tenho um carinho especial por esta versão feita pelos italianos, pois a primeira vez que ouvi "Zombie", foi através desta produção. Só depois de uns dois anos que fui conhecer a música original. Acredito que este projeto construiu uma bela ponte, e nela atravessei para conhecer mais sobre Dolores O'Riordan e seus outros belíssimos trabalhos. Ou seja, foi praticamente a dance version que me apresentou à banda The Cranberries... então, como eu poderia agora desaprová-la? 

E se você não conhece The Cranberries, sugiro que ouça aos seus singles "Animal Instinct", "Free To Decide", "Ode To My Family", "Linger", "Dreams", entre outros. Com a morte de Dolores, a banda encerrou recentemente as suas atividades, mas vale muito a pena conhecer o seu legado de belas músicas. Aliás, ouvir Rock é sempre muito bom! ;)

OS PRODUTORES E SEUS ENVOLVIDOS
Sobre a polêmica versão "dance", temos quatro produtores italianos que trabalharam e lançaram "Zombie", em 1995. 
São eles, Andrea Morando, Davide Gaddia, Angelo De Robertis e Maurinaz, que juntando suas iniciais, formam o nome deste projeto italiano de eurodance.


E devido ao grande sucesso de "Zombie", eles voltaram a produzir mais dois novos trabalhos para o projeto A.D.A.M., sendo "Memories And Dreams" (1995) e "Nothing Sacred" (1996), que não chamaram muito a atenção dos DJs e do público na época, o que é uma pena.


A VOCALISTA

OS VOCAIS EM "ZOMBIE"
Apesar do single creditar uma tal de Amy, o nome real da cantora é Melody Castellari, uma cantora de estúdio que gravou muitas músicas de eurodance e que você possivelmente já deve ter ouvido em outros sucessos, como "Remember" (Surama K.) e "Dancing in the Night" (Connie Nice). 
Melody Castellari gravava no estúdio mas nunca aparecia em cena. Quem se destacava frente ao público era sempre alguma modelo, contratada apenas para dublar a sua voz. A brasileira Surama de Castro (Surama K.) foi uma destas modelos que fez muito isso, dublava a artista em suas apresentações. Aquela voz radiante em "Remember" nunca foi da nossa brasileira (natural do Maranhão), mas sim da talentosa italiana Melody Castellari.

A modelo que fingia ser a vocalista em "Zombie"

Já a modelo que apareceu dublando aqui em "Zombie" é a italiana Sissi Zosi, natural de Roma. Além de aparecer no vídeo oficial, ela também participou de algumas performances do A.D.A.M, como esta:

Sissi Zosi: linda, mas apenas dublava

Em "Zombie", Melody Castellari concede ao projeto um super vocal, este sendo um dos grandes responsáveis pela consagração da música. Sua voz potente dá um brilho especial e um vigor para a canção, que sem ela, duvido que faria tanto sucesso. 
Apesar de não precisar, seu vocal também está com alguns efeitos, dando um certo tom futurístico e moderno para esta poderosa faixa (considerando aquela época).

Com certeza foi uma das minhas músicas favoritas no finalzinho de 1995, e nesta época, não havia quem não se entregasse à este intenso e extasiado hit!!!

ATUALMENTE:
Sobre os produtores do A.D.A.M., acredito que não estão mais produzindo pois não encontrei registros atuais dos mesmos, mas Melody Castellari continua cantando até hoje, 24 anos após o sucesso de "Zombie".

MELODY CASTELLARI ONTEM E HOJE
Ela é atualmente cantora, compositora, produtora italiana e está prestes a completar seus 44 anos de idade (seu aniversário é amanhã). 
Nascida em 10 de junho de 1975, em Bolonha (cidade que fica a 80km de Florença), ela herdou o talento de seus pais, que também vieram do meio artístico: Corrado Castellari e Norina Piras.

A bela e talentosa Melody Castellari: 
Antes que alguém comece a questionar o motivo da cantora não ter sido também a imagem do projeto (já que era muito linda), é bom ressaltar que a intenção da cantora não era essa, mas sim focar nos estúdios e em outras produções. Melody Castellari apenas realizou negócios profissionais com os produtores do A.DA.M., vendendo a "sua voz" e não tendo relações mais próximas com estes seus clientes. Por isso, os produtores se viam obrigados a recorrer às modelos, quando estas músicas faziam sucesso.

Melody começou sua carreira nos anos 80 (quando criança), interpretando canções de desenhos animados. Aos 15 anos, ela começou a trabalhar como backing vocal. Ela também iniciou sua carreira como cantora de estúdio e emprestou a sua voz para vários projetos de dance music. Infelizmente, como ocorre em quase todo este gênero, suas contribuições vocais foram em grande parte sem créditos e ela quase nunca aparecia publicamente. 

Como compositora, Melody Castellari escreveu músicas para vários artistas italianos, como Fabrizio De André, Mina, Milva e Ornella Vanoni. Como artista solo, ela lançou um álbum chamado “Vorrei” no gênero pop (em 1998) e singles em vários gêneros. Em 2002, interpretou “Princesa Nefertari” no musical “Os Dez Mandamentos”. No dia 4 de agosto do mesmo ano, ela se apresentou em memória do Papa João Paulo II
Nos últimos anos, ela também começou a trabalhar como produtora, ao mesmo tempo em que continuou trabalhando como backing vocal de artistas italianos e internacionais.
Além de ter sua carreira solo (pop italiano) e de cantar eurodance para vários produtores, Melody Castellari também canta rock'n roll e tem também a sua própria banda, chamada Melody Squad.  Simplesmente, uma artista talentosa e de muito bom gosto!

Melody Squad - Closer
Assim como Clara Moroni, Max Senzioni, Andrea Alberghi, Jackie Bodimead, entre outros vocalistas de eurodance, Melody Castellari também se dedica ao Rock 

Melody Castellari improvisando um de seus maiores sucessos AO VIVO:
 "Dancing In The Night"

Sublime!

Melody Castellari atualmente


Você era apaixonado pela modelo que aparece no clipe e quer saber como ela está atualmente?

Eis ela...
Sissi Zosi em foto de 2017

Sissi Zosi em foto de 2016

Falando no clipe da música, aqui está "Zombie", na mesma versão que consta no CD "TV Dance" (inclusive, é também a mesma versão que tocava nas rádios). Vamos recordar?
FAIXA 11




12. SERENA - "RIDIN HIGH"
(Stock, Aitken)

"OH YEAHH!"
Quando eu disse que todas as faixas desta coletânea são boas, eu não estava brincando ou sendo irônico, em nenhum momento. É realmente música boa, atrás de música boa!
E esta é mais uma belíssima produção de 1995 que encantou muito, e ainda encanta com seus belos vocais e sua produção bem "fofa", sendo harmoniosamente bem positiva e alegre.
Mas é uma pena que Serena "Ridin High" seja uma música muito nebulosa e pouco sabemos sobre a real identidade de sua vocalista.
Então fica difícil informar maiores detalhes sobre a cantora, como quais outras musicas ela gravou, o que ela anda fazendo atualmente, se ela lançou álbuns com outros nomes, se "Serena" é seu nome verídico, entre outros. Fico triste por não ter conseguido estes dados...

Por hora, posso dizer que não consegui ainda estas informações, mas eu não desisti, e creio que no momento certo, "Serena" irá aparecer. Se alguém estiver lendo isso e souber quem ela é, por favor, nos avise. Fiquem à vontade também para "caçá-la" junto comigo!

Bom, mas nestas tentativas frustradas de descobrir quem é esta garota, é lógico que acabei tomando conhecimento de algumas informações - antes desconhecidas por mim - e irei informá-los também, através desta publicação.
Sobre o sumiço da artista, ainda é um mistério muito grande. Talvez, um dos casos mais curiosos de todo o eurodance.

O que eu consegui entender, é que algo saiu muito errado após o lançamento de "Ridin High", pois o single foi retirado das prateleiras do Reino Unido após ser entregue às lojas (junho de 1995). Alguns fãs europeus dizem sobre isso, mas ninguém sabe ao certo o que houve de fato. 
É como se tivessem desistido do single após algum atrito ou desentendimento com alguém, ou como se algum indivíduo tivesse acionado a justiça, proibindo suas vendas. 
Seria a moça do single, apenas uma modelo e a fraude veio à tona? 
Não dá para ter certeza, mas a Love This Records (fundada em 1994, pela dupla de produtores Mike Stock e Matt Aitken) já fez algo parecido com Newton "Sky High", onde o loiro dublou a voz original de Des Dyer.

Leia mais sobre o cantor Newton aqui.

WHERES IS SERENA?
"Serena" simplesmente sumiu do mapa, parece que foi obrigada a se calar. A desaparecer! Se você fizer uma pesquisa, notará também que esta música fez mais sucesso no Brasil que em qualquer outro país do mundo, e na Europa, a sensação que fica é que o sucesso dela foi interrompido por alguma "força maior".
Com a retirada deste single do mercado, como os fãs alegam, fica mais claro ainda que algo sério realmente pode ter ocorrido.

Fita K7 "TV Dance"


Revista DJ Sound noticiando o lançamento de "TV Dance", na edição de dezembro de 1995


Já a 2ª música de "Serena", publicada em 1996 (também pela Love This Records), é uma regravação e saiu apenas em poucas compilações. 
Esta faixa se chama "Denis" (gravada originalmente na década de 70, pelo Blondie) e foi pouco divulgada (aqui no Brasil, a track saiu na coletânea "Hot Nine Seven Vol. 4"), sendo um trabalho que fracassou em todas as paradas.

Depois de "Denis", a cantora "Serena" nunca mais gravou nada. Pelo menos não utilizando deste nome (ou pseudônimo).
Perguntei ao produtor Mike Stock, a respeito dela e seu nome real, que me respondeu dizendo que foi bom trabalhar com ela, que é muito talentosa e natural de Surrey (próximo de Londres), mas não me disse seu nome verdadeiro. Tornei a lhe perguntar, mas me ignorou.

Logo em seguida procurei pela cantora Nicki French no twitter, e fiz o mesmo questionamento à ela. Sempre simpática, ela me respondeu dizendo que se lembra sim da "Serena" (elas eram da mesma gravadora, em 1995), mas que perdeu o seu contato no decorrer dos anos. 

Falei também com Peter Day, engenheiro de som que trabalhou em "Ridin' High", que respondeu: 
- "Oi, vou ter que pensar, já faz muito tempo!!!"

Já um dos assistentes, que também trabalhou nesta produção, Dean Murphy, disse: 
- "Oi Rikardo, eu não me lembro do sobrenome dela, mas Serena é seu verdadeiro primeiro nome. Eu só fiz esta faixa com ela. Atenciosamente, Dean".

Mas é difícil confiar 100% nestas pessoas. Acredito que "Serena" seja apenas o nome artístico, o nome do projeto. Quando os produtores querem esconder o jogo, eles não medem esforços para isso! Já vi no twitter o Mike Stock sendo "chatinho" com um fã que perguntou sobre quem seria a vocalista do Les Deux - "Since Yesterday":

"Como você disse, eles eram chamados Les Deuxs. Espero que você não esteja me pedindo para revelar a sua verdadeira identidade"

Mas como me prolonguei nas pesquisas (foram 11 meses pesquisando, até agora), consegui também mais algumas informações exclusivas sobre o "Serena". Para ser mais exato, consegui a sua biografia do ano de 1996, que tentarei traduzir logo abaixo:


BIOGRAFIA:
A CANTORA (DO) "SERENA"


Ela é natural de Surrey (próximo de Londres), no Reino Unido e iniciou a sua carreira artística sendo dançarina. Sua família carrega no sangue o talento musical, então seu dom artístico não foi uma surpresa para seus familiares.
Ela estudou em 5 anos, todos os aspectos da dança clássica e moderna, no entanto, outro desejo veio, ironicamente agora ela queria cantar.
Após deixar a escola aos 16 anos, ela decidiu que uma profissão de cantora era onde estava o seu futuro.

A garota britânica começou a sua carreira como muitas outras vocalistas iniciam, sendo backing vocal, e então ela apoiou nomes notáveis como Ruby Gin, Gino Washington, entre outros.
Depois de 18 meses, sempre na estrada e realizando diversos shows, a jovem cantora resolveu que era hora de desenvolver seu dom de compositora, escrevendo então algumas canções.

Em 1993, ela aproveitou a sua experiência anterior de dançarina para atuar no ato de dança "Esperanto", (aparentemente ela escreveu, dançou e cantou as músicas deste "musical"). Este seu trabalho foi um grande sucesso, no entanto, ela ainda tinha ambições para se tornar numa artista totalmente solo.

O primeiro grande passo para alcançar este seu objetivo, aconteceu quando a vocalista gravou uma fita demo para Mike Stock e Matt Aitken, que estavam inaugurando o selo Love This Records. Os dois produtores gostaram do que ouviram e decidiram assinar com a artista, e assim, em 1994, ela gravou com seus vocais a música "Ridin' Righ" (escrita pela dupla que a contratara) e sob o nome de "Serena".
"Ridin' High" teve enorme sucesso onde foi lançado e, embora nunca lançado no Reino Unido, atingiu a posição #8 no The British D.J. Chart  e permaneceu no Club TOP 40 por várias semanas.

Durante uma visita promocional ao Japão, a cantora acabou conhecendo Steve Beaver, um dos executivos da Beaver Music (One Way Records), associada com a grande italiana S.A.I.F.A.M. 
A vocalista assinou contrato com eles e lançou então o seu novíssimo trabalho, desta vez sendo a regravação de "Ai No Corrida", sob o nome de "Lisa Milton". Você reconhece esta música, né?
Diferentemente do seu trabalho anterior ("Denis"), esta sua nova regravação agora saía em single (cd e vinil) e estava pronta para desbravar os charts.

Bom, esta é a biografia oficial da cantora, e neste escrito também diz que seu nome real é "Lisa Milton", mas não sei se isso é verídico, apenas sei que esta biografia foi disponibilizada pela Beaver Music, em 1996.
Chamei o produtor Fabio Serra, um dos grandes mestres da S.A.I.F.A.M. no messenger, que disse que o nome real dela é Lisa Milton, mas o pressionei e perguntei se ele tinha certeza disso, aí ele bambeou um pouco e ficou inseguro, dizendo que, como faz muito tempo, pode ser que ele não tenha certeza disso:

-"Oi Rikardo e desculpe pela resposta tardia, mas eu não tenho verificado fb mail por um tempo.
Quanto à sua pergunta, essa produção foi há muitos anos, mas eu ainda me lembro que a cantora foi ... Lisa Milton   
Ela era uma cantora britânica assinada com a Saifam por um tempo: eu me lembro dessa produção, mas eu não me lembro se eu produzi mais com ela"
tchau!"

-"mas foi algo como 22/23 anos atrás ... então quem sabe"
(quando questionei sobre seu nome ser realmente "Lisa Milton")

LISA MILTON - "AI NO CORRIDA" (1996)
Faixa que você encontra na coletânea "As Balas da Pan"

Além de nomes diferentes, agora temos também duas mulheres diferentes. Essa loira, para mim, não é a mesma mulher que estampa o single de Serena - "Ridin' High"

Mas seu nome real, é Lisa Milton ou Serena? Ou talvez, nenhum destes nomes??
A cantora seria uma espécie de Emy Berti, e grava para diversas Patrizias??

É, apesar de algumas descobertas valiosas, ainda não cheguei no objetivo principal. Se alguém quiser tentar, fique à vontade!

Eistein: Um dos colaboradores do hit "Ridin' High"

Voltando em "Ridin' High", além do ótimo desempenho da vocalista, temos também a não menos importante participação do rapper Einstein, que já colaborou em outras produções de Mike Stock / Matt Aitken/ Waterman ("Roadblock"), além de ter trabalhado com Technotronic ("Take Me Up"), Snap! ("The Power' 96"), entre outros.
Sem dúvidas, a parte dele é muito especial na canção!

Tracy Shaw regravou "Ridin' High"

Outro fato intrigante, e que liga um possível desacordo entre a vocalista de "Ridin High" e seus produtores, é que, em apenas 3 anos após o lançamento desta música, o hit acabou sendo regravado neste curto espaço de tempo. Mas desta vez, recebendo os vocais de uma outra cantora.

Em 1998, a Mike Stock Music re-lançou esta música cantada agora pela atriz, modelo e cantora Tracy Shaw.
Reparem que na nova versão excluíram totalmente a parte do rapper Einstein, mas aumentaram - em compensação - a letra em que a vocalista canta. Mas de que adianta, se a cantora é uma substituta? 

Ah, e essa substituição pode ser apenas uma simples coincidência... Talvez não houve "treta" nenhuma entre eles. Como diz a música, posso estar "voando alto" demais nas possíveis teorias...

Agora ouça esta versão de Tracy Shaw e reflita sobre:

Tracy Shaw - "Ridin' High" (1998)

Bom, agora se você é igual a mim e prefere a versão original, mesmo sendo totalmente obscura, misteriosa e provavelmente, cheia de segredos de produção, quase que uma "Lenda Urbana" do Eurodance, aperte o play abaixo e mate saudades desta encantadora canção. A linda faixa número 12, da perfeita coletânea "TV Dance":

FAIXA 12
EDIT 2020: COMO EU HAVIA DITO QUE NÃO IRIA DESISTIR, EU NÃO DESISTI E CONSEGUI ENCONTRAR A VERDADEIRA "SERENA"

ACOMPANHE AQUI: https://rikardomusic.blogspot.com/2020/05/serena-ridin-high-1995-25th-anniversary.html


13. TALEESA - "Burning Up"
(Trivellato, Sacchetto, Gubinelli)

Quando você encontrava uma compilação de eurodance com uma música da Taleesa, você logo sabia que o CD tinha qualidade e sucesso, não é mesmo? Pois é! E aqui em "TV Dance", não poderia faltar uma track da sempre linda e talentosa Emanuela Gubinelli, mais conhecida como Taleesa no cenário eurodance!

O nome dela valorizava os CDs de "dance", e se você reparar, além desta grande vocalista italiana, em "TV Dance" ainda temos outros ícones já citados anteriormente, como Jenny B, Melody Castellari, Giada Masoni, Andrea Alberghi, Annerley Gordon...só feras! Verdadeiros hit-makers dos anos 90!! 
Tinha como esta coletânea fracassar e não agradar aos fãs da Dance Music? Jamais! Pois este é o segredo em "TV Dance"! Souberam escolher excelentes "charolas" e focaram em artistas que realmente trabalhavam muito pelo gênero.

A Taleesa, além de cantora, também era compositora de praticamente todos os seus hits (tirando as poucas regravações), e sempre estava participando de todos os processos produtivos de seus singles.

Taleesa

"Burning Up" não foge à regra. Apesar de ter sido produzida por Trivellato e Sacchetto, a vocalista estava lá no estúdio o tempo todo, dando idéias e acompanhando tudo. Inclusive, se você ouvir o single desta canção, lançado pela Time Records, verá que existe uma faixa unplugged disponível, sendo isso uma idéia totalmente dela. Aliás, esta versão é linda demais!

Para saber mais a respeito de Taleesa, nascida em Matellica (Itália) em 19 de novembro de 1960, clique aqui.

PARADOXX MUSIC
Lançado após o sucesso "Let Me Be", "Burning Up" seguiu a mesma fórmula do single anterior, sendo bem comercial e em ritmo de aeróbica. Vale relembrar também que a cantora passou a ser representada pela Paradoxx Music através deste single, já que seus primeiros trabalhos solos "I Found Luv" (1994) e "Let Me Be" (1995) foram distribuídos aqui pela Sony Music.

Taleesa, aos 35 anos de idade (em 1995) cantando "Burning Up" na Espanha para um grande público.


A VOZ CHEIA DE ATITUDE DE TALEESA
"Burning Up" foi muito executada e é super conhecida até hoje. Os vocais da Emanuela estão grandiosos e dispensam comentários, ainda mais os meus, que são super suspeitos!

A instrumental da música também está caprichadíssima, e uma das minhas partes favoritas é em 3'15" do vídeo abaixo. No minuto final, a Taleesa também dá um show, finalizando a música de maneira triunfal e com um tremendo vozeirão, parece até que ela não queria parar de cantar e tiveram que tirá-la à força do estúdio, hahaha. Ouça aos 4'19". 

Apenas reforçando que a versão presente no vídeo abaixo é a extended mix, a mesma também em "TV Dance":

FAIXA 13


ATUALMENTE:
Após 24 anos do lançamento de "Burning Up", Taleesa se encontra ainda em atividades! Ela está atualmente com 58 anos de idade e realizando alguns shows, como nos festivais "Love The 90's" e "Yo Amo Los 90” (ambos realizados em 2018). 
Ela adotou uma criança pequena, então se dedica bastante à ela, mas é confortante saber que a artista ainda está cantando suas obras musicais! E "Burning Up" é um destes clássicos que é a cara dessa eterna "bad girl"!!

Infelizmente Taleesa não anda gravando mais com a mesma frequência de antes, tendo a sua última gravação lançada em 2012, sob o nome de Voicebox - "I Can Feel U". 

Taleesa em 2018

Nathalie Aarts (Soundlovers), Kim Lucas, Taleesa e Simone Jay em janeiro de 2019

Taleesa com Just Luis, em 2018

BÔNUS TRACKS:
Bom pessoal, estas foram as 12 faixas que estrelaram a coletânea "TV Dance", disponibilizada em CDs, LPs e K7s.

Mas no CD tem ainda mais duas faixas, apresentadas como "bônus tracks". Sendo elas:

- LOS LOCOS - "EL TIBURÓN"
- LARA P. - "LA SOLITUDINE"

Ou seja, se você optasse em comprar o CD, você tinha acesso a 15 faixas no total.
Provavelmente a Paradoxx Music fez isso para incentivar seus consumidores a comprarem mais seus CDs, já que naquela época ainda existiam muitas pessoas que compravam suas coletâneas em "bolachões" ou "fitinhas".




LOS LOCOS - "EL TIBURÓN"
(Wilson, Zapata)

Muita gente dançou esta música, mas talvez não sabem destes dois fatos:

1º) Essa música é uma regravação de um sucesso de 1993;
2º) Os vocais são de dois cantores, mas que nunca apareceram frente ao Los Locos! 

Proyecto Uno - "El Tiburón"

Nada contra o grupo italiano Los Locos, mas eles nunca foram muito criativos como eu imaginava...
Não me entendam mal, eu gosto de "El Tiburón", mas essa é só mais uma regravação entre os diversos lançamentos do Los Locos...uma versão "dance" do Proyecto Unoum grupo musical de New York e pioneiro em misturar Hip Hop, Latino urbano, Merengue, House, Soul e Rap


LOUCOS POR REGRAVAÇÕES
Com um visual que lembrava o grupo Los Del Rio, o Los Locos também gravou uma versão de "Macarena"


Em 1993, o Proyeto Uno lançou "El Tiburón" e se tornou popular em diversos países. De olho grande neste hit, a dupla Los Locos se aproximou, querendo pegar uma carona neste sucesso, e apenas dois anos depois do lançamento original, surgiu então esta nova versão dos italianos.

"El Tiburón" do Los Locos foi lançada em 1995, sendo bem dançante e se assemelhando um pouco com as produções do pessoal do The Outhere Brothers. Gosto muito desta regravação e a considero mais uma excelente faixa da coletânea "TV Dance", mas se você olhar o histórico da dupla, notará que eles estão sempre copiando algo que já existia antes...

Como a música "El Tiburón" do Proyeto Uno não foi muito divulgada aqui no Brasil, muitos brasileiros acham que a versão original é do Los Locos, mas é exatamente ao contrário!
Até a faixa brasileira "Tic, Tic, Tac", que foi um grande hit europeu na voz do Carrapicho, foi regravada por eles, que inclusive, está disponível na sequência "TV Dance Vol. 2".



CONTRATANDO TALENTOS ALHEIOS
Mas o que me deixou aborrecido mesmo, é saber que o Los Locos contratava cantores profissionais para cantarem nos estúdios as suas músicas, mas na hora de performar nos palcos e em frente às câmeras, aí eram os dois produtores que davam as caras, dublando estes seus sucessos (que na verdade, nem eram "seus").

Roby "Borillo" Boribello (guitarra e baixo) e Paolo Franchetto (teclados) formaram o Los Locos no final de 1992 e são os produtores do projeto. Mas ao invés de contratarem modelos para dublar (que já é bizarro!) resolveram eles próprios fazer este trabalho!

Os produtores corriam atrás de hits radiofônicos, como "Macarena", pagavam para um cantor profissional regravar, e depois iam se apresentar!
Não sei dizer se eles fizeram isso com todas as suas músicas, mas ouvindo algumas de suas produções, acredito que a maioria foi produzida neste mesmo conceito.

Os vocais reais em "El Tiburón", na versão do Los Locos, são de F. Ponte e Willie Ortiz Berdecia, provavelmente pseudônimos desconhecidos de cantores de estúdio. Se você pesquisar sobre estes nomes, nada encontrará sobre eles.
Não me aguentei e perguntei à Roby Borillo, na cara de pau, quem são estes artistas, mas ele foi mais cara de pau ainda. Disse que são dois cantores porto riquenhos, só não informou seus nomes verdadeiros...

Sobre "Tic, Tic Tac", se você prestar atenção irá perceber que nesta faixa já são outras vozes, nada a ver com as que cantam em "El Tiburón". Aliás, esta versão é terrível! Ao menos "El Tiburón" é bem mais animada e marcou demais o finalzinho de 1995!!


DEPOIS DE 24 ANOS
Neste ano de 2019, eles lançaram uma música cantada em português, chamada "Fica Tudo Bem", de origem brasileira.

Esta foto é atual, quando a dupla esteve em abril / 2019 nos estúdios do Canal 5 para gravar uma atração

Como "El Tiburón" não ganhou um vídeo, então vamos ficar com o registro abaixo, onde a dupla apresenta esta regravação num programa de TV, em 1995:
FAIXA 14
Los Locos: Vivem de regravações e dublam as vozes de outros. Só louco mesmo para curtir e "ficar tudo bem".



LARA P. - "LA SOLITUDINE"
(Laura Pausini)

Para fechar um CD super dançante, nada melhor que uma baladinha romântica, um novo sucesso de uma italiana que está chegando por aí...Uma tal de Laura Pausini, já ouviram falar? 

Pois é, mais de duas décadas se passaram e muita coisa aconteceu. A Laura Pausini construiu o seu grande legado, teve inúmeros álbuns lançados e conquistou o carinho e reconhecimento dos brasileiros.
Apesar de "La Solitudine" ser de 1993, apenas em 1995 que fez sucesso aqui no Brasil. Sem dúvidas, uma das músicas mais executadas durante aquele saudoso ano.

Muito sucesso e reconhecimento com "La Solitudine"

Mas se você acha que é a versão da Laura que está nesta compilação, está redondamente enganado...
Assim como a música do Me & My, a Paradoxx Music não tinha os direitos de "La Solitudine" e como não queria ficar chupando o dedo, resolveu adquirir uma versão cover, produzida mais uma vez por quem? Pela experiente S.A.I.F.A.M!!

A música está descrita no CD "TV Dance" como sendo uma música de Lara P., mas qualquer um sabe que este é um nome inventado, para justamente se assemelhar ao nome da italiana Laura Pausini, a dona do desejado fonograma original.

Essa faixa não é ruim, foi produzida com a finalidade de ficar bem parecida com a original, e a vocalista não decepciona, apesar de Laura Pausini ser bem superior em todos os aspectos vocais.
Sobre a cantora desta faixa, infelizmente não consegui maiores informações, mas o que eu posso adiantar à vocês é que esta música foi lançada na Itália como sendo de Milena K. Mais uma vez, a Paradoxx Music resolveu mexer no nome do projeto, alterando então para Lara P.

Ouçam! É a mesmíssima versão de "La Solitudine" presente no CD "TV Dance":

FAIXA 15



COMERCIAIS DE TV
Estes são alguns dos comerciais de TV, gravados na época. 
O 1º vídeo foi gravado pela pessoa que aqui lhes escreve (nessa época eu não tinha nem cd-player, nem computador, rs):

Foi transmitido, se não me falha a memória, no SBT / TVB Campinas (TV Local)

Há relatos de que um destes comerciais foi transmitido nos intervalos do Jornal Nacional, mas não sei dizer qual deles, e se isso é verdade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Depois de 6 meses, finalmente consegui concluir esta publicação!

"Tell Me", "Santa Maria", "Macarena","Sexy Eyes", "Dub I Dub", "Diana", "1,2,3! (Train With Me)", "No More I Love You's", "Back For Good", "Zombie", "Ridin High", "Burning Up", "El Tiburón" e "La Solitudine", todas foram sucessos e marcaram a vida de muitas pessoas. Músicas divertidas, dançantes, bonitas e insuperáveis! São hits que estão guardados em meu coração, eternas trilhas sonoras de momentos felizes e vivas para sempre no meu imaginário!

Obrigado à todos estes artistas!!!

AGRADECIMENTOS:
Ao DJ Junior Matias, pela sua colaboração em Andrew Sixty "Diana";
Ao produtor Roberto Giotto e ao vocalista Max Senzioni, ambos do East Side Beat feat. Max - "Back For Good".