quarta-feira, 17 de agosto de 2022

OLGA DE SOUZA (CORONA) RESPONDE PERGUNTAS SOBRE JENNY B E SANDY CHAMBERS

Boa noite, Brasil!
Bom dia, Itália!!

Tudo bem com os fãs da Dance Music?? 

Hoje trago à vocês algo que aconteceu em 2008 mas que vale a pena ficar registrado aqui, visto que esse fato ficou desconhecido pela grande maioria dos brasileiros: 


OLGA DE SOUZA FALANDO PELA 1ª VEZ SOBRE AS VOCALISTAS ORIGINAIS DO PROJETO CORONA

Pois é amigos, isso nos parece um tanto surreal, não é mesmo? Embora Olga de Souza sempre tenha negado a verdade - sobre ela não ser a vocalista verdadeira do projeto Corona -  em 2008, a brasileira respondeu a algumas perguntas feitas pelo site italiano gay.it , nas quais se referiam às cantoras Jenny B e Sandy Chambers - as verdadeiras intérpretes nas gravações de "The Rhythm Of The Night" (1993) e "Baby Baby" (1995).

Prontos para voltar mais uma vez nessa polêmica? hahaha

Se a resposta for sim, veja abaixo algumas das perguntas "corajosas" levantadas pelo citado site, e também nas respostas da bela modelo.

Lembrando que, caso queiram recapitular toda a farsa do Corona, envolvendo os seus três primeiros discos com as cantoras Giovanna Bersola a.k.a. Jenny B (1993), Sandy Chambers (1995 até 1998), e as irmãs Bernadette "Brandy" Jones / Natisse "Bambi" Jones (2000), clique aqui.



ENTREVISTA ITALIANA - SITE GAY.IT 
OLGA DE SOUZA (CORONA)
Olga de Souza, a modelo que com o tempo foi "promovida" à cantora


Entrevistador: Olá Corona! Sem soar inapropriado, o que você tem a dizer às pessoas que associam suas músicas "The Rhythm Of The Night" à Jenny B "Baby Baby" (em diante) à Sandy Chambers?
Olga de Souza: Espero que as duas cantoras também tenham muito sucesso e por enquanto eu estou com meu último single "La playa del sol".

Entrevistador: Jenny B venceu no Festival Sanremo 2002 e revelou que cantou a sua música... Você ficou brava com ela? 
Olga de Souza: Absolutamente não, mas ela é aquela pessoa que se agarra a tudo para poder se aparecer.

Entrevistador: O que você achou das novas versões de "The Rhythm Of The Night" de Jenny B & Dhany, e também da recente versão de "Baby Baby" de Sunblock feat. Sandy
Olga de Souza: Sinceramente? Ainda não tive a oportunidade de ouvi-los, mas certamente devem ter ficado lindos… “Baby Baby” é a minha favorita, eu a vi nascer devagar para se tornar como você a conhece. “The Rhythm Of The Night” também é importante, foi a mais sortuda.


A premiada e talentosa Jenny B
Ela foi a voz real do hit "The Rhythm Of The Night" (1993)


Entrevistador: Você se lembra do nascimento dessas músicas de enorme sucesso? O que pode nos contar sobre estes hits? 
Olga de Souza: Essas músicas vieram como um furacão me transformando em uma protagonista e também numa estrela um pouco diferente das outras… Tive muita sorte! Marcaram um período fantástico dos anos noventa.

Entrevistador: Houve alguma competição entre vocês, estrelas dos anos 90?
Olga de Souza: Absolutamente não, pelo contrário, dividimos o palco com respeito e cumplicidade.

Entrevistador: Quem entre seus ex-colegas era muito personagem e não muito real?
Olga de Souza: Infelizmente não posso responder a esta pergunta porque esta pessoa é uma amiga.

Entrevistador: É verdade que você pretende apresentar-se às seleções do Festival de Sanremo?
Olga de Souza: Eles me ofereceram para tentar, mas se apresentar em Sanremo não é como uma aventura ou como um passeio no parque.


Sandy Chambers: Um dos patrimônios da Dance Music
Ela foi a voz real do hit "Baby Baby" (1995) e das demais faixas do Corona (até 1998). Em 2000 entraram outras vocalistas no 3° álbum.


Entrevistador: Diante dos inúmeros comentários negativos de pessoas e das provocações da mídia, como você reage e tem reagido em sua carreira? 
Olga de Souza: Sempre prestando atenção para nunca confundir a figura pública Corona com Olga, e tendo uma vida plena e bela.

Entrevistador: Como era a Olga no auge do sucesso como Corona?
Olga de Souza: Só pensava em fazer bem o meu trabalho, mesmo que às vezes nem tivesse tempo para pensar, pelo contrário, muitas vezes eram os outros que pensavam por mim. O que sempre me surpreendeu é o calor das pessoas e a positividade que elas emanam.

Entrevistador: Quem é Corona hoje?
Olga de Souza: Uma pessoa mais pensativa. Uma mulher satisfeita em sua vida privada e pronta para ajudar os mais fracos.



Bom pessoal, eu sei que não é muito, mas espero que gostem destas informações. Foi a primeira vez que vi a modelo respondendo algo sobre as verdadeiras vocalistas do Corona... Creio até que a entrevista foi ao vivo, pessoalmente, para que ela não "fugisse" e respondesse "na lata".

Para ler a entrevista na íntegra (toda em italiano), este é o link:

CRÉDITOS: 
Como os leitores do Blog Rikardo.Music sabem, todas as colaborações nas matérias são devidamente creditadas às pessoas que realmente colaboraram com sugestões, curiosidades, informações e outras novidades, o que não irá acontecer desta vez, pois quem forneceu o link desta entrevista é justamente um fã e amigo de Olga de Souza. Então, atendendo à sua própria solicitação, os créditos ao seu nome não serão atribuídos aqui, embora ele saiba o quanto estou agradecido e o quanto a sua participação foi especial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Aqui no Brasil, Olga de Souza também já foi questionada sobre a farsa [em 1995, pela Revista DJ Sound, e em 2015, pelo antigo site Ego], mas ela sempre negou tudo e disse que eram "apenas boatos de pessoas invejosas".

Bom, mas fico feliz de ver que Olga de Souza respondeu melhor aos italianos... 

Nos anos 90 esses projetos apelavam para muitas dessas práticas que enganavam os seus ouvintes, porém hoje, creio que essas modelos só tem pontos a ganhar sendo mais transparentes e contando a verdade ao seu público, mesmo que já tenha se passado quase 30 anos de ilusões…


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

NEM A HOUSE MUSIC DOS ANOS 90 CONSEGUIU RESSUSCITAR O ESTILO CANSATIVO DE BEYONCÉ

BEYONCÉ E SUA "HOMENAGEM" À HOUSE MUSIC DOS ANOS 90 - "RENASSAINCE"

Não se apegue à este globo espelhado, pois na estrada da Dance Music, "Renassaince" passou longe!

E finalmente saiu o novo álbum de Beyoncé - "Renaissance" (2022), divulgado massivamente nas mídias sociais como um disco "inspirado" na House Music dos anos 90. Mas, será que vale a pena ouvir e jogar nossas expectativas nesse disco?

Na música "Break My Soul", Beyoncé sampleia "Show Me Love" (1992) de Robin S., em um dos maiores hits da House Music mundial. Em "Pure Honey" ela faz referência à "Miss Honey" (1992) de Moi Renee, utilizando a entonação e a melodia. Já em "Cutt It", Beyoncé utiliza as guitarras da lenda Nile Rodgers. Em "Church Girl", ela subverte a música gospel e samplea James Brown. Em "Move", a norte-americana faz um feat. com o icone queer jamaicano Grace Jones - com quem ela flertava há bastante tempo. Na última faixa, "Summer Renaissance", Beyoncé canta e re-imagina "I Feel Love" (1978), parceria de Donna Summer e Giorgio Moroder, considerada a primeira música techno a atingir as paradas de sucesso ao redor do mundo.

Bom, mas pra quem esperava dançar um "bate-cabelo" na linha Deborah Cox ou Robin S, já pode ir tirando o seu cavalinho da chuva...

"Renaissance" é mais um trabalho convencional da Sra. Beyoncé, ou para ser mais claro: O mais do mesmo que ela está acostumada a fazer, só que agora com uma sonoridade um pouco mais eletrônica e que não combinou... Não há contraste algum com os arranjos, com a melodia, com os versos cantados ou com a velocidade das músicas apresentadas. 


Beyoncé se achando a nova "rainha das pistas". Só se acha mesmo...

Beyoncé tem uma excelente voz, isso é fato, mas a estrela parece estar perdida musicalmente, e às vezes parece mais falar que cantar em seus últimos singles - pessimamente ritmados! 

"Renaissance" é um álbum pretensioso, chato, forçado e muito, mas muito superestimado. E o principal: de House Music, não tem nada! É o velho R&B datado de sempre da Dona Beyoncé... e ela tem total conhecimento disso, tanto que buscou os tais samples da House Music justamente para levar algum frescor aos seus fanáticos, porém, o resultado final não engana ninguém... 

Até Rihanna, uma outra estrela do R&B mundial, fez algo superior nesta mesma linhagem há 15 anos, com "Don't Stop The Music"(2007) e com samples de Michael Jackson (que eram originais de Manu Dibango). Anos depois, Rihanna voltou a sacudir as pistas de dança com o produtor Calvin Harris... Quem que não se lembra de seus grandiosos hits, como "We Found Love" e "Where Have You Been"


Rihanna - "Where Have You Been" (2012)
Há 10 anos, a cantora caribenha fez algo muito superior que a atual salada pretensiosa de Beyoncé. Lembrando que Rihanna já surfou na Dance Music outras vezes e com singles aclamados pelo público, como "Don't Stop The Music", "Only Girl (In The World)", "S&M" e "We Found Love".


Já este disco de Beyoncé, não serve nem para tocar nas pistas de dança... É um "House" que vai precisar receber muitos remixes para exercer tal função, só provando mais ainda o quanto esse trabalho é uma enganação, e o quanto o marketing da cantora é sempre muito exagerado.


Imagem de Diva, mas com músicas que perambulam entre a chatice e a falta de ritmo


E para dar um "up" na música "Break My Soul" - o primeiro single deste novo disco - Beyoncé lançou recentemente um remix com Madonna, trazendo samples vocais retirados de seu clássico "Vogue" (1990). Resumindo: O atual disco já está nas lojas há algumas semanas mas Beyoncé parece ainda não estar satisfeita e continua mexendo nas coisas... é como se o resultado final ainda não tivesse ficado bom para ela. 

E convenhamos, "Renassaince" realmente está muito ruim, cansativo, confuso e barulhento. E quanto mais ela mexe, mais vai fedendo.