X-POSED: PRISMA "BETTER LIFE" - VOLTANDO AO ANO DE 2001 COM UMA POP-DANCE NACIONAL DE QUALIDADE
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
Alguém tem alguma dúvida, de que 2001 foi um ano bem marcante para a cena eletrônica?
Ahhh, que saudades!! Foi neste comecinho de século XXI que surgiram várias obras alucinantes do Lasgo, Darude, Rui da Silva, DJ Frederick, Modjo, Gigi D'Agostino, Astroline, Paul Van Dyk, Daft Punk, Fragma, The Underdog Project, Mauro Picotto, Jason Bralli, Ian Van Dahl, entre outros diversos projetos e artistas.
Nesta época, a dance music era um dos gêneros mais ouvidos pelos jovens brasileiros, então existia também um investimento - muito maior que hoje - para alguns projetos nacionais que se dedicavam no "dance", sendo que estas suas canções tocavam tanto nas rádios, quanto nas pistas de dança (junto com toda esta galera gringa).
O BRASIL DA DANCE MUSIC
Michelle Winter, Marion K, Jay Vaquer, Natasha Wills... A Dance Music tinha espaço no Brasil e muitos artistas apareceram em cena!
Há um tempinho atrás falamos a respeito de algumas destas produções brazucas, como Michelle Winter e Natasha Wills / Tatianaa, mas agora chegou a vez de mencionar oPrisma, que assim como estes projetos citados, era totalmente brasileiro e produzido por Gui Boratto e Tchorta (a famosa dupla do consagrado Sect).
Interessante que muita gente deste período achava que estes eram artistas internacionais, não é mesmo? Mas eles foram produzidos 100% no Brasil.
Para ler sobre Michelle Winter, clique aqui Para ler sobre Natasha Wills / Tatianaa, clique aqui
Foi no ano de 2001 que nasceu "Better Life" do Prisma, uma música dance-pop que chegou a tocar em algumas rádios e clubs do Brasil, também integrando o repertório de algumas coletâneas da época, como "Cafe Cancun Florianopolis Vol.3" (Sky Blue Music). "Better Life" esteve também muito presente em algumas coletâneas do ano de 2003, fazendo com que muitos deduzissem que este fosse o ano de seu lançamento oficial, mas na realidade, seus primeiros registros datados nos levam ao ano de 2001.
Se você não está se lembrando de "Better Life", ouça aqui esta bela melodia "Made in Brazil":
Prisma - "Better Life" (2001)
Esta foi a música mais bem sucedida do Prisma, mas seus produtores também lançaram outras interessantes canções, como "Tell Me Why", "Don't You Leave Me", "My Fire", "On My Mind" e "Love Will, Love Me", todas com a mesma qualidade da música anterior. Aliás, se você é fã de Michelle Winter, Sect, Marion K, Jay Vaquer, Alyssa Cavin... tem tudo para se apaixonar também pelas produções do Prisma. Vale a pena ouvir!
Uma curiosidade bacana, é que a canção "Love Will, Love Me" (um cover de Judy Torres) nos traz alguns trechos do clássico do New Order"Bizarre Love Triangle", sendo cantados também pela vocalista. Esta é, com toda a certeza, uma das melhores faixas do Prisma!
O INÍCIO DO PRISMA
Mais uma belíssima produção dos brasileiros Tchorta e Gui Boratto
O Prisma chegou a lançar (em 2001) de maneira independente um CD com todas estas canções citadas, incluindo alguns remixes, sendo um total de 12 tracks.
Este lançamento (raríssimo de se encontrar), além de ter sido produzido por Tchorta e seu irmão Gui Boratto, foi co-produzido por Kiko Perrone, que também trabalhou com a vocalista Alyssa Cavin e Tchorta em inúmeros outros projetos, como Tatianaa ("Tell You Secrets"), Jasmin ("Secret Love"), Natasha Wills ("I Don't Want to Miss A Thing"), Mauro & Martha Clark ("I Want to Spend my Lifetime Loving You"), entre outros vários trabalhos na dance music nacional.
Kiko Perrone também trabalhou como compositor contratado da Building Records no início dos anos 2000, e foi ele que gentilmente nos informou o nome da vocalista do Prisma. Aliás, quase todas estas faixas do projeto foram compostas por Tchorta, Kiko Perrone e também por ela...
A VOCALISTA DO PRISMA
Na época em que gravou para o Prisma, seu nome era Suzana Franco, mas isso já faz quase 20 anos e muitas águas se passaram...
Ela se casou neste tempo e hoje seu nome completo é Suzana Franco Peter, se apresentando também aos palcos como Suzy Peter.
Assim como a vocalista do Michelle Winter, Suzana Peter também é brasileira, nascida em São Paulo e sempre foi uma cantora profissional. Atualmente ela mora na Alemanha com a sua família (ela tem um marido e um casal de filhos: Sophie e Luke), mas ocasionalmente retorna ao Brasil para passear e também aproveita para fazer algumas apresentações por aqui, em sua terra natal.
A artista formou-se em Marketing pela ESPM, mas foi na área musical que conseguiu se destacar no início dos anos 2000.
Ela então cantou vários estilos musicais, como dance music, pop, mpb, jazz e até opera! Inclusive, a cantora - que tem a voz classificada como belt-soprano - estudou opera em São Paulo com vários artistas renomados, como alguns membros da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
.
Em seu currículo também consta uma participação nas gravações da novela "O Clone", além de uma memorável apresentação no Via Funchal, em 2002, antes de ir morar nos Estados Unidos.
CARREIRA FORA DO BRASIL
Chegando nos Estados Unidos, Suzy Peter se aperfeiçoou na música, estudando em excelentes colégios e com profissionais de peso, como Seth Riggs, Julian Fielder e Kay Montgomery (do LA Opera House). Foi neste período que ela também ganhou o seu primeiro prêmio: Scholarship Awarded For Voice. Este prêmio era uma bolsa de estudos da Berklee College of Music.
Suzy foi contratada logo em seguida para cantar Jazz em uma universidade americana e também para realizar alguns musicais na Califórnia. A partir daí, a cantora de São Paulo foi focando cada vez mais em sua carreira internacional, e deixando cada vez mais distante, as produções brasileiras.
Já em 2005, Suzy saiu dos Estados Unidos e foi morar na Alemanha, para aprimorar os seus estudos, onde mora até os dias atuais.
SUZANA PETER ATUALMENTE
Suzy Peter, a vocalista brasileira atualmente
O tempo passou rápido demais... Ontem era 2001 e agora já estamos em 2019!
Sobre os produtores do Prisma, Gui Boratto continua atuando na música, ainda sendo DJ e produtor musical.
Já seu irmão e parceiro de trabalho, Tchorta, infelizmente se encontra fora da música. Tchorta atualmente trabalha no ramo dos hambúrgueres, onde aparentemente faz sucesso com seus clientes. Inclusive, a revista Vejinha São Paulo fez uma matéria recentemente onde citou esta sua nova empreitada, já que ele inovou com seu estabelecimento alimentício, que apenas trabalha com aplicativos de entregas. O nome de sua hamburgueria? Burger X, localizada em São Paulo.
Já Suzy Peter, apesar de morar na Alemanha, é dona de uma pousada tradicional aqui no Brasil, mais precisamente na cidade de Campos do Jordão, chamada Gasthaus Peter. Na realidade, esta sua pousada é muito mais do que isso, é um grande e aconchegante hotel histórico.
A última apresentação de Suzy Peter aos palcos brasileiros, segundo alguns registros, ocorreu em São Paulo, na casa Cosmopolitan, em 11 de outubro de 2014. Neste seu repertório ela não cantou nenhuma música do projeto Prisma (obviamente), onde destacou mais a sua fase atual, ou seja, com músicas do gênero pop e no modo acústico. Um detalhe importante, é que seu antigo colega do Prisma, Kiko Perrone, também participou deste show, tocando instrumentos musicais.
Sobre Kiko Perrone, depois de produzir e compor para diversos projetos de dance-pop, agora ele canta e toca instrumentos em sua carreira solo. Perrone se apresenta em muitos palcos e também lançou alguns vídeos, como este abaixo, da sua música "Presente":
Kiko Perrone - "Presente" (2014)
Por diferenças políticas, os dois artistas não se falam mais, mas desejamos o melhor para estes dois músicos maravilhosos. Apesar das divergências em suas opiniões, o talento da dupla é inegável e enorme!
Muito Sucesso para Suzana Peter e Kiko Perrone!!
CRÉDITOS DAS IMAGENS
Suzana Peter e revistas da época
ÍTEM DE COLECIONADOR
1Tell Me Why (Acoustic Version)3:21
2Better Life (Original Pop)3:43
3Don't You Leave Me (Electro Pop Mix)4:04
4My Fire (Pop Mix)3:27
5On My Mind (Pop Version)3:58
6Love Will, Love Me (Guitar Version)4:11
7Better Life (White House Mix)3:44
8Better Life (Ultra Trance Mix)3:23
9My Fire (Trance Mix)3:40
10My Fire (House Version)3:15
11Love Will, Love Me (Miami Mix)6:09
12Love Will, Love Me (House Mix)5:30
AGRADECIMENTOS Ao compositor, produtor, instrumentista e vocalista Kiko Perrone. Muito grato pela sua gentileza e colaboração. EDIT: Agradecimentos também à vocalista Suzana Peter, por adicionar suas informações pessoais no campo "comentários", desta publicação. Gratidão imensa pelo contato da Suzy e por sua colaboração com o blog!
O RIFF QUE TODO O MUNDO CONHECE NO CLÁSSICO "SMOKE ON THE WATER", NUNCA FOI ORIGINAL DO DEEP PURPLE
Fomos enganados uma vida inteira!
O Deep Purple é uma das mais lendárias bandas de todos os tempos, e a sua obra-prima "Smoke On The Water" é sem dúvidas, uma enorme e consagrada referência ao rock 'n roll.
Mas recentemente tivemos uma grande surpresa (com um mix de decepção), ao descobrir que esta grandiosa música, é na verdade, um plágio de um outro som, bem menos conhecido...
Você já ouviu a música "Maria Moita" do brasileiro Carlinhos Lyra? Então, a "chupada" aconteceu a partir daqui, desta produção brasileira...
"Maria Moita" é uma música lançada originalmente em 1964, composta por Carlos Lyra, com letra de Vinícius de Moraes e trazendo os vocais da cantora Nara Leão.
Já "Smoke On The Water" foi lançada em 1972, apresentando melodias, letras e estilo completamente diferentes da música tupiniquim, exceto o riff, que é idêntico!
Ouça a música brasileira e repare no riff já em seus primeiros segundos de execução:
CARLOS LYRA - "MARIA MOITA" (Voz Nara Leão) (1964)
Antes a música brasileira tinha qualidade...até os gringos criavam os seus clássicos a partir das nossas canções
DEEP PURPLE - "SMOKE ON THE WATER" (1972)
Apesar das letras, estilos e vocais serem bem diferentes, creio que não seja uma inspiração, mas sim realmente um plágio.
Este riff é muito forte e popular até hoje, virando uma marca registrada e definitiva do Deep Purple. Como não foram eles que o criaram, é sim, devidamente um plágio. Também sou muito fã da banda, mas é necessário, antes de tudo, aceitar a realidade.
Inspiração seria, se eles citassem e dessem os créditos ao autor brasileiro, desde o início.
SEPTEMBER DO HIT "CRY FOR YOU" - ELA LEVAVA A MODA PARA A DANCE MUSIC
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
SEPTEMBER E O POP-DANCE DA SEGUNDA METADE DOS ANOS 2000
No final dos anos 2000, vários grupos e cantores começaram a investir mais na dance music, deixando o pop bem mais eletrônico e dançante, quem se recorda disso?
Artistas como Black Eyed Peas, Lady Gaga, Ne-Yo, Rihanna, Katy Perry, Britney Spears, Christina Aguilera, e etc, mergulharam de cabeça no gênero entre os anos de 2007 e 2011, mas ao meu ver, isso atrapalhou e ajudou a decretar o fim do mercado dos verdadeiros cantores de eurodance, pois o espaço que antes eram deles, passou a ser ocupado pelos gigantes do pop.
Muitos destes pequenos artistas ficaram sem grandes espaços, investimentos e público, estes que focaram apenas nas "celebridades" americanas. O que para estes popstars mundiais era novidade (ou tendência momentânea), para os legítimos artistas do eurodance era fonte de renda, tradição e cultura já há muitos anos...e foi difícil disputar com Lady Gaga e afins nas paradas, já que eram do mainstream e guiados por grandes gravadoras.
Final dos anos 2000, época onde o pop usou e abusou da "dance music"
A verdade é que o eurodance começou a ficar enfraquecido em 2006, depois de grandes sucessos de Lasgo, Ian Van Dahl, Magic Box, Erika, entre tantos outros artistas europeus. Mas com a inserção da música eletrônica nestes lançamentos pop americanos, os novos singles de artistas europeus não fizeram mais sucesso por aqui e eles foram desaparacendo de vez do cenário eletrônico brasileiro.
Uma destas artistas "euro" que ainda conseguiu algum sucesso foi a cantora sueca September, vocês se lembram dela? Ela disputava nas paradas com outras cantoras muito bem mais conhecidas, como Lady Gaga e Katy Perry, estrelas do pop que estavam começando a introduzir elementos de "eurodance" em suas músicas.
Junto com Inna (outra artista "dance" contemporânea), September trouxe hits que agradou muito os jovens no final dos anos 2000, tendo suas canções muito bem tocadas em rádios e clubs do mundo, como o seu hit explosivo e ultra executado "Cry For You". Mas infelizmente, assim como Inna, September não conseguiu se manter nesta mesma projeção...
Como a dance music deixou de ser um gênero procurado e escutado pelo público (devido tamanha saturação que se criou com os lançamentos americanos de Kesha, Lady Gaga, Rihanna, Black Eyed Peas, Katy Perry...), isso fez também com que September explorasse mais outros gêneros musicais, cantando atualmente um pop no seu idioma natal. Além disso, a loira trocou o seu nome artístico, pois precisava de público e apresentar resultados à sua gravadora, e se assumindo como uma artista de "eurodance" não estava conseguindo alcançar mais estes feitos.
Quer ler mais sobre o September? Então venha comigo e saiba mais sobre Petra Linnea Paula Marklund, uma das últimas cantoras de eurodance a alcançar um expressivo sucesso ao redor do mundo!!!
September esteve na ativa a partir de 2003
O INÍCIO DE
SEPTEMBER
Eterna September
Ela nasceu em Estocolmo, na Suécia, em 12 de setembro de 1984 e sempre gostou de cantar, exercendo esta atividade desde os seus 12 anos de idade.
Já deu para "sacar" que seu nome artístico se deriva do mês de seu nascimento, né?
E sobre a sua escolha em ser cantora, quem contribuiu para isso foi a sua família, que foi quem a introduziu no cenário da música e também quem a sempre incentivou, quando ainda era bem pequena.
Mariah Carey e Michael Jackson, nessa época eram seus grandes ídolos, e ela se inspirou muito neles, além de declarar outras admirações: Madonna e Kylie Minogue. Com estes astros da música servindo de inspiração, e com uma voz e estilo bem marcantes, não demorou muito para que a linda Petra Marklund conquistasse também o seu espaço na música Dance-Pop dos anos 2000.
Mas, se você acha que o sucesso da loira veio fácil, pode esquecer... Petra estudou muito, se planejou e se lançou (na sua adolescência) com o seu nome original, "Petra Marklund", na tentativa de conquistar o seu merecido lugar ao sol.
Foi em 2000, naquela febre do ATC e Vengaboys, que ela gravou músicas no estilo bumblegum pop, mas ainda não lhe trazendo fama e reconhecimento. E este seu primeiro trabalho na dance music ganhou um disco chamado "Teen Queen", conforme imagem e faixas informadas abaixo:
PETRA - "TEEN QUEEN"
1. Laser beams
2. Candy kisses
3. We two belong together
4. La dee daa daa
5. Will you be mine
6. Teen queen
7. Sunny day
8. Wild wild heart
9. Bim bam boom
10. Queen of the night
11. You win
Obs.: Você pode ouvir todas estas músicas, procurando-as no Youtube, onde estão disponíveis.
O SUCESSO E O RECONHECIMENTO
DE
SEPTEMBER
Após a sua tentativa no subgênero bumblegum pop, Petra continuou trabalhando muito até conseguir lançar seu próximo trabalho. Ela acabou conhecendo o produtor Jonas Von Der Burg (ele trabalhou com inúmeros artistas, incluindo Ace of Base), que estava ansioso para produzir novas músicas e inaugurar um novo projeto de dance music. Eles concretizaram esta parceria, e assim então, nasceu este projeto que levava o simples nome de "September".
O produtor sueco Jonas Von Der Burg
Os primeiros singles do September foram "La la la (Never Give It Up)" e "We Can Do It", que só fizeram sucesso em seu país natal, ambos sendo lançamentos de 2003.
Como estas duas canções conquistaram boas posições nas paradas suecas, Petra lançou seu primeiro álbum em fevereiro de 2004, junto de um outro single chamado "September All Over", que também teve um bom desempenho nos charts da Suécia. O nome deste seu primeiro registro de inéditas ficou intitulado apenas de "September", assim como o seu pseudônimo.
Em 2005 foi a vez da jovem sueca lançar o seu novo e segundo álbum, "In Orbit", que já trazia o single "Satellites", o primeiro hit mundial de sua carreira, embora aqui no Brasil não tenha ganho nenhum reconhecimento nesta época.
Uma curiosidade, é que "Satellites" traz o sample da música "Can You Feel It" de Jackson Five. Ouça abaixo:
September - "Satellites" (2005)
Jackson Five - "Can You Feel It" (1980)
Neste segundo álbum, "In Orbit", contem ainda a faixa "Midnight Heartache", que nos traz os samples de um outro grande clássico da música pop: Kim Carnes"Bette Davis Eyes":
September - "Midnight Heartache" (2005)
Kim Carnes - "Bette Davis Eyes" (1981)
Petra Marklund, a voz e a imagem do projeto September
Mas este 2º disco de September ficou marcado mesmo por trazer o mega-hit "Cry for You", que não fez de imediato um sucesso aqui no Brasil.
O êxito deste single foi passando de país em país, até que se tornou num grande hit europeu. Diante da fama e inúmeros remixes que a música foi ganhando, o sucesso se tornou mundial, levando três anos para ser grandioso também aqui no país do samba. A tal faixa começou a ser tocada no Brasil apenas em 2008, mas se tornando também uma das mais executadas nas baladas e FM's em 2009.
Com toda a força de "Cry For You", a música ganhou um novo vídeo e inúmeros lançamentos em diversos países do mundo. É até hoje, o single mais expressivo de September, e entrou nas paradas de mais de 20 países.
Mega-hit "Cry For You"
Nos Estados Unidos, "Cry For You" atingiu e se manteve no topo da Hot Dance Airplay por três semanas. Muito raro encontrar uma música com um sucesso tão duradouro e com tanta estabilidade, pois se trata de um lançamento de 2005 e seu sucesso prosseguiu até 2009 (!). Ah, aqui no Brasil, a música entrou também para o volume 5 da coletânea "Summer Eletrohits", da Som Livre.
Eu me lembro de ter mencionado esta música para um amigo residente em Portugal, no início de 2009, dizendo que era um sucesso atual no Brasil, quando ele me informou que a música já era antiga por lá, sendo tocada bastante em 2006. Foi neste momento que comecei a entender melhor a trajetória desta linda e melódica canção...
September - "Cry For You" (2005)
Como "Cry For You" se tornou num gigantesco hit mundial, aos poucos September e seus produtores foram relançando seus outros singles anteriores ao redor do mundo, como "Satellites", que chegou nos Estados Unidos e onde também obteve sucesso, alcançando o número 8 no Billboard Hot Dance Airplay.
Já em 2007, September resolveu lançar um novo single na Suécia: "Can't Get Over". Mais um êxito em sua carreira, agora presente no terceiro álbum: "Dancing Shoes".
Neste mesmo álbum, consta em seu repertório uma outra música bem querida pelos fãs e que também fez sucesso nas pistas de dança da Europa, é o segundo single "Until I Die". Todos estes singles citados foram lançados em diversos países, inclusive nos Estados Unidos, tudo devido a força e a repercussão de "Cry For You".
"Satellites": Um ótimo single de September
Apesar de seus singles terem apresentado um bom desempenho mundial, September infelizmente só obteve sucesso com "Cry For You" aqui no Brasil. Alguns DJs e emissoras de rádio até chegaram a tocar outros singles citados aqui nesta publicação (depois da explosão de "Cry For You"), mas estas faixas não chamaram muito a atenção do público, diferentemente do que ocorreu em outros países.
September - "Cry For You" (UK Version) (2008)
Esta versão também está com o seu andamento mais acelerado, se compararmos com a versão anterior de 2005. Foi essa versão "mais rápida" que bombou no Brasil, mais precisamente entre 2008 e início de 2009.
Até aqui, September lançou 3 álbuns, todos escritos e produzidos por Jonas Von Der Burg, que tem a especialidade em escrever letras tristes e também em produzir melodias mais melancólicas. Você já deve ter percebido esta sonoridade mais lamentosa em "Cry For You" e também em outras músicas do projeto.
A voz "rasgada", vigorosa e cheia de personalidade de Petra também se adequou muito bem com o "drama" nas letras e com as produções das canções, transformando estas músicas extremamente cabíveis para uma exibição ou performance mais teatral.
Obras simples, mas realmente classudas!
A parceria que deu certo:
A cantora Petra Marklund e o produtor Jonas Von Der Burg
Em 2010, September esteve de volta com seu 4º álbum, intitulado agora de "Love CPR". Aqui ela trazia músicas agradáveis como "Party In My Head" e "Resuscitate Me". Vale a pena conhecê-las, apesar de não conseguirem muito sucesso como seus singles mais antigos.
A faixa "Me and My Microphone" surpreendentemente foi muito bem na Suécia, sendo por lá o maior sucesso do September.
Jonas Von Der Burg, responsável pela criação de seus álbuns anteriores, desta vez participou apenas de 3 faixas do "Love CPR".
Neste disco, também foi adicionado - pela primeira vez - músicas cantadas em sueco. September, até então, tinha apresentado apenas canções cantadas em inglês, certo? Seria este, um aviso aos seus fãs, sobre o seu futuro na música? Talvez...
Os quatro álbuns oficiais do projeto September (2004 - 2010)
SEPTEMBER ATUALMENTE
Petra Marklund com seu bebê, em foto de junho / 2019
Após fazer fama cantando dance music, a cantora foi percebendo que era o momento de modificar a sua carreira. Ela optou em seguir com algo que falasse mais diretamente com o público da Suécia, como já havia deixado claro em seu último álbum.
Cantando em sueco, sem pseudônimo e com mais identidade própria, a vocalista do September chegava em sua nova fase (embora ainda cantasse algumas faixas em inglês).
Sem depender de muitos profissionais e sem ser um mero projeto da "dance music", a cantora se lançou com seu nome de batismo: Petra Marklund. Aliás, nesta época, como já informado, a dance music estava muito saturada após tamanha exploração e exposição que sofreu de muitos artistas americanos. Era o momento de transformação da artista, embora muitos de seus fãs tenham se frustrado com esta sua decisão.
Adeus dance-pop!!
Estava claro que a cantora queria mais independência e "caminhar com suas próprias pernas". Ela lançou o álbum "Inferno" (2012), colaborou nas composições destas músicas, deixou o inglês de lado (cantando em sueco) e não deixou dúvidas de que "September" ficou em seu passado.
Já em 2015, retornou com o seu mais novo trabalho,"Ensam Inte Stark", álbum também cantado em sueco e com sucesso conquistado apenas em seu país natal.
Nestes seus dois últimos discos, foram pouquíssimas as músicas cantadas em inglês, e não ganharam nenhum destaque ou relevância internacional. Foram dois álbuns de sucesso apenas na Suécia.
"Ensam Inte Stark" é até o momento, seu último álbum oficial lançado.
Dois álbuns oficiais de Petra Marklund (2012 e 2015)
De 2016 para cá, Petra tem se apresentado em muitos eventos, participou de várias entrevistas e lançou alguns EP's.
Neste ano de 2019, ela já trabalhou e disponibilizou uma nova música ao seu público, embora não sendo um trabalho solo. Esta sua mais recente produção é uma parceria com o cantor Ludwig Bell, um single intitulado de "Strawberry Fields" e lançado oficialmente em abril deste ano. Ah, neste trabalho ela também colaborou compondo.
Petra Marklund com Ludwig Bell, em 2019, até o momento é o seu último trabalho musical
CURIOSIDADES
September não só bateu de frente com Lady Gaga nos charts, mas também a acusou de cópia
-No ano de 2009, assumindo ainda o pseudônimo de September, Petra Marklund deu uma entrevista polêmica onde dizia que Lady Gaga estava copiando o seu estilo. Lembro-me que a notícia repercutiu até no Brasil e foi noticiada por uma das páginas da globopontocom. Na época, a artista foi bastante criticada por fãs de Lady Gaga, que estava em seu incrível auge naquele ano.
Petra era bem fashionista, se apresentava com figurinos diferentes e sempre tentava se inovar no segmento da moda. Por misturar música e moda, levar isso aos palcos e por cuidar pessoalmente de seu figurino fashion (desde o início de sua carreira), ela acusou a cantora americana - que também estava fazendo um som similar e bem dançante;
-Durante a sua jornada como September, onde cantava europop e em inglês, Petra sonhava em ser descoberta por Jay Z, rapper e marido de Beyoncé. Ele descobriu alguns artistas e fez algumas carreiras decolarem internacionalmente, como Rihanna e Rita Ora;
-Você sabia que September já veio ao Brasil? Sim, foi em maio de 2012! Mas não para se apresentar, cantando seus hits, mas sim para participar de um evento beneficente, mais precisamente em Niterói - RJ.
Eu me lembro que os fãs estavam planejando ir recebê-la no aeroporto, e acredito que alguns poucos conseguiram vê-la, mas não me recordo com clareza deste desfecho, publicado na época em uma comunidade do Orkut.
Petra e seu pai eram muito solidários e estavam sempre ajudando algumas entidades. Neste período, a moça também colaborava com uma entidade sueca que cuidava de crianças com câncer;
- Como o eurodance é um gênero que deixa muitas dúvidas quanto ao verdadeiro talento de seus artistas, vale a pena verificar alguns registros no youtube que comprovam que Petra Marklund é realmente a dona da voz em suas músicas. Tem vídeos dela cantando realmente ao vivo, em diversas situações e apresentações que não nos deixam dúvidas.
Parece-me meio óbvio informar isso (e meio estranho para alguns), mas quem conhece a história (cheia de farsas) do eurodance sabe muito bem do que eu estou falando...
September cantando ao vivo "Resuscitate Me" e "Me & My Microphone"
A vocalista fazia (e ainda faz) questão de cantar realmente ao vivo em suas apresentações, por isso você não terá dificuldades em encontrar vídeos dela soltando o seu gogó em shows e festivais.
The Album???
-A gravadora de September, querendo lucrar com o sucesso absoluto de "Cry For You", chegou a lançar diversas compilações de músicas gravadas por Petra Marklund. Inclusive, lançaram no Reino Unido uma coletânea chamada "Cry For You - The Album", que nunca foi um álbum oficial do projeto.
A gravadora só queria arrecadar mais dinheiro, mas com isso, confundiu também uma boa parte do público europeu que não conhecia seus álbuns anteriores.
-Hoje a artista está com 34 anos de idade (fará 35 em setembro), canta uma mistura de pop, eletrônico, rock e indie. Ela é mais discreta, é mãe e também está nas redes sociais:
Petra Marklund, sua mãe e seu bebê em foto de junho de 2019
COLETÂNEA COM CARA DE ÁLBUM
Cry For You3:30
Satellites (US Mix)3:07
Can't Get Over3:00
Flowers On The Grave4:15
My Neighbourhood3:03
Sad Song2:55
Until I Die3:42
Because I Love You3:13
Candy Love2:44
Taboo3:42
Looking For Love3:23
Midnight Heartache3:43
Freaking Out3:22
R.I.P. 3:47
Este CD eu adquiri achando que fosse um álbum do September, e quando me dei conta, percebi que se tratava, na verdade, de uma coletânea "caça níqueis", rs. Na realidade, é um caso bem parecido com o disco acima citado - "Cry For You - The Album" - sendo este mais um entre os diversos CDs lançados com a finalidade de atrair fãs do hit e faturar mais com suas vendas. Gravadoras pequenas não perdem tempo não...
É um ítem importado dos EUA, lançado pelo selo Robbins Entertainment, sendo que o produto leva apenas o título de "September".
Apesar de ser uma compilação, e não um álbum, este ainda é um CD indispensável para quem curtiu a dance music daquele fim de anos 2000's, além de que, os maiores sucessos de September estão aqui...
É, DEPOIS DE SEPTEMBER, ACHO QUE NÃO EXISTIU AINDA OUTRA CANTORA DE EURODANCE QUE FEZ TANTO SUCESSO FORA DA EUROPA QUANTO ELA...
OS TEMPOS AGORA SÃO OUTROS, RESTANDO APENAS AS BOAS MEMÓRIAS DE UMA ÉPOCA EM QUE O "EURO" AINDA SABIA CONQUISTAR E ENCANTAR COM SUAS LINDAS E MELÓDICAS MÚSICAS!
SHANIA TWAIN "COPIOU" IDÉIA VISTA EM VÍDEO OITENTISTA DE ROBERT PALMER - "ADDICTED LOVE"
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
Em setembro de 1999 foi lançado o single de "Man! I Feel Like A Woman" da talentosa cantora e compositora canadense Shania Twain (28 de agosto de 1965), uma faixa de seu terceiro álbum de estúdio, "Come On Over" (1997). Logo então, esta música foi um sucesso nos principais charts do mundo. Acho que todos vocês se lembram, não é mesmo?
Aqui no Brasil, este single demorou um pouco mais para decolar, mas em 2000 já estava entre as mais tocadas, além de estar na trilha sonora da novela Laços de Família (2000).
Mas, você sabia que o vídeo deste hit é bem parecido com um outro trabalho visual?
Sim, isso mesmo, estou falando da música "Addicted Love" de Robert Palmer, um grande clássico de 1985, que possui um vídeo exatamente nos mesmos moldes de "Man! I Feel Like A Woman" de Shania Twain. Quer conferir as tais semelhanças, com seus próprios olhos?
Clique no play para ver os dois vídeos.
Fica claro que Shania Twain fez uma homenagem ao vídeo de Palmer, mas ainda assim, é uma cópia do mesmo.
Uma bela cópia, por sinal
Shania Twain "Man! I Feel Like A Woman"
O vídeo de "Man! I Feel Like A Woman" foi lançado em 3 de março de 1999, e como resolvemos focar nesta publicação, é uma cópia assumida de "Addicted to Love", de Robert Palmer.
Esta obra visual de Shania Twain nos traz um cenário de fundo idêntico ao vídeo de Palmer, e com a cantora country dançando com alguns modelos masculinos, que também performam com instrumentos musicais e com seus olhares gélidos, assim como as garotas em "Addicted Love".
Robert Palmer "Addicted Love"
Por sua vez, Robert Allen Palmer (19 de janeiro de 1949) foi um cantor, compositor, instrumentista e produtor musical britânico. Ele era conhecido por sua distinta voz soul e sua mistura eclética de estilos musicais em seus álbuns, combinando soul, jazz, rock, pop, reggae e blues. "Addicted Love" foi sucesso quando o cantor tinha 37 anos de idade, e seu videoclipe foi dirigido por Terence Donovan. Neste clipe de Robert Palmer vemos cinco mulheres com rostos pálidos, olhos esbugalhados, maquiagem pesada e batom vermelho brilhante, que se assemelhavam intencionalmente às mulheres desenhadas pelo desenhista Patrick Nagel, um artista bem popular na década de 1980.
A aparência das cinco modelos em "Addicted Love" foram inspiradas nestas artes de Patrick Nagel. Este é um vídeo que homenageia seus desenhos, com música de Duran Duran. O artista também desenhou a arte da capa do álbum "Rio" do Duran Duran, por isso a música da banda no vídeo...
VÍDEO: "ADDICTED LOVE" DE ROBERT PALMER: Este vídeo, lançado em 1986, causou um grande alvoroço na época, particularmente entre as ativistas dos direitos das mulheres. O motivo da controvérsia era devido ao vídeo estereotipar as mulheres como "objetos", mas a atenção extra apenas impulsionou a música para se tornar um grande sucesso. O conceito provou ser uma receita vencedora: Palmer lançou mais dois vídeos usando este tema para suas outras músicas, como "I Didn't Mean to Turn You On" e "Simply Irresistible".
Maquiagem característica que marcou o vídeo de Robert Palmer
Sobre as modelos deste clipe, elas simplesmente só apareceram aqui para enfeitá-lo. Estas moças nunca tocaram, instrumentalmente, esta ou qualquer outra música.
Seus nomes são: Julie Pankhurst (teclado), Patty Kelly (guitarra), Mak Gilchrist (baixo), Julia Bolino (guitarra) e Kathy Davies (bateria). Atualmente, Julie trabalha no varejo e é mãe, Patty é uma paisagista com dois filhos, Kathy vive na Tailândia, onde faz trabalhos de caridade, Mak Gilchrist vive na Inglaterra e Julia trabalha com maquiagem e também é estilista de cabelo.
As eternas garotas de Robert Palmer
CURIOSIDADE
A modelo Mak Gilchrist recordou à revista Q: "Eu tinha 21 anos e obtive o papel com a força do meu trabalho de modelagem. Nós fomos contratadas para parecer e 'atuar' como aqueles manequins de lojas. O diretor Terence Donovan nos deixou embriagadas com uma garrafa de vinho, e quando estávamos tendo nossa maquiagem retocada , eu perdi o equilíbrio e bati o topo do meu violão na parte de trás da cabeça de Robert Palmer, e seu rosto então, atingiu o microfone."
CONCEITO DO VÍDEO, POR SHANIA TWAIN
Shania Twain
Shania Twain quis mostrar o poder da mulher nesta música, e usou um vídeo que, no passado, foi acusado por ser "machista", mesmo que de maneira exagerada pelas feministas. Shania Twain "vira o jogo" e aqui ela é quem joga as cartas, e a sua banda, toda formada de homens, toca de forma inexpressiva e robótica, enquanto que ela canta, se mexe para todos os lados, tira parte de sua roupa, mostra suas curvas, além é claro de exercer o seu papel de protagonista do vídeo.
CD Promo Nacional
Esta canção recebeu críticas favoráveis dos críticos de música, que elogiaram a atitude, bem como os vocais de Twain. O sucesso transformou a canção numa espécie de referência para a música pop, já que a faixa apareceu em diversos eventos, tais como num comercial de TV da Chevrolet, assim como consta também no filme Crossroads (2002) de Britney Spears.
Comercial de TV Chevrolet - Colorado (2004)
Vale mencionar que antes de se tornar famosa, a cantora Carrie Underwood também apresentou "Man! I Feel Like A Woman" na quarta temporada de American Idol, quando se tornou a vencedora desta edição. Além é claro, de ser trilha sonora de uma novela bem famosa aqui no Brasil, como já citamos acima.
Comercialmente, a música foi muito bem sucedida. "Man! I Feel Like A Woman" também ganhou um Grammy de Melhor Performance Vocal Country Feminina, em 2000.
Robert Palmer
Eu conheci esta fantástica música de Robert Palmer através da coletânea "Best Of The Universe", que trazia o melhor da música internacional. Este box, com 5 CDs, era um lançamento da Polishop em parceria com a Universal Music, e sua propaganda comercial passava diariamente nas emissoras Rede TV!, Gazeta e Band, em 2001.
Comercial "Best Of The Universe"
Leia mais aqui, e baixe também esta coleção completa com todos os hits, incluindo Robert Palmer com seu clássico "Addicted Love".
Robert Palmer, um dos grandes músicos que melhor representou os anos 80
A RESPOSTA DE ROBERT PALMER PARA SHANIA TWAIN:
Ao longo de sua carreira, Robert Palmer recebeu uma série de prêmios, incluindo dois prêmios Grammy de Melhor Performance Vocal Rock Masculino e um Prêmio de Música da MTV.
Infelizmente, o artista morreu de parada cardíaca em 26 de setembro de 2003, com apenas 54 anos de idade, quando estava hospedado num hotel em Paris.
Mas Robert Palmer chegou a ver o vídeo de Shania Twain, e aprovou a sua ideia sendo reciclada. Ele disse que gostou do resultado: "foi a mais alta forma de bajulação". #RIPRobertPalmer
"CAMILA, CAMILA", DA BANDA NENHUM DE NÓS, É UMA MÚSICA ATEMPORAL E COM UMA LETRA FORTE QUE POUCOS ENTENDEM
Esta, talvez seja uma das músicas mais intensas já produzidas no Brasil dos anos 80!
"Camila, Camila" é um clássico do rock nacional e que fez muito sucesso em 1987, com gravação original da banda gaúcha Nenhum de Nós.
O que poucas pessoas sabem, é que a música foi baseada num caso de violência doméstica que realmente aconteceu.
Os integrantes da banda tinham uma colega do colégio que era constantemente agredida pelo seu namorado violento.
Acompanhe o que o vocalista, Thedy Corrêa, disse sobre a música e seu real significado:
"Essa canção foi inspirada em fatos reais, envolvendo uma jovem que nós conhecíamos na época, em 1985. Era uma colega de escola bastante bonita com um namorado violento. Ficávamos intrigados com os motivos que levavam uma garota assim a se submeter e ser maltratada por um rapaz tão estúpido. Ouvimos algumas histórias de situações constrangedoras que ela sofreu e essa foi nossa “faísca criadora” para uma canção que falasse da violência contra a mulher. Por isso os “olhos insanos”, a “vergonha do espelho naquelas marcas”, além da tristeza e indignação na melodia. Hoje, ela vive super bem, tem uma linda família e está bem longe desse antigo namorado… Ainda bem!"
Thedy Corrêa (26 de julho de 1963)
Thedy Corrêa ainda disse mais em outras conversas:
"Acho importante num país como o Brasil fazer músicas desse tipo. Aqui é mais confortável fazer letras que estimulem o sexismo ou utilizem violência como ingrediente. Na real, acho que ninguém fala de abuso porque não vende. A questão está no que cada um acredita e quer.”
"Sentíamos na obrigação de dar nossa contribuição. Como a questão chegou até nós de forma natural, nos inspiramos a também cumprir esse papel de retomada de consciência que vinha caracterizando nossa geração."
E pensar que hoje os estupros coletivos acontecem no Brasil quase que regularmente, e ainda fazem funk ironizando as mulheres como "vadias"... E o pior: Por incrível que pareça, muitas destas mulheres ajudam a exaltar este tipo de música. Cadê a evolução? Infelizmente, os brasileiros perderam o rumo mesmo. Isso é um retrocesso! Depois reclamam (e me enviam indiretas) quando eu digo que música boa é música velha, rs. Curtam esta obra-prima que o Nenhum de Nós fez em tom de denúncia, numa atitude longe de ser praticada atualmente, já que a moda agora é aplaudir quem canta temas invertidos:
Nenhum de Nós "Camila, Camila"
As cenas são do filme "O Silêncio de Melinda" com Kristen Stewart
E quem não gosta da minha opinião em relação às músicas atuais, é só deixar de me seguir, oras! Faça isso e vá curtir em paz às suas "flatulências sonoras de satanás" ;)