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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

OLGA DE SOUZA (CORONA) RESPONDE PERGUNTAS SOBRE JENNY B E SANDY CHAMBERS

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA



Boa noite, Brasil!
Bom dia, Itália!!

Tudo bem com os fãs da Dance Music?? 

Hoje trago à vocês algo que aconteceu em 2008 mas que vale a pena ficar registrado aqui, visto que esse fato ficou desconhecido pela grande maioria dos brasileiros: 


OLGA DE SOUZA FALANDO PELA 1ª VEZ SOBRE AS VOCALISTAS ORIGINAIS DO PROJETO CORONA

Pois é amigos, isso nos parece um tanto surreal, não é mesmo? Embora Olga de Souza sempre tenha negado a verdade - sobre ela não ser a vocalista verdadeira do projeto Corona -  em 2008, a brasileira respondeu a algumas perguntas feitas pelo site italiano gay.it , nas quais se referiam às cantoras Jenny B e Sandy Chambers - as verdadeiras intérpretes nas gravações de "The Rhythm Of The Night" (1993) e "Baby Baby" (1995).

Prontos para voltar mais uma vez nessa polêmica? hahaha

Se a resposta for sim, veja abaixo algumas das perguntas "corajosas" levantadas pelo citado site, e também nas respostas da bela modelo.

Lembrando que, caso queiram recapitular toda a farsa do Corona, envolvendo os seus três primeiros discos com as cantoras Giovanna Bersola a.k.a. Jenny B (1993), Sandy Chambers (1995 até 1998), e as irmãs Bernadette "Brandy" Jones / Natisse "Bambi" Jones (2000), clique aqui.



ENTREVISTA ITALIANA - SITE GAY.IT 
OLGA DE SOUZA (CORONA)
Olga de Souza, a modelo que com o tempo foi "promovida" à cantora


Entrevistador: Olá Corona! Sem soar inapropriado, o que você tem a dizer às pessoas que associam suas músicas "The Rhythm Of The Night" à Jenny B "Baby Baby" (em diante) à Sandy Chambers?
Olga de Souza: Espero que as duas cantoras também tenham muito sucesso e por enquanto eu estou com meu último single "La playa del sol".

Entrevistador: Jenny B venceu no Festival Sanremo 2002 e revelou que cantou a sua música... Você ficou brava com ela? 
Olga de Souza: Absolutamente não, mas ela é aquela pessoa que se agarra a tudo para poder se aparecer.

Entrevistador: O que você achou das novas versões de "The Rhythm Of The Night" de Jenny B & Dhany, e também da recente versão de "Baby Baby" de Sunblock feat. Sandy
Olga de Souza: Sinceramente? Ainda não tive a oportunidade de ouvi-los, mas certamente devem ter ficado lindos… “Baby Baby” é a minha favorita, eu a vi nascer devagar para se tornar como você a conhece. “The Rhythm Of The Night” também é importante, foi a mais sortuda.


A premiada e talentosa Jenny B
Ela foi a voz real do hit "The Rhythm Of The Night" (1993)


Entrevistador: Você se lembra do nascimento dessas músicas de enorme sucesso? O que pode nos contar sobre estes hits? 
Olga de Souza: Essas músicas vieram como um furacão me transformando em uma protagonista e também numa estrela um pouco diferente das outras… Tive muita sorte! Marcaram um período fantástico dos anos noventa.

Entrevistador: Houve alguma competição entre vocês, estrelas dos anos 90?
Olga de Souza: Absolutamente não, pelo contrário, dividimos o palco com respeito e cumplicidade.

Entrevistador: Quem entre seus ex-colegas era muito personagem e não muito real?
Olga de Souza: Infelizmente não posso responder a esta pergunta porque esta pessoa é uma amiga.

Entrevistador: É verdade que você pretende apresentar-se às seleções do Festival de Sanremo?
Olga de Souza: Eles me ofereceram para tentar, mas se apresentar em Sanremo não é como uma aventura ou como um passeio no parque.


Sandy Chambers: Um dos patrimônios da Dance Music
Ela foi a voz real do hit "Baby Baby" (1995) e das demais faixas do Corona (até 1998). Em 2000 entraram outras vocalistas no 3° álbum.


Entrevistador: Diante dos inúmeros comentários negativos de pessoas e das provocações da mídia, como você reage e tem reagido em sua carreira? 
Olga de Souza: Sempre prestando atenção para nunca confundir a figura pública Corona com Olga, e tendo uma vida plena e bela.

Entrevistador: Como era a Olga no auge do sucesso como Corona?
Olga de Souza: Só pensava em fazer bem o meu trabalho, mesmo que às vezes nem tivesse tempo para pensar, pelo contrário, muitas vezes eram os outros que pensavam por mim. O que sempre me surpreendeu é o calor das pessoas e a positividade que elas emanam.

Entrevistador: Quem é Corona hoje?
Olga de Souza: Uma pessoa mais pensativa. Uma mulher satisfeita em sua vida privada e pronta para ajudar os mais fracos.



Bom pessoal, eu sei que não é muito, mas espero que gostem destas informações. Foi a primeira vez que vi a modelo respondendo algo sobre as verdadeiras vocalistas do Corona... Creio até que a entrevista foi ao vivo, pessoalmente, para que ela não "fugisse" e respondesse "na lata".

Para ler a entrevista na íntegra (toda em italiano), este é o link:

CRÉDITOS: 
Como os leitores do Blog Rikardo.Music sabem, todas as colaborações nas matérias são devidamente creditadas às pessoas que realmente colaboraram com sugestões, curiosidades, informações e outras novidades, o que não irá acontecer desta vez, pois quem forneceu o link desta entrevista é justamente um fã e amigo de Olga de Souza. Então, atendendo à sua própria solicitação, os créditos ao seu nome não serão atribuídos aqui, embora ele saiba o quanto estou agradecido e o quanto a sua participação foi especial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Aqui no Brasil, Olga de Souza também já foi questionada sobre a farsa [em 1995, pela Revista DJ Sound, e em 2015, pelo antigo site Ego], mas ela sempre negou tudo e disse que eram "apenas boatos de pessoas invejosas".

Bom, mas fico feliz de ver que Olga de Souza respondeu melhor aos italianos... 

Nos anos 90 esses projetos apelavam para muitas dessas práticas que enganavam os seus ouvintes, porém hoje, creio que essas modelos só tem pontos a ganhar sendo mais transparentes e contando a verdade ao seu público, mesmo que já tenha se passado quase 30 anos de ilusões…


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

BEYONCÉ SURFA MAL NA DANCE MUSIC

BEYONCÉ E SUA "HOMENAGEM" À HOUSE MUSIC DOS ANOS 90 - "RENASSAINCE"

Não se apegue à este globo espelhado, pois na estrada da Dance Music, "Renassaince" passou longe!

E finalmente saiu o novo álbum de Beyoncé - "Renaissance" (2022), divulgado massivamente nas mídias sociais como um disco "inspirado" na House Music dos anos 90. Mas, será que vale a pena ouvir e jogar nossas expectativas nesse disco?

Na música "Break My Soul", Beyoncé sampleia "Show Me Love" (1992) de Robin S., em um dos maiores hits da House Music mundial. Em "Pure Honey" ela faz referência à "Miss Honey" (1992) de Moi Renee, utilizando a entonação e a melodia. Já em "Cutt It", Beyoncé utiliza as guitarras da lenda Nile Rodgers. Em "Church Girl", ela subverte a música gospel e samplea James Brown. Em "Move", a norte-americana faz um feat. com o icone queer jamaicano Grace Jones - com quem ela flertava há bastante tempo. Na última faixa, "Summer Renaissance", Beyoncé canta e re-imagina "I Feel Love" (1978), parceria de Donna Summer e Giorgio Moroder, considerada a primeira música techno a atingir as paradas de sucesso ao redor do mundo.

Bom, mas pra quem esperava dançar um "bate-cabelo" na linha Deborah Cox ou Robin S, já pode ir tirando o seu cavalinho da chuva...

"Renaissance" é mais um trabalho convencional da Sra. Beyoncé, ou para ser mais claro: O mais do mesmo que ela está acostumada a fazer, só que agora com uma sonoridade um pouco mais eletrônica e que não combinou... Não há contraste algum com os arranjos, com a melodia, com os versos cantados ou com a velocidade das músicas apresentadas. 


Beyoncé se achando a nova "rainha das pistas". Só se acha mesmo...

Beyoncé tem uma excelente voz, isso é fato, mas a estrela parece estar perdida musicalmente, e às vezes parece mais falar que cantar em seus últimos singles - pessimamente ritmados! 

"Renaissance" é um álbum pretensioso, chato, forçado e muito, mas muito superestimado. E o principal: de House Music, não tem nada! É o velho R&B datado de sempre da Dona Beyoncé... e ela tem total conhecimento disso, tanto que buscou os tais samples da House Music justamente para levar algum frescor aos seus fanáticos, porém, o resultado final não engana ninguém... 

Até Rihanna, uma outra estrela do R&B mundial, fez algo superior nesta mesma linhagem há 15 anos, com "Don't Stop The Music"(2007) e com samples de Michael Jackson (que eram originais de Manu Dibango). Anos depois, Rihanna voltou a sacudir as pistas de dança com o produtor Calvin Harris... Quem que não se lembra de seus grandiosos hits, como "We Found Love" e "Where Have You Been"


Rihanna - "Where Have You Been" (2012)
Há 10 anos, a cantora caribenha fez algo muito superior que a atual salada pretensiosa de Beyoncé. Lembrando que Rihanna já surfou na Dance Music outras vezes e com singles aclamados pelo público, como "Don't Stop The Music", "Only Girl (In The World)", "S&M" e "We Found Love".


Já este disco de Beyoncé, não serve nem para tocar nas pistas de dança... É um "House" que vai precisar receber muitos remixes para exercer tal função, só provando mais ainda o quanto esse trabalho é uma enganação, e o quanto o marketing da cantora é sempre muito exagerado.


Imagem de Diva, mas com músicas que perambulam entre a chatice e a falta de ritmo


E para dar um "up" na música "Break My Soul" - o primeiro single deste novo disco - Beyoncé lançou recentemente um remix com Madonna, trazendo samples vocais retirados de seu clássico "Vogue" (1990). Resumindo: O atual disco já está nas lojas há algumas semanas mas Beyoncé parece ainda não estar satisfeita e continua mexendo nas coisas... é como se o resultado final ainda não tivesse ficado bom para ela. 

E convenhamos, "Renassaince" realmente está muito ruim, cansativo, confuso e barulhento. E quanto mais ela mexe, mais vai fedendo.



FILMES DA SÉRIE "SEXTA-FEIRA 13" SERÃO LANÇADOS EM BLURAY PELA OBRAS-PRIMAS DO CINEMA

FINAMENTE A FRANQUIA SEXTA-FEIRA 13 EM BLU-RAY NO BRASIL PELA OBRAS PRIMAS DO CINEMA!

domingo, 31 de julho de 2022

FRANCESCO NAPOLI - "LADY FANTASY" (2001) - ELE VEM AO BRASIL!

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-RIKARDO ROCHA


CD  “As 7 Melhores 2002” completou 20 anos!

Um CD para ouvir sem pular nenhuma faixa!

Em 05/05/2002 um dos melhores discos da Building Records era lançado no Brasil, e é incrível como conseguiram colocar tantas músicas boas numa só coletânea...

Focada no Vocal Trance, no Italodance e nas influências do House, a gravadora de Alain Chehaibar aproveitou o hype de "Something" do Lasgo, "Hold You" do ATB e "Close My Eyes" do Astroline, e colocou este grande lançamento nas prateleiras das lojas... isso há 20 anos!

Com canções que falam sobre amor e com muita vibe noturna, o CD  "As 7 Melhores 2002" trouxe um repertório considerado clássico hoje em dia, e além das tracks já citadas, ainda abrilhantou com Iio - "Rapture", Lady - "Easy Love", Deal - "Maybe One Day", Eiffel 65 - "80 Stars", entre outros singles que ditaram tendência em 2001/2002.

Entre as últimas faixas desta sensacional coletânea, vale destacar uma que é cantada pelo italiano Francesco Napoli - "Lady Fantasy", numa produção que ainda nos remete aos trabalhos do estimado Gigi D'Agostino...

E sabe de uma coisa? É curioso ver que 20 anos depois, o disco ainda tem um sabor fresco e com faixas que soam como novinhas em folha. Talvez nunca mais teremos algo assim por aqui, então é primordial levantarmos as mãos para o céu e dizer: "Obrigado Building Records, por nos trazer tantas músicas essenciais e consideráveis".


FRANCESCO NAPOLI - "LADY FANTASY" (2001)

"Quantas noites nós te dizemos Sim"


Essa não tocou tanto quanto os fenômenos Lasgo, Lady e ATB, mas também foi bastante ouvida nas melhores baladas dos anos 2000. Estou me referindo ao nostálgico italodance de Francesco Napoli - "Lady Fantasy", uma produção de 2001 e que chegou por aqui graças ao empenho e ouvidos atentos da Building Records, em 2002.

Muita gente diz que o single foi remixado por Gigi D'Agostino, mas isso é apenas mais uma das lendas urbanas que habitam na Dance Music... Acontece que "Lady Fantasy" foi claramente inspirada nas produções do mestre da italodance, mas só isso. 

O single foi produzido por três produtores: Andreas John, Erik McHoll e Erwin Kolibabka, porém, a versão que ficou conhecida em nossos clubs foi assinada apenas por Andreas John e Erik McHoll:


Foi essa dupla que criou a versão que muitos pensam ser de Gigi D'Agostino...
 Andreas John e Erik McHoll continuam parceiros e ainda estão juntos realizando muitos projetos musicais. Em 2021, por exemplo, eles lançaram uma cover de Eurythmics no estilo Deep House, que saiu como Jayddyn x BoyBoyBoy x Marmy - "There Must Be An Angel (Playing With My Heart)". 
Se em 2001 eles copiaram Gigi D'Agostino, agora eles estão se inspirando em Meduza x Becky Hill x Goodboys?


Já o alemão Erwin Kolibabka criou a "radio mix"- que é levada mais para a italodisco. Ele colaborou também na composição de "Lady Fantasy", juntamente com Francesco Napoli. 

Hans-Erwin Kolibabka foi um dos compositores e produtores de "Lady Fantasy". Infelizmente ele faleceu em 2 de março de 2014.

A letra de "Lady Fantasy" é simples e romântica na medida certa, onde Francesco Napoli demonstra devoção e admiração à uma certa dama...


Francesco Napoli - "Lady Fantasy" (2001)


"Hey Lady Fantasy, toda a noite eu te sinto aqui

Eu não vou me cansar de te procurar, eu vou te encontrar

Eu não vou parar, eu juro para você que não

eu não vou te trair

me diga onde você está

Você é o conto de fadas dos meus sonhos

Você está na minha alma, no meu corpo

Você é a Dama da minha Fantasia

Quantas noites eu te disse sim

Venha, venha aqui

Uma noite inteira será primavera"


Francesco Napoli está lançando singles desde 1982, mas ele só alcançou o sucesso em 1987

Francesco Napolitano é o seu nome real e nasceu na Itália em 26 de fevereiro de 1962, ou seja, tem atualmente seus 60 anos de idade. 

Seu hit "Lady Fantasy" (2001) tornou-se conhecido entre os jovens brasileiros em 2002, mas o cantor já era um "monstro" das danceterias desde a década de 80, quando lançou o seu primeiro álbum - "Balla... The First Dance" (1987) - em torno da popularidade da Italodisco.


Francesco Napolitano no final nos anos 80


Francesco Napoli foi descoberto dentro de um famoso concurso de canções na Itália, quando um produtor alemão reconheceu o seu talento e o convidou para ficar duas semanas na Alemanha, com a intenção de realizar alguns shows naquele país. Como resultado, Francesco Napoli estendeu a turnê por longos anos e lançou diversos discos, todos cantados em italiano, como os primeiros singles "Arrivederci" (1982), "Luna Tu" (1984), "Reggae E Sole" (1984) e "Stai Con Me" (1985).

A canção mais famosa de Francesco Napoli não é "Lady Fantasy" (2001) - como muitos que o conheceram na coletânea da "Jovem Pan" podem imaginar - muito menos as faixas citadas acima... O seu maior hit foi "Balla Balla" (1987), que vendeu 12 milhões de cópias em 44 países, além de entrar nas paradas americanas e atingir o Top 5 ao lado de Michael Jackson, Madonna, entre outros superstars:


Francesco Napoli - "Balla, Balla" 
Me parece ser um medley com vários clássicos italianos… E o apresentador Raul Gil deve conhecer essas músicas, pois quando recebeu a vocalista do Black 4 White em seu programa, ele cantou para ela o famoso trecho "Ciao Ciao Bambina..." e a Senhorita Ceselli completou junto com ele "Un bacio ancoraaaa..."
Veja aqui

"Balla Balla" também se tornou conhecida em alguns estados brasileiros na década de 80, inclusive lembro-me de ouvi-la em festas de casamentos com direito a muitos passinhos nos salões... Aqui no Brasil ainda foi lançado um álbum de Francesco Napoli chamado "Ciao-Balla Italia" (1990), através da BMG Ariola e contendo o seu grande hit "Balla Balla".


Francesco Napoli - "Ciao - Balla Italia"
Produto lançado no Brasil pela BMG Ariola em 1990


Outros trabalhos vieram depois, como "Balla Balla II", "Piano Piano", "Santa Lucia" "Marina", que deram continuidade na popularidade do artista, principalmente em países como Espanha, Itália, França, Áustria, Finlândia e Alemanha. 

Por falar na Alemanha, "Lady Fantasy" nasceu por lá, através de uma parceria de Francesco Napoli com a gravadora alemã Hay Kay Records. Tudo começou em 2000, quando o cantor italiano estreou nessa sua nova casa discográfica com o single de "Tornero", então, no ano seguinte foi a vez do 2º single: "Lady Fantasy".


Single alemão: Lançado em 2001 simplesmente como Napoli - "Lady Fantasy"


"Lady Fantasy" foi um sucesso em vários países, principalmente na Alemanha, Itália e Espanha... Aliás, na Espanha alcançou ainda o Top 10 de 2002, se tornando consequentemente no hit de rádio mais tocado daquele ano.

Francesco Napoli é famoso como cantor, compositor e produtor de suas próprias canções. Quase todos os seus discos foram compostos por ele, como a nossa velha, querida e inesquecível "Lady Fantasy".


FRANCESCO NAPOLI SE APRESENTARÁ NO BRASIL

O cantor está chegando...

Muitas turnês sempre são criadas aos fãs do cantor, e nesse seleto grupo podemos incluir também os brasileiros, que irão receber o artista no próximo mês de setembro. 

Sim, Francesco Napoli tem uma apresentação marcada para o dia 10 de setembro no Wox Club, na cidade de Pomerode - SC.


No dia 10 de setembro tem show de Francesco Napoli em território brasileiro


Só não sei qual será o repertório desse show, e se ele irá cantar o hit de 2001: "Lady Fantasy"

Para maiores informações:

https://www.bilheto.com.br/evento/874/Francesco_Napoli


Francesco Napoli num de seus concertos mais recentes...

Francesco Napoli é um gentleman, um ímã do público e sabe lançar um feitiço dançante e alegre sobre a sua plateia, não só pela sua enorme experiência profissional, mas também pelo seu carisma e presença de palco inigualável. Ele ama o seu público... e as pessoas o amam por todas essas características!!!!

Divirtam-se!

sábado, 23 de julho de 2022

JAMIE DEE- "DON'T BE SHY" E SEUS OUTROS BIG HITS!!!!!

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-RIKARDO ROCHA


E vamos de boas recordações mais uma vez??!

Hoje vamos focar na Dance Music da italiana Jamie Dee, quem que não se recorda dela?


JAMIE DEE E SUAS POWER TRACKS DOS ANOS 90: "DON'T BE SHY", "SO GOOD", "PEOPLE", "DREAMING BLUE"...

O nome completo dessa cantora da italodance é Marina Restuccia, e aposto que você já dançou com seus singles altamente enérgicos, como "So Good", "Dreaming Blue", "Don't Be Shy", entre outros...

Marina Restuccia nasceu em 5 de junho de 1969, na cidade de Roma, e seus pais eram nomes super conhecidos da música italiana: Vincenzo Restuccia e Anna Giordano. 

Para se ter uma ideia, sua mãe foi a primeira violinista da Orquestra Sinfônica de Roma, e seu pai foi um baterista renomado da Orquestra de Ennio Morricone, assim como também foi um dos diretores do famoso Festival de Sanremo. Então, podemos concluir que Marina Restuccia cresceu com uma paixão forte pelas artes, graças a influência de seus pais que a acostumaram ao Jazz, ao Soul, e à Música Clássica.

Ao contrário do que podemos imaginar - e diferente de muitos filhos de artistas que conseguem visibilidade devido apenas a fama de seus pais - Marina Restuccia sempre teve muito talento e aos poucos foi sendo reconhecida por seus próprios dons artísticos e por toda a sua dedicação nos palcos.


JAMIE DEE E A DANCE MUSIC ITALIANA

A italiana Marina Restuccia entrou de cabeça no som da Italohouse


Quando a jovem artista completou dezoito anos de idade, Marina foi morar sozinha para dedicar-se à música ao vivo, apresentando-se em alguns dos mais famosos club's romanos. Em seguida, Marina foi inserida também como backing vocal e dançarina de alguns programas de TV italianos, e assim, não demorou muito para que fosse descoberta por algum produtor local.


Jamie Dee em uma performance na TV de "Burning Up", seu primeiro single (1991)

Roberto Ferrante - um italiano compositor, arranjador, produtor musical, e que naquela ocasião trabalhava com a Flying Records - foi a pessoa que quis gravar com Marina Restuccia, cantora que se assumia a partir daquele momento com o pseudônimo de Jamie Dee.


Jamie Dee se torna mais uma Dance Star da Itália


Seu primeiro single de Eurodance, "Burning Up", foi distribuído oficialmente em fevereiro de 1991. Um ano depois, em 1992, saiu o single "Memories Memories", assim como "Two Times Baby" (lançado em julho de 1992).

Aqui no Brasil essas músicas não se tornaram conhecidas, mas no Japão - o país que sempre idolatrou o Italohouse e o Eurobeat - foram trabalhos muito bem consumidos! 

Seus singles foram tão bem repercutidos por lá que os produtores italianos tiveram que lançar um ábum de Jamie Dee, nascendo então o 1º disco da cantora: "Different Moods" (1992).


Álbum lançado em 1992: Jamie Dee- "Different Dreams"


Esse álbum de Jamie Dee foi disponibilizado fisicamente apenas no Japão através do conhecido selo asiático Avex Trax, que também lançou por lá trabalhos de Nicki French, Newton, Whigfield, Tatjana, entre muitas outras lendas da Dance Music. No Japão, ainda foi lançado o 4º single desse álbum: "Special Love" (1992).

Já em 1993, Jamie Dee se trancou em estúdio para apresentar aos DJs e fãs da Dance Music os seus futuros singles... Empenhando-se em frente aos microfones, a vocalista também foi backing vocal para o projeto Uptown Feat. Sima"Don't Leave Me This Way" (1993). Outro trabalho surgido nesse período foi o seu novo fruto como 'Jamie Dee' -  "Get Ready" - que seguia ainda a mesma pegada italo-house do início dos anos 90.


Jamie Dee se dedica para novos hits

A música "Get Ready" não atendeu muito as expectativas do público, pois nessa época o gênero "Dance" já estava caminhando para algo mais "fast beat" (batidas mais rápidas) e este seu lançamento não apresentava as características que evidenciavam a preferência dos clubbers do ano de 1994.

Foi aí também que Miss Dee deixou a Flying Records e passou a ser representada pela X-Energy, a mesma de Whigfield, Ally & Jo, J.K., Tenessee, e etc. 

Com essa nova contratação, nasceu uma parceria da vocalista com seus produtores Frank MinoiaMax Minoia (uma dupla de primos); Era o J.F.M. Project, que trazia ao mercado da Dance Music uma regravação "dance" na poderosa voz de Jamie Dee... 

Estou falando de um single de 1994 para a romântica "The Power Of Love" (original de Jennifer Rush), que carrega uma notável influência de DJ Miko -“Whats Up” em seus teclados ensandecidos:


J.F.M. - "The Power Of Love" (1994)
A sigla do projeto é uma referência ao trio Jamie Dee/Frank Minoia/Max Minoia
 Você vai se lembrar dessa melodia devidamente ao hit abrasileirado de Rosana - "O Amor e o Poder"

Pronto. Essa "experiência" se adequou ao que era tendência naquele momento, e Jamie Dee então nos concedeu novos singles, já orientados pelo caminho conveniente.

Consequentemente, em junho de 1994, nasceu então o grande estouro das pistas - e uma das minhas favoritas de Jamie Dee: "Don't Be Shy" (Não seja Tímido). Foi a partir daqui que a vocalista passou a ser tocada em rádios brasileiras e a sair em coletâneas distribuídas pela Paradoxx Music (corporação que licenciava os fonogramas da X-Energy).


Jamie Dee - "Don't Be Shy" (1994)
A música "Don't Be Shy" de Jamie Dee explode nos clubs e rádios entre o final de 1994 e início de 1995


A jornalista brasileira Gabriela Butcher, em 1995, mencionou: "Jamie Dee tem uma voz que é um produto da paixão pelo R&B e Jazz. Como diriam por aí, uma branca de alma negra. Inspirada em Patti Labelle, Aretha Franklin, Ella Fizgerald, entre outras, Jamie Dee enfeita as batidas com vocais muito bem trabalhados. Ela consegue ser Pop e extremamente Dance ao mesmo tempo."

"Don't Be Shy" chegou com força não apenas nas paradas brasileiras, mas praticamente em todos os clubs do planeta... E para quem dominava apenas o mercado asiático, isso foi um recomeço pra lá de vitorioso, não é mesmo?

Jamie Dee - "People (Everybody Needs Love)" (1994)
Jamie Dee diz que todo mundo precisa de amor na destruidora "People (Everybody Needs Love)", uma pauleira para te alucinar entre flashes de luzes e muita fumaça de tutti-fruti

Na sequência, uma porção de novos sucessos de Jamie Dee chegaram às pistas de dança, e todos estes trabalhos seguiam essa mesma fórmula "eletrizante" vista em seus últimos trabalhos, registrados pelo magnífico time de produtores: Frank Minoia, Max Minoia; além dos remixes oficiais de Peter Micioni, Philipo Clari e Mauro Minieri.

Uma pena não existir nenhum video-clipe para "Dont Be Shy" ou qualquer outra música de Jamie Dee... Bom, pelo menos eu nunca assisti um.


O produtor e compositor Frank Minoia


Sobre a letra de "Don't Be Shy", foi escrita pelo produtor Frank Minoia e também por sua vocalista, Marina "Jamie Dee" Restuccia, tendo em seus versos algumas palavras que encorajam o "seu amado" a perder a timidez em alguma noite de 1994... 

O single se destacou também em países como França, Itália, Alemanha, Espanha, Singapura, Japão, China, Africa do Sul, Canadá, entre muitos outros. 

No mercado asiático, a faixa ainda ganhou um cover interpretado pela cantora e atriz japonesa Arisa Mizuki, comprovando o quanto Jamie Dee era forte por lá:


Arisa Mizuki - "Don't Be Shy" (1995)
Cover para Jamie Dee, numa produção que nos lembra os singles de Serena e Tatjana, da Love This Records…Nessa época a Dance Music estava invadindo o mundo todo com suas batidas e grooves cativantes, e o Japão também abraçou o estilo.


As outras faixas que vieram depois foram "Dreaming Blue", a estrondosa "People (Everybody Needs Love)" , "Imitation Of Life", e a não menos contagiante "So Good", todas presentes no 2º álbum intitulado de "Jamie Dee" (1994). A propósito, Marina Restuccia praticamente compôs todas as músicas... Realmente, uma compositora e vocalista exímia!


Album - "Don't Be Shy"  (1994) by Jamie Dee


Apesar de vários singles conhecidos nas FMs e Clubs brasileiros, infelizmente a Paradoxx Music não nos trouxe para cá este CD... Já no Japão, além do álbum "Jamie Dee" (1994), o público japonês ainda recebeu o disco “The Best”, contendo as melhores faixas do 1º e 2º álbuns do projeto.


Blunero - "Dreams" (1995)

Marina Restuccia colaborou ainda com outros projetos da italodance (além de "Jamie Dee"), e nessa lista podemos adicionar o produto italiano Blunero, do produtor Mauro Minieri. Ouça a música "Dreams"... é a mesma voz que se destacou em "Don't Be Shy", "Dreaming Blue", "People (Everybody Need Is Love)", "So Good"... além de apresentar uma letra escrita pela própria Marina Restuccia. Quer uma outra evidência? O produtor desse single já remixou uma das versões oficiais de "Don't Be Shy", além de ter trabalhado com a cantora oficialmente em outro projeto: Mistral Featuring Jamie Dee - "Daddy" (1995). 


Jamie Dee - "So Good" (1994)
Jamie Dee nos mostra o que é bom...

Quanto ao single "So Good", estourou nos clubs brasileiros no início de 1995, e é - na minha opinião -  uma de suas melhores faixas. Já "Dreaming Blue" não fez muito diferente: arrastou multidões por diversas Dance Floors.

Uma nova empreitada começou a surgir para Marina Restuccia, ainda em 1995, quando ela se lançou pela primeira vez como Marina Rei e passou a ser uma artista contratada da Virgin Records, embora ainda continuasse a ser distribuída simultaneamente pela X-Energy - até 1996. 


Jamie Dee - "Dreaming Blue" (1994)

Suas primeiras músicas como Marina Rei foram "Sola""Noi" (ambas de 1995), cantadas em italiano e num estilo mais voltado ao Jazz, apesar dos singles trazerem versões "House" assinadas por alguns DJs.

Como a X-Energy ainda estava distribuindo alguns trabalhos de Marina Restuccia, então o label aproveitou para lançar um single novo de Jamie Dee"U" (1996), além de uma nova parceria chamada P.F. Sound Feat. Jamie Dee "I Still Haven't Found...(What I'm Looking For)" (1996)‎. Estas foram as últimas músicas lançadas pela X-Energy, de Marina Restuccia, para o fã de Eurodance.

Depois de 1996, o contrato de Marina Rei se voltou apenas à Virgin Records e até os dias atuais Marina Restuccia se apresenta como uma artista de Soul e Jazz, sem nenhum vínculo com a italodance dos anos 90 - ou com a personagem "Jamie Dee" - que tanto ouvimos e dançamos nos anos 90. 


MARINA RESTUCCIA É UMA ARTISTA LIVRE, QUE NÃO FICOU PRESA NA DANCE MUSIC

Em 1995, no auge do sucesso de Jamie Dee, Marina começa a dar adeus ao projeto que balançou as danceterias...

Para nós, foi uma perda irreparável no cenário da Dance Music, mas para Marina, a sua carreira musical estava começando a deslanchar como tanto almejava. A dona daqueles vocais tão impactantes realmente crescia como uma artista italiana, principalmente quando realizou a sua primeira participação no Festival de Sanremo, se apresentando com o single "Al Di Là Di Questi Anni" - uma canção que fez grande sucesso na Itália e que lhe permitiu ganhar o Prêmio da Crítica.

Ainda cantando em italiano, a Ex-Jamie Dee e Atual Marina Rei voltou a brilhar discretamente nas discotecas, já que a sua música "I sogni dell'anima" ganhou um remix feito pelo famoso produtor Todd Terry. A relação com os clubs e DJ's ficaram, infelizmente, por aí.



Jamie D.. Ops! ...Marina Rei, atualmente


Como sabemos, muitos artistas da Italodance depois percorreram por esse mesmo caminho, como a Alexia -  que estourou no Eurodance mas sonhava mesmo era cantar em outros gêneros mais "maduros". No caso de Marina Restuccia, ela nunca escondeu o seu favoritimo para o Funk e o Soul, e sempre os citava em suas entrevistas e biografias.

Atualmente Marina Rei já tem 11 álbuns lançados (sem contar os dois que saíram como "Jamie Dee"), também toca bateria (aprendeu com seu pai, baterista nato), além de continuar cantando e compondo como sempre fez muito bem. 


Marina Rei com seu pai Vincenzo Restuccia (foto de novembro de 2014)

Seu pai Vincenzo Restuccia, um grande inspirador em sua carreira, faleceu recentemente - em 21 de dezembro de 2021. Marina chegou a dividir o palco com ele algumas vezes, e a crítica italiana publicou na época: "Marina não conseguia conter as lágrimas nos olhos" e "Tocar com o pai era a experiência mais bonita e emocionante para ela".

Marina Restuccia, com seus atuais 53 anos, permanece sendo um verdadeiro talento, além de dotada com uma voz extraordinária. Começou no Japão, fez sucesso no mundo e se voltou para o seu lar, a Itália, terra da Dance Music e das grandes vocalistas.

Desejamos que Marina Restuccia continue mostrando o seu valor, talento e potencial como uma grande artista que sempre foi; E lógico, que continue brilhantemente livre, como cantava toda cheia de energia lá na inesquecível "Don't Be Shy"

"I feel free, I feel free...!!!"


sexta-feira, 15 de julho de 2022

PAUL VAN DYK - "WE ARE ALIVE" (2000) - MAIS UM MAJESTOSO VOCAL TRANCE DOS ANOS 2000!!

PAUL VAN DYK - "WE ARE ALIVE"(2000)

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA

Hoje vamos celebrar os 22 anos desse grande sucesso de Paul van Dyk -"We Are Alive" (2000), que apesar de estourar no Brasil em 2001, foi um single lançado mundialmente em 2000, repercutindo junto com outras pérolas como Kriss Grekò - "Surrender" (2000), Fragma - "Everytime You Need Me" (2000), Ian Van Dahl - "Castles In The Sky" (2000), Astroline - "Close My Eyes" (2000), entre tantos outros.


A POESIA CONECTADA AO PULSO DO TRANCE

 
Paul van Dyk veio para surpreender a cena Trance

A vertente que "We Are Alive" se enquadra, o Vocal Trance, teve o seu auge justamente nessa época - entre os anos de 1998 e 2004 - e sem dúvidas, Paul van Dyk marcou positivamente essa bela fase da música eletrônica.

O nome real desse DJ / Produtor é Matthias Paul, mas tornou-se conhecido mundialmente por Paul van Dyk, ou simplesmente por suas primeiras iniciais: PvD.

Ele nasceu na Alemanha (na cidade de Eisenhüttenstadt, em 16 de dezembro de 1971) e atualmente tem seus 50 anos de idade. Quando este astro da música Trance começou a aparecer em nossos charts, bem mais jovem, eu lembro que achei estranho ler o seu nome e encontrar o "v" em letra minúscula, até cogitando que pudesse ser uma falha de quem fornecia os charts da época, mas é realmente assim dessa forma que se escreve o nome artístico dele...

O talentoso alemão vem lançando seus inúmeros singles e álbuns desde 1994, porém atingiu a sua popularidade - ao menos aqui no Brasil - apenas no início dos anos 2000, quando nos trouxe "We Are Alive" e "Tell Me Why (The Riddle)", hits licenciados pela brasileira Building Records.

 

Paul van Dyk "Tell Me Why (The Riddle)" (2000)
Video Oficial


Aliás, "Tell Me Why (The Riddle)" também é uma excelente faixa, sendo uma parceria do produtor com o grupo Saint Etienne (que tem a vocalista Sarah Cracknell). E pode até ser que você já conhecesse antes a voz de Sarah Cracknel, pois o Saint Etienne havia lançado em 1995 a deliciosa "He's On The Phone", lembrou-se? Não? Escute a música abaixo:

 

Saint Etienne -"He's On The Phone" (1995)
Video Oficial
"He's On The Phone" é um cover do cantor francês Etienne Daho, mas apesar da versão do Saint Etienne ter se destacado na Europa, aqui no Brasil muitos fãs de Eurodance conheceram uma outra versão... É que a italiana S.A.I.F.A.M  fez um cover bem feitinho do Saint Etienne que foi parar na coletânea brasileira "Sequência Máxima - Jovem Pan" (1996). É a faixa 13, e o projeto foi batizado como "Saint Etien" (título mais oportunista, impossível)!!

Mas voltando aos hits "We Are Alive" e "Tell Me Why (The Riddle)", estes integram o álbum de Paul van Dyk - "Out There & Back", disco lançado em 2000 e que também foi distribuído em território brasileiro (graças à saudosa Building Records). 

Neste álbum de estúdio vale destacar ainda outros trabalhos espetaculares, como "Another Way", "Avenue" e "Together We Will Conquer" (gravado na voz de Natascha van Dyk, a ex-esposa do DJ/Produtor).


SOBRE "WE ARE ALIVE"

Single alemão lançado em 2000: Eramos bem vivos!


Lembro que fiquei absolutamente encantado com a sonoridade de "We Are Alive" quando a escutei pela primeira vez, então recorri rapidamente à algumas revistas e sites para me informar mais sobre quem era esse produtor que estava criando os sons pelos quais eu estava me apaixonando. E em minha primeira impressão, eu percebi que Paul van Dyk tinha um certo mistério, uma confiança tranquila e uma elegância em tocar e produzir... 

O single de "We Are Alive" nos apresentava em sua capa a hipnose e o transe de 100.000 espectadores de Paul van Dyk; e o disco recém-lançado ganhou também destaque na coluna de lançamentos da DJ Sound:

"Depois dos singles 'Avenue' e 'Another Way', Sir Paul 'fabric hits' van Dyk sintonizou as estações aliando o conceito trance melódico de sua música ao vocal estilo "paty". Será com certeza a euforia das pistas em todos os segmentos." (DJ Sound #101 - Jan/2001)

"We Are Alive" ganhou sua estreia em dezembro de 2000 nas noitadas de São Paulo, para depois invadir todo o Brasil no primeiro semestre de 2001, conforme profetizara a revista brasileira.


Os clubs e as rádios vibraram com "We Are Alive"

Teve uma vez ainda que meu pai me levou para uma serra com meu irmão, e lá de cima dava para ver toda a cidade, então começou a tocar essa bela música na rádio Educadora FM (91,7 de Campinas-SP). Era um sábado ensolarado de 2001, quase um fim de tarde, então descemos do veículo e deixei a porta aberta só para que pudessemos escutar a música do lugar onde íamos (a pé). Que dia mais memorável! Ainda sinto aquele entardecer afortunado e aquela brisa batendo no rosto, enquanto meus ouvidos estavam mais que atentos naquele comovente e grudento coro no refrão "We Are Aliiiiive..."

Confira a montagem abaixo e desfrute de sua letra traduzida em português:


Paul van Dyk - "We Are alive" (2000)


"We Are Alive" era incrívelmente linda e muito envolvente... merecia mesmo estar no topo das rádios e das pistas de dança! A música, com letra sublime e motivacional, ainda conquistou a equipe responsável pelas trilhas sonoras da TV Globo, fazendo com que a incluissem na minissérie "Presença de Anita", também de 2001. Então o som tocou bastante nas transmissões noturnas da emissora, principalmente quando a personagem moderninha "Luiza" (interpretada por Julia Almeida) passou a interagir com a protagonista principal. Que tempinho bom!!!


PvD - Uma das encarnações do Trance


E passaram-se 21 anos dessa época dourada, mas eu posso dizer tranquilamente que "We Are Alive" ainda me causa a mesma atmosfera emotiva de antigamente. Ouvi-la atualmente é ser presenteado com agradáveis sensações, aliados a muita afeição, comoção, nostalgia e claro, uma vibe positiva ímpar.

E enquanto aqui no Brasil tudo era uma novidade aos brasileiros, na Alemanha Paul van Dicky já era considerado um Deus do Trance desde os anos 90... e é uma pena que seu reconhecimento tenha sido tardio por aqui...

  

QUEM É A VOCALISTA, QUE NÃO APARECE NO VIDEO E CAPAS DOS DISCOS?

A voz dessa nostálgica canção é dela... Jennifer Brown!

Mas, você sabia que "We Are Alive" de Paul van Dyk não é uma música completamente original? 

Bom, vamos lá... 

Essa hipnótica música já existia antes, e praticamente ganhou um "remix" pelas mãos mágicas de Paul van Dyk. A produção que ouvimos realmente foi criada por Paul van Dyk, em 2000, mas a versão original foi gravada em estúdio pela cantora Jennifer Brown em 1998, e num estilo bem mais pop e lento. 

A versão de Paul van Dyk fez muito mais sucesso, levou a voz da cantora para todos os continentes, e também teve o seu título alterado... A original chama-se "Alive", enquanto a obra "remixada" de Paul van Dyk ficou intitulada de "We Are Alive".

Confira a versão original, de 1998:


Jennifer Brown - "Alive" (1998)
Video Oficial

Quanto à Jennifer Brown, ela é uma cantora / compositora sueca nascida em 18 de fevereiro de 1972. Quando ela se mudou para a cidade de Estocolmo na década de 1990, ela começou a trabalhar como recepcionista para uma gravadora chamada Telegram Records, e isso acabou facilitando num contrato de gravação entre ela e a empresa.

Em 1994, Jennifer Brown então lançou um álbum chamado "Giving You The Best", que alcançou o primeiro lugar nas paradas suecas e permaneceu nos gráficos por 22 semanas. 


Jennifer Brown

Os dois álbuns seguintes de Jennifer não venderam tão bem quanto ao álbum de estréia, mas ainda assim conseguiu se manter nos principais charts. Um destes álbuns, "Vera", de 1998, traz em seu repertório a música "Alive", que como já citamos, ficou mais conhecida como "We Are Alive" (2000) através de Paul van Dyk. 

A letra, simples mas profunda, foi composta por Billy Mann e também pela própria Jennifer Brown.


Este trio definiu um dos big tunes de 2000/2001

Billy Mann é um respeitado compositor e produtor americano que trabalhou com dezenas de artistas bem conhecidos da cena pop, como P!nk, Jessica Simpson, Robyn, Cher, Celine Dion, Backstreet Boys, entre outros... então, é claro que seu trabalho em "Alive" também tinha algo para fisgar o público. 


Single de 1998: "Alive" by Jennifer Brown
O embrião para "We Are Alive" de Paul van Dyk


A cantora Jennifer Brown gravava sempre como uma artista solo, mas também fez parte da equipe de soul/jazz/pop Blacknuss. O single "Tuesday Afternoon", com o seu doce e intenso vocal, foi um sucesso na Escandinávia e alcançou o 57º lugar no UK Singles Chart.


JENNIFER BROWN ATUALMENTE

E em março de 2022, bem recentemente, Jennifer Brown apareceu num programa de TV sueco e anunciou que está trabalhando em novas canções depois de 13 anos longe dos holofotes:


Video de março de 2022:
Jennifer Brown está voltando com novas músicas
(Video sem legendas)

PAUL VAN DYK ATUALMENTE

Paul van Dicky não para! Ele lançou ontem, dia 15 de julho - oficialmente em todas as plataformas digitais - o cover para Depeche Mode - "But Not Tonight". E detalhe que essa nova faixa é cantada pelo excelente vocalista Christian Burns (a voz da incrível "In The Dark" de Tiesto).

Hoje, os fãs europeus de Paul van Dyk continuam tendo o mesmo respeito e admiração que sempre tiveram pelo DJ / Produtor, embora alguns mais radicais o chamam de "vendido", que "foi para um estilo mais pop" e que "visou apenas dinheiro".

Bem ou mal, vale lembar que Paul van Dyk foi coroado como o DJ número 1 do mundo (em 2005). Fã assumido das lendas oitentistas The Smiths e New Order, ele também foi escolhido como "Best Music Maker" pelos leitores da revista inglesa DJMagazine, deixando para trás ícones como Fatboy Slim e Paul Oakenfold. 


Paul van Dyk atualmente, com 50 anos de idade

Pensa que acabou? PvD também foi eleito pela revista Mixmag como o "cara" do ano de 1999, assim como foi nomeado como o "Lider da Nação Trance" pela revista Musik, que o fez ficar um pouco incomodado com o rótulo de líder...

Ele também acredita que a dance music não é apenas música para fazer dançar. Para ele, o gênero é muito mais que isso, e não deveria ser um passa-tempo só para se divertir:

"Quero que as pessoas entendam o valor da música eletrônica. Existem pessoas que acham que tal estilo é só para ser ouvido nos clubs, e não é assim!"

Paul van Dyk é inquestionavelmente um dos nossos, e a sua música "We Are Alive" continuará por muitos anos detonando no hall das melhores "vocais-trances" dos anos 2000. 

E você, está no seleto grupo que viveu bons momentos com este fundamental single?