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segunda-feira, 11 de abril de 2022

X PONE FEAT. REGINA - “STRANGER IN PARADISE” (1997)

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA


X PONE FEAT. QUEEN REGINA - "STRANGER IN PARADISE" (1997)


X Pone feat. Queen Regina- "Stranger In Paradise" (1997)


Esse som é definitivamente maravilhoso! "Stranger In Paradise" é uma Dance Music do ano de 1997 que nos colocou para dançar com suas empolgantes batidas sampleadas de Todd Terry - "Wrong" (EBTG) e com a mais que estupenda voz de Queen Regina

Vocês também devem se lembrar quando essa faixa saiu em muitas coletâneas da época, como o saudoso CD "As 7 Melhores da Pan Vol.8" by Paradoxx Music, certo? E ainda devem concordar comigo que esta foi uma das melhores tracks desse disco! Estou errado?

Pois bem, a cantora da música todos sabem que é a brasileira Regina Aparecida Saraiva, que assinou na época como "Queen Regina", mas o que poucas pessoas sabem, é que essa música não é tão original assim, como pensávamos que fosse...

Calma, eu explico melhor...


Duas grandes vozes; Duas diferentes músicas. A mesma melodia!


"Stranger In Paradise" não é uma regravação oficial como foi "Killing Me Softly" - onde Regina refez a versão original de Roberta Flack (em 1996) - mas trata-se de uma melodia totalmente inspirada de um som antigo, trazendo ainda um título e uma letra diferentes (!).

Isso mesmo! Existe uma música original de 1987 chamada "Don't You Want Me" da cantora americana Jody Watley, que quando ouvida, de imediato tem a sua melodia reconhecida pelos fãs mais assíduos da Dance Music dos anos 90. 

Obs: Apesar de Regina ter gravado a sua versão de “Killing Me Softly” a partir da regravação do Fugees, o correto é citarmos sempre a versão original (aqui no caso, de Roberta Flack). O Fugees também se baseou na original.

Participe dessa experiência e depois me diga o que achou:

Jody Watley - Don't You Want Me (Official Video)
MCA Records (1987)


Prestem atenção na melodia de "Don't You Want Me", pois é exatamente a mesma presente em "Stranger In Paradise" do projeto X Pone, entretanto, percebam ainda que a equipe italiana alterou o título da canção e também a sua letra, por isso considero que "Stranger In Paradise" está mais para uma "reciclagem", que para uma regravação. Acrescento ainda que apenas estou repassando uma informação, e que aqui não existe o intuito de tirar os méritos dos produtores italianos e nem da vocalista Regina, que juntos fizeram uma versão espetacular. 

Se vocês estão acostumados a ouvir a rádio holandesa Stad Den Haag (FM de Italo Disco e outros sons dos anos 80) já devem ter escutado esse clássico oitentista tocando por lá... e com certeza, assim como eu, também devem ter se surpreendidos com a nítida similaridade entre os dois singles.


CRÉDITOS?

Em relação aos créditos atribuídos, não há nenhum no single de "Stranger In Paradise" para os músicos da canção de 1987... E isso me deixou um pouco intrigado pois essa melodia foi claramente "chupada" do single de Jody Watley, sendo assim então, os italianos deveriam ter dado os devidos créditos aos artistas americanos.


Os compositores de "Don't You Want Me"(Jody Watley) são os americanos David Paul Bryant, Francine Vicki Golde e a própria Jody Vanessa Watley
Já em "Stranger In Paradise" (X Pone) aparecem nos créditos os italianos Alberto Facchi, Roberto Casassa, Massimo Castrezzati, Simone Pagliari, além do americano Ronald Hugo Jones. Sobre os arranjadores e produtores da melodia, estes também são de diferentes identidades em ambos os singles. 
Não há nenhum nome nos créditos que se correlacionam entre os singles.

Para ter acesso aos álbuns e singles de Regina, como “Stranger In Paradise”, acesse https://eurodance-brazil.blogspot.com


PLÁGIO? CÓPIA? INSPIRAÇÃO? 

Esse evento pode ser configurado como plágio? Difícil dizer, aparentemente tudo leva a crer que “Stranger In Paradise” é uma cópia da música de 1987, mas não sabemos o que de fato rolou por trás das negociações (e se elas aconteceram)... Talvez houve uma divisão de lucros, ou ainda a compra da melodia, como se fosse um "sample melódico".

Vale também relembrarmos que este tipo de "reciclagem" é bem comum na Eurodance, e que foi aplicada em diversos projetos italianos:


UM BOM CLÁSSICO NÃO MORRE JAMAIS

Say When X Corona


Sabem toda aquela polêmica em torno da farsa do Corona? Então, as pessoas ficaram muito focadas na história "Modelo x Cantora real" e não deram muita atenção para a melodia que consta no hit "The Rhythm Of The Night" (1993). 

Nesse caso do Corona, a letra foi escrita pela compositora/cantora Annerley Gordon (a voz real do projeto Whigfield) e por Giorgio Spagna, porém a sua melodia já existia e foi "roubada" de um single coincidentemente também do ano de 1987. Ouçam Say When! - "Save Me" (1987). 

Detalhe que, assim como em X Pone, não há créditos no single do Corona para a produção de Say When!, nem ao menos uma citação ou referência foi dada.


Alton McClain & Destiny X Lee Marrow


Outra faixa dos anos 90 que usou dessa mesma prática é Lee Marrow feat Charme - "I Want Your Love" (1992) (olha o produtor italiano do Corona aí novamente, hahaha), agora arregaçando as suas manguinhas e se "inspirando" na melodia do clássico de Alton McClain & Destiny - "It Must Be Love" (1978).

Assim como nos casos de X Pone e Corona, a letra de "It Must Be Love" e o seu título original foram alterados na versão de Lee Marrow, então, pode-se dizer também que houve uma "reciclagem" por parte do produtor italiano, através da melodia criada em 1978. 

O mesmo já não se aplica para a cantora de House Music Robin S., que em 1997 fez uma legítima regravação para "It Must Be Love", respeitando o título e a obra original. Lembram-se dessa?



Temos ainda Dr. DJ Cerla - “Everybody Pom Pom” (1995), que se inspirou na melodia criada pela banda de rock America - “Golden Sister Hair” (1975), além de muitas outras inspirações curiosas e inesquecíveis...

Enfim pessoal, independente de tudo, essas músicas citadas são esplêndidas e estão mais que eternizadas em nossas memórias e corações.

X Pone Feat Regina - "Stranger In Paradise" (1997) está completando 25 anos, e continua excepcional!! E que interpretação absurda na voz da cantora Regina!!

Jody Watley -  "Don't You Want Me" (1987) é um som que descobri recentemente, mas que toca ainda em rádios voltadas aos anos 80, como a já citada Stad Den Haag, e onde a ouvi pela primeira vez.

Sinceramente? Particularmente prefiro a versão reciclada! O dançante e animado sucesso na voz de Regina! 

É sensacional até hoje!!!

E vocês, qual preferem? Sabiam desse remake "não assumido"? 


Abraços.


domingo, 3 de abril de 2022

A DANCE MUSIC NO BRASIL HÁ EXATOS 25 ANOS - ABRIL DE 1997

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-RIKARDO ROCHA


Para dar zoom nas imagens, clique sobre elas


AS MÚSICAS QUE ERAM DESTAQUE NO BRASIL HÁ 25 ANOS

É meus caros, há exatos 25 anos, em abril de 1997, tínhamos muita música 'Dance' e 'Pop' rolando nos clubs e rádios de todo o Brasil... E agora só me resta dizer à todos vocês: Que saudades!

Olhem só o grande #1 nas pistas de São Paulo: O projeto brasileiro Ricco Robit -“I Don’t Let You Go”, que na época eu sentia uma similaridade muito nítida com as produções da Angelina

Por falar na Angelina, a febre latina ainda estava em alta no Brasil em abril de 1997, incluindo as novelas mexicanas que tanto passavam no SBT, lembram-se? 

Então, devidamente a essa popularidade, a cantora e atriz Thalia tinha o seu espaço reservado nas pistas e FM's, mesmo não sendo exatamente uma cantora do gênero Dance Music...

Com alguns remixes de suas canções conhecidas, como "Amandote" e "Piel Morena", ela conquistou os fãs do Pop Latin daquele ano. Não que eu gostasse dessas músicas, mas estes eram hits até que suportáveis, ainda mais se compararmos com o que a nação brasileira vem ouvindo atualmente.

Outra latina que fazia muito sucesso nesse período, foi com certeza a colombiana Shakira, que apareceu na TV por diversas vezes e fez muitos shows no Brasil. Em setembro de 1996, em sua primeira vinda ao país, Shakira ainda fez turnês em cidades relativamente pequenas [para o porte artístico que a cantora tem hoje] como a paulistana Taubaté.

Dá para imaginar, um anúncio da Shakira se apresentando em Taubaté-SP, hoje em dia?


Donde estás corazon? Estoy aqui en Taubaté

As latinas Thalia e Shakira eram do Pop em 1997, mas nessa época era comum os artistas trabalharem com DJs e produtores em remixes, então bombavam também nas pistas de dança com suas versões mais agitadas


Outro merecido destaque do chart acima fica por conta do projeto Hysteric Ego - “Want Love”, track avassaladora que esteve nos topos dos clubs do Rio de Janeiro e São Paulo. Ah, e atentem-se também para a estreia da hipnotizante “Insomnia” de Faithless nas pistas brasileiras… Uma obra eternizada do Trance fazendo história pela primeira vez em território brasileiro, mais especificamente em São Paulo. Um enorme marco da Dance Music!


AS MÚSICAS LICENCIADAS PELAS GRAVADORAS DE DANCE MUSIC:

E claro, em abril de 1997 as gravadoras estavam pegando fogo com diversos lançamentos da Eurodance, como a Paradoxx Music, que apostava todas as suas fichas em Tatjana - "Your Love Is Magic", faixa que infelizmente não decolou como "Santa Maria", seu grande sucesso de 1995. 

Outra canção que a Paradoxx acolheu em seu cast foi a novidade da inglesa Suzann Rye, que tinha estourado poucos meses antes com a versão Dance de "Because You Loved Me". Entretanto, sua nova música "Trapped In My Heart" não repetiu o êxito da anterior, mesmo sendo uma faixa interessante para os fãs de Dance.

Em compensação, a gravadora paulistana vibrou com a ascensão da italiana Gala e de seus dois singles explosivos "Freed From Desire" e "Let A Boy Cry"; além do auge supremo do The Prodigy com seus big tunes mais radicais, como "Firestarter". Vejam abaixo, a relação das 10 músicas que a gravadora estava divulgando aos DJ's e fãs da dance music no mês de abril de 1997:


A Paradoxx Music com seus destaques em singles e coletâneas, há 25 anos!

Já a carioca Spotlight Records tinha em seu acervo muita coisa boa também, como o belo e inesquecível single de "Better Life" do projeto Nell...  Que classicão, não é amigos? Trata-se de uma produção italiana que havia estreado nas pistas brasileiras em fevereiro de 1997, e que insistia em não sair dos charts.

Outros hits surpreendentes e que estavam na boca dos brasileiros eram: "Number One" da Alexia; "Beautiful Ones" do projeto Dama; os brasileiros do Sect com a cativante "Get Away"; o freestyle eletrizante do Acid Factor - "Fantasy"; e a fofinha Debbie Clark com "Your Baby". 

Sem dúvidas, a Spotlight sabia mesmo agradar à todos os públicos...

A propósito, a vocalista dessa ultima faixa é a simpática e talentosa Nathalie Aarts (no site da artista tem uma lista com muitas de suas participações vocais, e ela informa que realmente aqui é a sua voz).

Agora veja os principais destaques que a gravadora Spotlight nos apresentou no mês de abril de 1997:


A Spotlight Records tinha o slogan de "A Melhor em Dance Music". Com esse playlist maravilhoso, ela realmente fez jus e soube abrilhantar a cena Dance brasileira!!


Muitos fãs da música nacional atual dizem que não valorizamos a música feita no Brasil e que apenas exaltamos os artistas de fora, mas isso é uma mentira sem tamanho... Também gostamos da música brasileira, mas obviamente que somos seletivos e recusamos ouvir essas produções cheias de baixarias, apelações, e que apresentam sempre uma produção cafona. E atualmente, aqui em nosso país "democrático", só existe espaço para dois gêneros musicais: a música que lembra o "brega" e a música que lembra o "crime". Nada além disso!

O caso do grupo Fincabaute - que aparece na lista acima da Spotlight Records - se aplica aos artistas nacionais dos anos 90 que queriam investir mais na Dance Music, e como havia espaço para todos os gêneros, então o Brasil se rendeu com a divertida faixa "Coisa de Maluco". 

Esse hit uniu muitos amigos, vizinhos, colegas de trabalho, familiares, em diversas comemorações saudáveis, pois apresenta uma letra simples e descompromissada, sem precisar fazer apologia as drogas ou apelar para a mesmice da "bunda music" - que só tem o intuito de jogar o órgão genital do "cantor" na fuça do ouvinte.

Se a música é boa, dançante, com cantores que sabem cantar [e não só bater na mesma tecla da "cachaça" ou da "raba"] já tem o nosso interesse, não importa se é internacional ou nacional. 

Não há preconceito com a cultura brasileira da nossa parte, mas há sim um seletivismo: em saber escolher o que é bom e saudável para si. 

Resumindo: Todo mundo procura aquilo que condiz à sua índole, sua moral, seus costumes e sua educação, então, democraticamente deveria existir espaço para todos os  gêneros, não essa censura assombrosa que poucos percebem.


Em 1997 o sol raiava ao som de Deborah Blando em todos os cantos do Brasil


Outra cantora que estava em alta nessa época, e cantando em português, era a talentosa Deborah Blando...  Agora compare essa autêntica cantora com o que temos fazendo sucesso atualmente... A sua música "Unicamente"  tocava em todas as rádios em abril de 1997, assim como o seu vídeo que não saía da MTV Brasil

Era dance music? Não! Era cantada em inglês? Não! Simplesmente era a música Pop Nacional, e nós a amávamos... Por que? Simples. Porque tinha qualidade! 

Não tem essa de "vamos valorizar os artistas nacionais"... A indústria nacional é que tem que valorizar os nossos ouvidos. O nosso papel é de apenas exigir mais qualidade e diversidade. 

Tá, eu sei que "qualidade" é algo muito subjetivo; pois o que pode ter qualidade para mim pode ser que não tenha para você, mas... e a diversidade musical? O significado da palavra diversidade será sempre diversidade. Então, cadê a diversidade? Por que essa ganância em controlar toda a indústria musical e restringir outros gêneros?


A Dance Music tinha o seu espaço reservado em muitas rádios e danceterias em abril de 1997 e chovia lançamentos deste gênero, um dos favoritos do público juvenil (ao lado do rock)... 
Um destes singles que saiu há 25 anos foi a novidade da Jocelyn Enriquez (que já era bem conhecida através de seu outro sucesso "Do You Miss Me?"). Seu novo eletro-freestyle era a sensacional "A Little Bit Of Ecstasy", que foi mais um hit da cantora.
 A Building Records? Conseguiu se destacar nessa época com um de seus maiores acertos de licenciamentos... trouxeram a italianíssima "Show Me Your Body" do projeto Mesopotamia. Dois Hitaços de 1997!!


Nessa época também existia muita música ruim, na linhagem "tira o pé do chão", como o Netinho, Banda Eva, Só Pra Contrariar, É o Tchan, entre outros, mas é aquele negócio... havia espaço para outros estilos e assim podíamos escolher! Havia a necessária e citada: DIVERSIDADE

Hoje, você só ouve "fuck*-music", músicas de bêbado ou sons de "zé droguinhas" em todos os lugares. Não tem mais aquela opção... E isso também explica o porque de tantas pessoas ficarem estagnadas nos flashes backs e de não conhecerem as novidades da Dance Music, pois não existe mais nenhuma "ponte", como a Paradoxx Music, Jovem Pan, Fieldzz...

De 2015 para cá, eu tenho percebido que vivemos numa verdadeira ditadura musical, e se você critica essa falta de espaço no mercado [que antes existia], ou demonstra que não está satisfeito com a sonoridade musical de determinado artista, é repreendido pela militância e taxado de preconceituoso. Praticamente somos obrigados a gostar desses 'artistas', caso contrário, preparemo-nos então para enfrentar a ira dos reboladores de bundas!!


As músicas recém licenciadas da Building Records e as mais tocadas na Krypton (abril de 1997)


Mas voltando ao passado: Há 25 anos a Building Records estava ficando cada vez mais conhecida entre os fãs da música eletrônica. 

Fundada em 1995, muita gente não tem muitas lembranças da gravadora antes do ano de 1997, o ano que a empresa de Alain Chehaib licenciou músicas marcantes, vide Prima - "Don't Cry For Me Argentina", Alex - "Te Extraño, Te Amo, Te Olvido", e a maravilhosa e já citada "Show Me Your Body" do projeto Mesopotamia. E foi bem aí que eu comecei a me interessar pelos produtos dessa gravadora...

Em abril de 1997 tivemos também outras visitas internacionais no Brasil, além de Shakira... E agora estou falando de artistas reais da Dance Music!

Faz exatos 25 anos que o canadense Outta Control e o alemão Real McCoy estiveram no Brasil para cumprir com suas agendas de apresentações. Inclusive, o Outta Control também performou na TV aberta e mostrou todo o poder da sua "Sinful Wishes" em rede nacional aos brasileiros. 


Outta Control e Real McCoy tinham hits "até dizer chega" e vieram ao Brasil para divulgar seus trabalhos. Atualmente esses artistas da Dance Music passam reto e vão para outros países sul-americanos... Triste saber que não existe mais público aqui para esse gênero musical.

O grupo Real McCoy aparentemente não se apresentou em nenhuma emissora de TV com o hit "One More Time" (sua faixa de trabalho naquele momento), mas é de nosso conhecimento que ele deu uma entrevista à MTV brasileira e fez pequenos shows em clubs.

Em abril de 1997 tivemos ainda o lançamento de outras faixas da Eurodance, hoje considerados clássicos inesquecíveis... Estou falando da baladinha "Just For You" do Masterboy e também "Thinkin' About You" do Discover (na voz da italiana Simone Jay):


Um pouco antes de "Wanna Be Like A Man", Simone Jay gravou para o projeto Discover, que chegou ao Brasil há 25 anos!


E não estou apenas levantando a bandeira da Dance Music aqui nessa postagem, mas tínhamos também bons grupos de Pop, como Spice Girls (auge total) e Boyzone

Engraçado que, na época, o Backstreet Boys ainda não era um grupo pop conhecido por nossas bandas, então quando começaram a se destacar por aqui (com "Everybody", no 2º semestre de 1997), a gravadora Virgin resolveu trazer aos brasileiros a música "I'll Never Break Your Heart", que já era um single antigo e que tinha sido sucesso em 1995 na Europa...  

Contudo, nem foi tão novidade assim, se é que vocês me entendem... Acontece que os brasileiros já conheciam a versão Eurodance dessa música, produzida pelos sensacionais músicos da italiana S.A.I.F.A.M.

"I'll Never Break Your Heart" foi lançada pelo projeto italiano Bakerstreet, em 1996, inclusive foi por esse motivo que muita gente confundiu e achou que essa era a versão original (!).

O mesmo aconteceu com dezenas de outros singles da Eurodance, como as regravações do projeto britânico Natalie Browne (Almighty Records), que tocavam nas rádios, nos clubs, nas TVs, antes mesmo das originais chegarem por aqui.

Tudo muito diferente da nossa atualidade, onde temos que correr para "garimpar" e conhecer algo audível do gênero. E o pior: Fazer isso fugindo da poluição sonora que invadiu o país, e se esquivando dos defensores de todo esse esgoto musical a céu aberto.

Pensando aqui o que será dos próximos 25 anos... Medo.



sábado, 2 de abril de 2022

DVD TATJANA - "MY OWN STORY" (2002) - FINALMENTE EM MÃOS!

Depois de um pouco mais de 6 anos procurando, finalmente eu consegui encontrar este DVD holandês de Tatjana - "My Own Story" - lançado em 2002 e fora de catálogo já há muito tempo...

Trata-se de um documentário sobre a vida da modelo / cantora Tatjana Simic, nascida em 09 de junho de 1963 na antiga Iugoslávia e atual Croácia. 

Neste disco, que é bem raro, há muitos detalhes pessoais da louraça Tatjana desde a sua infância até ao seu estrelato no mundo do entretenimento. 


DVD Tatjana Simic - "My Own Story"

Uma pena é que esse registro não traz nenhum tipo de legendas eletrônicas, e como é falado em holandês, não entendemos bulhufas da história da musa.

Mas eu já sabia que não teria legendas (havia pesquisado antes), e mesmo assim achei interessante obter o tal DVD pois ainda traz outros "brindes" degustáveis da Tatjana, como os videos oficiais de:

"Santa Maria" (sexy version)

"Calendar Girl"

"First Time"

"Baila Baila"

"Wait And Wonder"

"Crazy Way About You"

Além de muitas fotos, slideshows, making of, um poster dela dentro do estojo, entre outros atrativos...


Depois de 6 anos procurando por esse DVD holandês (lançado em 2002), eis aqui finalmente... o nosso encontro!


Num grupo do Facebook sobre Tatjana (que faço parte há alguns anos), publiquei a foto acima segurando o DVD em mãos, então um dos produtores deste documentário viu essa postagem e me perguntou se era um item de colecionador:

"Item de colecionador? Ficamos muito felizes em produzir isso, Tatjana era uma moça muito legal de se trabalhar!" - Piet Davelaar

Então respondi: "Oi Piet Davelaar, eu sou brasileiro e não entendi nenhuma palavra dita no documentário (que é falado em holandês) - infelizmente não há legendas em inglês disponíveis... mas mesmo assim foi bom apreciar este material!! Eu coleciono alguns itens de Tatjana Simic, e eu estava procurando por este DVD raro por 6 anos. Estou feliz por ter encontrado este produto... Você pode me contar como foi a sua experiência em produzir este documentário para a Tatjana? Obrigado!"


Piet Davelarr


"Sim, o DVD está em holandês, minha empresa produziu para o mercado holandês. Tatjana voltou ao seu país, a Croácia, nessa época para visitar lugares de sua infância, onde ela cresceu. Ela foi uma pessoa muito legal de se trabalhar, fizemos várias sessões de fotos, conversamos muito sobre o produto, tivemos permissão para usar muitas fotos do arquivo privado dela... E a festa de lançamento foi incrível e vendemos muitos destes DVDs. Talvez você possa vê-la no Instagram, ainda parece incrível." - Piet Davelaar


Tatjana –"My Owen Story" (Minha Própria História)

Selo: Cine-View – DVD 60131

Formato: DVD , DVD-Vídeo

País: Holanda

Ano de lançamento: 2002

Gênero: Dance Pop, Eurodance , Euro Disco

Estilo: Europop

Para ler a nossa biografia completa sobre Tatjana, clique AQUI


Para quem quiser obter este material na íntegra, fiquem tranquilos... Em poucos dias estarei efetuando a extração do DVD e disponibilizarei ele por completo aqui neste link para vocês:

https://modelosdamusica.blogspot.com/2022/02/tatjana-simic-de-santa-maria-nua-em.html

É um autêntico DVD, para Dançar, Ver e Degustar ;)


quinta-feira, 31 de março de 2022

GIORGIO MORODER - LENDÁRIO PRODUTOR DA MÚSICA DISCO/ POP / DANCE

 GIORGIO MORODER - O MAIOR SINÔNIMO DE PRODUÇÃO MUSICAL DO MUNDO

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-RIKARDO ROCHA

Giorgio Moroder - Ontem e Hoje


Esta é a Itália pela qual todos conhecem e que é apreciada em todo o mundo. Com certeza, Giorgio Moroder é um patrimônio de toda a nação italiana...

Giovanni Giorgio Moroder, nascido em Hansjörg, Ortisei, Itália, em 26 de abril de 1940, é o maior produtor musical e compositor italiano do mundo. Compositor, arranjador, produtor, performer e DJ, ele também é vencedor de 3 Oscars, 4 Grammy Awards e 4 Globos de Ouro! Quem segura esse italiano??

Giorgio Moroder é simplesmente considerado um dos músicos mais inovadores e influentes da música eletrônica e da disco music. Fundador do selo Oasis e do Musicland Studios, nos anos 70 inventou o Munich Sound (muitas vezes confundido com a Italo-Disco que chegaria mais tarde) e criou grandes hinos das discotecas com Donna Summer Roberta Kelly.

Completamente autodidata, é com razão considerado o pai da Dance Music que se ouve e se produz ainda hoje em todo o mundo. Moroder foi o primeiro a usar "máquinas de computador" nos estúdios de gravações, muitas vezes construídas por ele mesmo (!).


Moroder com Donna Summer: Uma das parcerias mais icônicas do mundo da música


Dificilmente se encontra alguém como Giorgio Moroder. Ele não produziu apenas os álbuns "I Feel Love" (Donna Summer), "Chase" (Giorgio Moroder) e "E=MC2" (Giorgio), como pode parecer no ponto de vista do fã iniciante da música eletrônica... Além dessas preciosidades, ele fez toneladas de outras maravilhas atemporais como "Take My Breath Away" (Berlin)"Flashdance...What a Feeling" (Irene Cara), "Love Kills" (Freddie Mercury) e a música tema de "Neverending Story" (Limahl).

Moroder foi também o grande responsável pela faixa eletrônica mais influente dos últimos 40 anos, Donna Summer "I Feel Love" (1977), uma produção que foi o modelo para a maioria das faixas Techno/Trance subsequentes.

Em sua casa, Moroder guarda três Oscars por seu trabalho nos filmes "Top Gun", "Flashdance" e "Expresso da Meia-Noite", além dos também já citados quatro Grammys e quatro Globos de Ouro. 


Moroder é compositor, arranjador, produtor, performer e DJ


GIORGIO MORODER TRABALHOU PARA E COM:

Donna Summer, Roberta Kelly, Elton John, France Gall, Janet Jackson, Barbra Streisand, David Bowie, Graham Nash, Kenny Loggins, Harold Faltermeyer, Sabrina Salerno, Limahl, Cher, Freddie Mercury, Phil Oakey, Olivia Newton-John, Blondie, Frida, Eurythmics, Mr. Big, Chaka Khan, Roger Daltrey, Irene Cara, Miami Sound Machine, Sammy Hagar, Sparks, Sigue Sigue Sputnik, Cheap Trick, Bonnie Tyler, Japão, Falco, Gianna Nannini, Edoardo Bennato, Adriano Celentano...

Há também vários sucessos como cantor: "From Here to Eternity" de 1977, assinado simplesmente como Giorgio e "Chase" do ano seguinte, retirado da trilha sonora do filme O Expresso da Meia-Noite que lhe rendeu o seu primeiro Oscar.

Nos anos 80 trabalhou na música de filmes como "Gigolô Americano", "Flashdance" (segundo vencedor do Oscar), "Scarface", "A História Sem Fim" e Top Gun (terceiro vencedor do Oscar).


Fazendo história na música com suas "máquinas"


Moroder também compôs a música para as Olimpíadas de Los Angeles de 1984 e os Jogos de Seul em 1988, bem como a canção para a Copa do Mundo da Itália em 90, "An Italian Summer", interpretada por Edoardo Bennato e Gianna Nannini.

Ele também compôs a música "Forever Friends" para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. 

Em 5 de setembro de 2010 foi condecorado com a Grande Ordem do Mérito da Província Autônoma de Bolzano.


Lendas do Pop: Giorgio Moroder com a vocalista Debby Harry (Blondie)

Não dá para esquecer que o mestre das produções também produziu hits como "Call Me", do Blondie, e bandas clássicas dos anos 80, como Information Society e Sigue Sigue Sputinik.

Em 2013, ele foi homenageado pela dupla Daft Punk em uma faixa do álbum "Random Access Memories". A faixa, intitulada "Giorgio By Moroder" usa o estilo de Giorgio, e também foi produzida por ele. 

Com mais de 50 anos de profissão e com quase 82 anos de vida, ele segue firme produzindo e sendo muito respeitado dentro do cenário musical. Um de seus trabalhos mais recentes é o álbum "Déja Vu" (2015), que também é recheado de participações especiais, como as presenças das cantoras Britney Spears, Kylie Minogue e Sia.


Giorgio Moroder atualmente:
A música dançante não pode parar!

Moroder é, com certeza, uma grande referência para todos os DJs do mundo, mas ele não fica acomodado por ter chegado no nível máximo... O pai da música eletrônica gosta de se antenar com o que está rolando no mundo da música:

 "Ouço muito David Guetta, Calvin Harris, Martin Garrix, todos DJs, mas também gosto de conhecer a cena pop, como Lady Gaga, que é uma cantora fantástica e uma compositora e pianista impressionante, além do Justin Timberlake e da Beyoncé. Essa última é um fenômeno! Não posso dizer que ela é maior que Donna Summer, mas que está no mesmo nível ela está, com certeza" - Giorgio Moroder

"Se eu ainda tenho energia no palco, vocês também precisam ter, ok?"- Giorgio Moroder

Giorgio está em plena forma... Depois de mais de cinquenta anos continua reinventando a música a cada geração -  se destacando mundialmente e dando orgulho aos italianos e à todos os fãs da boa Pop/Dance/Disco Music!!!


Leia sobre Limahl - "Neverending Story" (1984) - Um produção EuroPop produzida por Giorgio Moroder

P. LION - "HAPPY CHILDREN" (1984) CLÁSSICO DOS ANOS 80 E DA ITALO DISCO


 

QUEM É P.LION, O CANTOR DE "HAPPY CHILDREN"?

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-RIKARDO ROCHA



P. Lion é o nome artístico de Pietro Paolo Pelandi, músico, cantor e produtor musical italiano. Ele nasceu em 29 de junho de 1959, em Alzano Lombardo, na Itália, sendo mais conhecido como um artista do gênero Italo Disco - estilo de música com muitos sintetizadores e que bombou na década de 1980.

P. Lion era da mesma geração dos cantores Den HarrowKen Laszlo, Gazebo, Tracy Spencer e Sabrina Salerno, contribuindo muito para o mercado da Italo Disco. Suas canções mais conhecidas foram "Dream" "Happy Children", principalmente a última, que também foi um grande hit no Brasil.


P Lion lançou dois álbuns ao longo de sua trajetória:

• Springtime (Carrère Records, 1984)

• A Step In The Right Way (FMA Records, 1995)


O SUCESSO "HAPPY CHILDREN" 

Eu sou um grande fã de "Happy Children" desde o ano de 2000, quando tive acesso à uma coletânea chamada "15 Hits" que ganhei de um querido amigo já falecido (André Luis Green, descanse em paz, meu eterno amigo!). 

Já em 2018, eu vi uma montagem de "Happy Children" feita por Carlos 21 (também falecido, infelizmente), e achei esse material super interessante... Carlos mesclou cenas do antigo videoclipe de "Happy Children" com cenas de uma apresentação mais recente de P. Lion, onde o vocalista canta esse clássico oitentista no meio de uma plateia. 

Veja que massa, o ANTES e o DEPOIS:


P. LION - "HAPPY CHILDREN" (1984 e 2018)


Em uma entrevista ao site Italo-Interview's, P. Lion se definiu:

"P. Lion é Paolo Pelandi. Nasci em 29 de junho de 1959. Comecei a tocar piano e a escrever minhas próprias músicas muito cedo. Acho que sou muito romântico e às vezes muito 'sonhador', mas sinto a música como uma ótima maneira de me comunicar. O "P" é porque meu nome completo é Pietro Paolo Pelandi, e "Lion" é porque o leão é o símbolo da minha família."


Álbum clássico da Italo Disco - "Springtime"


A sua música de maior sucesso com certeza é "Happy Children", um verdadeiro hino, e tem uma letra muito interessante também, reflexiva e com uma levada meio melancólica... Esteve no topo das paradas na Europa durante 1984 e 1985, aliás, ANOS PODEROSOS para a Italo Disco. 

O artista começou a trabalhar nesse hit logo no comecinho de 1983, gravando a sua "demo" numa fita K7 e depois levando-a até ao produtor Davide Zambelli, este que acreditou no potencial de P. Lion. 

A música e a letra também foram compostas inteiramente por P. Lion, fatos que lhe enchem de orgulho sempre quando fala sobre essa produção.

Por um lado P. Lion demonstra satisfação por falar de sua composição, mas por outro demonstra tristeza, pois segundo ele, o significado da música faz muito sentido ainda nos tempos atuais... A letra fala sobre conflitos, guerras, embates e poucos sorrisos, que a esperança de dias melhores estão nas crianças, e que nós precisamos ser essas crianças para assim termos um mundo melhor.

Lançado em 1 de setembro de 1983, "Happy Children" levou P. Lion ao estrelato. Na Suíça, a música entrou na posição número 24 em 1º de abril de 1984, subindo para o número 11 por três semanas. Na Alemanha e na Holanda chegou ao 15º lugar e na Bélgica o sucesso da música foi ainda maior, chegando a 5ª posição por onze semanas. 

O próprio P. Lion chegou a citar que foram necessárias cercas de quatro horas para escrever "Happy Children", tanto o texto quanto a melodia, e apenas seis horas de arranjos foram necessárias antes de ir para o estúdio de gravação. As seis horas de arranjos aconteceram em sua casa, em sessões de duas horas: “para não incomodar os vizinhos”.

A música foi hit instantâneo e sem nenhum tipo de marketing ou promoção, ao contrário do que acontece quando nascem as produções atuais, com uma publicidade muito massiva, como vemos muito na TV e principalmente no youtube e spotify.

O produtor de "Happy Children" foi o já mencionado Davide Zambelli, o mesmo de Scotch, Finzy ContiniSilver Pozzoli, etc. E esse tremendo sucesso está no primeiro álbum "Springtime", distribuído pela lendária gravadora Discomagic

P. Lion também colaborou na produção de alguns singles como "Believe Me" e "Under The Moon", lançados pela gravadora Durium. Em 1995, ele criou o segundo álbum "A Step In The Right Way", pela gravadora FMA

Paolo Pelandi costuma trabalhar com diversas músicas e não sabe se estas irão para outros artistas ou se tornarão seus lançamentos pessoais, ele apenas afirma que gosta mais de escrever e produzir, completando com: "Eu não sou um bom cantor". 

Modesto ele, não é mesmo?


P.LION É UM DOS SIMBOLOS DA ITALO DISCO


OUTRAS CURIOSIDADES:

-O artista italiano realizou os vídeos de "Happy Children" e "Dream" em Paris, no ano de 1984.

-Neste seu primeiro álbum, P. Lion trabalhou com alguns músicos como Paolo Costa, Max Costa e Marco Gotti, grandes colaboradores conhecidos na Itália. 

-Dessa época da Italo Disco, o cantor ainda afirma que o seu artista favorito foi Gazebo.

-P. Lion trabalhou como cantor em algumas produções que poucas pessoas sabem que esteve envolvido, como Wish Key - "Easy Wayos", de 1984. Ele também foi o arranjador de projetos como De Nuevo Tu, Betty Villani e do álbum de Tony Sheridan - "Dawn Colours" .


P. Lion atualmente (em foto de 2018)


-P. Lion se divorciou em 1990, após 14 anos. Casou-se novamente (sua atual esposa se chama Loredana). Ele também tem 2 filhos: Massimiliano e Edoardo;

-Ele gosta muito de escrever músicas, mas sonha é escrever para filmes;

-A música de P. Lion - "Happy Children" foi muito tocada aos domingos do SBT, mais especificamente em 1995 no programa "Domingo Legal", do falecido Gugu Liberato. Quem não se lembra da sua introdução no quadro "Taxi do Gugu"?? Que saudades... época inesquecível!!


Seus singles oficiais foram:

• Happy Children (Discomagic - Carrere Records, 1983)

• Dream (Discomagic - Carrere Records, 1984)

• Reggae radio (Discomagic - Carrere Records, 1984)

• Believe me (Durium Records, 1985)

• Under the moon (Durium Records, 1986)

• You'll never break my heart (Durium Records, 1987)

• Burn In His Hands (P.Lion Production, 1991)

• A Salty Dog/Sea So Blue (<plp> Records, 2014)

• MONeY (<plp> Records, 2015)

• Remember (<plp> Records, 2015)

• Happy children - Remake 2018 (<plp> Records, 2018)



Atualmente este grande ícone da música Italo está prestes a completar 63 anos de idade... Que ele tenha muita saúde e muitos outros anos de vida felizes pela frente!!! 

E espero que vocês tenham gostado de saber um pouco mais sobre este grande e inesquecível artista italiano que gosto muito!!

P. LION!!

"Acho importante encontrar coragem para tentar novos caminhos musicais, não apenas pensando no retorno financeiro" - P. Lion

SILVIO "SILVER" POZZOLI - CANTOR DE ITALO DISCO

 SILVIO POZZOLI - UM GRANDE CANTOR QUE CONTINUA TRABALHANDO SERIAMENTE NA MÚSICA ITALIANA

Silvio Pozzoli na década de 80

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA



Silvio Pozzoli nasceu em 19 de julho de 1953 em Milão, na Itália. Antes de seu nome se tornar conhecido como uma das estrelas da Italo-disco, Silvio trabalhou nos estúdios de gravações em vários projetos musicais, e um dos mais notáveis ​​foi o Club House, que tinha a sua música mais conhecida "Do It Again" - e trazia a instrumental de "Billie Jean" de Michael Jackson. 

Essa produção de 1983, "Do It Again (Medley With Billie Jean)", fez sucesso quando o artista tinha 30 anos de idade, ganhando reconhecimento em vários países europeus, especialmente no difícil mercado britânico. 

Ainda antes, em 1980, Silvio, junto com Vincenzo Tempera, formou a dupla Gli Ypsylon, com quem gravou a música "Astro Robot Contatto Ypsylon" para a televisão italiana. Ao mesmo tempo, ele também gravou o single "La Principessa Sapphire" com outros três músicos. Essa última música foi gravada para um conto de fadas infantil na TV e foi lançada como E Cavalieri Di Silverland, em 1980. De qualquer forma, não foi a única produção desse tipo em que Silvio participou, pois a partir de 1979 ele trabalhou no estúdio de desenhos na I Micronauti e no Grupo Louisiana.



O verdadeiro salto na carreira de Silvio Pozzoli foi o momento em que foi convidado a colaborar com o selo Many Records - especializado em disco music, mais tarde conhecido como "italo-disco". Em 1984, Silvio foi contratado para gravar o projeto Den Harrow com "Mad Desire".  A música foi um grandioso sucesso, mas quem aparecia nos palcos e vídeos era o modelo Stefano Zandri, que apenas dublava.

Silvio Pozzoli explicou melhor sobre essa sua colaboração no projeto Den Harrow ao site italiano Lemeleverdi. O vocalista disse: 

"Havia uma gravadora, a Baby Records, uma empresa que fazia compilações; então uma amiga (Naimy Hackett) me disse que eu tinha que cantar uma música, ela era a autora dessa música; Não é que eu tenha emprestado a voz... Fui lá porque estava sendo pago; só mais tarde soube que o rosto era de um outro cantor. É claro que fiz, mas quando me pediram para fazer de novo, não aceitei mais; então não é que eu emprestei minha voz, eu não emprestei nada pra ninguém, eu vivenciei uma situação... Os anos 80 eram todos meio estranhos, havia tantos blefes..." - Silvio Pozzoli

Mais tarde, Silvio Pozzoli foi substituído neste projeto por Tom Hooker. No verão de 1985, como "Silver Pozzoli", ele gravou o hit "Step By Step", e depois "Around My Dream" - seu maior sucesso e uma das faixas italo-disco mais reconhecidas do continente europeu. 


Den Harrow - "Mad Desire" (1985)
O projeto Den Harrow tem cada música massa, não é mesmo? Só hits estupendos... Pena que sempre foi uma farsa, e o modelo loiro bombadão, que aparece no video acima, apenas dublava!!! O verdadeiro artista da música "Mad Desire" é ele: Silvio Pozzoli, que não aparecia. Ouvi muito com minha família em festas nos anos 80;


Silvio Pozzoli - "Around My Dream" (1985)
Música espetacular e viciante da Italo Disco, uma das minhas favoritas de "Silver". Escutei muito em festinhas familiares nos anos 80, assim como tocava muito em festas de casamento.



Silvio Pozzoli - "Step By Step" (1985)
Outra velhinha da Italo Disco na bela voz do mestre "Silver"


Silvio Pozzoli também foi uma das vozes principais (talvez a principal) do mega-hit "Tarzan Boy" de Baltimora (projeto que tinha um modelo, Jimmy McShane, que só dublava). Essa canção também foi escrita pela sua amiga Naimy Hackett, a mesma autora de "Mad Desire" do Den Harrow, mas gravada em 1984. Essa compositora trabalhou com Silvio Pozzoli ainda em "Around My Dream", lançado como Silver Pozzoli, em 1985.

Antes do primeiro álbum de Silver ser lançado, saiu o terceiro single "From You To Me" (1986), que infelizmente não repetiu o sucesso dos dois singles solo anteriores. O álbum "Around My Dream" foi lançado em 1987 e incluiu os três primeiros singles, bem como algumas músicas novas que também foram promovidas como maxi-singles. As mais populares foram "Pretty Baby", "Chica Boom" e "Cross My Heart" - todas lançadas em 1987.

No verão de 1988, Silver Pozzoli visitou a Espanha, onde cantou como backing vocal na produção do segundo álbum de David Lyme. Ele ainda colaborou como arranjador da música "Never Say You Love Me", além de ser um co-autor do hit "Let Me Be Your Love"

Com o tempo, a música ítalo-disco foi sendo esquecida aos poucos, embora os artistas dessa tendência e também Silvio Pozzoli  continuavam gravando mais músicas (sem muito sucesso). Um dos últimos sucessos de Silver Pozzoli foi o single "Love Is The Best" produzido pela famosa dupla de produtores - Farina & Crivellente para o selo Time Records. O estilo dessa produção ficou mais para o Hi NRG - um derivado da italo-disco no fim de sua popularidade na Europa.


Silvio Pozzoli atualmente (foto de 2020)


A década de 90 foi um período que Silvio dedicou o seu trabalho ao estúdio, onde se dispôs a cantar como backing vocal nas produções de diversos artistas. No entanto, ele lançou 3 maxi-singles, principalmente no estilo que prevalecia nas pistas de dança das discotecas europeias da época. Em 1992, foram sucessivamente singles: "All My Love" "With Or Without You" - um cover da banda U2 junto com "The Logical Song" do repertório do Supertramp - ambos mantidos em clima de Italo-House. 

Em 1994, quando o Eurodance estava no auge, Silvio gravou uma única música que se assemelhava a essas produções europeias - "Don't Forget Me". Infelizmente, na enxurrada desse tipo de produção, este single quase não foi percebido pelos fãs de Eurodance.


Grande Silvio Pozzoli também passou pela Eurodance


Então Silvio passou os próximos longos anos trabalhando no estúdio. Depois de muitos anos, ele decidiu gravar o seu segundo álbum. O disco "Around Your Dreams: Acoustic Versions Of 80's" foi lançado em 9 de setembro de 2009 e foi uma espécie de homenagem musical à fantástica década de 80, em uma versão acústica peculiar e próxima de Silvio Pozzoli. O álbum inclui interpretações de sucessos como "Smalltown Boy" (Bronski Beat), "Tarzan Boy" (Baltimora), "Self Control" (Raf) ou "You're My Heart, You're My Soul" (Modern Talking).

No período de 2012 a 2017,  ele ainda foi um treinador vocal no programa musical de TV "Tale e quale show", muito popular na Itália.


Aqui, Silvio Pozzoli está com Corrado Castellari, pai da cantora Melody Castellari


Em 21 de abril de 2018, Silver Pozzoli foi a estrela do evento anual "Baltic Party", a bordo da balsa Stena Line e onde cantou seus maiores sucessos ao vivo para vários fãs poloneses. Este show certamente será lembrado por todos os fãs de Silvio, que puderam admirá-lo em duas versões: disco - durante o show da noite e acústica - durante o show de violão na tarde seguinte.


"Silvi": Prestes a completar 69 anos de idade

Silvio Pozzoli é, sem dúvidas, um dos grandes mestres italianos da maravilhosa e inesquecível Italo Disco!! Muito sucesso e longevidade para essa marcante voz que tanto nos encanta há mais de 40 anos!


Leia mais sobre Silvio Pozzoli no artigo Baltimora - "Tarzan Boy" (1985)