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-RIKARDO ROCHA
Olá comunidade Eurodance, como vão?
Ainda no clima do Trance dos anos 2000 promovido pela cantora Evi Goffin, hoje falaremos brevemente sobre mais um grande nome daquela Era de Ouro: ATB.
ATB - FAMOSO PRODUTOR ALEMÃO DE TRANCE / DANCE MUSIC - ANUNCIA O ÚLTIMO ÁLBUM DA SUA CARREIRA
O INÍCIO DE UM LEGADO
O DJ / Produtor André Tanneberger, mais conhecido como ATB, nasceu no dia 26 de fevereiro de 1973 na cidade de Freiberg, na Alemanha, e está atualmente com 51 anos de idade. Ele produziu inúmeros clássicos do Trance em sua carreira solo como "ATB", mas também remixou para inúmeros projetos lendários da Dance Music, bem como participou de vários projetos.
Em 1993 André remixou a bela e dançante "Poison" do lendário General Base, quando tinha apenas 20 anos de idade e sendo este um de seus primeiros remixes para um projeto "Dance".
Já em 1995, aos seus 22 anos, ele remixou "I Wanna B With You" do Fun Factory, além de se lançar como Sequential One - um projeto solo que rendeu dezenas de singles de sucesso na Alemanha.
Depois que o Sequential One se desfez em 1998, André "ATB" Tanneberger continuou no mercado da Dance Music sob o nome SQ-1. Lembro que até saiu aqui no Brasil, pela Paradoxx Music, uma coletânea que tinha uma faixa deste projeto intitulada de "Can You Feel..." e que fez um signicativo sucesso nas pistas que tocavam o Techno.
A MAGNITUDE DO ATB
Ainda em 1998, Andre Tanneberger finalmente surgiu como ATB pela primeira vez. Ele nos apresentou o seu single de estreia chamado “9PM (Till I Come)", sendo este um verdadeiro marco para a história do Trance.
Sobre a voz sussurrada e sensual que ouvimos, é da cantora espanhola Yolanda Rivera Garrido (não confundir com a cantora negra de salsa Yolanda Rivera). Uma outra curiosidade, é que a voz de Yolanda retornou depois no single “Don’t Stop” - outro sucesso do ATB!
Quer ouvir a música original, da onde foram retirados estes vocais que tanto ouvimos e dançamos? Toma aqui então essa colher de chá exclusiva:
Os singles seguintes de ATB então foram “Killer” e “Don’t Stop”, que também foram bem tocados nas rádios e danceterias em 1999 / 2000.
Em 2000, a sua música "Let U Go" chegou e mostrou mais uma vez o talento e a versatilidade do mago ATB, que diferente dos singles anteriores, agora trazia uma vocalista feminina exercendo uma participação maior e com um estilo melódico bem semelhante com Delirium - “Silence” (1998).
A cantora de "Let U Go" responde por Roberta Carter Harrison, uma canadense que forma uma dupla musical (desde 1989) com seu marido Ken Harrison. O nome da dupla? The Wild Strawberries.
Tudo começou quando o alemão André Tanneberger ouviu a música original deste casal e resolveu remixá-la, nascendo então "Let U Go".
A música original dos Wild Strawberries chama-se "Wrong To Let You Go" e se encontra no álbum da dupla intitulado de "Twist" (2000). O remix criado por ATB - "Let U Go" inicialmente foi um sucesso absoluto em todas as pistas alemãs, e consequentemente conquistou todos os continentes.
A vocalista Roberta Carter Harrison gravou no total seis singles com sua voz angelical para o produtor ATB, sendo eles: "Let U Go" (2000), "Hold You" (2001), a regravação do Olive - "You're Not Alone" (2002), "I Don't Wanna Stop" (2003), "Long Way Home" (2003) e "Sunset Girl" (2004).
Roberta também participou de várias performances ao vivo ao lado de ATB, e nunca foi uma cantora que ficou escondida sem créditos, no entanto, a cantora não apareceu em muitos vídeoclipes do produtor alemão. Em "I Don't Wanna Stop", por exemplo, quem aparece em cena não é ela, mas sim uma modelo que está dublando a sua voz. Roberta disse em seu facebook que isso a irritou um pouco na época, mas informou em seguida que ao menos ela esteve no vídeo de "You're Not Alone".
Para ler mais sobre Roberta Carter Harrison, clique aqui.
“Hold You” é a minha música favorita do ATB, e foi uma das faixas mais executadas nas boates e FM's entre 2001 e 2002, um período riquíssimo para o Vocal Trance. Aliás, "Hold You" do ATB e "Something" do Lasgo foram duas das canções que mais ouvi quando a rádio Jovem Pan resolveu lançar o CD "As 7 Melhores 2002". Aproveitando a ocasião, nesta mesma coletânea tem uma outra linda faixa que segue essa mesma filosofia sentimental e melancólica: Deal - "Maybe One Day" (2001). Lembrou-se dessa também?
O ADEUS AO FORMATO ÁLBUM
Depois de tantos singles de sucesso e nove álbuns lançados de 1999 até 2017, um triste anúncio feito recentemente pelo próprio ATB em suas redes sociais pegou seus fãs de surpresa...
O renomado produtor anunciou que lançará em 2025 o décimo e último álbum de sua carreira, escrevendo também um texto explicativo com seus motivos. Confira:
Querida família ATB,
Há 25 anos, em 1999, lancei meu primeiro álbum ATB, “Movin’ Melodies”. Quem teria pensado, naquela época, que seriam seguidos por mais nove álbuns: "Two Worlds", "Dedicated", "Addicted To Music", "No Silence", "Trilogy", "Future Memories", "Distant Earth", "Contact" e "neXt"?
Sempre adorei trabalhar em álbuns, passar semanas decidindo a ordem das músicas e, às vezes, criar transições entre as faixas para levá-lo a uma jornada musical e deixá-lo escapar para outro mundo.
Na era atual de streaming e downloads, infelizmente, esses conceitos não têm mais muita chance. Com taxas de salto e algoritmos, a música se tornou uma mercadoria em ritmo acelerado, raramente tendo tempo para aumentar o número de ouvintes e se transformar de uma faixa aparentemente insignificante em uma música favorita após várias audições.
Por esse motivo, decidi lançar meu último álbum em 2025. Estou fazendo isso por vocês, minha fiel base de fãs, que se juntaram a mim nessa jornada musical por 30 anos e que entenderam e amaram esse conceito de meus álbuns. Junto com esse álbum, embarcarei em mais uma turnê mundial com muitos shows.
E não se preocupem: este não é o fim da minha carreira musical! Continuarei a me apresentar e a criar novas músicas mesmo depois deste álbum. Serei fiel ao lema da minha atual Summer Tour 2024: “DON’T STOP” (Não Pare).
Um enorme obrigado pelo seu incrível apoio nos últimos 30 anos!!
Muito amor,
André
ATB está neste momento nos EUA com a turnê que traz o nome de seu famoso single de 1999, "Don’t Stop". Esta turnê também deverá passar pelo continente europeu no próximo verão, excursionando em vários países e celebrando a carreira de uma vida que marcou múltiplas gerações no Trance e na Dance Music.
Sabemos que este não será o fim da carreira musical de ATB, como ele mesmo mencionou em sua "carta aberta", mas querendo ou não, é o fim de uma jornada, de algo que deu tão certo e que hoje já não funciona mais. Estamos testemunhando o fim de uma Era que tanto nos serviu de entretenimento e diversão.
Obrigado - ATB!
Querido Rikardo, vc sempre nos brindando com magnificas materias!Vc de fato é a nossa "Dj Sound" hoje em dia! Infelizmente Ricardo, a Industria da Musica como um todo está "cavando" a propria sepultura novamente, assim como la no fim dos anos 90 resolveu brigar com o Napster etc...Quando digo Industria Fonografica, incluo todos os que fazem parte, inclusive "Rádios". hoj devido aos streamings que de fato são a tabua de salvação, mais uma vez eles estao cometendo o mesmo erro devido a ganancia pelo.dinheiro( hoje isso se resume a quantidade de "Plays"). Com isso tudo é feito ara qje se dê mais e mais plays, consequentemente vc tem musicas de no maximo 3.00 minutos e olhe lá, pois o intuito é que vc ouça muito mais música em poucos minutos, com isso ganham mais dinheiro, junta-se a isso a coniencia das Radios no Brasil, vc está matando a propria Industria, milhares de.musicas sao lançadas e nem um play sequer tem! E impossivel divulgar todas. Por que hj ainda gostamos e lembramos das musicas dos anos 70, 80, 90 e 2000? Devido à REPETIÇÃO!Puviamos a mesma musica por varias vezes e por mais de 02, 3 meses direto.Isso dava tempo para produtores.pensarem com calma até fazerem um novo lançamento, alias tinham albums que eram lançados só deppis de 01 ano, dando tempo para trabalhar algumas tracks!Junta tudo isso à rapidez da informação de hj e.consequentemente à "educação" das redes.sociais com "short, tik tok tudo 30 segundos, isso gerou e alimentou uma geração inteira que não sabe ficar parada.ouvindo uma musica por.mais de 01 min! O indice de Skip ( pular musica) é de.1m 45 seg, o que é bom.para as plataformas,.pois lembra? Quanto mais plays,mais se ganha! Iaso está sendo um tiro no pé fazendo com que nenhuma.musica sobreviva mais que 01 semana, e.desvalorizando a musica!Isso já é como uma.doença que está se.espalhando, e será mortal se a Industria não oensar nisso,.mas tudo indica que ela não aprendeu com os erros do passado, só pensa no lucro imediato, e.não no lucro à longo prazo, não há interesse de.se "educar" musicalmente essa nova geração, e temo que daqui alguns anos, nós seremos os "esquisitos" quando um jovem ver a gente ouvindo uma música,.nós seremos estranhos, eles.não vão.entender isso. Triste, lamentável.Tento alertar para isso, mas spu ima.voz pequena, e já tempos o resultado aí...Albums.para que? Hk só restam os "singles" e.isso por quanto tempo? E depois?.... Abraços!Saiba aue vc faz a diferença!Continie firme e forte, e só me resta te dizer "Muito obrigado" pelo o que vc faz pela Dance Music no Brasil.
ResponderExcluirObrigado, Alexander! Concordo com vc! O que mantem a cena Dance interessante, na minha opinião, são os shows que estão acontecendo com mais frequência aqui no Brasil, pq o futuro mesmo é muito desanimador em relação ao desenvolvimento das músicas atuais e novas histórias para o gênero. Tá tudo morrendo aos poucos.
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