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-RIKARDO ROCHA
A veterana cantora Taleesa, uma das vozes mais conhecidas da música dance européia, se apresentou no último dia 12 de maio na cidade de Madrid, cantando alguns de seus hits no Festival "Love The 90's" (2018).
Assim como no Festival "Yo Amo Los 90" (realizado no Peru, recentemente em março), Taleesa cantou os seus sucessos totalmente ao vivo e agitou a platéia.
O clímax desta sua apresentação, sem dúvidas, foi quando ela cantou "Because The Night", onde a plateia vibrou e cantou junto com ela, em alto e bom som.
Confira o vídeo desta apresentação:
Taleesa cantando com o público o hit "Because The Night"
Nesta mesma noite de apresentações, além de Taleesa, outros grandes nomes do eurodance se apresentaram também, como Alexia, Gala, Rozalla, Twenty 4 Seven, Just Luis, AliceDeejay, entre outros. Imaginem agora, que noite incrível estes espanhóis não tiveram?
Estou na expectativa de ver as fotos destes artistas reunidos, como aconteceu recentemente no Peru, quando Taleesa, Ice MC, La Bouche, Randy Bush e Anita Doth se reuniram e tiraram algumas fotos juntos:
Jornalista peruana com Taleesa, Ice MC e Randy Bush
Lane McCray (La Bouche), Taleesa, Randy Bush e Anita Doth (2 Unlimted), foto tirada no Peru - Festival "Yo Amo Los 90's" e postada no instagram da Anita Doth
Seguem as próximas datas do "Love The 90's" que contarão com as apresentações de Taleesa:
Sevilla 26/05/2018
Valencia 02/06/2018
Palma de Mallorca 11/08/2018
Zaragoza 06/10/2018
Bilbao 01/12/2018
BIOGRAFIA TALEESA
A VERDADEIRA HISTÓRIA
Poucas pessoas sabem mas, a cantora Taleesa era conhecida anteriormente no meio artístico como Marina Lai, e com este pseudônimo cantava músicas pop em italiano. Isso foi, mais ou menos, entre 1977 e 1984.
EDIT 2024: Sobre este projeto "Marina Lai", numa entrevista cedida para a rádio Energia 97 Taleesa negou ter sido a tal "Marina Lai", mas existem outras entrevistas em que ela confirma essa informação. Não ficou muito claro porque nesta específica entrevista ela negou ter sido a Marina Lai, no entanto, vocês mesmos podem verificar o video abaixo de sua apresentação como Marina Lai em 1982.
Seu nome real é Emanuela Gubinelli e nasceu em Matelica (Itália). A data verdadeira de seu nascimento é dia 19 de novembro de 1960. Algumas biografias da cantora espalhadas pela internet afirmam que seu ano de nascimento seria 1971, mas esta informação está totalmente incorreta. A verdade é que Emanuela Gubinelli nasceu em 1960, tendo hoje, exatos 57 anos de idade.
Sou muito fã da cantora, mas existem algumas incoerências em sua biografia oficial que merecem ganhar as suas devidas correções. Os fãs de eurodance precisam estar cientes dos fatos verídicos, não de notícias inventadas na época.
Além do ano de nascimento estar incorreto, em sua biografia também informa que ela nasceu em Santa Mônica, na California (EUA), mas essa é outra informação "fake".
Todos os detalhes informados em sua biografia (ou quase todos) são invenções para
criar "a artista Taleesa", sendo esta uma mania muito comum entre os italianos.
Emanuela dizia que era americana, mas na verdade sempre foi italiana
Michael Corkran (Sly-G), ex-namorado da Emanuela, este sim parece que é realmente americano de Santa Mônica (embora alguns fãs dizem que ele também é italiano). Ele a ajudou na composição de algumas músicas e também foi dançarino dela, além de dublar as suas músicas nos shows, nas partes dos rap's em ''I Found Luv" e ''Let Me Be".
Emanuela e Michael foram casados, tiveram uma longa parceria e convivência, mas não estão mais juntos.
Bem, deixando este momento "tv fama" de lado e voltando a falar sobre a veracidade de sua biografia, ao menos Emanuela não enganou ninguém em relação ao seu talento, já que a sua voz realmente é a que está nas músicas.
É sempre bom ressaltar que existiam vários projetos de eurodance nos anos 90 que enganavam o público com lindas modelos nos palcos e vídeos, mas estas moças apenas dublavam as músicas gravadas por cantoras profissionais (Whigfield, Randy Bush, New System, Corona, J.K., A.D.A.M.... só para citar alguns exemplos de vários).
TALEESA NO EURODANCE: O mundo dos pseudônimos e diversos projetos
Bela e talentosa - Taleesa
Ser artista de eurodance não é lá uma tarefa muito fácil. É difícil conquistar o seu espaço e marcar o seu nome na história do gênero. Alguns artistas precisam trabalhar arduamente, gravar com diversos produtores, se lançar com inúmeros pseudônimos, escrever para outros artistas, e se possível, até ajudar na produção de outros projetos. Para estas atividades, o artista precisa ter o seu devido talento, condição que a Emanuela provou ter fazendo tudo isso e mais um pouco.
Emanuela Gubinelli teve também outras centenas de nomes artísticos, incluindo: Angie Starr (2 singles, 1991-1992); Donna Luna (3
singles, de 1990 a 1992); Manuella (2 singles, 1987 e 1988); Karin Rex (1 single,
1991); Mandy Gordon (1 single, 1991); Paula Marsh (1 single, 1992); Ross ou Kim
Ross (11 singles, de 1985 a 1998); Talysha (1 single, 1991), entre muitos outros que, segundo ela mesma, nem se lembra mais pois foram muitos.
Com apenas 17 anos de idade, e se apresentando ainda como Marina Lai, ela ganhou o Festival Castrocaro, em 1977. Esta vitória deu bastante destaque a jovem Emanuela e assim vieram diversas participações em transmissões de rádio e
televisão. Ela começou então emprestando a sua linda e grave voz aos muitos jingles de publicidade televisiva na época. Em 1982, ela foi enviada para o Festival de Sanremo, onde cantou a música "Centomila Amori Miei". Um detalhe revelador, é que se ela tivesse nascido de fato em 1971, como diz a sua biografia oficial, ela teria a aparência de uma criança de 11 anos no vídeo abaixo, de 1982:
Segundo sua biografia "fake", Taleesa teria aqui, em 1982, 11 anos de idade
A música romântica "Centomila Amori Mieri", apesar de não chegar a
final, teve um bom sucesso em termos de vendas. É muito bonita essa interpretação da jovem Emanuela, onde já nota-se os poderosos vocais da cantora.
Já a partir da segunda metade dos anos 80, Emanuela quis se dedicar mais as músicas dançantes, e se envolveu com diversos produtores e artistas italianos, assim escrevendo diversas canções para muitos artistas da cena "dance". Emanuela também foi backing vocal de muitos artistas nessa época, inclusive de Den Harrow, que era só um modelo de fachada (tinha um cantor de estúdio - Tom Hooker - por trás das produções). O próprio modelo disse à um fã que também namorou a Emanuela, e ainda reforçou que na época ela "não era ainda Taleesa".
Em 1987, a italiana adotou o pseudônimo de Manuela e cantou músicas como "I'm Crazy For You" e "Love For Free" (1988), que foram muito bem nas paradas de ítalodisco. A propósito, se você sintonizar em alguma emissora de rádio especialista em italodisco, como a holandesa Stad Den Haag, irá ouvir muito essas faixas oitentistas na voz da Emanuela, sendo produções totalmente desconhecidas do público brasileiro.
Emanuela ganhou ainda muita credibilidade como compositora para alguns artistas... Principalmente quando ela escreveu para o projeto Orlando Johnson, responsável por alguns hits europeus. Um exemplo desse reconhecimento é a música "I Say Yeah", que foi uma de suas composições mais famosas, lançada pela gravadora X-Energy, em 1990.
Emanuela Gubinelli, uma das principais vozes da Italodance
A cada novo trabalho, Emanuela conhecia novos profissionais da música e se via cada vez mais inserida na dance music.
Um fato curioso, é que alguns de seus vários pseudônimos não faziam tanto sucesso na Europa, mas agradavam muito no Japão, como Linda Ross, Morena, Jilly, Ann Sinclair, Vanessa, Giselle, Paula Marsh, Maggie Sue, entre outros diversos.
Outro fato que percebi - e que merece atenção- é que o pseudônimo de Ann Sinclair teve vocais de uma outra experiente e talentosa vocalista: a Annerley Gordon. Emanuela gravou diversas músicas com este pseudônimo, como "Don't Drop Me" (1995) e "Love and Fire" (1996), mas este projeto teve a sua primeira música gravada pela inglesa Annerley Gordon, em 1993, na canção "Help Me". Todos esses trabalhos do Ann Sinclair foram lançados pela competente gravadora Time S.r.l.
Annerley Gordon (Whigfield) e Emanuela Gubinelli (Taleesa)
Donas do Eurodance - Essa imagem tem um peso muito grande... Foram tantos hits nas vozes e letras dessas grandes estrelas da Dance Music...
Outra colaboração que deve ser mencionada aqui é a música "Come On Come On", que Emanuela gravou no projeto Olimpia (1992), apesar de constar uma outra mulher na capa do single.
A italiana gravou também com o pseudônimo de Emanuella (bem parecido com o seu nome real) a canção "Satisfied" (1992), faixa muito querida entre seus fãs. Ela trabalhou ainda nessa época com o grupo Novecento; dividindo seus vocais com Dora Nicolosi no projeto Jackie Moore, escrevendo músicas para o álbum "Leaving Now" (Novecento) e para o projeto Angie (uma produção de Novecento também).
Essas produções do Olimpia, Jackie More, Novecento, Angie... foram trabalhos feitos na Discomagic, selo que trabalhava também com a Maria "Martine" Capri (por isso você ouve a voz dela também em algumas dessas faixas do Jackie Moore, Olimpia...).
Mas o grande reconhecimento da artista Emanuela Gubinelli só chegou quando ela adotou o seu nome artístico: Taleesa.
Em 1992, a bela italiana gravou como “Taleesa”, a música "Because the Night" com o CO.RO.
que obteve grande sucesso em todo o mundo.
Segundo informações da época, o grupo CO.RO. tinha uma outra vocalista escalada para gravar com eles, mas a dispensaram pois não estavam muito satisfeitos com a voz dela. Foi quando avistaram a Taleesa no estúdio ao lado e a convidaram para um teste. Quando Taleesa foi finalmente gravar a canção, que seria uma regravação do Depeche Mode - "Master and Servant", ela fez o seu aquecimento vocal com a música de Patti Smith - "Because The Night", impressionando a dupla CO.RO., que no ato resolveu mudar de ideia e decidiu regravar a tal música cantada.
EDIT 2024: Bom, esta é a história que muitos contam há anos, mas a própria Taleesa afirmou que não foi bem isso. Na rádio Energia 97, a cantora disse que foi chamada pelo produtor Massimo Gabutti para regravar "Because The Night", reforçou também que não havia planos para gravar qualquer canção do Depeche Mode, e que não teve essa mudança repentina para "Because The Night". Ela confirma que o produtor não estava muito satisfeito com a cantora que havia escalado, e que ele a viu no estúdio e pediu para que cantasse a música. Taleesa ainda adicionou algo curioso, ela contou que nem conhecia a dupla do CO.RO. nessa época, e que só foi conhecê-los no dia de uma apresentação ao vivo, só depois que o single já havia estourado!
Taleesa com Raymond Lothar Slijngaard (2 Unlimited)
Ela sempre fez questão de estar envolvida com os seus colegas do Eurodance.
O single de "Because The Night" foi lançado em 1992 e vendeu mais de
660.000 cópias em todo o mundo, subindo vários rankings. Depois desse estupendo sucesso, no
ano seguinte, em 1993, ela gravou novamente com o CO.RO. outros dois singles que também foram hits: "There's Something Going On" e "4 Your Love". Sendo requisitada por diversos produtores, também em 1993 ela gravou com Stefano Secchi a música "A Brighter Day", cover de "Una
storia importante" de Eros Ramazzotti, que alcançou sucesso nas rádios e pistas de dança.
Mais tarde, Taleesa gravou novamente com o seu parceiro Stefano Secchi, desta vez a música "We're Easy To Love". Vale destacar também a parceria de 1991 entre Taleesa e Stefano Secchi em "One Love In My Life Time".
O 1º e único álbum do CO.RO.
Além dos hits já citados, Taleesa cantou outra música menos conhecida mas igualmente maravilhosa: "I Break Down And Cry", também presente no disco. Recomendo muito esta pérola!
Taleesa também gravou com o produtor do projeto Aladino, embora não tenha sido creditada em nenhum desses singles... Foi no verão de 1993 que foi lançado o single de sucesso, "Make It Right Now", que tocou em todas as discotecas, tornando-se um grande
êxito. O mesmo vale para o próximo single intitulado "Brothers In The Space", lançado em 1993/1994,
que hoje ainda é considerado um importante single de eurodance dos anos
90. Novamente com Aladino, em 1994 ela ressurge com "Call My Name".
Vale ressaltar ainda a curiosa estratégia que Taleesa passou a usar, após aos sucessos com o projeto Aladino. Na verdade, Aladino é um projeto do produtor italiano Diego Abaribi, mas a vocalista passou a apresentar à plateia o seu dançarino / namorado como "Aladino". Tem vídeos na internet e até entrevistas em revistas, onde ela diz ao público que Michael Corkran é o "Aladino", mas isso foi apenas uma tática da cantora para se "apropriar" mais dessas músicas (ela não foi creditada nesses singles, embora o público reconhecesse facilmente a sua voz).
Talvez, quem deve não ter gostado muito foi o produtor, o verdadeiro Aladino, que numa entrevista ao Lozio Peter não citou nenhuma vez o nome da vocalista... e olha que os maiores sucessos dele são cantados por ela.
No outono de 1994, Taleesa lançou
o seu primeiro single solo, "I Found Luv", com a produção dos alemães do Le Click Productions e contendo a participação do rapper Michael Romeo (Le Click). Taleesa contou que "I Found Luv" foi gravada em Frankfurt, nos incríveis estúdios que produziram o Milli Vanilli.
Interessante que, neste single a Taleesa foi produzida pela mesma equipe que produzia o La Bouche, enquanto que, olhem só, a cantora do La Bouche foi trabalhar com os produtores italianos da Taleesa... Melanie Thornton então gravou "If You Wanna Be (My Only)" para o projeto Orange Blue, que é uma ótima faixa dance lançada pela Time / Italian Style Production.
Edit 2024: Taleesa disse que Melanie Thornton foi uma boa amiga, e que até ajudou ela quando esteve na Itália com sua turnê.
"Melanie foi uma boa amiga, e nós ajudamos ela com seus shows na Itália. Ela também foi uma boa amiga de Simone Jay, a cantora (minha irmã :)) que produzimos!" - Taleesa via instagram
Apesar de estar super em alta e bem atarefada em 1995, Taleesa também estava produzindo nessa época alguns projetos de eurodance, como exemplo o She’s Ah Rebel, que trazia a sua colega Maria Capri nos vocais. A música “Piece Of My Heart” é uma regravação de Janis Joplin e foi distribuída no Brasil através da coletânea “Máquina Total Vol. 2”, que também contem o seu hit “Let Me Be”.
Edit 2023: Taleesa esteve no Brasil em julho / agosto de 2023, e falou a respeito da cantora Maria Caprì neste vídeo, numa pergunta que eu formulei e pedi para que o amigo Emilio fizesse à ela:
A eterna vocalista do Martine me escreveu em dezembro/23: "Oi Rikardo! Que gentil de sua parte! Obviamente, lembro-me sim da Emanuela e agradeço-lhe por perguntar sobre mim à ela!
Te mando um abraço da Itália 🙂! Um feliz natal!" (Maria Caprì, 21/12/2023)
No início de 1995 Taleesa lançou "Let Me Be", com a participação do rapper Asher Senator (o blog conseguiu exclusivamente essa informação com o produtor Alessandro Gilardi). Esta ainda é considerada uma de suas músicas mais famosas, inclusive, a vocalista veio ao Brasil nesta época e performou-a em alguns programas de TV (Xuxa, Raul Gil, Clip Trip).
Uma curiosidade interesssante e que poucos sabem, é que "Let Me Be" foi inspirada levemente no clássico do assobio "Patience" do Guns N' Roses. Percebam o trecho mais calmo e cantado na mesma melodia"This is now 'cause I'm missing you". Bacana, né?
EDIT 2024: A própria Taleesa afirmou isso no programa "Morde e Assopra" da rádio Energia 97.
"Let Me Be" tem um pouquinho de influência de Guns N' Roses, apesar de ser uma música original e escrita por Taleesa
No verão de 1995 Taleesa gravou ainda "Burning Up", que possui o mesmo ritmo aeróbico do sucesso anterior, e quem ouviu as suas últimas canções, já nos primeiros segundos de "Burning Up" conseguia identificar esta como uma música de Taleesa. Ficou bem característica, como se ela tivesse criado o seu próprio estilo. Sem dúvidas, uma de suas canções mais conhecidas e saiu também em diversas coletâneas famosas, como “TV Dance”, “As 7 Melhores Vol. 3”, entre outras. Ainda em 1995, Taleesa gravou "Open Up Your Heart (Today)" com letra escrita por sua amiga Annerley Gordon. Essa música foi lançada com o pseudônimo Rose.
EDIT 2022: No vídeo abaixo, Annerley fala sobre Taleesa no programa de Lozio Peter, assim como vemos Taleesa participando de uma live no facebook de Annerley - a verdadeira cantora do projeto Whigfield:
Taleesa & Whigfield
Enquanto Taleesa se dedicava em sua carreira solo, o Aladino precisava também de novos vocais femininos para seu novo single de trabalho, então o produtor resolveu convidar outra diva da eurodance para gravar com ele, no caso, a convidada agora era a inglesa Sandra Chambers, nascendo a música "Stay With Me" (1995).
Já no verão de 1996, Taleesa lançou "Falling In Love", um sucesso naquele ano e sendo considerada por muitos como uma de suas melhores canções. Também foi um de seus últimos sucessos a nível mundial.
Nesta época (1996) ela já tinha bastante amizade com Clara Moroni (uma outra talentosa vocalista do gênero dance), mas quando Clara partiu para outros projetos pessoais, Taleesa substituiu-a em seus diversos pseudônimos, como Anika, Jilly, Vanessa, Maggie Mae, entre outros. Detalhe: Muitos destes trabalhos eram direcionados com ênfase no mercado asiático.
Ainda no mesmo ano de 1996, Taleesa decidiu trabalhar com o produtor brasileiro Alessandro Tausz, e lançou algumas músicas somente no Brasil, como "Jambalaya (On the bayou)" (1996) e "Internet Love" (1997).
Essa parceria de Taleesa com o músico brasileiro se deu entre as suas vindas ao nosso país, quando ela se apresentou por aqui e conheceu muitos DJ’s e produtores. As duas faixas foram produzidas na MDS Productions (que produziu muita dance music de qualidade, como por exemplo o Sect).
Taleesa e seus dois dançarinos, Patrick e Michael (ex-namorado) no Brasil, no "Dance Philco Music" (1996)
As músicas "Jambalaya (On the bayou)" e "Internet Love" tocaram bastante por aqui, mas não chegaram em outros países.
No final de 1996 ela voltou a trabalhar na Itália lançando um trabalho mais ousado e que fugia bastante de seu habitual estilo. Era a música "I Wanna Give", que como ela dizia em entrevistas, seguia uma linha mais direcionada para a vertente "Garage". Taleesa gostava muito desse estilo musical e quis fazer algo dentro dessa temática.
Infelizmente essa canção foi bem menos sucedida, justamente por não ser tão comercial como os hits anteriores. Uma curiosidade, é que no Brasil esta música recebeu uma versão não oficial, produzida provavelmente por produtores brasileiros onde simplesmente "mixaram" a versão instrumental de Gina G - "Ooh Aah... Just a Little Bit" com a acapella de "I Wanna Give", deixando a música com um caráter bem mais comercial, sendo que a intenção de
Taleesa para este single era totalmente a oposta. Essa referida versão saiu no CD "Ritmo da Noite Volume 5" (Spotlight Records).
Ainda em 1997 Taleesa voltou a lançar músicas somente no Brasil, como "Kisses Kisses, Bye Bye" e "You And Me", mas somente a última fez sucesso, tocando muito em rádios, pistas de dança e sendo lançada em diversas coletâneas de dance music do país.
Nesse ano de 1997 Taleesa produziu ainda a sua amiga Simone Jackson,e lançou “Wanna B Like A Man” sob o nome de Simone Jay. Foi um outro grande sucesso!
Taleesa sendo entrevistada pela Revista DJ Sound, em 1996. Também fizeram uma matéria contando a sua trajetória, mas infelizmente baseando-se na sua biografia "fake".
No ano seguinte, Taleesa inaugurou oficialmente o seu tão sonhado selo fonográfico, o Luv-En Colors Records. Em 1995, ela já adiantava em entrevistas sobre este seu plano de lançar seu selo próprio...
Taleesa continuou também produzindo outros singles com Simone Jay, além de citar muitas vezes em entrevistas ter a vontade de produzir mais outros artistas. No mesmo ano de 1998 ela veio ao Brasil pela 4ª vez, mais precisamente em agosto, onde passou o mês todo fazendo shows por diversas cidades. Vale destacar que nestes shows ela apresentava a que seria sua nova música, "Beach Boy", também lançada só no Brasil, mas não tendo nenhum sucesso...
Para seus fãs de outros países, todas estas últimas músicas (exceto "I Wanna Give") eram desconhecidas do público já que não foram lançamentos mundiais e não figuraram por lá (na época a internet ainda não era tão poderosa como é atualmente).
A partir deste momento, Taleesa resolve dar uma pausa em sua carreira por dois anos. Em
2000, junto com os irmãos De La Cruz ela lança a música "My Love is a Dj", e nos anos seguintes permanecendo com a mesma parceria, lança "Listen To My Heart" (2001), "There’s No Right" (2002) e "In My Mind" (2003). Essas músicas seguem um estilo mais "Trance", muito popular na época, início dos anos 2000. Foram músicas bem produzidas, com grande qualidade e com todos os ingredientes necessários para serem enormes sucessos, mas fizeram um sucesso relativo apenas na Espanha.
Posteriormente, ela gravou músicas promocionais como "Over
You", mas infelizmente sem sucesso a nível mundial. Vale ressaltar que esta faixa possui uma instrumental idêntica ao hit de Kylie Minogue -"Can't Get You Out Of My Head" (2001). Ainda em 2003, Taleesa fez uma parceria com DJ Stefy, onde cantou a música "The Promise You Made". Apesar de ser uma ótima música, também não foi muito executada e poucos tiveram conhecimento deste "featuring".
Após a estes trabalhos, Taleesa então não lançou mais nada comercialmente com o seu nome, porém ela focou mais em produzir novos artistas da sua gravadora Luv-En Colors, como Mark Lopez.
Mark Lopez, uma produção da Taleesa... Conquistou alguns fãs na Europa e até um video-clipe ganhou na época...
Em 2009 Taleesa finalmente voltou a cantar! Ela realizou uma parceria com o Muthagroove, gravando um cover de "My Body and Soul", pouco conhecida embora sendo um ótimo trabalho. É também um de seus últimos trabalhos lançados.
A última música da Taleesa tem sido "I Can Feel U", de 2012, com o pseudônimo de VoiceBox e tema de um filme na Itália, chamado "Poker Generation". Essa música segue um estilo "trip-hop", lembrando muito a música do Portishead - "Glory Box".
DISCOGRAFIA
Apesar de Taleesa ser considerada uma cantora bem sucedida do gênero eurodance, por incrível que pareça a italiana não conseguiu gravar um álbum solo com seus hits. É um tanto decepcionante saber que uma cantora de seu nível, tendo tantos sucessos em singles, não tem nenhum registro em álbum oficial.
Entre 1997 e 1998, a gravadora Paradoxx Music até chegou a informar que iria lançar um álbum dela, mas infelizmente isso nunca veio a acontecer. Vale lembrar também que neste mesmo período, a mesma gravadora cancelou alguns lançamentos que iriam ocorrer, como o álbum "French Revolution" da Nicki French, devido a crise que assolava a dance music.
Como nunca tivemos um álbum da Taleesa, e seus singles e projetos foram diversos, então relacionei abaixo alguns de seus trabalhos mais importantes para o Eurodance.
Obs.: Deixei de citar trabalhos de outros artistas produzidos por ela, como Simone Jay, She's a Rebel (com Maria Capri) e Mark Lopez, talvez ficando para uma próxima publicação. Segue a lista das suas canções mais expressivas, nestes mais de 40 anos de carreira:
MÚSICAS
1979 - Io vivo/Mi manchi un po' (como Marina Lai)
1982 - Centomila amori miei/Mi piaci di più (como Marina
Lai)
1984 - Vola/Romantico animale (como Marina Lai)
1987 - I'm crazy for you (como Manuella)
1988 - Love for free (como Manuella)
1990 - I Say Yeah (como Orlando Johnson)
1990 - I will never try to change you (como Donna Luna)
1990 - Love is on my mind (como Ross)
1991 - Come On Come On (como Donna Luna) 1991 - Baby Don't Stop (8 pm) 1991 - Come on come on (como Donna Luna)
1991 - Everybody maybe wrong (como Citizen Kane)
1991 - Hold me in your arms (como Karin Rex)
1991 - Hold me please (como Angie Starr)
1991 - Living for love (como Talysha)
1991 - Tokyo night (como Mandy Gordon)
1991 - Somebody Tonight (como Alexis)
1991 - Shake shake (como Macho Gang)
1992 - If I Can't Have You (como Donna Luna)
1992 - Baila macho (como Paula Marsch)
1992 - Me and you (como Helen K)
1992 - Shy Boy (como Dolly)
1992 - Hot Summer Nights (como High Frequency)
1992 - If I can't have you (como Donna Luna)
1992 - I promise my heart (como Ross)
1992 - Can You Do It Forever (como Virgin)
1992 - A Reason To Love (como Bella & Blue - dupla com Claudio Magnani)
1992 - Just in time (como Angie Starr)
1992 - Satisfied (como Emanuella)
1992 - Everyday (como Morena)
1992 - Secret Lover (como Anika)
1992 - Only you (como Ross)
1992 - Day all (como Kate & Karen - dupla com Clara Moroni)
1992 - Toy Joy My Boy (como Maggie Sue)
1993 - You're So Crazy (como Virgin)
1993 - Fly Up In The Sky (como Dolly)
1993 - Make it right now (como Aladino)
1993 - Brothers in the space (como Aladino)
1993 - Call my name (como Aladino)
1994 - Promise (como No Name)
1994 - I found luv (como Taleesa)
1994 - Do't Drop Me (como Ann Sinclair)
1995 - Open Up Your Heart (Today) (como Rose) (letra de Annerley Gordon)
1995 - Burning up (como Taleesa)
1995 - Let me be (como Taleesa)
1996 - Bye Bye Japan (como Vanessa)
1996 - Falling in love (como Taleesa)
1996 - I wanna give (como Taleesa)
1996 - Turn This Beat Around (como Dolly)
1996 - Jambalaya (on the Bayou) (como Taleesa)
1996 - Suit Case Sally (como Sally Rendell) 1997 - Internet Love (como Taleesa) 1997 - I Wanna Give (como Taleesa) 1997 - Kisses Kisses, Bye Bye (como Taleesa) 1997 - You And Me (como Taleesa)
1997 - Let The Music Take Control (como Serena) 1998 - Beach Boy (como Taleesa)
1998 - Riding in the sky (como Linda Ross) 2003 - Over You (como Taleesa) 2012 - I Can Feel U (como VoiceBox)
1991 - Stefano Secchi featuring Taleesa One Love in My Life Time 1993 - Stefano Secchi featuring Taleesa A brighter day 1994 - Stefano Secchi featuring Taleesa We're Easy To Love
1994 - CO.RO. The Album
2000 - De La Cruz featuring Taleesa My Love Is A DJ
2001 - De La Cruz featuring Taleesa Listen To My Heart
2002 - De La Cruz featuring Taleesa There's no right 2003 - De La Cruz featuring Taleesa In My Mind
2003 - DJ Stefy featuring Taleesa The Promise You Made
2009 - Javi Crescente featuring Taleesa In my mind
ENTREVISTAS E ALGUMAS APRESENTAÇÕES
"You And Me" (1998)
"Burning Up" (1995)
Mais de 40 minutos de entrevista (1998)
"Let Me Be" (1995)
Entrevista e flashes de seu show (1998)
Taleesa fala sobre Whigfield, Alexia, Simone Jay e cita Captain Hollywood, Raymond Lothar Slijngaard (2 Unlimited), entre outros cantores de "dance"
Antares - "Ride On A Meteorite"
Apesar desta música ser cantada por Clara Moroni, temos aqui o backing vocal da Taleesa. A cantora disse: “Apesar de vocês ouvirem mais a voz da minha amiga Clara Moroni, a minha voz também está nesta música, que eu adoro e tem muita energia”.
Esse single foi uma composição de Taleesa; ela escreveu várias músicas para diversos artistas nos anos 80 e 90.
ARTISTA.
FILANTRÓPICA.
HUMANA.
Já nos anos 2000, Taleesa lançou poucas músicas se compararmos com seus lançamentos dos anos 90, mas a italiana não parou de trabalhar. Seu amor continuou sendo a música, então ela gravou algumas canções, apenas não lançou todas em singles.
Seu outro amor é ajudar crianças carentes e tentar reservar um futuro melhor para elas. Muitos fãs de eurodance apenas conhecem a "cantora" Taleesa, mas não conhecem a filantrópica Emanuela Gubinelli, um ser humano que ajuda o seu próximo e é sempre muito generosa com todos. Uma destas músicas que ela gravou, mas não comercializou, foi a tocante "Children Alone" (2007), pouco conhecida entre os fãs de eurodance. Recomendo que a ouçam, pois além de ser uma bela música, é claramente inspirada nestas suas atividades humanitárias, como suas visitas em lares com crianças soropositivas. Música feita com amor e nem foi lançada comercialmente:
Ouçam esta música pouco conhecida entre os fãs: "CHILDREN ALONE"
Emanuela Gubinelli, além de ser uma excelente profissional na arte de compor, cantar e produzir, é um ser humano que se preocupa com o seu próximo.
Ela não teve filhos, mas tem um amor excessivo pela humanidade e está sempre dando exemplos de altruísmo.
TALEESA EM 2018
Taleesa se apresentando na Itália, após um longo período sem realizar apresentações em público (2017)
Uma pena que Taleesa não seja adepta das redes sociais, bem diferente de Anita Doth, Alexia, Gala, Nicki French, Sandy Chambers e tantas outras importantes artistas dos anos 90, que estão sempre atualizando novidades para seus fãs.
Na verdade, Taleesa não tem uma página oficial, sequer, disponível na internet. Se a cantora tem uma conta no twitter, é bem pessoal e sigilosa, assim como seu instagram e facebook, mas duvido que ela tenha tudo isso, por já ter admitido que simplesmente não gosta mesmo. EDIT 2023: Depois de muitos anos, Taleesa recentemente criou uma conta no instagram:
Taleesa na casa noturna Donoma, na Itália, em 2017
Mas diante destes fatos, eu só consigo deduzir que é exatamente isso que a italiana busca neste momento. Provavelmente Taleesa quer mais tranquilidade, ter mais privacidade e estar cada vez mais longe dos holofotes. Eu, como fã de mais de 25 anos, vejo muito isso nela atualmente: Deseja paz e anonimato.
Segundo informações recebidas, Emanuela Gubinelli hoje mora no Panamá e tem uma filha pequena (adotiva), e nitidamente quer se dedicar nesse seu novo e calmo estilo de vida. Taleesa se encontra atualmente com 57 anos de idade, não que a idade seja um empecilho, mas ela não deve seguir mais o mesmo ritmo de antes, assim também como não precisa mais fazer inúmeros shows, turnês longas e enormes vendagens de músicas. Na minha opinião, Taleesa deve se sentir realizada perante ao que já conquistou, desde o fim da década de 70 até aqui. São mais de 40 anos puramente dedicados à arte.
Taleesa trabalhou e contribuiu muito com várias músicas, cantando e escrevendo também para muitos artistas, tendo o seu reconhecimento e sendo bem querida entre muitos produtores, DJ's e pelo público do eurodance. Com tantos feitos e sucessos, o nome TALEESA está mais que marcado na história do eurodance.
Em foto recente, temos as cantoras Clara Moroni, Taleesa (com sua filha no colo) e Patrizia Cavalieri, a modelo do projeto Randy Bush
Por isso que, quem conseguir ver estas apresentações de Taleesa no "Love the 90's" só tem a ganhar, pois estas suas aparições são muito raras e não sabemos se voltaremos a vê-la novamente. Para ser bem sincero, acho muito provável que ela se afaste totalmente dos palcos em breve. Sem querer ser pessimista, mas apenas realista. E é uma pena que aqui no Brasil não rolam estes festivais, senão, com certeza, eu seria o 1º da fila para ver esta maravilhosa artista e ser humano que é a TALEESA!
EDIT 2023: Depois de 4 anos após esse artigo, DJ Kica conseguiu convencer a Taleesa para vir ao Brasil realizar uma turnê, que foi realizada e muito bem sucedida. Não fui exatamente o primeiro da fila como escrevi acima, mas estive lá, vibrando, feliz, segurando os meus discos e recebendo o carinho da cantora pessoalmente. Se quiser ler sobre essa minha "aventura", um dos meus momentos mais marcantes de 2023, leia aqui:
KYLIE MINOGUE: 30 ANOS DO SHOW "ON THE GO" "LIVE IN JAPAN"
Kylie Minogue em 1988
Nos anos 2000 eu costumava visitar muito as bancas de
jornais e sempre me interessava por aquelas revistas bagaceiras que traziam com
elas algum DVD. Era anunciado "grátis" mas sabíamos que o seu valor
já estava embutido no preço da revista.
Nestas compras, adquiri e conheci muitos filmes e shows
bacanas que integram ainda hoje a minha coleção... e um deles foi este show "On The Go" de 1988, de uma Kylie Minogue em início de carreira.
A revista (foto abaixo) era precária de informações, possuía pouquíssimas páginas e só tinham duas delas dedicadas à australiana.
Um fato intrigante, é que as fotos que a editora utilizou na
revista e na capa do DVD eram registros mais atuais da artista, nada a ver com
aquela Kylie dos anos 80 e presente no show. Isso evidentemente foi uma tática para
chamar a atenção do público e induzi-los a comprar o produto, já que a cantora
estava no auge nesta época, por volta de 2001 e 2002 (data do lançamento desta revista).
Bem, eu já conhecia a cantora de outros carnavais mas ainda
não tinha visto um show tão antigo dela. Me senti enganado, pois acreditava ser
um show novo, com o hit de 2001/2002 "Can't Get You Out Of My Head", entre outras novidades dela que eram hits naquele começo de anos 2000.
E a qualidade do DVD é terrível, possui uma imagem bem
"suja" e um menu muito pobrezinho. Mas apesar de tudo isso, eu não me
arrependi da compra, pois foi aqui que conheci alguns clássicos antigos dela,
como: "Got To Be Certain", "Hand On Your Heart" e "Je
Ne Sais Pas Pourquoi".
O DVD apresenta um show realizado no Japão, além de incluir cenas de seus bastidores, toda a expectativa e empolgação dos jovens japoneses em relação ao evento, ensaios dos bailarinos, cenas da Kylie conhecendo alguns pontos turísticos daquele país, entre outros.
Kylie Minogue nasceu em 28 de maio de 1968 e ainda criança se tornou atriz. Continuou a sua carreira artística atuando na década de 80, mas quando
resolveu cantar, foi um grande sucesso fonográfico também.
Seu single de estréia, "The
Loco-motion", foi lançado em 28 de jullho de 1987 e rapidamente se tornou
um hit mundial naquele ano, assim também como "I Should Be So Lucky",
em 1988.
Vale destacar que a produção destas músicas ficou a cargo dos conhecidíssimos produtores Mike Stock, Matt Aitken e Pete Waterman. Matt Aitken e Mike Stock, inclusive, foram responsáveis por produzir centenas de outros artistas, alguns já citados aqui, como Tatjana e Nicki French.
Aliás, a sonoridade destas primeiras músicas da Kylie Minogue é bem similar ao som que a Tatjana, a Emanuela Gubinelli (Taleesa) e a Annerley Gordon faziam também naquele período, sendo que as canções se enquadravam mais num estilo eurodisco.
"I Should Be So Lucky": Outro aniversário de 30 anos agora também em 2018
Kylie então não parou mais. Vieram novos sucessos, novos
filmes, turnês consagradas e enfrentou infelizmente algumas fases complicadas em sua vida, como o suicídio de seu marido Michael Hutchence em 1997( ele era o vocalista da incrível banda INXS), e também lutou contra o seu câncer de mama em 2005, mas resistindo bravamente.
O seu novo álbum "Golden" foi lançado em 06 de abril de 2018 e contém a faixa "Dancing", um single dance-pop bem produzido e um dos melhores trabalhos musicais lançados neste ano (pena que não está sendo muito executado aqui no Brasil).
Sobre este show que está completando 30 anos,"On The Go", você pode ainda encontrá-lo facilmente no Mercado Livre. A editora que o lançou nos anos 2000 foi uma tal de Works, vale a pena adquiri-lo e curtir estes sucessos antigos da Kylie, que fará inacreditáveis 50 anos de idade no próximo dia 28 de maio.
Esperamos também que seu álbum "Golden" renda novos hits, para que
possamos continuar comemorando em grande estilo o aniversário desta maravilhosa geminiana que é a KYLIE MINOGUE.
Revista UP + o DVD do show que completa 30 anos, "On The Go" - Live In Japan
SOFT CELL: MUITAS PESSOAS DANÇARAM "TAINTED LOVE" NOS BARES ENFUMAÇADOS DA DÉCADA DE 80
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
O Soft Cell é um duoconhecido por diversas características, mas nos anos 80 foram muito criticados pelos mais conservadores pois suas letras eram muito polêmicas, sempre envolvendo sexo, perversão, aventuras sexuais proibidas, entre outros. A dupla é formada porMarc Almond e Dave Ball, esempre tiveram uma tendência artística ao teatro e artes visuais, ficando bem explícito isso nas capas dos seus discos. Quanto ao hit "Tainted Love", é sem dúvidas uma das minhas músicas favoritas dos anos 80. A canção foi lançada em 1981 e ficou incríveis 43 semanas nas paradas americanas, entrando inclusive para o Guinness Book.
"Tainted Love" é uma grande música pop, sendo gravada originalmente em 1964 pela cantora Gloria Jones. Já a versão do Soft Cell veio numa época de muita irreverência/ ousadia, onde eles demonstravam muita devoção à perversão, aos neons de sex-shops e à extravagância dos cabarets em seus discos e video-clipes. Imagine um grupo que compusesse um punhado de canções sobre a rua Augusta, cantando sobre os seus personagens, dramas, boates, inferninhos... Até o Renato Russo os plagiou: "Tire suas mão de mim, pois não pertenço a você", é verso de "Tainted Love".
PIONEIROS NA ARTE DO TECNOPOP
Além da forte relação que eles tem com o sucesso "Tainted Love", o Soft Cell é fortemente reconhecido também por ser um dos pioneiros a misturarem o pop com a dance music, numa época em que poucos artistas se arriscavam com os elementos da música eletrônica. Eles são lembrados também por poderem figurar facilmente entre as bandas góticas dos anos 80 e pela sua sonoridade extremamente semelhante às muitas bandas daquele rico e vasto período. A dupla foi uma das inúmeras sensações pop efêmeras dos anos 80. Depois se tornou uma banda cult. O álbum "Non Stop Erotic Cabaret" (disponível abaixo para download) é uma espécie de álbum conceitual. Soft Cell é tão bom que basta tocar em uma pista que todos vão dançar, além disso, a música do anos 80 marcou época com grandes bandas, como The Smiths, The Police, Duran Duran, New Order, Echo and The Bunnymen, Joy Division e o próprio Soft Cell (só para citar alguns). Eles são mais um dos bons frutos desta época. No recente dia 21/08/2018, eles voltaram com uma música nova: "Northern Lights". Trata-se de uma única novidade que estará presente numa coletânea de hits da banda, marcada para lançamento em 28 de setembro.
O clássico e controverso álbum
"Non-Stop Erotic Cabaret"(versão japonesa)
Marc Almond - Vocais
David Ball - Instrumentais, Elementos eletrômicos
Mike Thorne - Produção
Já os backing vocals são de Vicious Pink Phenomena
Ouça o hit de 1981:
SOFT CELL - TAINTED LOVE
"Eu já corri para você. Agora eu corro de você".
Já Zeca Camargo, jornalista da TV Globo, defini a música como "irresistível" e "sensacional": "Se você quiser sucesso no pop, o jeito é pegar alguma canção que deu muito certo no passado (às vezes nem tão longínquo assim) e… regravar! Às vezes o resultado fica tão bom que as pessoas até pensam que é original. Talvez o melhor exemplo de todos os tempos seja “Tainted love”, do Soft Cell. Que na verdade, é uma música gravada originalmente por Gloria Jones, em 1964, brilhantemente renascida pelas mãos do dueto composto por Marc Almond e Dave Ball, quase 20 anos depois. Você sabe que música é essa… Aposto que você até já dançou “Tainted love” – especialmente se você já foi a uma festa em que eu toquei como DJ (eu sempre toco essa música!). É irresistível. Pois que conste nos anais que essa é uma reinterpretação – e, diga-se, sensacional!" - Zeca Camargo Fonte: http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2010/11/
Além de "Tainted Love", existem outras músicas maravilhosas da dupla, como "Torch", "Memorabilia" e "Sex Dwarf", mas "Tainted Love" foi a música de maior sucesso deles e teve inúmeras regravações, versões, remixes, homenagens... A barbadiana Rihanna utilizou muito bem dos samples deste hit para a sua canção "S.O.S" (2005), sendo o primeiro grande sucesso dela na HOT 100 da Billboard. Outras homenagens ao sucesso "Tainted Love" perduram até os dias atuais, como a sua merecida e recente inclusão no premiadíssimo filme "La la Land (2016)". Música boa é assim mesmo! É versátil e passeia por diversas camadas que a arte pode nos oferecer, sem medo de ser feliz ou do que os outros irão pensar. O Soft Cell é pop, é eletrônico, é dark, é new wave, é muito mais que isso... É um símbolo da cultura pop que permanece vivo e faz história até os dias mais atuais!
SERIA O ÁPICE DE UMA BRASILEIRA NA MÚSICA INTERNACIONAL?
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
Atualmente, os brasileiros tem se deparado cada vez mais com algumas cantoras tentando conquistar a sua tão sonhada carreira internacional. Muitas destas brasileiras se esforçam ao máximo, e mesmo fazendo parceria com meio mundo, ainda não conseguem conquistar nem a mais insignificante posição nos charts de outros países.
E sinceramente, quando o assunto é nossas jovens cantoras, eu não consigo enxergar muita abrangência internacional pelos próximos anos, pois a sua maioria é sem conteúdo/ qualidade, tendo apenas uma mídia "forçada" e um marketing bem pesado de influenciadores "modinhas".
Mas sim, já tivemos uma brasileira lá no passado fazendo muito bonito em todas as paradas musicais do mundo. E não estou falando da lendária Carmen Miranda (que era portuguesa, aliás!).
Estou falando do projeto CORONA, lembram-se?
Bom, mas será que é motivo para se orgulhar? Talvez a resposta seja não, depende muito, principalmente se você sabe de toda a verdade por trás da história...
NO EURODANCE A BELEZA SE COLOCA À MESA, SIM!
Particularmente, eu não gosto muito de escrever sobre projetos fakes de eurodance, pois aqui é um espaço para homenagear o artista, e acho bem deprimente dar espaço a quem enganou o público durante tantos anos. É como se estivéssemos aplaudindo, ou apoiando, todas estas tramóias que infestam o gênero. Sem falar, ter ainda que enfrentar os fãs xiitas que adoram fazer vista grossa e dar seus ataques histéricos com quem é realista, mesmo com a verdade já tão explicita e jogada na cara.
Mas, querendo ou não, a canção "The Rhythm Of The Night" é um dos maiores clássicos do eurodance, então é inevitável fugir e deixar de escrever sobre este impacto que foi o Corona.
No eurodance, acontece com muita frequência o seguinte: a voz que você escuta no seu CD ou nas FM's, não é a mesma voz da moça que performa nos shows e vídeo-clipes. E isso, infelizmente, se aplicou também ao projeto Corona, sendo que a tal farsa nem é mais novidade nos dias de hoje, pois basta que qualquer pessoa consulte tais vídeos explicativos no youtube, ou ainda que acesse diversos registros e biografias oficiais de produtores renomados, e vê-los, admitindo tais trapaças.
A verdade é que a internet tem se tornado a inimiga nº1 destes artistas fakes, pois estes projetos faziam sucesso numa época em que a informação era lenta e não chegava assim, com tamanha facilidade como nos dias atuais. Se antes isso era um fator positivo para todos eles, agora precisam criar pretextos e desculpas mirabolantes para se esquivarem destas informações, hoje extremamente acessíveis para o desespero de todos estes """"artistas"""". Como a carioca Olga de Souza (16 de julho de 1968) adotou o nome "Corona" e o utiliza até os dias de hoje, obviamente que ela ainda prefere continuar calada sobre este assunto. E não a julgo por isso, afinal cada um tem seus motivos e decisões próprias, restando então apenas respeitar esta sua escolha.
A Olga apenas aproveitou uma oportunidade para fazer sucesso e ganhar o seu dinheiro. Se não fosse ela, outra modelo estaria integrando o Corona. Mas, eu também concordo que não foi uma atitude muito legal e honesta da parte dela, principalmente com os seus fãs, embora talvez ela não pudesse assumir tudo isso na época, devido as determinações e cláusulas impostas no contrato, e por motivos óbvios também (quem nunca sonhou em ser um cantor famoso e talentoso?).
BREVE BIOGRAFIA
DO
CORONA
O Corona nasceu em 1993, quando Francesco Bontempi (23 de julho de 1957), um famoso produtor italiano, mais conhecido como Lee Marrow, resolveu criar juntamente com a gravadora DWA Records, o projeto de eurodance chamado Corona.
Os maiores sucessos do projeto Corona foram "The Rhythm Of The Night", e consequentemente "Baby Baby", "I Don't Wanna Be A Star", "Try Me Out", "When I Give My Love" e "The Power Of Love", mas ao contrário do que muita gente imagina, nenhum destes hits possuem a voz da brasileira Olga, gravada em estúdio.
Ao que tudo indica, Olga de Souza chegou a gravar algumas músicas com a sua voz real, mas são bem poucas e isso só foi ocorrer bem depois dos anos 2000. E outra, ela não conseguiu emplacar nenhum hit com a sua voz.
Deve ser frustrante para a Olga de Souza, não ter nenhum sucesso consagrado pelo público, gravado realmente com a sua voz. Nos seus shows, ninguém se interessa muito pelas suas músicas mais atuais, mas sim pelos hits acima citados, todos gravados por outras cantoras, bem mais talentosas.
As cantoras em questão são Giovanna Bersola ("Jenny B") e Sandra Chambers ("Sandy Chambers"), que merecem todos os créditos pelos seus belos trabalhos registrados nos álbuns "The Rhythm Of The Night" (1995) e "Walking On Music" (1998).
A premiada Giovanna Bersola (20 de julho de 1972): Sua voz também está presente em dezenas de outros projetos do eurodance, além do Corona (The Rhythm Of The Night). Você já a ouviu também em outros grandes hits do JK, Nevada, Red Velvet, Playahitty, entre muitos outros. Pesquise no youtube, ouça estas canções e comprove por si mesmo.
O dom da inglesinha Sandra Chambers (11 de abril de 1967) de criar hits com sua maravilhosa voz já vem de muitos anos, antes de existir o Corona. Ela cantou em diversos grupos e pseudônimos, como Double You, Netzwerk, Jinny, JK, Sasha, entre outros diversos projetos famosos. No Corona, ela cantou todas as músicas lançadas na década de 90, exceto o 1º hit "The Rhythm of The Night".
EXPONDO A FARSA
A maior verdade, é que o produtor Lee Marrow convidou a italiana Giovanna Bersola para gravar "The Rhythm Of The Night", em 1993, mas nada foi falado sobre ela ser a imagem do Corona.
Alguns dizem que Jenny B (como ela também é conhecida) tinha contrato com outros estúdios concorrentes, por isso ela não poderia aparecer neste projeto, que era uma produção da gravadora DWA. Muitos outros ainda dizem que a vocalista não tinha uma imagem comercial ou "bela" o suficiente, por isso ela não foi a imagem do Corona (acho horrível essa justificativa e espero que não seja verdade).
Outros, já informam que não seria muito interessante para Jenny B ser a frente do Corona, pois a sua imagem ficaria atrelada ao projeto, e a própria queria continuar cantando para outros diversos projetos da dance music. Seguindo esta linha de raciocínio, realmente faz muito sentido esta última pressuposição, pois seria uma prática mais lucrativa para ela, e também até mais confortável por não precisar sofrer tanta pressão e cobrança da mídia/ público (pelo motivo de estar justamente cantando "no sigilo").
Confira neste vídeo, um breve resumo de algumas músicas cantadas por Giovanna Bersola na eurodance dos anos 90. Todas foram sucesso!
Diante de tantas hipóteses, não se sabe ao certo quais foram os reais motivos, mas o fato é que os reais vocais são de Giovanna Bersola. Isso é indiscutível e já comprovado.
E como dito acima, basta procurar por vídeos mais recentes no YouTube e ver nomes famosos da música eletrônica falando sobre o assunto, incluindo a própria vocalista, que ainda canta ao vivo e eliminando qualquer dúvida que ainda possa lhe restar.
É claro que os fãs da modelo Olga vão continuar negando a farsa e inventando mil teorias mirabolantes, mas quem liga para gente maluca?
O trato foi esse, a cantora de estúdio apenas gravaria a música, nada foi mencionado sobre ela "dar as caras".
A canção então foi lançada no mercado europeu no 2º semestre de 1993, ou seja, bem antes da Olga de Souza "ser descoberta" por Lee Marrow, como a brasileira conta por aí...
Mas afinal, por que raios a Olga de Souza não mostraria o seu rosto na capa do seu 1º grande sucesso? Hahaha! Mistérios da Olga...
[Mistério nada. Quando o single de "The Rhythm Of The Night" foi lançado, a brasileira nem fazia parte do projeto ainda... Ela entrou depois, apenas emprestando a sua imagem, pois a voz era da italiana Giovanna Bersola (a.k.a Jenny B)]
"The Rhythm Of The Night" teve não só um grande sucesso europeu, mas também virou um hit mundial de grandes proporções, fato inesperado pela própria gravadora e todos os envolvidos. Restou então ao seu produtor, Lee Marrow, ter que ser rápido no gatilho e recorrer a uma modelo para representar a canção, já que a cantora original, Giovanna Bersola, não poderia aparecer em público. Público este que, em peso, queria saber quem era a vocalista deste projeto e assistir também as suas apresentações.
A capa deste single tinha apenas uma simples imagem das duas torres gêmeas do World Trade Center, nada mais revelador e que matasse a curiosidade do público.
Foi aí então, que entrou a belíssima brasileira Olga de Souza, se integrando também ao famoso projeto italiano. A modelo rapidamente foi colocada num set de filmagens, realizando então um vídeo-clipe da canção, como se ela fosse a reprodutora daqueles lindos e poderosos vocais.
A imagem de Olga de Souza também foi adicionada nas próximas capas de singles e álbuns do Corona. Ela oficialmente passou a ser a "front-woman" do projeto, o representando em shows, apresentações em tv, clipes, capas de discos, entrevistas, aparições em revistas, e etc.
Vale reforçar que, a brasileira só entrou no Corona quando "The Rhythm Of The Night" já era um sucesso. A Olga de Souza nem imaginava em participar do projeto, pois nem era uma cantora profissional, da mesma forma que nem o Lee Marrow imaginava ter que recorrer a uma modelo. A música explodiu, então a vida mudou os planos de ambos.
Mesmo sendo uma farsa imperdoável e sem cantar nenhuma música, a imagem alegre e carismática de Olga de Souza caiu como uma luva para o Corona.
A música continuou crescendo muito nas principais paradas musicais do mundo, entrando até na privilegiada Hot 100 (Billboard), dos EUA. Lá a música continuou subindo até chegar na posição #11. Um marco gigante para um projeto de eurodance e para uma mulher brasileira, a transformando conhecida no mundo todo e divulgando aos 5 continentes, o nome do Brasil.
Sempre simpática e acessível ao público, a modelo brasileira conquistou o coração de todos com a sua enorme presença de palco. Eu mesmo assisti a um show dela na cidade de Taubaté-SP (tiramos inclusive, algumas fotos juntos em seu camarim) e foi incrível a energia que ela passou aos ali presentes.
Mas infelizmente, nada disso anima ou reconforta os fãs, pois toda essa simpatia e carisma não são suficientes para ocultar toda uma verdade triste e decepcionante.
A RECICLAGEM DE UMA "DANCE MUSIC" DOS ANOS 80
Como se não bastasse toda esta polêmica com a falsa cantora, temos ainda um outro fato duvidoso que rodeia a história de "The Rhythm Of The Night".
Acontece que este grande sucesso do eurodance dos anos 90, é na verdade uma "reciclagem" de uma música dos anos 80: Say When! "Save Me" (1987).
Vejam o vídeo abaixo e percebam que é quase uma regravação, desta música lançada em 1987, onde só o refrão foi alterado:
Nada se cria, tudo se copia.
A melodia de "Save Me" foi toda mantida, só o refrão que foi alterado em "The Rhythm Of The Night".
DISCOGRAFIA
THE RHYTHM OF THE NIGHT (1995)
Ainda em 1994, época em que a música estava no topo de todos os charts mundiais, Lee Marrow teve que agir rápido também para dar uma continuidade ao sucesso do projeto, ou seja, construir novas músicas para o Corona.
O produtor simplesmente "pegou" a música "Baby Baby", uma produção sua que fez sucesso em 1991 (Joy & Joyce) e a regravou na voz da cantora inglesa Sandra Chambers, já que a Giovanna Bersola, voz de "The Rhythm Of The Night", estava indisponível naquele momento.
"Baby Baby" foi lançada como sendo um 2º single do projeto Corona e fez um grande sucesso em 1995. O êxito se repetiu também com os próximos singles que foram sendo lançados, todos cantados também por Sandra Chambers, que acabou gravando em estúdio todo o 1º álbum do Corona (exceto "The Rhythm Of The Night", gravado por Giovanna Bersola).
Este disco foi lançado originalmente em 1995, sendo um grande sucesso e recebendo o título do mega-hit "The Rhythm Of The Night" (bem óbvio a italianada associar este álbum de inéditas a este smash-hit, nota-se como estavam "sedentos" para lucrar o máximo em cima do grande sucesso, hahaha!).
Este álbum de inéditas é bem dançante, e é sem dúvidas, um item obrigatório na coleção dos amantes do eurodance. Apesar de ser um bom álbum, percebe-se também que o disco foi feito às pressas, pois possui algumas regravações bem questionáveis de sucessos nem tão antigos assim, como "Baby Baby", "Try Me Out", "Do You Want Me", e etc. Essas diversas versões "duvidosas" fizeram com que muitos relacionassem o disco a um simples "caça-níqueis", pois o produto final poderia trazer mais novidades e não inúmeras músicas repaginadas. Digamos que, todos os envolvidos trabalharam rápido para entregar imediatamente nas lojas, um álbum do Corona, já que queriam aproveitar toda a fama do projeto (ainda em extrema acensão naquele período).
Na minha opinião, as vocalistas foram as que mais ralaram e se dedicaram de verdade neste trabalho. Pronto, falei, rs.
A track-list do já clássico e 1º álbum do Corona:
"The Rhythm Of The Night"
Baby Baby
Try Me Out
Get Up And
Boogie
I Don't Wanna Be A
Star
I Want Your Love
In The Name Of
Love
I Gotta Keep
Dancin'
The Rhythm Of The
Night
Baby I Need Your Love
Don't Go Breaking My
Heart
When I Give My
Love
Do You Want Me
You Gotta Be
Movin'
Baby Baby (Dancing
Divaz Club Mix)
WALKING ON MUSIC (1998)
Em 1997, o projeto retornou com uma nova música chamada "The Power Of Love" (uma de minhas favoritas) e que tocava bastante em meados de 1997 na Jovem Pan SAT, mas não obteve um sucesso extraordinário, não.
No início de 1998, tivemos então a novidade "Magic Touch", single novo sendo lançado, mas este nem tocou. A única lembrança que tenho deste single foi a inclusão dele na coletânea "As 7 Melhores da Pan Vol. 8", que inclusive, tinha outras músicas bem mais expressivas, como Gala "Suddenly", Taleesa "You And Me", Surama K "Remember" e X-Pone Feat. Regina "Stranger In Paradise" (aliás, um dos mais fracos volumes da coleção).
Já a música "Walking On Music" também foi lançada como single, mas se tornou outra faixa totalmente ignorada pelas rádios e danceterias. Nem o vídeo-clipe ajudou a salvar a canção do fiasco.
Ainda no ano de 1998, eis que o Corona surge com o seu tão aguardado 2º álbum, chamado "Walking On Music" (título da sua 3º faixa de trabalho) e contendo os três singles acima mencionados. Mas vejam só, este álbum não foi lançado por aqui, terra natal da Olga.
Este disco saiu na Itália, Alemanha, Suécia, México, entre outros países, sendo ao todo 10 edições, ou seja, foram poucos os países que receberam este álbum, principalmente se compararmos com o lançamento do disco anterior, "The Rhythm Of The Night". Então, aqui já percebe-se claramente que o sucesso tinha decaído bastante. Certo? Será que foi por este motivo que o Lee Marrow se desligou do Corona? Já ouvi dizer que ele o vendeu à Olga, após não acreditar mais no projeto, mas não tenho a autenticidade desta informação.
Nesta época, o Corona era representado aqui no Brasil pela gravadora Paradoxx Music, que certamente não quis lançar "Walking On Music" devido aos fracassos comerciais de seus singles mais recentes. A reprovação destas músicas se deve, não pela sua falta de qualidades ou por ter uma péssima produção (muito pelo contrário, o disco é bom), mas sim porque a dance music começava a ser muito desprezada pelo público brasileiro, naquele fim de anos 90. Segue a track-list deste álbum, bem inferior ao anterior, mas ainda assim bem interessante e com os belos vocais de sempre da Sandra Chambers:
"Walking On Music"
Walking On Music
Magic Touch
The Power Of Love
If You Wanna Dance
Deeper And Deeper
Go Home Get Back
Lift Me Up
The Spy
I Belong To You
(80's)
Feel So Real
Eternally (The
Whistle Song)
The Devil Is Loose
AND ME & U (2000)
Entre 1993 até 1998, o projeto Corona ainda rendia lucros, interesse do público e muita audiência nos charts, mas com o declínio do eurodance no fim dos anos 90, o produtor Lee Marrow acabou "abandonando o barco", sendo conduzido agora apenas pela brasileira Olga de Souza. A modelo então veio ao Brasil divulgar o seu mais novo disco, lançado apenas aqui neste país. Era o seu 3º álbum de inéditas "And Me & U" (2000).
O primeiro single extraído deste trabalho foi "Volcano", lançado pela extinta Abril Music.
Apesar de Olga estar sempre divulgando na TV (cheguei a vê-la performando na "Hebe") e em alguns programas de rádio (Educadora FM 91,7 de Campinas SP), este single foi bem fraquinho nas paradas. Hit de verdade, neste período, era o single "Toca's Miracle" do Fragma, além de outros projetos mais voltados para a linha trance music.
Nesta época, também era possível perceber claramente a diferença nos vocais destas músicas novas com os vocais dos seus sucessos mais antigos da década de 90. Aliás, a moçada ligada em dance music, já tinha achado isso muito estranho lá em 1995, quando "Baby Baby" saiu com uma voz bem diferente de "The Rhythm Of The Night".
EDIT 2020: A VOCALISTA TAMBÉM NÃO É OLGA DE SOUZA!
SÃO DUAS CANTORAS (IRMÃS): BAMBI JONES E BRANDY JONES
Resumo: Na história do Corona, tivemos (até agora) 5 vocalistas que trabalharam no projeto, sendo elas: Giovanna Bersola (1993), Sandra Chambers (1995 até 1998), Bernadette "Brandy" Jones / Natisse "Bambi" Jones (2000) e Olga de Souza (atualmente).
Track-list deste seu 3º álbum:
"And Me U"
Volcano
Everything You Need
Good Love
And Me U
Thinking About You
Step Right Up
Let Me Share Your
Secret
Baby, Give It Up
On A Day Like Today
All I Ever Wanted Was
You
I Only Came To Dance
Fired Up
Volcano (Seismic Mix)
Y GENERATION (2010)
Depois de um longo hiato (10 anos!), eis que é lançado o seu 4º álbum "Y Generation", no ano de 2010. O lançamento foi fraquíssimo, ocorrendo agora em apenas 3 países: Itália, Singapura e Alemanha. No Brasil este álbum não foi lançado, talvez devido aos baixos números obtidos do disco anterior.
Neste disco não tivemos nenhum sucesso que mereça ser destacado, embora tenhamos algumas track's bem animadas, como "Gimme Love" e "Angel", por exemplo. Outra faixa que chama atenção é "Beating", que segue uma linha mais cadenciada e lenta, sendo bem agradável aos ouvidos. Confesso que gosto muito desta última faixa. Vale destacar que este álbum apresenta pela 1ª vez canções escritas por Olga de Souza! Sim, todas as faixas foram compostas pela brasileira...Muito legal vê-la compondo e cantando com sua voz real! Segue a sua track-list:
"Y Generation"
Welcome
Angel
I Can't Wait
Gimme Love
Fly Away
My Song (Lai Lai Lai)
Black Cindarella
Saturday
Beat And Shake
Beating
BÔNUS:
Angel (Emanuele
Chiesa Extended Mix)
Angel (Libex Extended
Mix)
CORONA
ATUALMENTE
Pelo que consta, a Olga estava trabalhando numálbum novo em 2013, chegando até a lançar novos singles, como "Queen Of Town" (2013), "Stay With Me' (2014) e "We Used To Love" (2015), mas pelo visto estas canções não agradaram o suficiente, pois até hoje o seu 5º álbum não foi oficialmente lançado.
Já tem mais de 5 anos que ela anunciou o seu novo álbum. Será que foi engavetado, devido a baixa repercussão destes singles?
Olga de Souza, cantando os hits do Corona, na cidade de Taubaté- SP
Sobre os seus vocais, sinceramente, eu não acho que a voz de Olga de Souza seja tão ruim como alguns fãs de eurodance declaram que é. Todos os seus álbuns são "audíveis", contendo músicas agradáveis e dançantes. Obviamente que, nada se compara com as vozes das grandes divas Sandra Chambers e Giovanna Bersola, mas ainda assim, é uma voz que dá para ouvir tranquilamente, ainda mais se levarmos em consideração oque anda fazendo sucesso no Brasil atualmente (funkeiros, drags queens e sertanejos que cantam mal e gritando). Eu também confesso que gostei da produção destes seus 2 últimos álbuns, e queria muito que ela lançasse o seu 5º disco. O problema na Olga de Souza, na minha opinião, é que ela ainda insiste em dizer que foi ela quem gravou "The Rhythm Of The Night" e todos os outros hits do projeto, sendo que os méritos destes trabalhos são totalmente de Giovanna Bersola e Sandra Chambers. E quando questionada sobre estas acusações, ela se defende com o mesmo argumento de sempre, dizendo que tudo isso é dor de cotovelo de alguns brasileiros, que sentem "inveja do seu sucesso". Ela ainda complementa dizendo que prova que todas estas acusações são falsas cantando totalmente vivo em seus shows. E de fato, ela canta realmente ao vivo, mas é aí que ela se complica, pois fica ainda mais evidente que a sua voz não é a mesma gravada e presente nos "seus" hits noventistas.
Em Taubaté / SP
MINHA COLEÇÃO
CORONA
Sim, eu fui um fã enganado nos anos 90, hahaha!
E apesar de abominar toda essa mentira e falta de vergonha na cara, eu ainda desejo muito sucesso à carreira de Olga de Souza! Mesmo eu não sendo mais aquele fã assíduo de antes (por motivos óbvios, rs), ainda prefiro ela do que essas modinhas atuais do funk, onde temos algumas "cantoras" que juram ter uma carreira internacional que não existe, e nunca existirá!