SOFT CELL: MUITAS PESSOAS DANÇARAM "TAINTED LOVE" NOS BARES ENFUMAÇADOS DA DÉCADA DE 80
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
O Soft Cell é um duoconhecido por diversas características, mas nos anos 80 foram muito criticados pelos mais conservadores pois suas letras eram muito polêmicas, sempre envolvendo sexo, perversão, aventuras sexuais proibidas, entre outros. A dupla é formada porMarc Almond e Dave Ball, esempre tiveram uma tendência artística ao teatro e artes visuais, ficando bem explícito isso nas capas dos seus discos. Quanto ao hit "Tainted Love", é sem dúvidas uma das minhas músicas favoritas dos anos 80. A canção foi lançada em 1981 e ficou incríveis 43 semanas nas paradas americanas, entrando inclusive para o Guinness Book.
"Tainted Love" é uma grande música pop, sendo gravada originalmente em 1964 pela cantora Gloria Jones. Já a versão do Soft Cell veio numa época de muita irreverência/ ousadia, onde eles demonstravam muita devoção à perversão, aos neons de sex-shops e à extravagância dos cabarets em seus discos e video-clipes. Imagine um grupo que compusesse um punhado de canções sobre a rua Augusta, cantando sobre os seus personagens, dramas, boates, inferninhos... Até o Renato Russo os plagiou: "Tire suas mão de mim, pois não pertenço a você", é verso de "Tainted Love".
PIONEIROS NA ARTE DO TECNOPOP
Além da forte relação que eles tem com o sucesso "Tainted Love", o Soft Cell é fortemente reconhecido também por ser um dos pioneiros a misturarem o pop com a dance music, numa época em que poucos artistas se arriscavam com os elementos da música eletrônica. Eles são lembrados também por poderem figurar facilmente entre as bandas góticas dos anos 80 e pela sua sonoridade extremamente semelhante às muitas bandas daquele rico e vasto período. A dupla foi uma das inúmeras sensações pop efêmeras dos anos 80. Depois se tornou uma banda cult. O álbum "Non Stop Erotic Cabaret" (disponível abaixo para download) é uma espécie de álbum conceitual. Soft Cell é tão bom que basta tocar em uma pista que todos vão dançar, além disso, a música do anos 80 marcou época com grandes bandas, como The Smiths, The Police, Duran Duran, New Order, Echo and The Bunnymen, Joy Division e o próprio Soft Cell (só para citar alguns). Eles são mais um dos bons frutos desta época. No recente dia 21/08/2018, eles voltaram com uma música nova: "Northern Lights". Trata-se de uma única novidade que estará presente numa coletânea de hits da banda, marcada para lançamento em 28 de setembro.
O clássico e controverso álbum
"Non-Stop Erotic Cabaret"(versão japonesa)
Marc Almond - Vocais
David Ball - Instrumentais, Elementos eletrômicos
Mike Thorne - Produção
Já os backing vocals são de Vicious Pink Phenomena
Ouça o hit de 1981:
SOFT CELL - TAINTED LOVE
"Eu já corri para você. Agora eu corro de você".
Já Zeca Camargo, jornalista da TV Globo, defini a música como "irresistível" e "sensacional": "Se você quiser sucesso no pop, o jeito é pegar alguma canção que deu muito certo no passado (às vezes nem tão longínquo assim) e… regravar! Às vezes o resultado fica tão bom que as pessoas até pensam que é original. Talvez o melhor exemplo de todos os tempos seja “Tainted love”, do Soft Cell. Que na verdade, é uma música gravada originalmente por Gloria Jones, em 1964, brilhantemente renascida pelas mãos do dueto composto por Marc Almond e Dave Ball, quase 20 anos depois. Você sabe que música é essa… Aposto que você até já dançou “Tainted love” – especialmente se você já foi a uma festa em que eu toquei como DJ (eu sempre toco essa música!). É irresistível. Pois que conste nos anais que essa é uma reinterpretação – e, diga-se, sensacional!" - Zeca Camargo Fonte: http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2010/11/
Além de "Tainted Love", existem outras músicas maravilhosas da dupla, como "Torch", "Memorabilia" e "Sex Dwarf", mas "Tainted Love" foi a música de maior sucesso deles e teve inúmeras regravações, versões, remixes, homenagens... A barbadiana Rihanna utilizou muito bem dos samples deste hit para a sua canção "S.O.S" (2005), sendo o primeiro grande sucesso dela na HOT 100 da Billboard. Outras homenagens ao sucesso "Tainted Love" perduram até os dias atuais, como a sua merecida e recente inclusão no premiadíssimo filme "La la Land (2016)". Música boa é assim mesmo! É versátil e passeia por diversas camadas que a arte pode nos oferecer, sem medo de ser feliz ou do que os outros irão pensar. O Soft Cell é pop, é eletrônico, é dark, é new wave, é muito mais que isso... É um símbolo da cultura pop que permanece vivo e faz história até os dias mais atuais!
SERIA O ÁPICE DE UMA BRASILEIRA NA MÚSICA INTERNACIONAL?
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-RIKARDO ROCHA
Atualmente, os brasileiros tem se deparado cada vez mais com algumas cantoras tentando conquistar a sua tão sonhada carreira internacional. Muitas destas brasileiras se esforçam ao máximo, e mesmo fazendo parceria com meio mundo, ainda não conseguem conquistar nem a mais insignificante posição nos charts de outros países.
E sinceramente, quando o assunto é nossas jovens cantoras, eu não consigo enxergar muita abrangência internacional pelos próximos anos, pois a sua maioria é sem conteúdo/ qualidade, tendo apenas uma mídia "forçada" e um marketing bem pesado de influenciadores "modinhas".
Mas sim, já tivemos uma brasileira lá no passado fazendo muito bonito em todas as paradas musicais do mundo. E não estou falando da lendária Carmen Miranda (que era portuguesa, aliás!).
Estou falando do projeto CORONA, lembram-se?
Bom, mas será que é motivo para se orgulhar? Talvez a resposta seja não, depende muito, principalmente se você sabe de toda a verdade por trás da história...
NO EURODANCE A BELEZA SE COLOCA À MESA, SIM!
Particularmente, eu não gosto muito de escrever sobre projetos fakes de eurodance, pois aqui é um espaço para homenagear o artista, e acho bem deprimente dar espaço a quem enganou o público durante tantos anos. É como se estivéssemos aplaudindo, ou apoiando, todas estas tramóias que infestam o gênero. Sem falar, ter ainda que enfrentar os fãs xiitas que adoram fazer vista grossa e dar seus ataques histéricos com quem é realista, mesmo com a verdade já tão explicita e jogada na cara.
Mas, querendo ou não, a canção "The Rhythm Of The Night" é um dos maiores clássicos do eurodance, então é inevitável fugir e deixar de escrever sobre este impacto que foi o Corona.
No eurodance, acontece com muita frequência o seguinte: a voz que você escuta no seu CD ou nas FM's, não é a mesma voz da moça que performa nos shows e vídeo-clipes. E isso, infelizmente, se aplicou também ao projeto Corona, sendo que a tal farsa nem é mais novidade nos dias de hoje, pois basta que qualquer pessoa consulte tais vídeos explicativos no youtube, ou ainda que acesse diversos registros e biografias oficiais de produtores renomados, e vê-los, admitindo tais trapaças.
A verdade é que a internet tem se tornado a inimiga nº1 destes artistas fakes, pois estes projetos faziam sucesso numa época em que a informação era lenta e não chegava assim, com tamanha facilidade como nos dias atuais. Se antes isso era um fator positivo para todos eles, agora precisam criar pretextos e desculpas mirabolantes para se esquivarem destas informações, hoje extremamente acessíveis para o desespero de todos estes """"artistas"""". Como a carioca Olga de Souza (16 de julho de 1968) adotou o nome "Corona" e o utiliza até os dias de hoje, obviamente que ela ainda prefere continuar calada sobre este assunto. E não a julgo por isso, afinal cada um tem seus motivos e decisões próprias, restando então apenas respeitar esta sua escolha.
A Olga apenas aproveitou uma oportunidade para fazer sucesso e ganhar o seu dinheiro. Se não fosse ela, outra modelo estaria integrando o Corona. Mas, eu também concordo que não foi uma atitude muito legal e honesta da parte dela, principalmente com os seus fãs, embora talvez ela não pudesse assumir tudo isso na época, devido as determinações e cláusulas impostas no contrato, e por motivos óbvios também (quem nunca sonhou em ser um cantor famoso e talentoso?).
BREVE BIOGRAFIA
DO
CORONA
O Corona nasceu em 1993, quando Francesco Bontempi (23 de julho de 1957), um famoso produtor italiano, mais conhecido como Lee Marrow, resolveu criar juntamente com a gravadora DWA Records, o projeto de eurodance chamado Corona.
Os maiores sucessos do projeto Corona foram "The Rhythm Of The Night", e consequentemente "Baby Baby", "I Don't Wanna Be A Star", "Try Me Out", "When I Give My Love" e "The Power Of Love", mas ao contrário do que muita gente imagina, nenhum destes hits possuem a voz da brasileira Olga, gravada em estúdio.
Ao que tudo indica, Olga de Souza chegou a gravar algumas músicas com a sua voz real, mas são bem poucas e isso só foi ocorrer bem depois dos anos 2000. E outra, ela não conseguiu emplacar nenhum hit com a sua voz.
Deve ser frustrante para a Olga de Souza, não ter nenhum sucesso consagrado pelo público, gravado realmente com a sua voz. Nos seus shows, ninguém se interessa muito pelas suas músicas mais atuais, mas sim pelos hits acima citados, todos gravados por outras cantoras, bem mais talentosas.
As cantoras em questão são Giovanna Bersola ("Jenny B") e Sandra Chambers ("Sandy Chambers"), que merecem todos os créditos pelos seus belos trabalhos registrados nos álbuns "The Rhythm Of The Night" (1995) e "Walking On Music" (1998).
A premiada Giovanna Bersola (20 de julho de 1972): Sua voz também está presente em dezenas de outros projetos do eurodance, além do Corona (The Rhythm Of The Night). Você já a ouviu também em outros grandes hits do JK, Nevada, Red Velvet, Playahitty, entre muitos outros. Pesquise no youtube, ouça estas canções e comprove por si mesmo.
O dom da inglesinha Sandra Chambers (11 de abril de 1967) de criar hits com sua maravilhosa voz já vem de muitos anos, antes de existir o Corona. Ela cantou em diversos grupos e pseudônimos, como Double You, Netzwerk, Jinny, JK, Sasha, entre outros diversos projetos famosos. No Corona, ela cantou todas as músicas lançadas na década de 90, exceto o 1º hit "The Rhythm of The Night".
EXPONDO A FARSA
A maior verdade, é que o produtor Lee Marrow convidou a italiana Giovanna Bersola para gravar "The Rhythm Of The Night", em 1993, mas nada foi falado sobre ela ser a imagem do Corona.
Alguns dizem que Jenny B (como ela também é conhecida) tinha contrato com outros estúdios concorrentes, por isso ela não poderia aparecer neste projeto, que era uma produção da gravadora DWA. Muitos outros ainda dizem que a vocalista não tinha uma imagem comercial ou "bela" o suficiente, por isso ela não foi a imagem do Corona (acho horrível essa justificativa e espero que não seja verdade).
Outros, já informam que não seria muito interessante para Jenny B ser a frente do Corona, pois a sua imagem ficaria atrelada ao projeto, e a própria queria continuar cantando para outros diversos projetos da dance music. Seguindo esta linha de raciocínio, realmente faz muito sentido esta última pressuposição, pois seria uma prática mais lucrativa para ela, e também até mais confortável por não precisar sofrer tanta pressão e cobrança da mídia/ público (pelo motivo de estar justamente cantando "no sigilo").
Confira neste vídeo, um breve resumo de algumas músicas cantadas por Giovanna Bersola na eurodance dos anos 90. Todas foram sucesso!
Diante de tantas hipóteses, não se sabe ao certo quais foram os reais motivos, mas o fato é que os reais vocais são de Giovanna Bersola. Isso é indiscutível e já comprovado.
E como dito acima, basta procurar por vídeos mais recentes no YouTube e ver nomes famosos da música eletrônica falando sobre o assunto, incluindo a própria vocalista, que ainda canta ao vivo e eliminando qualquer dúvida que ainda possa lhe restar.
É claro que os fãs da modelo Olga vão continuar negando a farsa e inventando mil teorias mirabolantes, mas quem liga para gente maluca?
O trato foi esse, a cantora de estúdio apenas gravaria a música, nada foi mencionado sobre ela "dar as caras".
A canção então foi lançada no mercado europeu no 2º semestre de 1993, ou seja, bem antes da Olga de Souza "ser descoberta" por Lee Marrow, como a brasileira conta por aí...
Mas afinal, por que raios a Olga de Souza não mostraria o seu rosto na capa do seu 1º grande sucesso? Hahaha! Mistérios da Olga...
[Mistério nada. Quando o single de "The Rhythm Of The Night" foi lançado, a brasileira nem fazia parte do projeto ainda... Ela entrou depois, apenas emprestando a sua imagem, pois a voz era da italiana Giovanna Bersola (a.k.a Jenny B)]
"The Rhythm Of The Night" teve não só um grande sucesso europeu, mas também virou um hit mundial de grandes proporções, fato inesperado pela própria gravadora e todos os envolvidos. Restou então ao seu produtor, Lee Marrow, ter que ser rápido no gatilho e recorrer a uma modelo para representar a canção, já que a cantora original, Giovanna Bersola, não poderia aparecer em público. Público este que, em peso, queria saber quem era a vocalista deste projeto e assistir também as suas apresentações.
A capa deste single tinha apenas uma simples imagem das duas torres gêmeas do World Trade Center, nada mais revelador e que matasse a curiosidade do público.
Foi aí então, que entrou a belíssima brasileira Olga de Souza, se integrando também ao famoso projeto italiano. A modelo rapidamente foi colocada num set de filmagens, realizando então um vídeo-clipe da canção, como se ela fosse a reprodutora daqueles lindos e poderosos vocais.
A imagem de Olga de Souza também foi adicionada nas próximas capas de singles e álbuns do Corona. Ela oficialmente passou a ser a "front-woman" do projeto, o representando em shows, apresentações em tv, clipes, capas de discos, entrevistas, aparições em revistas, e etc.
Vale reforçar que, a brasileira só entrou no Corona quando "The Rhythm Of The Night" já era um sucesso. A Olga de Souza nem imaginava em participar do projeto, pois nem era uma cantora profissional, da mesma forma que nem o Lee Marrow imaginava ter que recorrer a uma modelo. A música explodiu, então a vida mudou os planos de ambos.
Mesmo sendo uma farsa imperdoável e sem cantar nenhuma música, a imagem alegre e carismática de Olga de Souza caiu como uma luva para o Corona.
A música continuou crescendo muito nas principais paradas musicais do mundo, entrando até na privilegiada Hot 100 (Billboard), dos EUA. Lá a música continuou subindo até chegar na posição #11. Um marco gigante para um projeto de eurodance e para uma mulher brasileira, a transformando conhecida no mundo todo e divulgando aos 5 continentes, o nome do Brasil.
Sempre simpática e acessível ao público, a modelo brasileira conquistou o coração de todos com a sua enorme presença de palco. Eu mesmo assisti a um show dela na cidade de Taubaté-SP (tiramos inclusive, algumas fotos juntos em seu camarim) e foi incrível a energia que ela passou aos ali presentes.
Mas infelizmente, nada disso anima ou reconforta os fãs, pois toda essa simpatia e carisma não são suficientes para ocultar toda uma verdade triste e decepcionante.
A RECICLAGEM DE UMA "DANCE MUSIC" DOS ANOS 80
Como se não bastasse toda esta polêmica com a falsa cantora, temos ainda um outro fato duvidoso que rodeia a história de "The Rhythm Of The Night".
Acontece que este grande sucesso do eurodance dos anos 90, é na verdade uma "reciclagem" de uma música dos anos 80: Say When! "Save Me" (1987).
Vejam o vídeo abaixo e percebam que é quase uma regravação, desta música lançada em 1987, onde só o refrão foi alterado:
Nada se cria, tudo se copia.
A melodia de "Save Me" foi toda mantida, só o refrão que foi alterado em "The Rhythm Of The Night".
DISCOGRAFIA
THE RHYTHM OF THE NIGHT (1995)
Ainda em 1994, época em que a música estava no topo de todos os charts mundiais, Lee Marrow teve que agir rápido também para dar uma continuidade ao sucesso do projeto, ou seja, construir novas músicas para o Corona.
O produtor simplesmente "pegou" a música "Baby Baby", uma produção sua que fez sucesso em 1991 (Joy & Joyce) e a regravou na voz da cantora inglesa Sandra Chambers, já que a Giovanna Bersola, voz de "The Rhythm Of The Night", estava indisponível naquele momento.
"Baby Baby" foi lançada como sendo um 2º single do projeto Corona e fez um grande sucesso em 1995. O êxito se repetiu também com os próximos singles que foram sendo lançados, todos cantados também por Sandra Chambers, que acabou gravando em estúdio todo o 1º álbum do Corona (exceto "The Rhythm Of The Night", gravado por Giovanna Bersola).
Este disco foi lançado originalmente em 1995, sendo um grande sucesso e recebendo o título do mega-hit "The Rhythm Of The Night" (bem óbvio a italianada associar este álbum de inéditas a este smash-hit, nota-se como estavam "sedentos" para lucrar o máximo em cima do grande sucesso, hahaha!).
Este álbum de inéditas é bem dançante, e é sem dúvidas, um item obrigatório na coleção dos amantes do eurodance. Apesar de ser um bom álbum, percebe-se também que o disco foi feito às pressas, pois possui algumas regravações bem questionáveis de sucessos nem tão antigos assim, como "Baby Baby", "Try Me Out", "Do You Want Me", e etc. Essas diversas versões "duvidosas" fizeram com que muitos relacionassem o disco a um simples "caça-níqueis", pois o produto final poderia trazer mais novidades e não inúmeras músicas repaginadas. Digamos que, todos os envolvidos trabalharam rápido para entregar imediatamente nas lojas, um álbum do Corona, já que queriam aproveitar toda a fama do projeto (ainda em extrema acensão naquele período).
Na minha opinião, as vocalistas foram as que mais ralaram e se dedicaram de verdade neste trabalho. Pronto, falei, rs.
A track-list do já clássico e 1º álbum do Corona:
"The Rhythm Of The Night"
Baby Baby
Try Me Out
Get Up And
Boogie
I Don't Wanna Be A
Star
I Want Your Love
In The Name Of
Love
I Gotta Keep
Dancin'
The Rhythm Of The
Night
Baby I Need Your Love
Don't Go Breaking My
Heart
When I Give My
Love
Do You Want Me
You Gotta Be
Movin'
Baby Baby (Dancing
Divaz Club Mix)
WALKING ON MUSIC (1998)
Em 1997, o projeto retornou com uma nova música chamada "The Power Of Love" (uma de minhas favoritas) e que tocava bastante em meados de 1997 na Jovem Pan SAT, mas não obteve um sucesso extraordinário, não.
No início de 1998, tivemos então a novidade "Magic Touch", single novo sendo lançado, mas este nem tocou. A única lembrança que tenho deste single foi a inclusão dele na coletânea "As 7 Melhores da Pan Vol. 8", que inclusive, tinha outras músicas bem mais expressivas, como Gala "Suddenly", Taleesa "You And Me", Surama K "Remember" e X-Pone Feat. Regina "Stranger In Paradise" (aliás, um dos mais fracos volumes da coleção).
Já a música "Walking On Music" também foi lançada como single, mas se tornou outra faixa totalmente ignorada pelas rádios e danceterias. Nem o vídeo-clipe ajudou a salvar a canção do fiasco.
Ainda no ano de 1998, eis que o Corona surge com o seu tão aguardado 2º álbum, chamado "Walking On Music" (título da sua 3º faixa de trabalho) e contendo os três singles acima mencionados. Mas vejam só, este álbum não foi lançado por aqui, terra natal da Olga.
Este disco saiu na Itália, Alemanha, Suécia, México, entre outros países, sendo ao todo 10 edições, ou seja, foram poucos os países que receberam este álbum, principalmente se compararmos com o lançamento do disco anterior, "The Rhythm Of The Night". Então, aqui já percebe-se claramente que o sucesso tinha decaído bastante. Certo? Será que foi por este motivo que o Lee Marrow se desligou do Corona? Já ouvi dizer que ele o vendeu à Olga, após não acreditar mais no projeto, mas não tenho a autenticidade desta informação.
Nesta época, o Corona era representado aqui no Brasil pela gravadora Paradoxx Music, que certamente não quis lançar "Walking On Music" devido aos fracassos comerciais de seus singles mais recentes. A reprovação destas músicas se deve, não pela sua falta de qualidades ou por ter uma péssima produção (muito pelo contrário, o disco é bom), mas sim porque a dance music começava a ser muito desprezada pelo público brasileiro, naquele fim de anos 90. Segue a track-list deste álbum, bem inferior ao anterior, mas ainda assim bem interessante e com os belos vocais de sempre da Sandra Chambers:
"Walking On Music"
Walking On Music
Magic Touch
The Power Of Love
If You Wanna Dance
Deeper And Deeper
Go Home Get Back
Lift Me Up
The Spy
I Belong To You
(80's)
Feel So Real
Eternally (The
Whistle Song)
The Devil Is Loose
AND ME & U (2000)
Entre 1993 até 1998, o projeto Corona ainda rendia lucros, interesse do público e muita audiência nos charts, mas com o declínio do eurodance no fim dos anos 90, o produtor Lee Marrow acabou "abandonando o barco", sendo conduzido agora apenas pela brasileira Olga de Souza. A modelo então veio ao Brasil divulgar o seu mais novo disco, lançado apenas aqui neste país. Era o seu 3º álbum de inéditas "And Me & U" (2000).
O primeiro single extraído deste trabalho foi "Volcano", lançado pela extinta Abril Music.
Apesar de Olga estar sempre divulgando na TV (cheguei a vê-la performando na "Hebe") e em alguns programas de rádio (Educadora FM 91,7 de Campinas SP), este single foi bem fraquinho nas paradas. Hit de verdade, neste período, era o single "Toca's Miracle" do Fragma, além de outros projetos mais voltados para a linha trance music.
Nesta época, também era possível perceber claramente a diferença nos vocais destas músicas novas com os vocais dos seus sucessos mais antigos da década de 90. Aliás, a moçada ligada em dance music, já tinha achado isso muito estranho lá em 1995, quando "Baby Baby" saiu com uma voz bem diferente de "The Rhythm Of The Night".
EDIT 2020: A VOCALISTA TAMBÉM NÃO É OLGA DE SOUZA!
SÃO DUAS CANTORAS (IRMÃS): BAMBI JONES E BRANDY JONES
Resumo: Na história do Corona, tivemos (até agora) 5 vocalistas que trabalharam no projeto, sendo elas: Giovanna Bersola (1993), Sandra Chambers (1995 até 1998), Bernadette "Brandy" Jones / Natisse "Bambi" Jones (2000) e Olga de Souza (atualmente).
Track-list deste seu 3º álbum:
"And Me U"
Volcano
Everything You Need
Good Love
And Me U
Thinking About You
Step Right Up
Let Me Share Your
Secret
Baby, Give It Up
On A Day Like Today
All I Ever Wanted Was
You
I Only Came To Dance
Fired Up
Volcano (Seismic Mix)
Y GENERATION (2010)
Depois de um longo hiato (10 anos!), eis que é lançado o seu 4º álbum "Y Generation", no ano de 2010. O lançamento foi fraquíssimo, ocorrendo agora em apenas 3 países: Itália, Singapura e Alemanha. No Brasil este álbum não foi lançado, talvez devido aos baixos números obtidos do disco anterior.
Neste disco não tivemos nenhum sucesso que mereça ser destacado, embora tenhamos algumas track's bem animadas, como "Gimme Love" e "Angel", por exemplo. Outra faixa que chama atenção é "Beating", que segue uma linha mais cadenciada e lenta, sendo bem agradável aos ouvidos. Confesso que gosto muito desta última faixa. Vale destacar que este álbum apresenta pela 1ª vez canções escritas por Olga de Souza! Sim, todas as faixas foram compostas pela brasileira...Muito legal vê-la compondo e cantando com sua voz real! Segue a sua track-list:
"Y Generation"
Welcome
Angel
I Can't Wait
Gimme Love
Fly Away
My Song (Lai Lai Lai)
Black Cindarella
Saturday
Beat And Shake
Beating
BÔNUS:
Angel (Emanuele
Chiesa Extended Mix)
Angel (Libex Extended
Mix)
CORONA
ATUALMENTE
Pelo que consta, a Olga estava trabalhando numálbum novo em 2013, chegando até a lançar novos singles, como "Queen Of Town" (2013), "Stay With Me' (2014) e "We Used To Love" (2015), mas pelo visto estas canções não agradaram o suficiente, pois até hoje o seu 5º álbum não foi oficialmente lançado.
Já tem mais de 5 anos que ela anunciou o seu novo álbum. Será que foi engavetado, devido a baixa repercussão destes singles?
Olga de Souza, cantando os hits do Corona, na cidade de Taubaté- SP
Sobre os seus vocais, sinceramente, eu não acho que a voz de Olga de Souza seja tão ruim como alguns fãs de eurodance declaram que é. Todos os seus álbuns são "audíveis", contendo músicas agradáveis e dançantes. Obviamente que, nada se compara com as vozes das grandes divas Sandra Chambers e Giovanna Bersola, mas ainda assim, é uma voz que dá para ouvir tranquilamente, ainda mais se levarmos em consideração oque anda fazendo sucesso no Brasil atualmente (funkeiros, drags queens e sertanejos que cantam mal e gritando). Eu também confesso que gostei da produção destes seus 2 últimos álbuns, e queria muito que ela lançasse o seu 5º disco. O problema na Olga de Souza, na minha opinião, é que ela ainda insiste em dizer que foi ela quem gravou "The Rhythm Of The Night" e todos os outros hits do projeto, sendo que os méritos destes trabalhos são totalmente de Giovanna Bersola e Sandra Chambers. E quando questionada sobre estas acusações, ela se defende com o mesmo argumento de sempre, dizendo que tudo isso é dor de cotovelo de alguns brasileiros, que sentem "inveja do seu sucesso". Ela ainda complementa dizendo que prova que todas estas acusações são falsas cantando totalmente vivo em seus shows. E de fato, ela canta realmente ao vivo, mas é aí que ela se complica, pois fica ainda mais evidente que a sua voz não é a mesma gravada e presente nos "seus" hits noventistas.
Em Taubaté / SP
MINHA COLEÇÃO
CORONA
Sim, eu fui um fã enganado nos anos 90, hahaha!
E apesar de abominar toda essa mentira e falta de vergonha na cara, eu ainda desejo muito sucesso à carreira de Olga de Souza! Mesmo eu não sendo mais aquele fã assíduo de antes (por motivos óbvios, rs), ainda prefiro ela do que essas modinhas atuais do funk, onde temos algumas "cantoras" que juram ter uma carreira internacional que não existe, e nunca existirá!
MICHAEL CRETU É O MAESTRO POR TRÁS DO SOM INOVADOR DO PROJETO ENIGMA, E SANDRA COLABOROU COM ELE, ALÉM DE GRAVAR SEUS HITS SOLO
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-RIKARDO ROCHA
Sandra e Michael Cretu - Casalzão do Euro-pop
Michael Cretu é uma figura fundamental na música eletrônica dos anos 90. Ele nasceu em 18 de maio de 1957 em Bucareste, Romênia, e hoje está com 67 anos de idade.
Este talentoso produtor é mundialmente conhecido como o cérebro por trás do projeto musical Enigma, que revolucionou a música new age e eletrônica.
Desde jovem, Cretu mostrou uma paixão inata pela música. Ele estudou na Academia de Música de Bucareste e posteriormente na Academia de Música de Frankfurt, onde aperfeiçoou suas habilidades e começou a experimentar sons eletrônicos.
Michael Cretu
No final dos anos 70 e princípio dos 80, trabalhou como produtor para vários artistas europeus, alguns dos mais notáveis, incluindo:
Sandra: Sua colaboração mais destacada foi com a cantora alemã Sandra, com quem também se casou em 1988. Produziu e coescreveu muitos de seus sucessos, incluindo "Maria Magdalena", "In the Heat of the Night" e "Everlasting Love" ;
Peter Schilling: Participou da produção de algumas músicas deste cantor alemão conhecido por seu hit "Major Tom (Coming Home)".
Hubert Kah: Trabalhou com este grupo alemão de synthpop, contribuindo com vários de seus álbuns e ajudando a definir seu som característico;
Boney M.: Embora sua participação não tenha sido tão proeminente, Cretu também colaborou com este famoso grupo de Disco Music, ganhando experiência e reconhecimento na indústria musical.
ENIGMA
A verdade é que a sua carreira se destacou em 1990, com a criação de seu próprio projeto, o Enigma. Seu primeiro álbum, "MCMXC a.D.", se transformou em um fenômeno mundial graças à combinação única de cantos gregorianos, ritmos eletrônicos e sons ambientais.
O single "Sadeness (Part I)" alcançou o número um em vários países e definiu um novo gênero musical. Este sucesso catapultou Michael Cretu para a galeria das estrelas e estabeleceu o Enigma como uma força inovadora na música.
Além disso, o projeto Enigma vendeu mais de 70 milhões de discos em todo o mundo, um testemunho do impacto e da influência de seu trabalho.
Outros sucessos notáveis de Enigma incluem "Return to Innocence" e "Beyond the Invisible", cada um caracterizado por sua capacidade de fundir diferentes culturas e estilos musicais em uma experiência auditiva única e envolvente.
Ao longo de sua carreira, Michael Cretu demonstrou ser um visionário, utilizando a música como um meio para explorar e expressar emoções profundas e completas. Seu trabalho musical continua inspirando novas gerações de músicos e amantes da música eletrônica, embora os "Marshmallows" da atualidade sejam verdadeiras piadas se comparados com o inigualável e único Michael Cretu.
SANDRA:
AS COVINHAS MAIS LINDAS DO POP
Hoje ela e seu famoso ex-marido fazem aniversário...
A cantora Sandra nasceu no mesmo dia e mês que seu ex-marido Michael Cretu, em 18 de maio de 1962. Sandra nasceu na Alemanha e sempre foi apaixonada
por música...outra coincidência com Mr. Cretu.
Nos anos 70, foi integrante do grupo Arabesque e fez bastante
sucesso com as suas músicas alegres e dançantes, eu mesmo adoro "Friday
Night", uma disco music imperdível e de astral bem contagiante.
Em março de 1985, ela saiu em carreira solo e lançou seu
álbum de estréia intitulado de "The Long Play", tendo como primeiro
single a música "(I´ll Never be) Maria Magdalena", um grande sucesso
no mundo todo, e até hoje considerada como uma grande referência dos anos 80.
A sonoridade das canções de Sandra me parece uma mistura do
A-Ha com Madonna, e até hoje, muitas pessoas quando ouvem "Maria
Magdalena" acham que estão ouvindo uma música da Madonna, ficando
surpresas ao descobrirem que não, que o hit é da alemã Sandra.
Sandra Cretu - Um das musas dos 80's
Ela foi citada por muitos como a "Madonna alemã",
numa década em que ela, a Cyndi Lauper, e a própria Madonna comandavam juntas
as paradas musicais daqueles divertidos anos 80.
Os principais sucessos de Sandra foram "Maria
Magdalena", "In the heat of the night" (minha favorita dela),
"Johnny wanna live", "Loreen", "Everlasting
love", "Hiroshima", "Stop for a minute" e "One
More Night" (uma balada maravilhosa).
Nos anos 90 a Sandra também se envolveu com o projeto
Enigma (como citado acima e criado pelo seu ex- marido Michael Cretu), e juntos fizeram um
trabalho brilhante. Alguém se lembra do hit "Sadeness (Part I)"? Vale a pena
conferir tudo isso!
A Sandra tem um sorriso espetacular, suas covinhas são
hipnotizantes e suas músicas, inesquecíveis.
Ela não era uma mulher provocadora como muitas artistas femininas do período,
que usavam a sexualidade para vender seus trabalhos, mas mesmo assim foi
muito bem sucedida no mercado fonográfico, especialmente no mercado europeu.
Michael e Sandra se divorciaram em 2007, e eles tem dois filhos.
A década de 80 foi onde Sandra se destacou, e foi uma época onde as músicas obedeciam a um sentido poético, assim como o
sucesso "Maria Magdalena", um doce devaneio composto com
muita sensibilidade e que possui, é claro, aquele tecladão inesquecível e ultra envolvente!!!
Em 1996 David Bowie foi induzido ao Rock'n'Roll Hall of
Fame. Ele não pôde ir receber o prêmio, então Madonna o recebeu em seu lugar.
Assistam ao discurso que ela fez, contando em mais detalhes
como foi sua experiência em ir ao show dele, e vejam o quanto ele foi
importante e influente na vida dela.
Achei este discurso praticamente uma homenagem da Madonna para o David Bowie, muito comovente e profundo! Me fez lembrar do meu 1º show que assisti na minha adolescência, em 1998...
Madonna declarando todo o seu amor a David Bowie
Como Madonna foi parar ali no palco e foi receber o prêmio? Bem, Freddy Demman, que foi empresário de Madonna (de 1983 a 1997)
tinha ligações com o prêmio, sendo que ele hoje em dia é o presidente do Rock'n
Roll Hall Of Fame... portanto Freddy sabia dessa admiração de Madonna por Bowie...!!! [PS: Freddy é aquele pobre diabo que ela "maltrata" durante todo o "Na Cama Com Madonna"]
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
Quando a musica carioca era bem representada
Essa é uma das músicas nacionais mais sexys, deliciosas e
sensacionais já feitas! É daquelas que a gente canta de cor sem precisar
olhar a letra ou saber o nome, simplesmente dá uma vontade de cantar e dançar, logo se sentindo também no clima do verão.
"Uma Noite e Meia" é um hit que assolou o Brasil em 1987, sendo também a faixa que me levou a conhecer outras músicas incríveis da Marina Lima (17 de setembro de 1955). Quando fui ouvindo suas outras canções, fui percebendo que já conhecia a maioria, só não sabia que eram músicas da Marina. Uma melhor que a outra!
Eu com a Marina Lima, em 2014
"Meu mundo é você quem faz"
Marina Lima sabia fazer um pop sofisticado, sensual, sem apelar para a vulgaridade ou palavreado baixo. A sua música "Fullgás" foi um grande sucesso em 1984, sendo o seu 1º hit brasileiro, antes de tantos outros sucessos que surgiriam depois.
Apesar de "Fullgás" dar fama à cantora, é sempre bom mencionar que, em 1980, tivemos um registro que chamou a atenção de muitos na época, era a sua música "Nosso Estranho Amor", que teve participação de Caetano Veloso. A partir desta grande parceria, o nome da Marina começou a figurar entre os críticos e especialistas da época.
ÁLBUNS
[A discografia de Marina Lima é extensa, rica em qualidade, estilo e sonoridade]
“Simples Como Fogo” -
Asylum Records (1979)
“Olhos Felizes” - Ariola
(1980)
“Certos Acordes” -
Ariola (1981)
“Desta Vida, Desta Arte”
- Ariola (1982)
“Fullgás” - Philips (1984)
“Todas” - Philips (1985)
“Todas Ao Vivo” - Philips (1986)
“Virgem” - Philips (1987)
“Próxima Parada” - Philips (1989)
“Marina Lima” - EMI (1991)
“O Chamado” - EMI (1993)
“Abrigo” - EMI (1995)
“Registros À Meia-Voz” - EMI (1996)
“Pierrot Do Brasil” - PolyGram, Mercury (1998)
“Síssi Na Sua” (Ao Vivo) - Mercury, Universal Music (2000)
“Setembro” - Abril Music (2001)
“Acústico MTV” - EMI (2003)
“Lá Nos Primórdios” -
EMI (2006)
“Climax” - Libertà Records (2011)
“No Osso - Ao Vivo” -
Universal Music (2015)
“Novas Famílias” - Pommelo
(2018)
VAI MARINA!
Novo álbum da Marina Lima: "Novas Famílias"
Quem resolver conhecer os discos da Marina, vai logo perceber que ela odeia a mesmice e sempre dá um jeito de se reinventar, sem medo de se arriscar ou de conhecer o novo.
Seu último disco, "Novas Famílias", foi lançado recentemente (16/03/2017) e é o seu 21º álbum de inéditas. Muito bacana ver uma artista maravilhosa como a Marina, chegar tão longe, com quase 40 anos de carreira, gravando e divulgando o seu 21º disco. É de deixar qualquer fã feliz e orgulhoso!
Neste disco apenas não curti a 1ª faixa de trabalho, "Vai Coxinha", mas gostei muito de outras, como exemplo a emocionante "Novas Famílias" (que dá título ao álbum). Sobre "Vai Coxinha", é uma faixa curtinha, que "provoca" as pessoas que possuem um partido político diferente do da Marina. Ela nega isso em entrevistas, mas em seu instagram (e outras redes sociais) ela já disse que sim, que é uma resposta àquelas pessoas que pediram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e também àquelas que não acreditam na inocência do Lula.
Marina Lima
Na verdade, achei até legal esta atitude da parte de Marina, de brigar pelo que ela acredita, de dar a cara a tapa e de mostrar todo o seu posicionamento. Eu apenas não gostei foi da sonoridade, da melodia, dos arranjos e da simplicidade da música. Não parece arte, que é o que todo artista se propõe a fazer.
"Vai Coxinha" tem uma sonoridade bem próxima do funk carioca, ritmo que a Marina não esconde que gosta e já até brincou em outros trabalhos, como a regravação que ela fez do clássico "Rap da diferença" (Álbum "Abrigo", de 1995).
O negócio fica doido mesmo quando o assunto envolve seus fãs. A maioria tem chiliques e ataques histéricos quando mencionamos que a música deixou a desejar. Os fãs, que em sua maioria são esquerdistas (como a Marina Lima também é), concluíram que, se uma pessoa não gostou de "Vai Coxinha", é por que ela é conservadora/de direita, que é homofóbica, contra as minorias e etc, etc. Estes fãs são alienados e não consideram a qualidade artística da faixa, mas sim apenas a questão política e o "lacre" que ela causa.
Assim então, estes fãs "militantes" não respeitam a opinião alheia, o que chega a ser cômico e bem contraditório ao que eles tanto pregam: respeito às diferenças. Não podemos expressar a nossa opinião em relação à esta única música? Calma militante, eu não sou de direita...
Mas tudo bem, fã alienado tem em todo lugar, e eles servem apenas para serem ignorados.
Do Rock para o Funk
Sinceramente, eu super gostei dessa atitude da Marina, de cantar corajosamente uma música com um conteúdo polêmico e que está sempre gerando muitas e muitas discussões. Essa é uma atitude totalmente rock and roll, numa música de..... funk (!).
Eu respeito as escolhas políticas da Marina e de qualquer outra pessoa, acho bonito quem defende assim o seu ponto de vista, com suas garras e dentes, e independente de sua ideologia política, o artista tem mais é que dizer o que pensa mesmo, sem essa de ser "isentão".... o problema, realmente, é suportar o funk. Só isso!
E para ser sincero, não sou apenas eu que penso dessa forma. No fundo, até esses fanáticos compartilham da mesma opinião, só que eles preferem dizer que a música é uma obra de arte, pelo motivo da cantora estar on-line e por deduzirem que você é de direita, então a ordem é te contrariar.
Faça uma pesquisa pelas redes sociais e puxe pelas hashtags as músicas mais queridas e aclamadas pelos fãs, "Vai Coxinha" não tem admiradores... você não vê nenhum desses militantes declarando o seu amor e preferência por "Vai Coxinha", notará que esses fãs sempre mencionam outras faixas da artista... Cadê o bom gosto dessa galera, afinal? Ah, meus caros...eu amo a internet por isso, pois conseguimos analisar dados, gráficos, preferências, obter provas, entre outros e ainda esfregar na cara dos hipócritas! Viva a Internet!
Quanto aos fãs, eles brigam com você para causar uma impressão falsa à cantora, ou para chegar num objetivo político, não artístico! Na realidade, eles compartilham da mesma opinião que você, então quando constatamos esse fato, vemos que não compensa perder tempo debatendo. O cara pensa exatamente como você, só é covarde em não assumir!
Além de militantes, são falsos e hipócritas, não apenas consigo mesmos mas principalmente com a artista, que acredita nessa falsa garantia e nesse feedback fantasioso. Marina Lima e nenhum artista merece esse tipo de fãs: covardes, fracos e mentirosos.
Gata Todo Dia: Meus álbuns e coletâneas da Marina Lima
De todos os seus álbuns, eu gosto muito do "Todas" (1985), "Todas Ao Vivo" (1986), "Desta Vida Desta Arte" (1982), "Marina Lima" (1991), "O Chamado" (1993), "Fullgás" (1984) e do "Virgem" (1987).
Sobre suas canções, posso dizer que sou fã de quase todas, mas é impossível não citar "Fullgás", "Noite e Dia" (Lobão), "A Francesa", "O Chamado", "Criança", "Difícil" (ouvi tanto essa música, meu Deus!), "Nada por mim", "Mesmo que seja eu" (Erasmo Carlos e Roberto Carlos), entre muitas outras, ficaria aqui até amanhã citando faixa por faixa... E como eu gosto muito de música pop, não posso deixar de mencionar "Uma Noite e Meia", que é o maior de todos os seus sucessos.
Sobre sua maravilhosa discografia (que se tornou patrimônio do Brasil), estão melhores reportados no vídeo abaixo, onde Marina foi homenageada na Coluna Nelson Motta do Jornal da Globo, por completar seus 60 anos de idade (2015):
Coluna Nelson Motta: Um breve resumo da carreira de Marina Lima
THE NEW GENERATION
A geração anos 80 (Luiz, Cazuza, Lobão e Marina): Mil anos
luz a frente da geração atual
Apesar da Marina adorar essa fase atual da música brasileira, acho tudo muito abominável o que vem sendo lançado hoje em dia. Também sou a favor do novo, mas antes de tudo, eu sou a favor da qualidade.
Faço questão de prestigiar os novos artistas, pois muitos destes cantores veteranos logo estarão "batendo as botas", e é muito importante apoiar essa moçada nova, justamente por darem continuidade no trabalho iniciado pela própria Marina Lima, Caetano Veloso, Chico Buarque, Marisa Monte, entre muitos outros artistas geniais. O problema é que são poucos os cantores novos que tem algo decente e inteligente a dizer.
Gosto muito das novatas Kell Smith, Anavitória e Ana Vilela, mas a maioria dessa nova geração mal sabe cantar, só sabendo mesmo é rebolar a bunda, "sarrar" e exaltar a criminalidade. Isso pra mim está longe de ser arte e nem merece o respeito do público (que por incrível que pareça, é disso que gosta e aplaude).
Uma pena que hoje estejamos com
um gosto tão duvidoso!