ALCAZAR - "CRYING AT THE DISCOTHEQUE" (1999)

ALCAZAR - "CRYING AT THE DISCOTHEQUE" E O RETORNO DO TRIO COM O SEU MESMO ESTILO 'DISCO-DANCE'

"Vocês pensaram que não iríamos voltar?"

O grupo Alcazar nasceu em 1998, em Estocolmo, na Suécia, e foi um dos mais rentáveis e ativos no mercado da Dance Music dos anos 2000. Pode ser que você não se lembre desse projeto agora, mas se ouvir "Crying at the Discotheque" irá saber de quem estou falando. Um Mega-Hit diretamente do comecinho dos anos 2000, e que marcou a nossa época!!

O grupo suéco foi formado por três jovens Andreas Lundstedt, Tess Merkel e Annika "Annikafiore" Kjærgaard, e apesar de serem classificados como artistas dos anos 2000, eles não faziam Vocal Trance como a maioria dos projetos Dance daquela época... 

Na verdade, o Alcazar estava mais flertando com a Disco Music dos anos 70, lançando músicas que traziam a modernidade dos anos 2000 com aquele som clássico das pistas setentistas. Nesse fim de anos 90 e início de 2000 havia muito disso, jovens artistas se aventurando com a vibe dos anos 70, como exemplo o A*Teens, o Spiller, a Kylie Minogue, a Lady, o Michael Gray, a Sophie Ellis Bextor, entre outros que igualmente alcançaram um ótimo reconhecimento no cenário Pop-Dance.

ALCAZAR - "CRYING AT THE DISCOTHEQUE" (2000)

O maior sucesso do Alcazar foi inspirado no hit-clássico "Spacer"

Em 1999 o Alcazar criou o seu primeiro single "Shine On", que não foi muito conhecido pelos brasileiros daquela época. Esta produção é bem pop, calma e em nada tem a ver com o 2º single, "Crying at the Discotheque", o grande sucesso que eles alcançaram e que os tornaram bastante populares.

Na verdade, o segundo single "Crying at the Discotheque" é quase que uma versão mais atualizada de "Spacer" de Sheila & B. Devotion - uma Disco Music do ano de 1979 e conhecida também por ser uma grande obra-prima das pistas de dança. A versão do Alcazar foi lançada em 2000, na Suécia, mas em muitos países do mundo (como o Brasil) foi chegar em 2001 e logo chamou a atenção dos DJs e frequentadores das casas noturnas, tornando-se consequentemente num novo sucesso "Disco" da nova geração. 

Alcazar - "Crying At The Discoteque" (2000)

 Época maravilhosa! Essa fervia nas pistas! Tinha algo futurístico e retrô ao mesmo tempo!!!

A francesa Annie Chancel foi a vocalista original da música "Spacer" em 1979, mas ela começou a sua carreira musical em 1962, se revelando como uma pop-star em seu país natal sob o codinome de Sheila. No entanto, foi na década de 70 que Sheila ganhou o mundo. Descoberta por Nile Rodgers e Bernard Edwards (a dupla do lendário Chic) ela teve o seu momento "rainha das pistas" com o arrasa-quarteirões "Spacer", onde assinou como Sheila & B. Devotion (que era um trio de dançarinos). 

Uma observação importante, é que "Spacer" inclui um som de guitarra executado por Nile Rodgers, concedendo um swing irresistível para a canção. 

Sheila & B. Devotion - "Spacer" (1979)

Depois de 21 anos do sucesso de Sheila, eis que o Alcazar resolveu então homenagear o single, e claro, usufruir também de suas notáveis qualidades. O grupo sueco utilizou-se dos samples da música da cantora francesa, porém cantou uma letra original, dando agora um outro sentido e exaltando as noites das discotecas; uma letra poética, diga-se de passagem. 

"Crying At The Discoteque" foi lançado pela BMG e se transformou num sucesso em toda a Europa, além de entrar também na trilha sonora da série americana "Queer As Folk" (2000). 

Aqui no Brasil, mais especificamente em São Paulo, estreou nos charts dos clubs em junho de 2001, onde esteve em #26 num TOP 40 disponibilizado pela revista DJ Sound, nº 103. A rádio Jovem Pan recebeu "Crying At The Discoteque" em sua programação e começou a tocá-la também em junho de 2001 - estreando em #20 num TOP 30. Curiosamente, a referida música não apareceu nos charts cariocas.

TOP 40 (imagem reduzida e adaptada à postagem)

Alcazar estreou seu single "Crying At The Discotheque" em #26 nos clubs de São Paulo, em junho de 2001. 

Conhecido por suas faixas dançantes - somado também por suas performances elegantes, o Alcazar vendeu mais de 12 milhões de discos entre 2001 e 2004. "Casino" foi o seu álbum de estreia, lançado em 18 de outubro de 2000 na Suécia e em 8 de fevereiro de 2002 pelo resto do mundo. 

Produzido por Alexander Bard, que também era empresário e um dos compositores do grupo, este álbum incluiu sucessos como "Shine On", "Crying at the Discoteque", "Sexual Guarantee" e um cover de The Human League - "Don't You Want Me" - que honestamente eu não gosto muito, mas ao menos serviu para apresentar a versão original à moçada nova dos anos 2000. 

Alcazar - "Sexual Guarantee" (2001)

Sucesso nos clubs brasileiros em 2002

O single de "Sexual Guarantee" estreou razoavelmente bem nos clubs paulistanos - em março de 2002 - e esteve em #8 num TOP 40 que consta na revista DJ Sound, nº 107. 

O Rio de Janeiro atrasou para começar a tocar Alcazar (segundo os charts da DJ Sound). Finalmente o grupo suéco apareceu nos charts cariocas em março de 2002, com a estreia de "Sexual Guarantee" pegando o #33 num TOP 40 de Club Tracks. No mês seguinte, em abril de 2002, constatamos na DJ Sound nº 108 que a mesma faixa subiu algumas posições nos charts da cidade maravilhosa (em relação ao mês anterior), e agora atingia o #27; enquanto que em São Paulo saía do #8 e se concentrava em #30.

TOP 40 (imagem reduzida e adaptada à postagem)

Alcazar estreou seu single "Sexual Guarantee" em #8 nos clubs de São Paulo, em março de 2002. 

Seu segundo álbum, "Alcazarized" (2003), trouxe um novo e quarto integrante, Magnus Carlsson, e o tal disco solidificou ainda mais a popularidade do grupo com a faixa "This Is the World We Live In", que desta vez trazia samples dos veteranos Diana Ross -“Upside Down” e Genesis - “Land Of Confusion”. Foi lançado também uma edição internacional deste álbum, "Dancefloor Deluxe" (2004), dando mais fôlego ao quarteto nas paradas Dance.

Alcazar -  "This Is the World We Live In" (2003)

“Na Balada” da Jovem Pan puro!!

Depois, em 2005, a banda decidiu fazer uma pausa e seus integrantes ficaram disponíveis para novos contratos. O vocalista Andreas Lundstedt então foi trabalhar nas produções de musicais e assumiu o papel principal em "Saturday Night Fever" (além de cantar em outras bandas), enquanto que a vocalista Tess Merkel se tornou uma jogadora profissional de pôquer.

Em 2008 o Alcazar retorna, e estes dois membros citados também voltam com o grupo, porém Annika "Annikafiore" Kjærgaard e Magnus Carlsson permanecem desligados. Por conta disso, uma nova integrante foi adicionada, Lina Hedlund, para assim fazer companhia à dupla da formação original.

 

HIV e desligamentos

Magnus, para quem não sabe, era namorado de Andreas e acabou se tornando o quarto integrante do Alcazar em 2003. Abertamente gay, Andreas Lundstedt tinha HIV e assumiu isso em 2007 após uma série de especulações, porém, Magnus não havia sido informado sobre essa sua condição na época do relacionamento. Magnus depois apareceu na TV sueca e contou ao canal TV4 que considerou isso como uma traição. Leia mais aqui.

Talvez seja por isso que Magnus abandonou o Alcazar, devido a essa "traição" de seu namorado / parceiro de grupo, tendo ainda que passar por psicólogos.

Sem Magnus, sem Annikafiore e com uma nova integrante, o Alcazar continuou na estrada e lançou o seu álbum de retorno - "Disco Defenders" (2009), um disco duplo que trouxe novas músicas como "We Keep on Rockin'", além de incluir os maiores sucessos do Alcazar.

O tempo passa, e o Alcazar continua!

Ao longo dos anos o Alcazar deu várias pausas, porém é bom salientar que sempre foram pausas temporárias, rápidas, e que eles sempre estiveram gravando nos estúdios. Inclusive, o Alcazar foi um dos grupos "Dance" mais talentosos e ativos dos anos 2000, sempre lançando singles praticamente por toda aquela década... Na verdade, eles só não lançaram músicas em dois respectivos anos (2006 e 2007), já todos os demais anos foram abastecidos com diversos singles e três álbuns oficiais! 

Ou seja, o Alcazar fez o seu diferencial nos anos 2000, uma década rica onde tivemos Lasgo, Ian Van Dahl, Magic Box, Erika, Moony, e inúmeros outros projetos, porém, todos estes com “vidas” muito curtas. Muitos destes nomes ainda continuam em atividades, eu sei, porém a quantidade de singles e álbuns que estes projetos lançaram no decorrer da década de 2000 representam um número muito abaixo do esperado e totalmente desproporcional ao tempo que permanceram no mercado. O Alcazar já não teve este problema, e realmente se empenhou muito nesta década entregando muitos trabalhos:

SINGLES:

"Shine On" - (1999)

"Crying At The Discoteque" - (2000)

"Ritmo Del Amor" - (2000)

"Sexual Guarantee" - (2001)

"Don't You Want Me" -(2002)

"Love Life" - (2003)

"Ménage À Trois" - (2003)

"Not A Sinner Nor A Saint" - (2003)

"Someday" - (2003)

"This Is The World We Live In" - (2004)

"Here I Am" - (2004)

"Physical" - (2004)

"Start The Fire" - (2005)

"Inhibitions" - (2008)

"We Keep On Rockin'" - (2008)

"Burning" - (2009)

"One Two Three Four" - (2009)

"Last Christmas" - (2009)

"From Brazil With Love" - (2009)

"Stay The Night" - (2009)

"Headlines"  - (2010) (...e muitos outros singles que vieram na década de 2010)

ALCAZAR - "CASINO" (2000)

A BMG lançou o primeiro álbum físico "Casino" em território brasileiro em 2002. Infelizmente os outros dois álbuns não chegaram por aqui.

Álbuns oficiais: 

"Casino" (2000) - BMG

"Alcazarized" (2003) - BMG

 "Disco Defenders" (2009) - Love No Limit Recordings

Eles ainda lançaram outros registros como edições especiais, coletâneas, EPs...

ALCAZAR ATUALMENTE

Como citado, apesar das várias pausas que deram, o grupo sempre voltou rapidamente. Eles voltaram a se reunir em 2018 para alguns eventos especiais, incluindo recentemente uma célebre apresentação no importante Eurovision Song Contest 2024 - em Malmö (Suécia).

E sabem o que eu acho mais bacana na história do Alcazar? É que o grupo não promoveu muitas alterações em sua formação original, algo que aconteceu em tantos projetos de Eurodance (Rednex que o diga!) ao longo dos anos. O grupo sueco apenas substituiu Annikafiore em 2007 por Lina Hedlund, mas agora ela também já retornou ao Alcazar...Bom, por enquanto ela está lá!!!

Na verdade, o grupo está se reunindo pela última vez e garante que, apesar da amizade entre eles estar restaurada, não possuem planos de continuarem juntos seguindo carreira no Alcazar.

O Alcazar se manteve fiel ao seu público ao longo dos últimos 27 anos...

Na imagem acima temos os 5 integrantes que já passaram pelo Alcazar - em um evento que aconteceu em 2018: Andreas Lundstedt, Tess Merkel, Annika "Annikafiore" Kjærgaard, Magnus Carlsson e Lina Hedlund. 

Sheila e Nile Rodgers também em 2018, às vésperas do aniversário de 40 anos do eterno hino "Spacer"

PROGRAMA DE TV EM 2025 

Annika Kjærgaard aos seus atuais 53 anos de idade para a TV sueca, em janeiro de 2025: "Eu fui retirada do Alcazar e me senti desmoronada"

Os integrantes do Alcazar brigaram muito também ao longo destes quase 30 anos de carreira, inclusive a saída de Annikafiore foi devido a uma expulsão que ela sofreu por parte de Andreas Lundstedt, que estava mais para o vocal leader do grupo.

No programa sueco "So Much Better", que foi ao ar ontem, Andreas Lundstedt contou que naquela época tentou esconder de todos o seu uso de drogas e também o seu diagnóstico de HIV, o que o deixou bastante emocionado.

- "Não fui muito gentil e sinto muito por isso. Não tratei vocês tão bem", disse ele à Tess Merkel e Annika Kjærgaard.

Já Annika Kjærgaard contou ao programa que se sentiu desmoronada quando foi retirada do grupo após quebrar o seu pé. Andreas Lundstedt depois ressaltou que era ele quem não quis que Annika Kjærgaard continuasse mais no Alcazar.

Tess Merkel explicou que também teve um pouco de culpa nisso, pois deveria ter conversado melhor com Andreas, mas em vez disso, ela apenas concordou com ele e Annika foi desligada.

Tess Merkel hoje tem 54 anos de idade

No fim do programa todos choraram bastante, se perdoaram, e cada membro do Alcazar conseguiu se colocar também no lugar do outro, principalmente no lugar de Andreas Lundstedt, que estava enfrentando vários problemas sozinho, então estas suas atitudes também vieram do reflexo de tudo que passava internamente com ele.

Andreas Lundstedt afirmou que o mais triste nisso é que eles perderam a amizade, uma amizade que já tinham antes do Alcazar.

- "É muito poderoso e grandioso da sua parte estar sentada aqui hoje e nos dizer isso. Realmente significa muito para mim", Andreas disse à Annika.

"Não fui muito gentil e sinto muito por isso" - Andrea Lundstedt, hoje com 52 anos de idade

Em 2018, ele já havia enviado uma mensagem de texto para Annika Kjærgaard na qual pedia desculpas por tudo:

- "Eu não esperava nada, talvez que ela respondesse dizendo que me odiava, mas em vez disso, recebi de volta uma linda mensagem cheia de muito amor. E aí eu entendi que ela havia me perdoado." - Andreas Lundstedt

Antes de participar do Alcazar, o vocalista Andreas Lundstedt já era conhecido na Suécia por seu trabalho solo, lançando em 1996 o seu primeiro disco. 

Quando perguntado sobre o futuro do Alcazar, ele disse que por enquanto só lançariam juntos uma música e fariam algumas apresentações, mas que depois o grupo Alcazar não iria mais continuar:

- "Não, agora nós não temos muito tempo para continuarmos com o Alcazar. Vou sair em turnê nesta primavera e vou lançar minhas músicas solo. Mas o Alcazar nunca morre, a música continua viva e é isso que é tão legal." - Andreas Lundstedt.

Annika também está ocupada com sua família e filhos, além de ter outros projetos:

 -"Vivi meus últimos 20 anos muito feliz. Moro em uma fazenda em Skåne com quatro filhos e um marido maravilhoso, escrevo minhas próprias músicas e tenho uma vida ótima." - Annika Kjærgaard 

Sobre o futuro do Alcazar, ela ressalta: - "Não sei. Mas, a nossa saga começou com 'Crying At The Discoteque' e parece que teve um final muito feliz com a nossa nova e última canção 'Just like that'. A nossa amizade continua e continuaremos a nos encontrar e a nos divertir muito no futuro."

Fonte: Aftonbladet

NEW SINGLE :
"JUST LIKE THAT (I LIKE IT)" (2024)

Há alguns meses (novembro de 2024), Andreas Lundstedt se reuniu com Lina Hedlund, Tess Merkel e Annikafiore (uma das integrantes favoritas dos fãs) num programa de TV sueco chamado “Så Mycket Bättre” e juntos gravaram um novo trabalho - "Just Like That (I Like It)". É claro que se trata de mais uma Pop-Disco de qualidade, afinal estamos falando do nosso velho e imutável Alcazar!

Nas plataformas digitais essa música nova está identificada que é um lançamento de "Andreas Lundstedt / Alcazar", ou seja, dá a entender que é um trabalho solo de Andreas com a participação de suas parceiras do Alcazar, contudo, o importante mesmo é que temos a participação dos mesmos integrantes originais, e também que eles não mudaram de estilo, sendo o mesmo que conhecemos há mais 20 anos!!!

É perceptível que se inspiraram na instrumental do antigo single do grupo - “This Is The World We Live In” (2004), embora seja bom ressaltar que "Just Like That (I Like It)" é uma regravação de um cantor de rock chamado Dregen (da banda Backyard Babies).

ANDREAS LUNDSTEDT / ALCAZAR - "JUST LIKE THAT (I LIKE IT)" (2024)

Esse novo som é uma homenagem não apenas à Disco Music, mas ao próprio Alcazar, algo que eles — e todos nós — merecemos!

TIME RECORDS COMPLETA 40 ANOS!

TIME RECORDS, UMA DAS MAIS IMPORTANTES GRAVADORAS DA ITALODANCE, COMPLETA 40 ANOS DE HISTÓRIA

HÁ 40 ANOS, NASCIA UMA DAS MELHORES DA DANCE!!

Tudo começou no dia das bruxas, 31 de outubro de 1984, quando o produtor e empresário italiano Giacomo Maiolini fundou o seu selo TIME Records, uma empresa independente que marcou de forma indelével a história da Dance Music feita na Itália e distribuída no mundo.

Foi na cidade de Bréscia, na sede da Time, que nasceram as músicas mais icônicas, os grandes híts internacionais, os remixes, os contratos, e os licenciamentos que fizeram o delírio dos milhares de fãs da Dance Music Mundial, sobretudo a Eurodance tocada no rádio, nos clubs e distribuída nas coletâneas.

Giacomo Maiolini no início da Time

Aqui no Brasil, a Time começou a ganhar reconhecimento dos notívagos em meados dos anos 90, graças justamente às coletâneas de Eurodance da Paradoxx Music e Spotlight Records, além das transmissões dessas músicas em rádios como a Jovem Pan 2, 97 FM, Nova FM, Cidade FM, Metro FM, e claro, não podemos nos esquecer da força dos DJ's, que as executaram nos inesquecíveis clubs Kripton, Ilha de Capri, Toco, OverNight, Rivage, Atlanta, Resumo da Ópera, Limelight, Pacha, Broadway, entre muitos outros.

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado neste artigo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA

MUITA ITALO DISCO EM 1984:

Giacomo Maiolini nasceu no dia 08 de março de 1963 e sempre foi um menino apaixonado por música, de frequentar às discotecas só para ouvi-las. Quando ele ouviu pela primeira vez uma música que gostou sendo tocada, foi perguntar ao DJ qual era o seu título e quem cantava, e na semana seguinte já foi comprar o tal disco. Ele sempre estava nas discotecas e levava também consigo um bloco de notas para anotar as canções que mais chamavam a sua atenção. Noite após noite, ele criou a sua playlist perfeita de "Dance Matadora", assim dando início na sua carreira como Produtor executivo e empresário do ramo fonográfico.

Não, em seu início ele não virou DJ, mas pensou nisso. O desejo que se instalou forte no italiano era em produzir, e Giacomo Maiolini consequentemente ficou alimentando essa ideia, até que perguntou à um amigo: "Porque não gravamos um disco?" 

Em Brescia, cidade onde Giacomo Maiolini nasceu, tinha um pessoal que havia acabado de gravar um disco, então o jovem Maiolini se uniu a dois deles (em 1984), e juntos fizeram dois discos. Estou falando de ninguém mais que a lendária dupla da S.A.I.F.A.M. - Mauro Farina e Giuliano Crivellente - que ajudaram a produzir as primeiras músicas da Time, produções estas, mais voltadas à italo disco. 

Iniciando nessa experiência, o novato produtor disse a si mesmo que, se ele quisesse seguir em frente com este sonho, precisaria criar um logotipo próprio, algo que fosse a sua marca. Então, Giacomo Maiolini olhou para o relógio e disse: 'Vamos de gravadora Time Records. Quatro letras, fáceis e compreensíveis na Itália e no resto do mundo'.

Mauro Farina, Giacomo Maiolini e Giuliano Crivellente

Com muito trabalho, viagens, colaborações, e visão de mercado, Giacomo Maiolini transformou a Time Records num dos selos mais proeminentes da Italo Disco dos anos 80, lançando artistas / projetos como Atrium, Danny Keith, Riky Maltese, Aleph, Alan Barry, Virgin, Gipsy & Queen, De Niro e Sophie. O selo foi responsável ainda por lançar alguns nomes clássicos da Italo Disco, como Fred Ventura, Albert One, Jock Hattle, Stylóo, Rudy & Co., Max Coveri, Rose, Topo & Roby e Silver Pozzoli.

Mauro Farina, além de ser conhecido pelos fãs da Eurodance como um excelente produtor, é também um eficiente cantor e fez vários vocais masculinos para a Time em muitos projetos, até que chegou um dia que ele resolveu se desligar da gravadora (juntamente com Giuliano Crivellente, no final de 1988) para começar a sua Asia Records. 

Já a cantora Clara Moroni (que se juntou à Time no final de 1986), foi uma das principais vozes femininas do selo, fazendo muitos backing vocals e cantando refrões harmoniosos em muitos singles do estúdio.

Clara Moroni gravou inúmeros singles para a TIME

DE OLHO NO EUROBEAT / HIGH-ENERGY:

Giacomo Maiolini sempre foi visionário e praticamente inventou um gênero musical na segunda metade dos anos 80. Tudo começou quando ele sentiu o potencial de um mercado ainda a ser descoberto e compreendido: O mercado japonês - que adorava as músicas no estilo dançante, cantado e "acelerado". 

O produtor executivo então investiu altamente em produções neste formato e vendeu aos japoneses várias compilações com centenas de faixas criadas em Bréscia. Foram 100 mil cópias vendidas por mês em variadas coletâneas, e assim, catapultando de vez o nome de Giacomo Maiolini como uma forte referência ao estilo "High-Energy". 

O mercado japonês foi inundado com produções da Time até 2002, com ao todo 1954 produções no estilo, e com cinco prêmios Grammy concedidos à três compilações “Super Eurobeat apresenta Initial D – D Non stop Megamix”, “Super Eurobeat vol.100” e “Super Eurobeat vol.110”. 

Ann Sinclar - "Help Me" (1993)

 Annerley Gordon na Time Records

A EURODANCE CHEGA NO INÍCIO DOS ANOS 90:

Com o nascimento da House Music no final dos anos 80, Maiolini decidiu embarcar nesta nova onda, fazendo da Time uma das melhores no segmento da Euro-House, Eurodance e Italo Dance. 

Dessa tendência que abria os anos 90, nasceu um novo subselo da Time em 1990, intitulado de Italian Style e que foi, sem dúvidas, um dos melhores ”labels” italianos no que diz respeito à Italo-house e Italo-dance. Você ficaria surpreso com quantos hits saíram deste selo, sendo produções inesquecíveis de projetos como USURA, Aladino, Ruffcut Feat. Carol Jones, Silvia Coleman, Copernico, Andromeda, Quasimodo, Nevada, Jinny, Carol Bailey, Antares, Discover, Orange Blue, Lullaby, Gorky, Humanize, Trivial Voice, Kina, Phase Generator, entre muitos outros.

O primeiro single lançado pelo selo Italian Style foi DJ Pierre - "Move Your Body" (1990), uma ótima produção e muito inspirada em Technotronic - "Pump Up The Jam" (1989). Os singles seguintes foram House Corporation – "Jammin On The Dance Floor" (1991) e Jinny – "Keep Warm" (1991), com este último conseguindo um bom destaque nos charts das pistas de dança e ganhando outros futuros singles pelos próximos anos.

Já em 1997 Maiolini criou o selo Rise Records, que tinha um objetivo de mostrar outras sonoridades dos clubs, além do famoso ítalo. Este selo logo foi inaugurado e um de seus primeiros registros foi a faixa "Feel It" do The Tamperer, que ficou pronta em dezembro de 1997.

Giacomo Maiolini afirmou na época que os produtores ficaram 3 meses trabalhando no single "Feel It", e enfatizou: "foram dias e noites trabalhando nesta façanha". Fora o fato que ele teve que enfrentar vários problemas relacionados a direitos autorais, todos referentes aos samples que foram retirados (aparentemente sem autorização) de outras produções alheias e incluídos em "Feel It".

The Tamperer featuring Maya -  "Feel It" (1997)

Selo: Rise Records

Na verdade, "Feel It" nasceu de uma mescla da instrumental de "Can You Feel It" dos Jacksons com o vocal gravado de 1995 da cantora americana Heather Leigh West. Ouça aqui essa música original - "Drop a House (on that bitch)" para o projeto inglês Urban Discharge feat. She

Neste single há também um pequeno trecho masculino que fica repetindo "Is It Sex, Or Is It Love", que no caso foi retirado de uma obra de Danny Vitale And Family - "Sex Or Love" (1995).

O resultado disso tudo? Surreal!! The Tamperer com sua "Feel It" detonou nos charts mundiais e ficou 6 semanas em 1º lugar na Inglaterra. Aliás, Giacomo Maiolini foi o único produtor italiano a conseguir este feito, com quatro músicas no topo dos charts ingleses:

The Outhere Brothers - "Don't Stop" (1994)

The Outhere Brothers - "Boom Boom Boom" (1995)

The Tamperer - "Feel It" (1998)

Black Legend - "You See The Trouble With Me" (2000)

CD "ALL NIGHT DANCE" (1995)

Uma das coletâneas da brasileira Paradoxx Music dedicada apenas às músicas da Time

Além da Clara Moroni (que acompanhou a Time desde os tempos da Italo Disco até a Italo Dance), tivemos muitos outros artistas que participaram vocalmente nas produções da gravadora, como Asher Senator, Taleesa, Melanie Thornton, Jenny B, Sandy Chambers, Debby French, Simone Jay, Annerley Gordon, Maria Capri, Nancy Sexton, Nathalie Aarts, Ken Laszlo (Gianni Coraini), e etc.

Confira aqui uma lista quase completa, contendo os nomes de quem gravou nos gêneros Italo Disco e Eurobeat da Time.

Sandy Chambers de volta no Brasil, depois de 18 anos (10/08/2024)

Sandy Chambers também atuou na Time Records e um de seus sucessos foi com Aladino - "Stay With Me". Mas, engana-se quem pensa que Sandy não gravou mais na gravadora de Giacomo Maiolini... A estrela da DWA e do projeto Corona ainda gravou para os excelentes Jinny - "Wanna B With You", Dream Project - "Take A Chance", entre outros...

Com o nome "Time", houve ainda um departamento que licenciava as produções de outros estúdios para o mercado italiano, embora a Style Italian também tenha distribuído alguns singles de terceiros, como “Cannibal” do Black 4 White (em 1995 - a produção era 100% da DWA), “To Be Free” do Prime (também em 1995 - a produção era de Riccardo Menichetti) e “Dreaming” do Ruffdrivers (em 1998 - a produção era do selo britânico Inferno).

Outras distribuições realizadas pela Time (para produtos que não eram deles) continuaram acontecendo, como os petardos do 20 Fingers, Vengaboys, O-Zone, ATC, Bob Sinclar, Chris Willis, Deal ("Maybe One Day" e "Shine"), Alice Deejay, Rihanna ("Disturbia" e "Don't Stop The Music"), Lady Gaga ("Just Dance"), Robyn With Kleerup ("With Every Heartbeat") entre centenas de outros, além da brasileira Luka com seu mega-hit "Tô Nem Aí". 

Inclui-se ainda nesse mesmo selo os grandes artistas próprios e que se tornaram sucessos europeus, como DJ Dado, Taleesa, Molella, Billy More, Magic Box, Erika, DJ Ross, Prezioso Feat. Marvin, e etc... sendo literalmente produções que "moraram" nos nossos clubs e FMs dos anos 90 e 2000. 

Taleesa na festa de Halloween da rádio Energia 97 (02/11/2024)

 Taleesa - assim como Sandy Chambers - também cantou com Aladino, e seu vozeirão magnífico se encontra em faixas clássicas como "Brothers In The Space", "Make It Right Now" e "Call My Name", além de muitos outros projetos. Fora isso, a vocalista ainda fez carreira solo na Time com seus hits "I Found Luv", "Let Me Be" e "Burning Up".

MEU TOP 10 DE SINGLES DA TIME

40 ANOS DA TIME

Prontos para um passeio num meteorito?

Quanto aos singles citados abaixo, são clássicos atemporais que nunca deixarei de ouvir, e sempre quando coloco algum CD contendo essas canções dá aquela vontade de ligar os alto-falantes no volume máximo para que toda a vizinhança possa ouvir e dançar também! 

São hinos avassaladores que não devem ficar confinados a um canal do YouTube! É um dever social compartilhar todos estes tesouros dos anos 90, mas, como temos que respeitar a lei do silêncio e a privacidade alheia, venho até aqui então para subdividir este TOP 10 com vocês:

1- ALADINO - "Make It Right Now" (1993)

Música muito atmosférica, dá até para sentir aquela fumaça artificial da boate chegando ao seu rosto enquanto você ouve "Make It Right Now" do Aladino... Um dos pontos fortes é o vocal grave e belo da cantora Taleesa imperando sobre a instrumental, porém, infelizmente é uma faixa não muito conhecida do público brasileiro, tanto é que a cantora, apesar de gostar muito da música (é a favorita dela), prefere não cantá-la em seus shows aqui no Brasil e dar prioridade às suas outras canções mais populares.

2- NEVADA - "Take Me To Heaven" (1994)

Aqui já se trata de um grande hit na voz de Giovana Bersola, a Jenny B. Aliás, se um dia ela vier ao Brasil, tem que interpretar "Take Me To Heaven" ao vivo e nos levar, finalmente, a tão aguardada "morada dos bem-aventurados"! "Take Me To Heaven" é sem dúvidas uma música perfeita para ser dançada num sábado à noite, rodeado dos bons e verdadeiros amigos numa discoteca -ambiente mágico que cura a inércia. O Nevada depois seguiu com outras cantoras, todas talentosas e com músicas também excelentes. Indico todas!

3- NEVADA - "Feels Like Heaven" (1995)

E o Nevada quer, de qualquer jeito, que seus ouvintes sintam-se no paraíso! Neste 2º trabalho eles vieram com uma outra incrível e adorável vocalista, a Deborah French. É uma música extremamente envolvente, base que aguça as boas lembranças dos anos 90 e um vocal doce e carismático que, pode parecer exagero, mas tem a capacidade de fazer muito marmanjão chorar (sim, experiência própria)!

4- JINNY - "Wanna B With You" (1995)

Olha aí o projeto Jinny de volta! Este foi o primeiro projeto da Style Italian a fazer um grande sucesso comercial, lá em 1991, com o single "Keep Warm". Já o single "Wanna B With You" foi lançado no segundo semestre de 1995, na voz inconfundível da Sandy Chambers, a cantora que é um dos maiores patrimônios da Eurodance dos anos 90. Tocou muito, tanto nas pistas como nas rádios! Com a vinda da Sandy Chambers no Brasil em agosto deste ano (para duas apresentações), é claro que ela teve que incluí-la em seu vasto e impecável setlist.

5- MOLELLA - "I's a Real World" (1997)

Espetacular trabalho de Molella e Phil Jay que chegou em 1997 e foi muito bem tocado nas danceterias e FM's daquele ano. Não tem uma vibe "alegrezinha", pois era um outro momento que a música dance atravessava... No entanto, sentíamos algo reflexivo que pairava sobre a sua sonoridade e sobre os vocais circunspectos da bela Nancy Sexton. Foi um dos frescores da rádio Jovem Pan, que buscava exclusividade para a sua programação, e assim, sempre tocava os grandes lançamentos antes de todas as outras rádios. Que época!

Os charts da Billboard com as mais tocadas da Time!!

Ano: 1995

6- ANTARES - "Ride On A Meteorite" (1995)

O teclado vibrante e os vocais irresistíveis dão vida à este acelerado Italodance de 1995. Taleesa escreveu a letra, mas também gravou a faixa em estúdio com sua amiga Clara Moroni (os vocais principais são da Clara). O rap é do britânico Asher Senator, que também abrilhantou em vários outros hits da Time, inclusive é dele a voz no rap em "Let Me Be" da Taleesa. "Ride On A Metorite" é uma das músicas que sonho um dia ver voltando às paradas, tipo aquela redescoberta recente da geração atual pela Kate Bush, sabem? 

7- THE TAMPERER - "Feel It" (1997)

Essa música tem um valor sentimental muito grande para mim. A primeira vez que a ouvi foi no programa "Super Pista" da rádio Educadora FM, comecinho de 1998, e naquele momento senti que seria uma das mais tocadas nas rádios e clubs do Brasil. Não demorou muito e a invasão do The Tamperer deu-se início. A dançante "Feel It" era uma das mais aguardadas da noite, e quando o DJ iniciava a sua introdução com "Is it sex, Or is it love" a galera simplesmente entrava em êxtase!! Encontrei-a depois em sua versão estendida no CD "Hot Nine Seven 7" (Paradoxx Music) e se tornou o meu vício por longos meses. A cantora Maya Days, que representava o projeto, era muito talentosa mas ela não gravou este primeiro single do projeto, visto que os produtores Mario Fargetta e Alex Farolfi samplearam vários sons de diversas produções, incluindo o vocal de Heather Leigh West, uma cantora e compositora americana que gravou a sua parte vocal em 1994 (!).

8- MOLELLA - "If You Wanna Party" (1995)

Mega executada no Brasil no final de 1995. Chego até me lembrar agora do meu primeiro minisystem, recém comprado no Carrefour, double deck, onde gravava várias modas dance que bombavam na Jovem Pan, inclusive gravei "If You Wanna Party" numa dessas fitas K7 (em dezembro de 1995). Os vocais animados da dupla The Outhere Brothers e a produção contagiante do Molella colocavam todos para dançar numa época que fervia criatividade e talento nas produções.

9- TALEESA - "I Found Luv" (1994)

Taleesa foi uma das artistas que mais emprestou o seu talento às produções da Time, mas aqui a cantora italiana foi colaborar com os produtores alemães do La Bouche - a equipe Le Click Productions. Apesar disso, o single foi distribuído na Itália pela empresa de Giacomo Maiolini, que permaneceu sendo o "Produtor Executivo" deste trabalho. "I Found Luv" foi uma faixa bem disputada pelos DJ's e entrou, é claro, na programação de muitas rádios. Vale lembrar ainda que Taleesa gravou "I Found Luv" em Frankfurt, nos incríveis estúdios que produziram o Milli Vanilli; além de trazer a participação do ótimo rapper Michael Romeo (do Le Click - "Tonight Is The Night"). Um clássico!

10- ORANGE BLUE - "If You Wanna Be (My Only)" (1994)

Mais uma track fantástica da Time / Style Italian que fez parte das nossas adolescências!! Interessante que, no single "I Found Luv" da Taleesa, a italiana foi produzida pela mesma equipe que produzia o La Bouche, enquanto que, no mesmo ano de 1994, a cantora do La Bouche foi trabalhar com quem? Com os produtores da Taleesa! Melanie Thornton gravou "If You Wanna Be (My Only)" para o projeto Orange Blue, que inclusive traz os raps de Gianfranco Randone, o super vocalista do Bliss Team e Eiffel 65. Taleesa ainda relatou: "Melanie foi uma boa amiga, e nós ajudamos ela com seus shows na Itália. Ela também foi uma boa amiga de Simone Jay, a cantora (minha irmã :)) que produzimos!". "If You Wanna Be (My Only)" é de fato uma Eurodance fascinante, e muito de suas qualidades se deve ao talento da inesquecível Melanie Thornton.

AS VISÕES DE GIACOMO:

GIACOMO MAIOLINI

Um visionário, ligado em moda, e louco por música

A grande capacidade de Maiolini em compreender o sucesso comercial de um produto - antes de outros profissionais  - foi reforçada em 2004, quando o fundador da Time decidiu adquirir os direitos autorais de "Dragostea Din Tei" dos garotos romenos do O-Zone. Com essa negociação, a Time vendeu mais de dez milhões de singles e dois milhões de álbuns, fora ainda os resultados alcançados no Japão e que não foram contabilizados nestes números. 

O single "Dragostea Din Tei" atingiu o topo das paradas mundiais de maneira grandiosa, porém, infelizmente não fez o devido sucesso aqui no Brasil, talvez pela falta de compreensão e visão de algum empreendedor fonográfico brasileiro (características enfatizadas acima em Maiolini). Na verdade, "Dragostea Din Tei" chamou a atenção de uma pessoa errada aqui no Brasil, e que quis aproveitar a sua melodia para fazer uma versão em português: Latino - "Festa no Apê" (2005). Tristemente, a maioria dos brasileiros conheceram antes a versão do Latino, e assim, muitos deduziram erroneamente que a original é que era a cópia.

O-Zone foi febre total com "Dragostea Din Tei" (2004)

O sucesso global do O-Zone levou ainda, em 2008, o rapper americano T.I. a solicitar à empresa sediada em Brescia, os direitos para gravar "Live Your Life" com a cantora barbadiana Rihanna. A versão da dupla foi número 1 nos Estados Unidos com cinco milhões de singles vendidos. 

Os híts mundiais da Dance Music continuavam. Através do selo Rise, foi lançado o single de Alex Gaudino – "Destination Calabria" (2006) que foi um marco na cultura clubber em meados dos anos 2000, trazendo uma letra escrita pela cantora Sharon May Linn (a vocal do Blizzard), mas gravada pela icônica voz de Crystal Waters. O resultado de "Destination Calabria" foi enorme (principalmente na Europa), além de vencer um disco de ouro na Inglaterra e outro na França.

Parabéns TIME!!

A Time seguiu apostando em novos produtos Dance, como Yolanda Be Cool - “We No Speak Americano” (2010) e Dynoro & Gigi D'Agostino -“In My Mind” (2018), e este último ganhou até uma platina dupla! 

Mas, infelizmente, muitos dos singles produzidos e apoiados pela Time de uns anos para cá não tem se destacado no Brasil, como acontecia antigamente. Ficam conosco as boas lembranças que essas trilhas sonoras nos trouxeram, toda a dança, a despreocupação juvenil, as risadas, os amigos... Foram anos maravilhosos que nunca mais voltarão. 

Contudo, a gravadora que "quarentou" segue firme na Itália, trabalhando e apostando as suas fichas em produções voltadas à Dance Music atual.

Parabéns à Giacomo Maiolini pelo 40º aniversário da Time Records, um dos maiores símbolos da Italo Dance de todos os tempos! 

Para àqueles que também contribuíram, principalmente cantando os grandes sucessos da gravadora, o nosso muito obrigado por tantas alegrias e emoções propiciadas!

Assinado: Todos os fãs do Brasil.

LEIA MAIS SOBRE O QUE JÁ FOI PUBLICADO SOBRE A TIME:

Milky - "Just The Way You Are", In My Mind" e "Be My World"

Taleesa - "Let Me Be", Antares, Asher Senator e Time Records

Sandy Chambers no Brasil - Tour 2024 (Depois de 18 anos, Sandy volta ao nosso país!)

Nancy Sexton - a vocalista de Molella - "It's A Real World"

Biografia de Taleesa e curiosidades

Billy More - "Up & Down" (2000)

SANDY CHAMBERS - A MEGA STAR DA DANCE MUSIC VEM AO BRASIL

SANDY CHAMBERS - A MEGA STAR DA DANCE MUSIC VEM AO BRASIL EM AGOSTO E ABRE TEMPORADA DE SHOWS

Depois de Annerley Gordon e Taleesa visitarem o Brasil em 2023, agora é a vez da belga Evi Goffin (ex-Lasgo) de se apresentar em nosso solo com mais uma turnê elogiada por diversos estados brasileiros. Mas, e depois? O que podemos esperar para os próximos meses? 

Bom, podemos adiantar que vem aí mais uma grande atração internacional da Dance Music... e a sua agenda de shows já está oficialmente aberta aos donos de casas noturnas e produtores de eventos, aqueles que, é claro, quiserem aproveitar e celebrar uma noite realmente muito especial com, simplesmente, uma das mais requisitadas e respeitadas Divas da Dance Music Mundial: SANDY CHAMBERS!

Sandy Chambers é uma das maiores colaboradoras da Dance Music de todos os tempos, e está pronta para fazer o público brasileiro dançar com seus infinitos sucessos!

Atenção: Toda pesquisa e texto digitado acima pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA

Segundo o Relatório de Negócios IMS 2024 - publicado em 24 de abril de 2024 - a demanda por shows de Dance Music aumentou consideravelmente nos últimos 12 meses, assim como também os fãs deste gênero cresceram numerosamente, mais que fãs de qualquer outro gênero musical. Resumidamente, a indústria da Dance Music está forte, extremamente favorável e avaliada neste momento em US$ 11,8 bilhões (17% em relação aos 12 meses anteriores). 

Pois é, a cena eletrônica está num momento de sólido crescimento, onde notamos uma ampla velocidade em seus acontecimentos e um visível interesse do público, inclusive, se avaliarmos a necessidade e o desejo deste público, um dos shows mais aguardados de todos os tempos tem sido o de Sandy Chambers, a Mega Star da Dance Music e quem deu voz a centenas de singles que agitaram os clubs e radios nos últimos 30 anos.

Sandy Chambers é um dos maiores ícones da Eurodance... e ela está se preparando para visitar o Brasil pela segunda vez (em quase 30 anos)!!!

O LEGADO DE SANDY CHAMBERS

Em agosto de 2024 o Brasil receberá a super talentosa Sandra "Sandy" Chambers, uma cantora e compositora que nasceu na cidade de Birmingham, na Inglaterra, e que brilhou na cena Dance Mundial após se instalar na Itália. Sandy Chambers se tornou uma lenda da Eurodance ao gravar hits lançados como Sandy, Corona, Netzwerk, J.K., Aladino, Sasha, Jinny, Orange Blue, entre muitos outros projetos que marcaram a era de ouro da Dance Music. Como se não bastasse, Sandy ainda emprestou a sua estrondosa voz para as diversas partes femininas de Double You, Charles Shaw (Ex-Milli Vanilli), Benassi Bros, A.C. One (Alberto Carpani), Bobby Farrell (ex-Boney M.), e em dezenas de outros nomes importantes das pistas de dança.

Para se ter uma idéia, Sandy colaborou para mais de 150 produções musicais, e tenho a absoluta certeza de que você conhece muitos destes singles, já que foram muito populares em nossas danceterias e FM's na década de 90.

A cantora - que é um grande símbolo da cultura da Dance Music - nasceu no dia 11 de abril de 1967 e teve o seu primeiro contato com a música aos 5 anos de idade, quando formou um trio-infantil com seus dois irmãos: um menino de 9 e uma menina de 7 anos. Neste trio, as crianças cantavam músicas de Jackson Five, Doobie Brothers, Three Degrees, entre outros.

Sandy Chambers descansando depois de carregar o Eurodance nas costas...

Influenciada por grandes cantoras como Patti Labelle e Aretha Franklin, Sandy Chambers começou a se destacar em relação aos seus dois irmãos, então rapidamente alguns empresários começaram a lhe oferecer algumas propostas musicais, porém, nessa época os pais da pequena Sandy queriam que ela apenas se dedicasse aos estudos.

Já em sua juventude, Sandy Chambers começou um curso de Idiomas numa universidade da Inglaterra e precisou fazer uma espécie de intercâmbio na Itália, tendo que morar naquele país por um período de 1 ano (com a finalidade de estudar o idioma italiano). Foi neste país que a inglesa acabou conhecendo Roberto Zanetti - um dos maiores produtores de Eurodance da Itália - e que viu nela um futuro promissor na música dançante.

SANDY CHAMBERS: DA UNIVERSIDADE PARA OS ESTÚDIOS DA DANCE MUSIC

"Send Me An Angel" (1992) de Netzwerk foi um dos singles mais tocados nas pistas de dança 

Tudo aconteceu em abril de 1992. 

Sandy Chambers cursava na Universidade de Lancaster, mas como adorava cantar, sempre conseguia um tempo livre para soltar a sua voz em bares italianos, e foi assim que o cantor / produtor Roberto Zanetti (Robyx) a conheceu e a convidou para assinar um contrato com a sua gravadora DWA (Dance World Attack). 

Roberto Zanetti era conhecido também como Savage (seu pseudônimo para atuar como cantor) e apesar do artista ter gravado o hít "Don't Cry Tonight" em 1983, Sandy Chambers não o reconheceu quando foi abordada por ele. Sandy leu "Savage" no cartão que ele lhe entregara e só se perguntou que tipo de nome era aquele... 

A primeiras gravações na DWA foram "Send Me An Angel" do Netzwerk e "We All Need Love" de Double You, ambas de 1992 e ambas lançando Sandy Chambers pela primeira vez ao mercado da Dance Music de maneira profissional. 

No mesmo ano de 1992, Sandy gravou um 2º single para o Netzwerk chamado "Breakdown", que também foi muito bem aceito pelos DJ's e sendo um novo estouro nos charts.

Sandy Chambers foi noticiada num veículo da imprensa brasileira pela primeira vez em 1993, numa das páginas da revista DJ Sound

Sandy Chambers ainda cantou outras músicas nos dois primeiros álbuns de Double You (“We All Need Love” e “Blue”), além de dar sequência num projeto iniciado pela cantora Alexia chamado Babyroots, gravando os singles "Rock Your Baby" (1992) e "Gimme Some" (1992).

Quando o Milli Vanilli foi exposto sobre a sua farsa (em 1990), um dos cantores reais do grupo - Charles Shaw - resolveu focar em sua carreira solo, e depois de quatro anos, fez uma parceria com Sandy Chambers, onde juntos lançaram a euro-ragga "I'm Feeling" (1994). 

Ainda em 1994, a cantora Simone Jackson (conhecida artisticamente como Simone Jay) foi convidada para gravar "Passion" - 3º single do Netzwerk -  pois Sandy estava muito ocupada em muitas produções. Além da parceria com Charles Shaw, Sandy lançou um single altamente dançante com o seu nome próprio Sandy Chambers - "Everybody's Dancing" (1994), e no ano seguinte se juntou a equipe de seu projeto mais famoso e emblemático, o Corona.

Sandy Chambers não prosseguiu com o projeto Netzwerk pois estava focada em diversas outras produções, como o projeto Corona, que consistiu em diversos singles e dois álbuns de sucesso

A vocalista da Inglaterra e radicada na Itália emprestou a sua estupenda voz ao Corona entre os anos 1995 e 1998, onde gravou todos os híts dos dois primeiros álbuns (exceto a faixa "The Rhythm Of The Night", que foi interpretada na voz de outra grande estrela: Jenny B.). 

Sucessos como "Baby Baby", "The Power Of Love", "When I Give My Love", "I Don't Wanna Be A Star", "Try Me Out", "I Gotta Keep On Dancin'", "Baby I Need Your Love", "Magic Touch", "Walking On Music", e tantos outros do Corona foram gravados por Sandy Chambers. Ainda nessa época, a cantora encantou novamente o mundo da Eurodance com um outro projeto muito querido e popular: o J.K. 

J.K. foi um projeto da X-Energy e licenciado aqui no Brasil pela sempre saudosa Paradoxx Music. O seu single "My Radio" (1995) saiu em diversas coletâneas de Dance Music...

O J.K. teve a participação de Jenny B. em seus dois primeiros singles, mas em 1995 foi a vez de Sandy Chambers gravar com a sua poderosa voz a contagiante "My Radio", que esteve, inclusive, na trilha sonora internacional da novela global "Quem é você?" (TV Globo). 

Neste mesmo projeto, Sandy ainda cantou os singles "Deep In The Night" (1999) e "You Got Me Dancing" (2000), mas não antes de nos presentear com estes outros incríveis trabalhos:

Dana Tusk - "Come On (Make My Day)" (1994)

Vangelo - "Can U See" (1994)

Kathy Read - "Tonight" (1995)

Sasha - "I Want My Freedom" (1995)

Barcode - "Gonna Get A Moving" (1995)

Dream Project - "Take A Chance" (1995)

Aladino - "Stay With Me" (1995)

Alexia - "Carry On" (1995)

Jinny - "Wanna Be With You" (1995)

Trivial Voice - "Stay With Me" (1995)

Fa-Ta - "You Know What I Want" (1995)

Cobra - "Born 2 To Love You" (1995)

B.U.S. - "Maybe" (1995)

Blume - "Everynight (Dada Am - Bada Eh)" (1995)

Sobre estas músicas gravadas por Sandy Chambers (citadas acima), é claro que ficaram várias outras de fora, afinal a cantora emprestou a sua voz para incontáveis projetos. 

Em maio de 1995, Sandy teve a oportunidade de trabalhar novamente ao lado do grande mago William Naraine - Double You, e nos trouxe a mágica "Dancing With An Angel" (1995), uma faixa melódica e muito vibrante que se consolidou em todos charts de clubs e FMs:

Sandy Chambers com Double You e Albertino, fortes personalidades da Dance Music... 

Sandy puxa uma palinha ao vivo de "Dancing With An Angel"

Em 1995, Sandy Chambers também estoura nas rádios e clubs com "Bad Boy" - faixa licenciada aqui no Brasil pela Spotlight Records;

Tivemos ainda o seu single lançado apenas como Sandy - "Bad Boy" (1995) e sendo um enorme sucesso. A música tem um refrão marcante, além de apresentar um rap no estilo jamaicano reproduzido pela própria Sandy (!).

"Bad Boy" alcançou o top 20 na Itália e foi muito bem nas paradas de muitos países europeus, e é claro, também foi um hít aqui no Brasil, principalmente no verão de 1995 / 96. A música esteve ocupando ainda as melhores posições no Canadá, além de ganhar um cover feito pelo projeto Underground Hammer Man.

No mesmo ano de 1995 - um dos anos mais produtivos da cantora - Sandy substituiu a italiana Taleesa no projeto de Diego Abaribi - Aladino, e gravou a empolgante track "Stay With Me" (1995), single que a Paradoxx Music licenciou por aqui através da Time Srl. Outra faixa produzida pela Time na voz desta fascinante cantora foi a estrondosa  Jinny - "Wanna Be With You" (1995). Exatamente, só hinos inesquecíveis, não é mesmo?!!!

Sandy Chambers foi ainda a responsável pelos vocais de outros trabalhos importantes da Eurodance, tais como os projetos Luna – "You And I" (1996), Elena Becker - "Woman" (1996), Celine – "All I Need Is Love" (1997), Sasha - "Miracle" (1997) e Seffe - "E vivva la vida" (1997) (no Brasil esta última canção saiu em algumas coletâneas da Fieldzz Discos como se fosse do projeto Sasha); sendo no geral, trabalhos muito bem quistos pela plateia da Dance Music. 

Espera aí... Que tal se melhorarmos isso aqui? Dê o play no vídeo abaixo e veja o show recente de Sandy Chambers realizado no Festival "Yo Amo Los 90s" (Peru), onde ela cantou alguns de seus mais memoráveis trabalhos:

SANDY CHAMBERS

Live In Peru (Fevereiro de 2024)

Em 1996 Sandy se dedicou bastante ao grupo Double You, então gravou o 3º álbum "Forever", além de participar de uma enorme turnê brasileira com estes músicos, sendo esta a primeira e única visita da icônica Sandy Chambers ao nosso país (até então). 

Neste ano de 1996, a voz de Sandy foi ouvida em várias músicas de Double You, tais como "Because I'm Loving You", "Gonna Be My Baby", "Send Away The Rain", "If You Say Goodbye", entre outras que estão no disco "Forever" (1996) - um CD que vendeu 100 mil cópias e conquistou o disco de ouro com apenas 7 dias de lançamento (dados da Spolight Records).

Apesar de ter sido produzida em 1995, a música "I Want My Freedom" foi muito ouvida em 1996 aqui no Brasil. Trata-se do excelente projeto Sasha, produzido e lançado pelo selo Satellite Records e onde Sandy Chambers gravou outros clássicos, como Blume - "Everynight (Dada Am - Bada Eh)" (1995) e Barcode - "Gonna Get A Moving" (1995). 

Sasha - "I Want My Freedom" (1995) foi muito bem sucedida nas rádios, danceterias, e tocava até nos programas de TV...

Sasha - "I Want My Freedon" (1995) é extremamente deliciosa e tocou muito na época, tanto nas FMs quanto nos clubs. A faixa saiu ainda em várias coletâneas da extinta Fieldzz Discos, como "Parô Ficô" da Jovem Pan Sat, além da Som Livre ter "raptado-a" para a conhecidíssima compilação "Top Surprise 3", e com direito a uma propaganda que circulava frequentemente nos intervalos comerciais da TV Globo. 

O teclado está fantástico, muito bem utilizado e provavelmente veio inspirado de uma outra obra-prima das pistas: Sound Factory - "Understand This Groove" (1992). Sentiu?

A enérgica "I Want My Freedom" foi ouvida por diversas vezes no programa "Passa Ou Repassa" do SBT... quem se lembra?? Tocou ao lado de outras pérolas do gênero, como J.K. - "You And I". Que nostalgia! 

Voltando aos inúmeros trabalhos desta super artista, em 1997, Sandy Chambers foi a backing vocal para Double You no hít "Somebody", mas também foi ouvida em "Do You Want My Love" do ótimo projeto K-Box. Lembrou dessas duas? A primeira saiu aqui pela Spotlight Records, e a segunda pela Paradoxx Music. No mesmo ano, Sandy contribuiu com DJ Dado na épica "Coming Back", onde podemos ouví-la como backing vocal em sua edição Extended Mix (que por sinal, é uma belíssima versão!).

Já 1998, este foi um ano em que Sandy aproveitou para colaborar musicalmente com seus outros colegas da Eurodance... Sandy foi a backing vocal da música "Gimme Love" de sua grande colega Alexia, uma outra estrela do gênero e que também era produzida por Roberto Zanetti. Sim, essa música foi um arraso nas rádios e nas pistas de dança naquela época!

No mesmo ano, a inglesa colaborou novamente com Double You, que agora trabalhava como produtor musical. A música se chama "Baby Stay" (1998) e o nome do projeto ficou como Infinity Feat. Sense.

Sandy Chambers e Alexia: As garotas da DWA

Sandy Chambers colaborou com diversos artistas da gravadora DWA, além de ter trabalhado no projeto J.K. com Larry Pignagnoli (do selo concorrente - X-Energy). A cantora & compositora esteve ativa e gravou também vários singles na Time (Giacomo Maiolini), Discomagic (Severo Lombardoni), Extrarecord (Lino Nicolosi), Satellitte Records (Maurizio Capaldi) e etc... Sandy é uma recordista e praticamente trabalhou em quase todos os estúdios italianos de Eurodance dos anos 90!!

E sabem a Clara Moroni, do projeto Antares? Sandy também gravou com ela no projeto Tuttifrutti - "Superboy" (1998).

Continuando, em 1998 tivemos Jhava - "Don't Tell Me Lies", que trazia mais uma vez para as danceterias a potente voz de Sandy Chambers. A vocalista também marcou presença no segundo álbum do Corona "Walking On Music" (1998), onde se dedicou inteiramente, tanto como cantora, quanto como a compositora das faixas. Nesse período era a Paradoxx Music que distribuía alguns destes fonogramas em coletâneas conhecidas, como "As 7 Melhores Vol. 7" ("The Power Of Love") e "As 7 Melhores Vol. 8" ("Magic Touch").

Em 1999 foi lançada a canção "Sing A Song Now Now" do projeto A.C. One, e esta trazia a voz de Sandy Chambers no refrão. Aliás, esta foi uma produção muito tocada nas rádios e clubs no ano de 1999. E nada de Spotlight ou Paradoxx, desta vez era a Building Records que apresentava aos brasileiros uma Eurodance na voz de Sandy Chambers! E o seu produtor foi simplesmente Alberto Carpani, um dos grandes nomes da Italo Disco, e que, infelizmente, faleceu em 2020.

Sandy Chambers

Ela é definitivamente um grande patrimônio da Dance Music, e vem ao Brasil para interpretar os seus maiores sucessos... Uma oportunidade única e rara, que provavelmente você não verá novamente em 30 anos!

A "fábrica de híts" Sandy Chambers depois teve uma filha e por consequência interrompeu a sua colaboração na Eurodance, principalmente com o projeto Corona. Quando sua filha já estava mais crescida, Sandy retornou para a cena dançante em 2003, assinando um contrato com a X-Energy Records, e assim, contribuindo como a cantora do single "Get Better" do KMC. 

Desde então, Sandy Chambers trabalhou com a equipe dos Benassi Bros - "Illusion", "Feel Alive" e "I Feel So Fine", além de apresentar outros trabalhos impecáveis como Sandy Chambers – "Give It Time" (2005), "Play My Music" (2007), "This Is Me" (2009), "Cloud N°9" (2010) e "Welcome To My World" (2013). Recentemente, ela também esteve com a equipe de Annerley Gordon (a voz de Whigfield) para produzir o seu último single: L.A. Project Feat. Sandy Chambers - "Deja Vu" (2023).

Sandy Chambers é uma dessas grandes divas da Eurodance que ainda causam muita euforia entre os fãs da cena eletrônica dos anos 90, e aposto que muitos irão ao delírio quando ela subir aos nossos palcos para interpretar seus numerosos híts.

Em 1996, a cantora agradeceu o público brasileiro pela presença maciça nos shows do Double You e aproveitou para dizer à Revista DJ Sound que sonhava muito em fazer uma turnê também por aqui - em sua carreira solo. A revista finalizou a matéria com: "qualidade para isso ela tem" e "vamos esperar..."

Simplesmente esperamos por quase 30 anos, e agora, finalmente podemos dizer: Sandy Chambers está de volta!!

SANDY CHAMBERS - TOUR BRAZIL 2024

O show de uma Mega Star da Dance Music para uma noite de alto nível!

AGENDE: (41) 99736-0819 (DJ KICA)

DATAS JÁ VENDIDAS:

03 DE AGOSTO - BOA VISTA - RR

10 DE AGOSTO - MANAUS - AM

DATAS DISPONÍVEIS:

02 DE AGOSTO

09 DE AGOSTO

16 DE AGOSTO

17 DE AGOSTO