terça-feira, 15 de setembro de 2020

RÖYKSOPP - "WHAT ELSE IS THERE?" (2005): LUZES, EXPLOSÕES E INTENSIDADE

A função de alguns músicos é de desbravar as fronteiras da mesmice que assombra o mercado fonográfico, tarefa muito bem exercida nessa música que está celebrando 15 anos de aniversário...

"What Else Is There?" é uma música lançada em outubro de 2005, mas que se tornou conhecida no Brasil nos anos seguintes.
Por vezes eu a ouvi nos clubs em 2006-2007, mas eu não sabia nada a seu respeito, tal como o seu título, quem a cantava e muito menos o nome do projeto. Enfim, o tempo passou e ela ficou totalmente esquecida em minhas memórias - nem lembrava mais que existia - até a ouvir recentemente na rádio Energia 97. Nesse momento então pensei comigo: "Como é bom ouvir isso novamente depois de tanto tempo!!" 
Rapidamente pesquisei no google e finalmente encontrei o nome da canção e de seus realizadores:

RÖYKSOPP - "WHAT ELSE IS THERE?" 
(2005)

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA

Arranjos, Mixagens e Produção por Röyksopp
Letra escrita por Karin Dreijer e Röyksopp

Esse é o tipo de música que não tocou muito nas FM's mais tradicionais, e também não saiu em muitas coletâneas da época (eu conheço apenas o CD "Caldeirão do Huck" by Som Livre), mas mesmo assim, certamente você irá reconhecê-la quando ouvir sua sonoridade sombria, seu refrão profundo e principalmente seu vocal assombroso, que se tornaram fundamentais e ajudaram a emplacar "What Else Is There?" nas boates daquela metade de década.

Röyksopp - "What Else Is There?" (2005)
Video Oficial

O vídeo oficial apresenta a versão original da música, que é recheada de muitos elementos sombrios e com um semblante visivelmente trágico. Você reconhece estes detalhes na letra e também na instrumental de “What Else Is There?”, além da faixa carregar consigo uma vibe bem melancólica, uma voz penetrante (e perturbadora) e variados toques místicos.

Assista ao vídeo e tente entender o significado da música, através de algumas imagens que aguçam a nossa curiosidade e até causam um certo incômodo...

Pra começar, temos uma loira flutuante que é algo que intriga já no começo do vídeo. Podemos associar sua figura com a de uma "alma perdida" e que está vagando em busca de vingança, pois ela morreu atropelada ali naquela estrada. Roteiro interessante, não acham?
Logo depois você consegue idealizar um carro em movimento numa estrada à noite, e também pode vê-lo se aproximando da vítima, quando a luz das lanternas brilha em seu rosto assustado.
Agora, depois de morta, ela quer se encontrar com a pessoa que lhe tirou a vida. Percebemos também que a responsável pela sua morte sente que está sendo observada... Mas neste momento ainda podemos nos perguntar: E se for apenas o seu sentimento de culpa que a rodeia??

O fantasma ressurge novamente perto de uma mesa repleta de alimentos, mas ele percebe nesse instante que a "assassina" está impactada e atordoada com todo o ocorrido, e diante disso resolve aliviá-la da culpa... olhando com pena e segurando a sua cabeça para acalmá-la.

Alguns trechos da letra:

"Era eu naquela estrada
Mas você não podia me ver
Muitas luzes, mas nada perto daqui"

"Era eu naquela estrada

Você continua sem poder me ver
E então lampejos e explosões"

"O fim da estrada está ficando mais perto

Nós percorremos distâncias mas não juntos"

"Eu sou a tempestade, eu sou a maravilha

E os lampejos, pesadelos
E explosões repentinas?"


O SOM DAS NOITES
Nos clubs rolava mesmo é a "Trentemøller Remix", que é muito mais dançante, porém sem a essência particular da original, e por isso muitos fãs torceram o nariz para este e outros remixes que saíram na época.
Gosto muito dessa versão, que na minha humilde opinião é o melhor remix já feito para "What Else Is There?".

A versão original é totalmente bela, surrealista, teatral, forte, expressiva e emocional. Não tem como fazer comparações com essa versão que é extremamente pulsante e eletrizante, mas você pode dançá-la, como basicamente fazíamos nas nossas antigas baladas:

Röyksopp - "What Else Is There?" ("Trentemøller Remix")
Um explosivo Dark-Eletro-House na sua mais pura descarga eletrostática

RÖYKSOPP:
O duo norueguês Röyksopp

O Röyksopp é formado pelos noruegueses Svein Berge (17 de fevereiro de 1976) e Torbjørn Brundtland (10 de maio de 1975), que nasceram na mesma cidade (Tromso) e se conheceram quando tinham apenas 12 e 13 anos de idade, em 1988.
10 anos depois eles formaram o Röyksopp, que significa "nuvem de cogumelo".
Ao longo da carreira, o Röyksopp já passeou pelas várias vertentes da música eletrônica, em especial o downtempo, synthpop e electro, mantendo sempre seus elementos house, sons afro-americanos e com excelentes parcerias.

“Sentimos que há muita música por aí que simplesmente não tem nenhuma identidade - algo pelo qual realmente nos empenhamos em nossa música” 
- Torbjørn 

“E também queremos que nossa música tenha longevidade, portanto, sempre buscamos produzi-la e projetá-la de uma forma que fique longe de tendências de produções genéricas.” 
- Svein

Vale a pena ouvir também outros de seus trabalhos, como“Monument”, uma canção ímpar na voz da talentosa sueca Robyn, que também faz uma performance impressionante no vídeo:

Röyksopp & Robyn - "Monument" (2014)
 Oficial Video
A dupla de produtores aparece com a cantora nesse fantástico trabalho visual.

Se o eu-lírico das músicas “Trance” já são em sua maioria tristonhos e chorosos, aqui temos vocais quase que "agonizantes" e cientes de sua morte. O fantástico é sentir e reconhecer a beleza deste conceito, além de captar outras sensações que você não sentiria há uns 20 anos, justamente porque você também já se transformou daquela época para o hoje. (“Esqueça como você me conhecia /Esqueça o que eu costumava ser”).

O Röyksopp já está no mercado há mais de 20 anos, sempre equilibrando jazz ambiental e eletrônica com sons únicos

Entre 2005-2008, algumas pessoas gostavam de definir este tipo de música como "lounge-music", por apresentarem instrumentais mais relaxantes e suaves. Hoje esse termo está praticamente em desuso, mas foi bem popular, principalmente entre o público dos 18-35 anos. Nessa época, existia também até uma quantidade razoável de casas noturnas voltadas especificamente à este gênero.


A VOCALISTA DE 
"WHAT ELSE IS THERE?"
Ela é a verdadeira cantora 

Assim como Robyn, a verdadeira cantora de “What Else Is There?” é também uma sueca. A garota do vídeo que aparece flutuando é a modelo norueguesa Marianne Schröder, e ela não gravou a música com sua voz.

A voz real é de Karin Elisabeth Dreijer Andersson, nascida em Nacka (Suécia) no dia 07 de abril de 1975. Ela é uma grande cantora, mas também é uma respeitada compositora e multi-instrumentista. 
A modelo dubla a sua voz, mas Karin Dreijer não está totalmente de fora do vídeo, pois ela também aparece em cena atuando como a mulher que causou o acidente;

Karin Dreijer também aparece no vídeo de “What Else Is There?” 

Karin Dreijer e seu irmão no duo The Knife; e com Honey Is Cool

Karin Dreijer formava dupla com seu irmão (Olof Dreijer) no The Knife e registraram vários trabalhos antes de ser convidada para cantar “What Else Is There?”.
Mas antes ainda, Karin também foi integrante da banda Honey Is Cool, que teve início em 1994 e acabou em 2000, conseguindo lançar 2 álbuns e alguns singles/ EPs.

Karin Dreijer Ao Vivo (The Knife - Coachella 2014)

Atualmente a artista sueca continua em atividades, agora trabalhando mais em seu projeto solo chamado Fever Ray, que já conseguiu lançar dois álbuns inéditos e dois discos "Ao Vivo". O último trabalho deste projeto foi lançado em 2019 e chama-se "Live At Troxy".

A MODELO DE 
"WHAT ELSE IS THERE?"

A modelo fantasma

A modelo que dubla a voz da cantora sueca é Marianne Schröder, nascida em Smøla, na Noruega, em 11 de março de 1977. 
Porém, a bela norueguesa não foi introduzida no vídeo para simplesmente "fingir que canta", como aconteceu massivamente na Dance Music dos anos 90 (como os fakes "Whigfield", "Corona", "Milli Vanilli", e etc).
Na verdade, a modelo foi escolhida para atuar como a personagem central da música, então ela dublou a vocalista também, entretanto fazendo isso de maneira louvável e puramente artística.

Nunca foi anunciado aos fãs que ela era integrante do Röyksopp, e tão pouco ela dublou essa música nos palcos - realizando shows com aqueles playbacks pavorosos que os farsantes acima citados tanto faziam nos anos 90. Foi simplesmente uma participação especial da modelo como personagem do vídeo, e não como uma integrante do Röyksopp. 

Contudo, algumas pessoas que assistem ao vídeo ainda ficam chocadas ao saber que Marianne Schröder não é a verdadeira cantora de “What Else Is There?”. É também compreensível essa reação de "surpresa" nessas pessoas, já que a loira aparece dublando, então entendemos também esse desapontamento por parte delas... A impressão que qualquer ser humano tem, é qual? É lógico que quem está movimentando os lábios seja o/a vocalista, não é mesmo? Isso é inevitável e instintivo, basta ter cérebro e visão.

A modelo continua atuando no cenário da moda e a foto abaixo mostra a sua aparência mais atual, retirada de seu instagram pessoal:


Ah, e os fãs de Dance Music que são chegados numa modelo, podem se deliciar também com essa página sobre Marianne Schröder e suas diversas capas de revistas:

RÖYKSOPP - "WHAT ELSE IS THERE?" 
{INSPIRAÇÕES?}
Kate Bush
Cantora, compositora, dançarina, performática e produtora

Quando ouvimos "What Else is There?", conseguimos encontrar grandes semelhanças com algumas músicas da cantora inglesa Kate Bush (30 de julho de 1958), mais especificamente aos seus clássicos "Wuthering Heights" (1978) e "Running Up That Hill" (1985).
Além da voz soar parecida, tem também a história de um fantasma que assombra uma pessoa dentro da letra de "Wuthering Heights". 

Pra quem não sabe a história da música, é sobre uma mulher chamada Cathy que vive uma relação de grande amor, mas também de grandes conflitos e desentendimentos com o seu amado Earthcliff. Tem um momento que ela adoece e acaba falecendo, deixando para trás o seu tão querido e odiado homem, porém o homem de sua vida.
No entanto, o espirito dela depois volta para a casa onde viviam no meio do bosque, e nas noites frias e sinistras "bate na janela", esperando o seu amado abrir pra ela, a fim de possuí-lo. É uma história triste de amor basicamente, um pouco sobrenatural e com um toque soturno que a própria Kate Bush põe brilhantemente na sua fantasmagórica apresentação:

Kate Bush - "Wuthering Heights" (1978)
No início dos anos 2000, esse vídeo estava sempre presente no programa "Piores Clipes do Mundo" da finada MTV Brasil. Naquela época eu concordava com o programa, pois era adolescente e não tinha entendido o conceito do vídeo. Hoje eu vejo que foi um erro, pois existe muita entrega e dedicação neste vídeo performático. Kate Bush é a própria fantasma de Cathy!

Ao criar sua obra-prima, Kate Bush se inspirou totalmente no livro "O Morro dos Ventos Uivantes", um clássico da literatura e lançado em 1847. Fora que o livro, por si próprio já é um marco também, pois a escritora Emily Brontë o escreveu sob um pseudônimo masculino, dado que as mulheres naquela época eram proibidas de escrever livros, poemas, peças...
É triste também, saber que a escritora morreu pouco tempo depois do lançamento do livro. Ela tinha apenas 30 anos de idade, morreu de tuberculose e sem saber do reconhecimento e da glória que foi sua obra literária.

Em 2010, Röyksopp resolveu convidar a cantora e atriz Anneli Drecker para cantar em seus shows um cover de "Wuthering Heights". Você pode encontrar diversos vídeos no Youtube dessas performances, que demonstram mais uma evidência do quanto eles são fãs da Kate Bush e de suas obras musicais.

Svein Berge também já falou sobre a importância de "Running Up That Hill", um outro clássico de Kate Bush:
 "É uma daquelas canções que ouvi pela primeira vez no rádio, quando era criança, e ficou gravada na minha cabeça desde então. Não tentei articular 'por que' gostei da música. Acho que tem a ver com minha propensão para músicas com 'dramas' - na falta de uma palavra melhor - 'drama'. Esse 'drama' está realmente presente na música de Kate Bush, mas é muito bem equilibrado e nunca em excesso."
 -Svein Berge (Röyksopp)


RÖYKSOPP, HOJE
Destruição e Fim

A dupla continua com seus trabalhos musicais, no entanto, em 2014 causou estranheza em alguns fãs quando anunciou que não lançaria mais álbuns. O Röyksopp lançou naquele ano o seu último álbum intitulado de "The Inevitable End" ("O Inevitável Fim"). Eles acalmaram os fãs também dizendo que isso não marca o fim do Röyksopp, eles apenas não lançariam mais álbuns.

 “Sentimos que este é um adeus ao formato tradicional do álbum”, explicou Svein. Ainda concluiu: “Em nossa série consecutiva de álbuns, temos sido capazes de dizer e fazer o que queríamos. Não vamos parar de fazer música, mas o formato do álbum como tal, isso não está mais nos nossos planos.”

E isso vem se mantendo até então, sem álbuns e com foco cada vez maior nas plataformas digitais, como o Spotify.
Em 2019 a dupla lançou a compilação "Lost Tapes", com raros B-sides, músicas antigas e exclusividades jamais lançadas antes! E claro, podem ser encontradas apenas nos serviços de streamings.

Eles praticamente anunciaram o fim da mídia física, já que coincidiu também com o decreto do último álbum da dupla, em 2014.

Svein Berge e Torbjørn Brundtland (Röyksopp), discotecando na Grécia em 2019


Essa foi uma das últimas festas que a dupla participou, na medida em que não tivemos muitos eventos neste ano por conta da pandemia do coronavírus.
No fim, não foram apenas os álbuns que pararam, mas muita coisa se perdeu também neste atribulado e obscuro ano de 2020... 





"Após as calamidades e tormentas da vida, sempre haverá algo 
de valor em meio aos escombros"
- Darcyvo Simas

20 comentários:

  1. Show Rikardo, conheci essa música numa versão tribal, mas acabei me apaixonando pela original mesmo.
    Demais seu blog.

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    1. Obrigado, Celso!!
      Eu acho que não conheço a "Tribal", aqui tocou bastante a "Trentemøller Remix". Verdade, a original é insuperável mesmo...Abraços!

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  2. quando escutei what else is there em 2006 na mesma hora me veio a lembrança de running up that hill ! nunca tinha pesquisado isso antes e fiquei meio perpléxo em ver q eu não tava louco kkk!

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    1. Sim, exatamente! Penso da mesma forma que você. A sonoridade é totalmente de "Running up that hill". Você ouve as duas músicas e não tem como dizer o contrário.

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  3. Muito bom tava com esse clipe na cabeça e acabei por pesquisar clipe da loira que flutua e acabei achando seu blog kk

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    1. Que legal , espero que tenha gostado do conteúdo! Abraços!

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  4. Marcelo advento muniz19 de outubro de 2021 às 18:39

    Aqui em BH toca muito na Antena1.
    Acho o clipes perfeito e através do seu blog descobri a verdadeira identidade da loira. Valeu!!!

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    1. Sim, Marcelo, a versão original já ouvi na Antena 1 também. Que bom que o Blog lhe ajudou a descobrir alguma informação.... Grande abraço!!

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  5. Muito útil, eu procurava quem era a cantora linda, maravilhosa da musica "WHAT ELSE IS THERE?" e descobri que ela só era uma modelo... kkkkk vlw... abraços... muito bom.

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    1. Obrigado pela sua visita Ruilce, fico contente que gostou! Sim, a loira que aparece como fantasma só foi a modelo...a voz não é dela.... Grande abraço e volte sempre!

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  6. Nossa, eu achei maneiro o formato do seu post. É bem recheado de coisa, um tanto informativo, enfim, gostei. Parabéns pelo blog!

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    1. Fico feliz que tenha gostado! Fazia muitos anos que eu tinha essa curiosidade em conhecer mais sobre o projeto...Demorou, mas finalmente está aí. Abraços e volte sempre!

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  7. Parabéns pelo conteúdo cara... estava eu aqui tentando achar essa musica pela descrição do clipe e acabei encontrsnfo sua página. Muito lega de sua parte. O conjunto (música+clipe) é uma obra marcante e um pouco pertubadora... difícil de esquecer!

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    1. Obrigado!Fico feliz que gostou!! Essa música é fantástica mesmo! Abraço!

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  8. Quanta informação sobre essa música e banda!! Que legal!! Me surpreendeu muito, positivamente. Muito bom conteúdo!!

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    1. Obrigado, que bom que gostou! Agradeço pelos elogios! Também fico feliz que ainda apareçam alguns interessados nessa postagem depois de tanto tempo de publicada. Música boa é sempre música boa, independente do tempo, não é mesmo?

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  9. Bacana o artigo mas achei a definição do significado da musica uma interpretação bem pessoal. Conheço a musica e o video clip oficial a muitos anos e nunca me passou na cabeça ser um acidente de transito. Não falou nada sobre as casas voando que aparecem diversas vezes. Para mim o melhor significado e o que eu sinto é de que o video faz parecer ser mais um espécie de sonho muito estranho.

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    1. Repare que a moça está sempre flutuando, o q nos nossos sonhos temos essa sensação. E quase no final do vídeo a moça se enrola num edredom. Eu interpreto como se ela tivesse sonhando numa noite fria e chuvosa com relâmpagos.

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    2. e outro detalhe, é bem claro a solidão que ela sente. Mas não sei dizer se era de alguém que a deixou ou por alguém que está longe momentaneamente.

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  10. Eu amo essa música e a vibe do clip. Sinistra … impactante e intrigante né. Achei super legal análise 👏👏👏👏👍

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