FUN FUN RETORNA À ITALO DISCO COM A NOVIDADE "NO MORE TEARS" (2022)
Menos lágrimas, e mais música Italo!!
É, os fãs da Italo Disco tem motivos de sobra para comemorar!
Depois de um longo período silencioso, uma faixa totalmente nova de um famoso símbolo da Italo Disco acaba de ser lançada: "No More Tears" (2022).
Trata-se de um lançamento oficial do mitológico grupo Fun Fun, que nos anos 80 lançou hits mais que marcantes para a época, como "Happy Station", "Color My Love", "Living in Japan" e "Gime Your Love".
No auge do Eurodance, o projeto voltou em 1994 - após um hiato de cinco anos - com a bela "I'm Needin' You", que muitos fãs a favoritaram mais que rapidamente.
As vocalistas do Fun Fun voltam para um trabalho totalmente novo:"No More Tears" (2022)
O Fun Fun foi iniciado por Larry Pignagnoli, o famoso produtor de Whigfield, Benny Benassi, Ann Lee, Dhany, Sandy, In-Grid, J.K., Ivana Spagna, entre outros considerados ícones da arte "Italo".
As cantoras do Fun Fun que atuavam nos estúdios eram Angela Parisi e Antonella Pepe, que agora retornam na espetacular e envolvente "No More Tears" (2022).
A letra dessa novidade foi escrita por Mark Hoogkamer, Edwin Horeweg e também pela cantora Annerley Gordon, que aliás, ainda atua como backing vocal na faixa.
Já a sua produção com cara de anos 80, foi realizada pela dupla MarcelloD'Azurro e Eddy Mi Ami, que juntos, ofereceram muito charme e capricho através dos valiosos e indispensáveis sintetizadores.
Fun Fun - "No More Tears" (2022)
"No More Tears" de Fun Funganhou estreia ontem, dia 14/11, na rádio holandesa Stad Den Haag num especial que contou ainda com a participação de Antonella Pepe e Angela Parisi (via Skype).
É um lançamento oficial da I Venti d'Azzurro Records em colaboração com o famoso selo italiano X-Energy, o mesmo que lançou a marca Fun Fun há quase 40 anos, através do primeiro single "Happy Station" (1983).
Coloque "No More Tears" para tocar, aumente o volume e FUN!
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
Vocês se lembram do Livin' Joy? Creio que sim, pois foi um projeto dos anos 90 que fez muitos "se acabarem" nas pistas de dança com seus singles extremamente pulsantes, como "Dreamer" (1994) e "Don't Stop Movin'" (1996).
Pois bem, tivemos duas grandes cantoras em diferentes fases deste maravilhoso projeto, e infelizmente, há também uma "usurpadora" tirando a paz de ambas.
Acompanhe conosco a história de Janice Robinson e Tameko Starr:
ENTENDA A FRUSTRAÇÃO E A REVOLTA DAS VOCALISTAS DO LIVIN' JOY
O INÍCIO DE JANICE ROBINSON
Dona de uma voz poderosa, Janice Lenora Robinson nasceu em 8 de dezembro de 1967 em Garfield, Nova Jersey, EUA, e teve seu início como cantora aos 18 anos de idade, quando se apresentava pelos clubs de Nova York.
Quando Turbo B. do Snap! esteve nos EUA realizando uma turnê, ele rapidamente apaixonou-se pela voz da artista e a convidou para ser sua backing vocal.
Com o convite aceito, Janice Robinson foi para a Europa e a sua colaboração com o Snap! foi uma enorme vitrine para a sua carreira musical.
Os irmãos italianos Gianni Visnadi e Paolo Visnadi - que trabalhavam nos estúdios da MCA Records em Londres - ficaram fascinados com o vocal de Janice, então chamaram-na para gravar também com eles. Assim nasceu o hino supremo "Dreamer" em colaboração com Janice, a primeira vocalista do Livin' Joy.
Visnadi Brothers - Os produtores
Uma observação que merece ser ressaltada, é que estes músicos já eram conhecidos por serem integrantes do grupo Alex Party, que inclusive, produziu anos depois Carol Bailey (de “I Can't Make You Loved Me”), além de diversos outros singles.
"Dreamer" teve a sua letra escrita pela própria Janice Robinson, durante um passeio de trem que ela fazia de Milão à Veneza, enquanto escutava as suas músicas favoritas num Walkman. E apesar de ter sido lançada oficialmente em 1994,"Dreamer" alcançou maiores feitos no ano de 1995, como a conquista de ser a música #1 nas paradas do Reino Unido.
Livin' Joy - "Dreamer" (1994)
Na verdade, até hoje "Dreamer" é considerada uma grande referência da House Music dos anos 90, ao lado de Robin S. - "Show Me Love" (1993) e Rozalla - "Everybody Is Free" (1992). O sucesso foi tanto que este trabalho ainda rendeu dois video-clipes, além de ter sido remixado por outros nomes importantes da cena Dance, como Junior Vasquez, Swing 52 e Loveland.
Depois de toda a popularidade em torno do primeiro single, é lógico que os produtores tinham que preparar algo novo aos fãs, mas infelizmente a dupla não conseguiu entrar num acordo contratual com Janice Robinson, ocasionando então na sua substituição para o single seguinte - "Don't Stop Movin'" (1996).
Janice e suas duas filhas
Atualmente Janice Robinson é uma professora de música no ensino médio, mas ainda "detona" com sua vibrante voz. Ela tem duas filhas, e uma delas, Kura, infelizmente é deficiente visual e cega por conta de um tumor cerebral.
Em 2018, a vocalista apresentou-se no X-Factor UK para tentar dar orgulho e conseguir alguma ajuda financeira no tratamento de sua filha. Desse modo, Janice acabou deixando todos os jurados boquiabertos com a sua apresentação, inclusive Robbie Williams, que nos anos 90 dividiu os charts com ela em sua época de boyband - Take That.
Janice Robinson - Live in "X-Factor" (2018) - "Dreamer"
Espectadores e jurados ficaram impressionados com Janice em sua audição, quando lembrou à todos quem ela era: a cantora de um grande hit lá do passado - "Dreamer".
Robbie Williams disse:“Sua voz e sua música têm sido uma parte importante da minha vida. Neste momento estou com vontade de chorar, e só estou evitando porque estou na TV..."
Em abril de 2022, Janice Robinson se juntou ao produtor Lodato e relançou "Dreamer" com uma notável sonoridade anos 90 e respeitando os fãs do clássico - apesar de sua perceptível nova roupagem.
Voltando ao seu passado como cantora do Livin' Joy, Janice foi substituída em 1996 por Tameko Starr. Nunca houve nenhum atrito entre as duas vocalistas, pois Tameko apenas continuou o legado iniciado por Janice; fez o seu trabalho compondo novas músicas e cantou com sua voz real para o Livin' Joy.
O INÍCIO DE TAMEKO STARR
Tameko Starr é o nome artístico de Doris Diggs
Com muito esforço e dedicação, Tameko foi descoberta em 1992 por produtores italianos que a ouviram cantar numa rádio, então eles gravaram com ela o seu primeiro single: Tameko Starr - "Going In Circles" (1992).
Em 1993 Tameko trabalhou com a lendária S.A.I.F.A.M. e gravou o single Tameko Starr - "Feel The Rhythm" , além de participar da faixa "Love Makes Me High" do projeto Wildside Feat. Tameko. Ou seja, assim como Janice Robinson, Tameko Starr também obteve uma boa experiência com a Dance Music antes de entrar no Livin' Joy...
A vocalista escreveu a letra e cantou o segundo single do Livin' Joy - "Don't Stop Movin'" (1996), que é mais uma House avassaladora que reunia os mais finos elementos da Dance Music:
Livin' Joy - "Don't Stop Movin" (1996)
Com um resultado tão positivo nos nightclubs, o single ainda impulsionou os produtores a criarem um álbum completo do Livin' Joy, também intitulado como: "Don't Stop Movin'" (1996).
Além deste álbum, ainda teve o lançamento de outros singles do projeto, como os ótimos "Follow The Rules", "Where Can I Find Love" e "Deep In You".
Sobre as músicas deste álbum, todas foram cantadas por Tameko Starr, até mesmo "Dreamer" - que foi regravada, muito provavelmente por conta de desentendimentos entre Janice e seus produtores.
Frustrante isso, né? De repente você compra um disco e ouve uma versão diferente da que conheceu e tanto dançou nos clubs... Embora eu goste muito da voz de Tameko Starr, eu prefiro ouvir a versão original de "Dreamer", talvez por já estar acostumado com ela, ou simplesmente por ser um chato nato com mudanças.
Você vai perceber também que, em muitas dessas faixas do álbum foi utilizado um mesmo modelo de teclado para criar os principais arranjos e melodias, como ouvimos em "Dreamer", "Follow the Rules" e "Don't Stop Movin'". Há também um contraste perfeito entre os belos vocais de Tameko Starr com a produção de qualidade de Gianni e Paolo Visnadi. Enfim, um ótimo registro que traduz a cena house dos anos 90.
Já em 1999, o Livin' Joy ainda tentou permanecer nos holofotes da Dance Music com um novo single chamado "Just for the Sex Of It", mas não chegou a impressionar os clubbers e DJ's da época, então um segundo álbum do projeto ficou de fora dos planos.
A NOVA FRONT-WOMAN
Quem é essa aí?
Depois disso, o que sabemos é que o Livin' Joy deu uma pausa em suas atividades, mas como Tameko havia gravado um álbum com o Livin' Joy, então ela ainda se apresentava em alguns clubs e eventos como a cantora oficial do projeto.
Mas, para a surpresa de Tameko e também de Janice, uma nova "Livin Joy" surgiu nos palcos de maneira também oficial, em 2001. Não sabemos se os produtores venderam parte do projeto para uma terceira pessoa, só o que sabemos é que há uma outra performer representando o Livin' Joy até os dias atuais, e ainda utilizando das mesmas músicas escritas e gravadas por Janice e Tameko.
Os fãs mais atentos do projeto também percebiam que se tratava de alguém diferente nas apresentações do Livin' Joy, então passaram a demonstrar o seu descontentamento nos comentários em diversos vídeos postados no Youtube:
"Quem é essa impostora? a cantora não é Janice nem Tameko, então por que isso? Sem qualquer presença de palco, a marca Livin' Joy sempre foi feroz com os incríveis vocais, aliados as batidas fortes e suaves de italo-acid-house, além de seu marcante riff de piano."
"Queremos Takemo Starr"
"Impostora"
"Isso é um desrespeito com os fãs"
"Janice Robinson fez os vocais para 'Dreamer', Tameka Starr fez os vocais para o resto do álbum Livin' Joy, incluindo 'Dont stop movin'. O que eu assisti aqui é uma vergonha completa!"
"Ela é uma FRAUDE agindo como se fosse uma das verdadeiras artistas .... E QUE VERGONHA, VOCÊS COMPRANDO ESTA FARSA .....
"Cadê as artistas que fizeram essas músicas? quem é essa aí?"
Luzahnn
"Essa aí" atende pelo nome de Luzahnn, e já se apresentou como "Livin' Joy" em vários festivais do Reino Unido, incluindo "Mighty Hoopla" e "Back To The 90s".
Luzahnn ainda tem uma página no Facebook com o nome do projeto ligado à ela, e onde consta a informação: "tenho as qualidades para fornecer uma performance vocal de classe mundial que é digna do Livin' Joy".
Janice, a primeira vocalista, disse recentemente ao site Express.co.uk :
"Nós fomos roubadas! O que está acontecendo hoje é injustiça. Somos vítimas. Somos duas vítimas reais de um tipo de roubo de identidade".
A questão fica mais complicada ainda para Tameko, que precisa disputar os contratos de shows com Luzahnn, já que ela também se divulga como uma cantora oficial do Livin' Joy. E na minha opinião, isso é totalmente desonesto não apenas com a verdadeira vocalista, mas também com o público, que merece se beneficiar e assistir a cantora / compositora real. Isso é a mais pura propaganda enganosa!
Nas redes sociais, como o Twitter, algumas pessoas até fizeram um movimento contra as apresentações de Luzahnn
Janice ainda continou ao Express.co.uk: "Eu pensei que a minha participação no X Factor 2018 iria acabar com isso, simplesmente dizendo 'Ei, eu sou Janice Robinson'. Mas não foi o suficiente. Estamos vendo um grupo de pessoas forçando uma mentira e isso dói."
Tameko também opinou sobre: "É difícil pensar que alguém poderia fazer uma coisa dessas. Se fosse uma homenagem, ou algo assim... Mas, na verdade, ela sobe no palco no lugar de nós duas, cantando em cima de nossos vocais, ela nem está cantando de verdade, está atuando como em uma faixa de karaokê. Quero dizer, é um pesadelo. É muito, muito doloroso... Porque quando você é jovem, você é uma garotinha que sonha em ser essa grande estrela, você luta e trabalha e depois vem alguém que lhe tira tudo pelo que você trabalhou."
Tameko admitiu que se esforçou muito no estúdio para criar o álbum "Don't Stop Movin'" do Livin' Joy e está devastada que outros estejam se beneficiando financeiramente de seu trabalho.
Janice e Tameko ainda mencionaram que várias vezes foram marcadas nas redes sociais em fotos postadas por fãs, estes que, acreditavam estar com elas, mas na verdade estavam com a "novata" Luzahnn.
Janice continuou: "Eu ficaria bem se essa mulher fizesse alguma contribuição para o nome Livin' Joy escrevendo alguma música. Mas ela não faz nada além de pular e cantar sobre nossas vozes, o que é assustador."
Luzahnn com Olga de Souza: Performers visuais
Luzahnn também foi procurada pela imprensa britânica e respondeu sobre as acusações de Janice e Tameko: "Eu nunca afirmei ser Janice Robinson ou Tameko Starr, no entanto, bloqueei Janice nas redes sociais porque ela se tornou extremamente condescendente".
Janice e Tameko informam que tentaram contato sim com a "impostora", mas de "maneira civilizada e calma".
E em meio a tudo isso, Tameko Starr acabou de lançar o seu novo single "Something Beautiful" (Tameko Star), e teve que trazer nele uma referência antiga para fazer as pessoas se lembrarem dela:
Tameko Star - "Something Beautiful "(Official Lyric Video)
A vocalista incluiu em sua nova música um fragmento conhecido do single "Don't Stop Movin'" (Livin' Joy), que os fãs irão se conectar ao ouvir o trecho "Oh, yeah, oh yeah'!".
Um fã escreveu à Tameko e disse: "Que legal, uma referência de 'Dont Stop Movin', não pense que não foi notado", aí ela respondeu "Que bom que notou, eu tive que fazer isso, para assim as pessoas se lembrarem que sou eu".
O novo trabalho de Tameko é sobre se permitir dar uma pausa ao estresse e das negatividades que o mundo às vezes nos oferece. É sobre ir à um lugar distante em nossas mentes, onde somos livres para amar e sermos nós mesmos. É uma música divertida, feliz e agradável, escrita para elevar o seu espírito e fazer você querer dançar.
Tameko Starr ainda diz: “Estou muito animada com este meu novo single 'Something Beautiful'. Já está disponível nas plataformas digitais e espero que todos vocês possam ouvir!”
Janice Robinson e Tameko Starr atualmente
E aí? Vocês concordam com as vocalistas? Ou acham que elas estão tendo crises de egoísmo?
Não acham que, também há espaço à nova performer (mesmo que ela não tenha feito nada criativamente no Livin' Joy)???
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-RIKARDO ROCHA
Depois de uma Eleição Presidencial acirrada, estressante e tumultuada, nada melhor que descansarmos os nervos para o próximo evento:
A Copa do Mundo 2022.
E aí? Animados?
E enquanto esse momento não chega, que tal se falarmos um pouco de Dance Music??
NANCY SEXTON - A MODELO QUE REALMENTE CANTAVA E ESCREVIA ITALODANCE
Nancy Sexton deu voz ao hit "It's A Real World", que acabou de completar o seu 25º aniversário
Na italodance era muito comum encontrarmos aqueles projetos com belas madames nas capas dos discos, como Whigfield, Corona, Black Box, Randy Bush...mas, quando nos aprofundávamos em suas biografias, descobríamos que, na realidade, elas não eram as verdadeiras cantoras mas apenas modelos que dublavam... Decepcionante isso, não é mesmo? Mas, felizmente, não é o mesmo caso da modelo que iremos destacar aqui hoje...
Pois é ouvintes da amada Italodance, a publicação atual é sobre a habilidosa e competente Nancy Sexton, uma linda mulher que emprestou os seus vocais para a fantástica faixa "It's A Real World" de Molella & Phil Jay,além de ter colaborado em outros singles de variados selos italianos, como a Discomagic, Downtown, Nitelite, Italian Style Production, entre outros.
Nancy Sexton - ao contrário do que muita gente pode imaginar - não é italiana, mas sim uma artista americana que viveu alguns anos na Itália. Ela nasceu no dia 8 de julho de 1969 em Ragersville, Ohio, nos EUA, e se tornou uma verdadeira "show-woman" no mundo dos negócios.
O INÍCIO DE NANCY SEXTON
Linda, talentosa e REAL
Caçula de cinco filhos, Nancy cresceu em uma pequena comunidade rural americana, onde trabalhou numa fazenda recolhendo feno e ordenhando vacas, e depois foi trabalhar em uma fábrica e posteriormente em um restaurante. A jovem ainda conseguiu iniciar uma carreira de modelo, e diante disso, se mudou para Nova York onde trabalhou como modelo, bartender, garçonete, e, finalmente, começou a cantar com sua própria banda.
Logo depois, aos seus 25 anos, Nancy Sexton se mudou para a Itália com o objetivo de trabalhar como modelo, porém, se juntou à comunidade Dance local e passou a gravar algumas músicas.
Ao site Medium, Nancy falou recentemente sobre este seu início de carreira:
"Deixei minha pequena cidade para estudar na Universidade de Akron, mas desisti depois de 2 anos e me mudei para Nova York para modelar e cantar. Formei uma banda, comecei a me apresentar em alguns palcos, atuei, fiz alguns comerciais de TV e trabalhei em restaurantes para me sustentar. Mas quando tive a oportunidade de ser modelo na Itália, eu me "joguei" e fui para aquele país. Isso foi em 1994, eu tinha 25 anos, e tudo o que eu tinha era um cheque e um endereço."
NANCY SE LANÇA NA MÚSICA
Modelo, cantora, compositora - e sem precisar enganar os ouvintes da Dance Music
Nancy chegou à Itália em 1994, e rapidamente gravou dois singles para o popular projeto Silvia Coleman - em parceria com os italianos Giordano Trivellato e Giuliano Sacchetto. Essas duas faixas foram lançadas pelo icônico selo Italian Style Production e receberam os títulos de "All Around The World" (1994) e "Take My Breath Away" (1994).
Uma curiosidade interessante, é que, além de ambas as canções apresentarem os vocais de Nancy Sexton, você ainda pode ouvir e sentir o mesmo teclado tão característico em diversas produções do estúdio, como "Make My Day" do Nevada.
"Take My Breath Away" e "All Around The World" de Silvia Coleman contém os vocais de Nancy Sexton
Já em 1995, Nancy Sexton gravou Prophecy – "I Keep Calling You" (1995) e Gorky – "You're The Best Thing" (1995), que são outros dois trabalhos da Style Italian Production e com o mesmo time de produtores dos singles anteriores. As batidas e os teclados lembram Taleesa - "Burning Up" (1995) e Molella - "XS" (1995), produções consolidadas de Trivellato & Sacchetto e postos no mercado naquele mesmo ano.
Após aos dois singles lançados em 1994, Nancy retorna em 1995 com Prophecy - "I Keep Calling You" e Gorky - "You're The Best"
Há ainda o registro de "God Only Knows", lançado apenas como Nancy S,de 1995. Este som foi escrito por Antonio Summa e Roberto Bonizzoni, e lançado pela Mystery Records - um selo que conseguiu mais notoriedade nos anos 2000 com os sucessos de SMS feat Rehb e Squeeze Up.
No vinil de Nancy S. – "God Only Knows" (1995)você ainda pode ver um agradecimento à Nancy Sexton impresso: "Thanks to Nancy Sexton for her collaboration". Ou seja, os vocais são perceptivelmente de Nancy Sexton, mas também existe essa dedicatória que entrega o que seria apenas uma especulação.
Nancy Sexton nos vocais em Nancy S.
No mesmo ano de 1995, Nancy trabalhou nos estúdios da Discomagic e lançou um single sob o seu nome completo: Nancy Sexton – "I'm Some Some" (1995). Nos créditos dos compositores estão o nome dela, e dos produtores Antonio Summa, Severo Lombardoni e Massimiliano Falchi.
Voltando ao selo Style Italian Production, este era apenas um dos vários selos ligados à Time Srl, e Nancy Sexton chegou a trabalhar com outros músicos relevantes desta casa... como a conhecida dupla Molella e Phil Jay.
Esses dois produtores italianos já haviam lançado com a Time, o single Molella - "If You Wanna Party" (1995)numaparceria com os brincalhões do The Outhere Brothers nos vocais... Lembram-se deste grande estouro da Dance Music?
"ITS A REAL WORLD" E"NEVER"
(1997)
A dupla "Molella & Phil Jay" criou alguns hits inesquecíveis nos anos 90 e começou a trabalhar também com Nancy Sexton
Com o excelente resultado do single anterior, Molella foi motivado a lançar novos trabalhos, e Nancy Sexton - que era uma "funcionária" da mesma empresa - foi convidada à trabalhar com a dupla na promissora "It's A Real World" (1997).
"No início eu comecei a fazer trabalho de modelo na Itália, mas depois eu comecei a cantar e até fui tendo alguns singles de sucesso. Eu ainda realizei algumas turnês por toda a Itália, Suíça, França, Áustria e Japão. Eu também aprendi o italiano, que é um dos meus maiores orgulhos. - Nancy Sexton
"It's A Real World" foi gravada em Milão, no Planet Studio, e teve a produção executiva de Giacomo Maiolini (um dos cabeças da Time Srl e que investia financeiramente nas produções do selo). Diferentemente de "If You Wanna Party", este single de 1997 trazia também o nome de Phil Jay em sua capa (apesar do parceiro de Molella ter trabalhado em "If You Wanna Party", o seu nome não teve destaque nessa produção).
"It's A Real World" foi então apresentada ao público pela primeira vez em 19 de maio de 1997, como um trabalho de Molella & Phil Jay. Sua composição responde pelo trio: Filippo Carmeni (Phil Jay), Maurizio Molella (Molella) e Nancy Sexton, constatando mais uma vez o talento de Nancy em escrever letras.
A lendária casa noturna "Moinho Santo Antonio" de São Paulo ferveu ao som dançante de "It's A Real World" em julho de 1997
A faixa logo alcançou o primeiro lugar na principal parada italiana, levando Nancy Sexton ao famoso palco do Festivalbare onde ela cantou este hit totalmente ao vivo diante da enorme plateia. "It's A Real World" consequentementefoi um dos hinos do verão europeu de 1997, bem como foi licenciada aqui pela Paradoxx Music e explodindo nas noites e rádios brasileiras.
Além disso, a Paradoxx fez a alegria de muitos teenagers noventistas lançando "It's A Real World" em diversas coletâneas, como "Tecno Pan" (1997), "Matineé" (1997), "Hot Nine Seven 6 Techno" (1997) e "Só Se For Dance Vol.3" (1997), mas sempre destacando apenas o nome de Molella em suas informações. Na coletânea "Hot Nine Seven 6 Techno", por exemplo, a faixa está identificada como DJ Molella - "It's A Real World".
Molella and Phil Jay - "It's A Real World" (1997)
A versão que mais tornou-se conhecida entre os brasileiros foi certamente a "batuca mixx", que traz um elemento de percussão bem semelhante com o ouvido em Gala - "Let A Boy Cry" (1997).
Infelizmente "It's A Real World" não ganhou um video oficial, apesar de ter sido um trabalho bem sucedido para a sua época.
Molella and Phil Jay - "It's A Real World" (1997) foi lançamento na Itália em 19 de maio de 1997, mas chegou ao Brasil em julho de 1997, inclusive, foi indicada na coluna de lançamentos "Dance Floor" da revista DJ Sound (Julho de 1997, Ano 8, Nº78)
Nancy - "Never (Don't Need Your Love)" (1997)
Ainda em 1997, a Nitelite estava investindo muito pesado na cantora Gala - que vivia o seu grande auge naquele ano - então, a gravadora italiana resolveu apostar também as suas fichas na Nancy, dando todo o suporte no lançamento de seu single solo: Nancy - "Never (Don't Need Your Love)" (1997).
A música -composta por Nancy, Trivelatto, Sacchetto, Molella e Phil Jay - embora tenha sido tocada em algumas FM's e clubs, infelizmente não obteve a mesma repercussão que Gala, Molella e Regina obtiveram.
Nancy - "Never (Don't Need Your Love)" (1997)
Sensacional essa música! Um dos melhores registros na voz de Nancy Sexton!
Perceba ainda que, as batidas de "Never (Don't Need Your Love)"são as mesmas que ouvimos em "Suddenly" da Gala, além dos efeitos sonoros serem muito similares com os inseridos na delirante "Close The Door" da brasileira Regina. Isso faz todo o sentido, porque, as três músicas foram gravadas pelos mesmos produtores (Molella & Phil Jay), assim como foram lançadas pela Nitelite Records.
SOUND CITY - " LOVE I'VE FOUND" (1997) - QUE VIAGEM DE MÚSICA!!
Mais uma gloriosa Dance Music completando 25 anos... e Nancy Sexton também esteve envolvida em Sound City - "Love I've Found" (1997)
Creio que o ano de 1997 foi um dos mais produtivos para Nancy Sexton, pois além de gravar estas duas faixas populares, ela ainda compôs e gravou uma outra linda música, e que até ficou conhecida entre os clubbers no 1º semestre de 1998...
Estou falando de Sound City - "Love I've found" (1997), uma produção envolvente do músico Luca Pernici em parceria com Stefano Marcato, que aliás, já haviam trabalhado juntos numa outra bela canção Dance: Discover - "Thinkin' About You" (1997).
Entrei em contato com Luca Pernici, e ele surpreendeu-me respondendo em português: "Rapaiz, hoje eu moro no Brasil, na Bahia, e a cantora é a Nancy Sexton. Ela também escreveu as letras além de cantar a música."
Luca Pernici atualmente
"Love I've found" foi lançada pelo selo italiano Downtown e foi pouco tocada nas danceterias e FM's do Brasil, porém, creio que se destacou mais naqueles programas de mixagens noturnos (como o saudoso "Ritmo da Noite" da Jovem Pan), inclusive, foi num destes programas que eu a conheci ("Super Pista" da Educadora FM). A versão que saiu aqui nas coletâneas e que foi tocada nos clubs é a primorosa "Ball Mix", produzida por ninguém menos que Alex Gaudino.
Por falar em coletâneas, a faixa foi inclusa no CD "Hot Nine Seven Volume 7" by Paradoxx Music, ao lado dos inesquecíveis hits de Gala, Taleesa, The Tamperer, Ken Laszlo, Mon-A-Q, e etc.
Sound City - "Love I've found" (1997)
Quem não se lembra desse som?? Continua sendo um bálsamo para os nossos ouvidos, mesmo depois de 25 anos! Quantas noites são puxadas pela memória, não é mesmo??!
Ainda em 1997, a cantora gravou um single para o projeto The Fabolous Sound - "Steppin Out", que não chegou ao Brasil e passou despercebido pelos DJ's.
Já em 1999, Nancy Sexton chegou a participar do projeto E-Magic como vocalista e compositora. Os fundadores deste projeto foram Nick Ferrando, Rossano Prini (mais conhecido a partir dos anos 2000 como DJ Ross) e, novamente ele, Stefano Marcato (do já citado projeto Sound City).
Nessa época, este tipo de italodance estava muito em baixa no Brasil (apesar dos sucessos de Ann Lee e Eiffel 65) então essas músicas do E-Magic não chamaram tanto a atenção dos frequentadores dos clubs e programadores de rádios. Os singles lançados foram: E-Magic Feat. Nancy - "Stop" (1999), E.Magic Feat. Nancy - "Prepare Yourself " (1999) e E.Magic Feat. Nancy - "Go!" (2000), todos distribuídos pela Spy Rec, que no caso seria um outro subselo atrelado à Time Srl.
"Quando a cena Dance mudou e passou a destacar mais as batidas e as instrumentais, então voltei para os EUA" - Nancy Sexton
O FIM DE UMA ERA E O RETORNO À CASA
De volta à realidade americana...
O plano inicial de Nancy Sexton era de ficar apenas por 6 semanas na Itália (como modelo), mas ela resolveu se dedicar à música e ficou naquele país por 6 anos! A artista só retornou aos EUA quando a Italodance já estava "enfraquecida" na Europa, então Nancy voltou a morar na cidade de Nova York, onde se especializou em artes cênicas e se tornou uma atriz de filmes e séries americanas.
Quer mais? Nancy Sexton adentrou ao universo fitness e, em 2005, foi uma estrela de TV em alguns programas, como "FitTv", "The Gym" e "Ship Out Shape Up".
Nancy Sexton sai da Dance Music italiana e entra para a TV americana
Muito ligada em esportes, acrobacias e formada em artes marciais, Nancy Sexton desempenhou um papel na série "The Colony" do Discovery Channell, que aqui no Brasil teve o seu título traduzido como "A Colônia". Ela ainda escreveu e dirigiu muitos comerciais de televisão, além de ter aparecido em alguns filmes, como "In My Sleep" (2010), um thriller de mistério que aqui ficou traduzido como "Em meu Sono" (2010).
NANCY SEXTON SE DISTANCIA DA MÚSICA
Nancy "se joga" nas telas
Nancy Sexton é mais conhecida como uma atriz americana, e a música - no que se diz respeito a gravações em estúdios - deixou de ser uma de suas prioridades.
Em 2011 a artista ainda teve uma nova experiência, quando ajudou a escrever um livro chamado "Write Your Film", com Alon Bar.
Em 2015 encontrei o seu pequeno canal no Youtube, onde canta, faz exercícios aeróbicos, posta cenas de suas atuações, e etc.
"Depois que voltei da Itália, fiquei em Nova York por mais 5 anos e meio. Atuei em alguns filmes, trabalhei com locução e comecei meu negócio como treinadora fitness. Então, depois de testemunhar uma tentativa de suicídio no metrô, eu disse 'Dane-se NYC' e decidi me mudar para Los Angeles. Naquela época eu tinha começado a escrever para a televisão e queria uma mudança. Estou em Los Angeles e, nesse período, comprei minha casa, me casei e comecei outros novos negócios comerciais." - Nancy Sexton
Nancy com seu marido Tim Sexton, no "San Diego Comic Con", famoso evento que cobre as principais áreas da indústria do entretenimento: cinema, séries, vídeo-games e histórias em quadrinhos.
Recentemente o marido de Nancy, Tim Sexton, esteve enfrentando um câncer, então ela até postou alguns videos no Youtube expondo alguns momentos difíceis aos fãs e amigos.
"Meu marido Tim foi diagnosticado com câncer, e agora, estou feliz em dizer que ele passou por todo o tratamento e está livre da doença" - Nancy Sexton
Nancy Sexton atualmente
Atualmente Nancy Sexton tem 53 anos de idade e continua sendo uma mulher de sucesso nos negócios. Embora seja mais conhecida como uma cineasta, atriz, cantora, compositora, treinadora fitness, escritora, locutora, personalidade da TV, e modelo (ufa!), no presente momento ela está atuando mais como uma empreendedora do setor coworking, um método que reúne pessoas e juntas compartilham do mesmo espaço de trabalho, tendo a sua finalidade de aumentar a produtividade e também de fazer novos contatos de negócios.
Nancy permanece tendo habilidades variadas, só falta mesmo voltar a gravar discos, porque nas demais atividades ela exerce de tudo um pouco!
Bom, acho que agora todos vocês já tem uma noção de como é agitado o "Mundo Real" de Nancy Sexton, pois com ela, o recado é um só: "Let's work!"
KASINO RETORNA FINALMENTE À CENA DANCE COM "GET DOWN" (2022)
E não é que o projeto Kasino oficialmente está de volta?
Você se lembra dos hits "Can't Get Over", "Stay With Me" e "Shake It!" do Kasino? É claro que sim! Fizeram muito sucesso nos anos 2000, tocando incessantemente nas rádios, TVs e danceterias de todo o Brasil.
Já nos anos de 2010, o projeto voltou a ganhar uma grande popularidade na internet através de um meme bobo, que até hoje eu nunca entendi: O apresentador Gilberto Barros interagindo com o Kasino em seu programa "Sabadaço".
E agora, em outubro de 2022, o projeto Kasino está finalmente de volta com o novo trabalho "Get Down", lançado ontem em todas as plataformas digitais, e que você pode conferir abaixo:
Kasino - "Get Down" (2022)
"Get Down" é uma produção da Maxpop Music e Massiva, lançado oficialmente no dia 07 de outubro de 2022. Ouvindo esse novo som do Kasino, você irá reconhecer de imediato o icônico "Ahhn" de "Can't Get Over". A música também faz uma alusão a "Get Get Down" do falecido Paul Johnson (hit de 1999), além de trazer alguns samples clássicos (como "Check This Out").
Meu amigo de Dance Music Valmir Sant'anna Silva me alertou que iria sair algo novo do projeto... então, aí acima está o resultado final deste trabalho tão aguardado.
Mais de 10 anos depois, eles estão de volta!
Os produtores do projeto - Fabio Almeida (que responde também por JAMM') e Ian Duarte - agora aparecem frente ao Kasino, já que o performer de palco não está mais conectado ao projeto. Percebam também que o visual da dupla lembra bastante a identidade futurista do Daft Punk, que inclusive, são referências assumidas da dupla brasileira.
Sobre o vocalista de "Get Down", já foi confirmado pela própria Massiva Music que é o Fabio Almeida (JAMM'), e perceba que aparentam ser os mesmos vocais dos hits anteriores do Kasino... Ou seja, tudo indica que Fher Biscaia não gravou com sua voz em nenhuma daquelas faixas que o Brasil todo dançou nos anos 2000.
No video postado no Youtube alguém perguntou, e a resposta veio...
E como citado anteriormente, o antigo performer não faz mais parte do Kasino, estando envolvido agora em seus projetos pessoais.
Apenas para atualizar: Fernando Biscaia se candidatou recentemente ao cargo de Deputado Estadual do Rio de Janeiro, mas conseguiu apenas 349 votos, não sendo eleito. Biscaia também está produzindo eletrônico gospel, como citamos aqui há alguns meses.
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-RIKARDO ROCHA
WHIGFIELD É UMA HOMENAGEM À MÃE DE ANNERLEY GORDON
Annerley Gordon e a história que você não sabia sobre WHIGFIELD
Olá amigos leitores deste relutante Blog! Tudo bem?
Sei que hoje é um dia agitado aqui no Brasil (Eleições 2022), mas não poderia deixar de passar mais essa novidade que acaba de me chegar, em primeira mão, à vocês...
Nessa página estamos cansados de levantar evidências sobre a verdade por trás do projeto Whigfield, então como vocês bem sabem, Annerley Gordon foi a verdadeira cantora do projeto, assim como a compositora das músicas.
Não temos nada contra a modelo, pois ela fez um bom trabalho envolvendo a sua beleza nos clipes (nada além disso), porém, a verdade precisa prevalecer!!
Quando digo que Annerley Gordon é a verdadeira WHIGFIELD, não estou dizendo apenas que ela cantou, gravou, compôs, ajudou a produzir e deu tudo de si ao projeto, mas tem algo que ainda não foi dito por ninguém e por nenhuma outra página, e isso envolve um fator muito pessoal, sentimental e íntimo de Annerley Gordon, e que está ligado diretamente ao nome desse projeto.
O nome "Whigfield" vem da mãe da cantora!
A verdade mesmo, é que o nome "Whigfield" é nada mais que uma homenagem de Annerley Gordon para Gwendoline Wighfield, a sua mãe! Não tem relação alguma com a modelo, assim como todo o trabalho artístico do projeto nada teve a ver com a bela performer de palco.
Existe uma diferença muito grande entre ser artista e ser modelo. E quem gosta de música sabe muito bem do que estou falando...
Inclusive, a modelo até hoje diz em entrevistas que o nome "Whigfield" foi uma homenagem que ela deu à sua professora particular de piano, mas isso é mais uma de suas incontáveis invenções! O fato é que Annerley Gordon deu este nome ao projeto para homenagear a sua mãe, Mrs Gwendoline Wighfield.
Veja abaixo, um print de uma publicação "restrita" de Annerley Gordon para alguns de seus limitados seguidores, citando o nome de sua mãe - que hoje completaria 92 anos de idade (infelizmente, ela já é falecida).
Eu já sabia que Wighfield era o sobrenome da mãe de Annerley, mas até então não tinha como provar... por essa razão, agora estou trazendo isso à vocês e com a devida materialidade:
"WHIGFIELD" veio de uma ideia de ANNERLEY GORDON
LEIA MAIS SOBRE A POLÊMICA DO WHIGFIELD E SAIBA DE TODAS AS REVELAÇÕES JÁ EVIDENCIADAS:
"FEVER" DE KYLIE MINOGUE É UM GRANDE ACONTECIMENTO DA MÚSICA POP-DANCE, E COMPLETA 21 ANOS DE LANÇAMENTO
A talentosa e boa moça, Kylie Minogue, apresentando na época o Fenômeno "Fever"
Hoje, dia 1º de Outubro, faz 21 anos que um dos álbuns mais importantes da música Pop-Dance foi lançado. “Fever” de Kylie Minogue se consolidou como um dos melhores discos da "Música Dance" dos anos 2000, e com toda a certeza, é até hoje um dos pilares da cena dançante.
Quem curtiu aquele início de século XXI, sem dúvidas não conseguiu tirar da cabeça uma das canções mais tocadas: “Can't Get You out of my Head”, considerada a mais famosa música de Kylie - praticamente a sua assinatura.
Este lead single teve um sucesso estrondoso, conquistando o 1# em mais de 40 países e ocupando atualmente o 51# dos singles mais vendidos de todos os tempos.
É unânime que todo ser humano já tenha ouvido o refrão dessa canção, pelo menos uma vez na vida. Não se limitando a isso, Kylie, que já era uma musa do mercado fonográfico europeu, conseguiu números ainda superiores com o lançamento do "Fever". A estrela australiana entrou nas paradas de todo o mundo, inclusive no mercado americano...
A capa clássica da obra musical "Fever" (2001)
Na parada mais importante de singles, a Hot 100 da Billboard, “Can't Get You out of my Head” estreou em 3# na primeira semana e mais tarde obteve o reconhecimento de platina tripla pela Recording Industry Association of America pelas vendas de 3.000.000 cópias. Na mais recente atualização, os números são de 13 milhões de cópias vendidas no mundo todo, um recorde para uma cantora não americana.
Nem Kylie Minogue tinha noção do tamanho ícone que se tornaria o álbum "Fever"
Apresentando uma boa experimentação da música Dance, House, Eurodance, Synth-Pop e Neo-Disco, "Fever" é uma base forte para tudo aquilo que se pode chamar de “Música Dance”, até hoje em dia. Liricamente as canções tratam sobre amor, fascínio, romance, flerte, alegria e compreensão, sendo um leque de canções alegres e cheias de energia, além das atmosferas e sonoridades saborosas que preenchem os nossos ouvidos... lances que Kylie Minogue sabe fazer perfeitamente (ela está na ativa há mais de 30 anos e com dezenas de álbuns já lançados).
Em algumas faixas, vemos um apelo melódico que gruda na cabeça, como na principal “Cant Get you Out of my Head” e na melancólica e agradável “Come Into My World”. Há também a radiante “Love At First Sight”, onde os sons de guitarra e o groove da batida dominam, e a contagiante e uma das favoritas do disco:"In Your Eyes". Vale a pena conferir o álbum "Fever", onde Kylie Minogue entrega um raro exemplo de “pop perfection”.
O MARCO E O IMPULSO QUE "FEVER" OCASIONOU NA MÚSICA POP
Sensualidade, arte, carisma, talento, dance music, e atemporalidade
"Fever" é simplesmente um álbum atemporal que serviu de ponto de partida para a febre da música Dance nos anos 2000. Nessa época a Eurodance ainda estava em alta, e muitos outros artistas e projetos caminharam com Kylie na mesma estrada rumo aos Clubs e FMs, como Madonna ("What It Feels Like For A Girl"), Lasgo ("Something"), P!nk ("Get This Parted"), Grenada ("Superstar"), Ian Van Dahl ("Castles In The Sky"), Iio ("Rapture"), Fragma ("Everytime You Need Me"), Paulina Rubio ("Don't Say Goodbye"), Daft Punk ("One More Time"), Sophie Ellis Bextor ("Murder On The Dance Fllor")...e tantos outros.
E "Fever" consolidou de vez a figura de Minogue no mercado do entretenimento, servindo ainda claramente de inspiração para cantoras da atualidade, como Dua Lipa, Rina Sawayama e Rihanna.
Um exemplo disso, é que a atmosfera refinada e ao mesmo tempo dançante de "Fever" se reflete no “Future Nostalgia” de Dua Lipa, ou até mesmo em outros trabalhos dos anos 2000 como o álbum “Confessions On a Dance Floor” (2005) de Madonna, que é inegavelmente um reflexo daquilo que foi feito por Kylie.
Com esse disco, Kylie Minogue conseguiu o primeiro e até então único Grammy de sua carreira, o de Melhor Gravação Dance por “Come Into My World”.
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
Apesar do clima ser ainda de friozinho, a primavera está anunciando que finalmente está de volta no hemisfério sul... E com essa mudança de estação, chega também uma pequena matéria para esquentar os amantes da boa Italodance:
CAPTAIN JOY - "MY SUNSHINE" (2001)
"Meu raio de sol".
Essa é a tradução exata do título dessa linda canção de 2001, lançada pelo projeto Captain Joy.
Podemos dizer tranquilamente que essa é a prima de Kriss Grekò - "Surrender" (2000), sucesso das boates e FM's do ano de 2001, e que também ganhou um artigo aqui no Blog.
Perceba que "My Sunshine" traz essa mesma carga emocional em seu refrão, um vocal poderoso, além de seus teclados e breaks viajantes serem bem similares com a produção de Kriss Grekò -"Surrender".
E digo mais: Você pode não conhecer "My Sunshine" do projeto Captain Joy (ouvi poucas vezes tocar nas casas noturnas, em 2002), mas se você é fã dos famosos projetos de Vocal-Trance, vide Fragma, Alice DJ, Lasgo, Ian Van Dahl, Dee Dee, Astroline, e da própria "Surrender" de Kriss Grekò, tem tudo para se amarrar também em "My Sunshine":
Captain Joy - "My Sunshine" (2001)
"Meu raio de sol,
Você me faz sentir vivo,
Você sabe que é único para mim,
Você sabe que é a minha vida..."
A produção de Captain Joy - "My Sunshine" é mais uma vez de Roberto Gallo Salsotto, o mesmo produtor de Kriss Grekò ("Surrender"), Fabrica ("I'm Missing You"), Sals8 ("Downtown"), Paps N Skar ("Get It On"), Billy More ("Up & Down"), Souvenir D'Italie ("Boys and Girls"), entre outras toneladas de grandes hits da Dance Music.
Essa é a capa do single de "My Sunshine" do Captain Joy, lançado em vinil e CD
E assim como aconteceu com o single de Kriss Grekò, aqui Salsotto recebeu os vocais "acapella" já gravados, então ele não teve nenhum contato no estúdio com a vocalista do Captain Joy.
Já a romântica letra da músicaficou a cargo da cantora Nathalie Aarts, a conhecida voz do The Soundlovers, e que também escreveu e cantou para outros inúmeros projetos da Italodance (Regina - "Day By Day" é só um exemplo de composição exercido por Nathalie).
Nathalie Aarts escreveu a letra de "My Sunshine"
Outros nomes que aparecem creditados no single são de Roberto Zucchini e Umberto Ferraro, que foram os cabeças do projeto. Essa dupla criou os arranjos e a produção inicial da música, e após terem finalizado o "rascunho", contrataram Salsotto para dar aquela "viajeira" final.
Já o selo que lançou Captain Joy é o italiano No Colors, o mesmo que apresentou em 1997 o sucesso "Hablame Luna" do Basic Connection.
O CD "Lunch Break Vol.4" (2002)
No Brasil, a gravadora Building Records foi rápida no gatilho e licenciou a faixa, entrando inclusive na coletânea "Lunch Break Vol.4" (lançada em 2002).
Quanto à vocalista de "My Sunshine", ela é a talentosa Melody Castellari, muitas vezes já citada aqui no Blog por ter sido a vocalista também de Connie Nice ("Dancing In The Night"), A.D.A.M. ("Zombie"), Surama K ("Remember"), entre outros estrondos dançantes dos anos 90.
Melody Castellari é a vocalista e Roberto Gallo Salsotto é o produtor da faixa "My Sunshine" do Captain Joy
Com exclusividade ao Blog, Melody Castellari deu alguns detalhes sobre "My Sunshine", curiosidades que antes eu não fazia ideia...
A cantora disse que, quem a convidou para gravar "My Sunshine" foi Fabio Serra, produtor cultuado da S.A.I.F.A.M. e que dispensa maiores apresentações:
"Oi Rikardo, gravei essa música na S.A.I.F.A.M. Studios, fui chamada pelo Fabio Serra, que me disse na época que seria um trabalho de canto regular."
Fiquei surpreso com essa declaração da Melody, pois o nome de Fabio Serra não aparece nos créditos do single, muito menos existe alguma referência à S.A.I.F.A.M. na capa do disco.
Não foi lançado nenhum video-clipe para "My Sunshine", e Melody nunca a cantou ao vivo
Melody disse ainda que nunca cantou "My Sunshine" ao público em seus shows, pois segundo ela: "não fui creditada na música".
Ao escrever essa matéria, descobri ainda que existiu um single anterior do Captain Joy, e que eu jamais havia escutado antes... É a música "I'm Dreaming", lançada em 2000, também com a mesma produção de Roberto Gallo Salsotto, mas desta vez com vocais masculinos. É outra excelente ítalo do selo No Colors, porém, acho que é menos conhecida do público brasileiro.
"My Sunshine" do Captain Joy é mais uma sensacional Dance Music dos anos 2000 e lançada num ano que foi muito favorável para o Vocal Trance: 2001.
Este subgênero agradou toda uma geração de jovens no início daquela saudosa década, e ainda respira fortemente no coração de uma boa porcentagem deste público, todos atualmente com seus mais de 35 anos de idade. Vertente deliciosa, amada e com um legado indelével, graças à todas essas faixas clássicas, hits alucinantes e emocionantes, como a própria - "My Sunshine" de Captain Joy.
Agradecimentos: Melody Castellari e Roberto Gallo Salsotto