Paula Abdul é uma famosa cantora, coreógrafa, jurada de TV,
atriz e dançarina (tendo trabalhado inclusive com o rei do pop: MICHAEL
JACKSON!).
Ela nasceu no dia 19 de junho de 1962 e tem uma lista de
invejáveis sucessos que estiveram no topo dos charts do planeta.
A propósito, a sua canção "Rush Rush" foi o
primeiro single do seu segundo álbum intitulado de SPELLBOUND, sendo um
grandioso sucesso no início da década de 90.
O hit em questão liderou a Billboard Hot 100 - a parada mais
desejada e mais importante da música - ficando por 5 semanas consecutivas em 1º
lugar. É a minha favorita da cantora, embora ela tenha outras canções
inesquecíveis e empolgantes, como exemplo a dançante "Straight Up".
A capa do single "Rush Rush"
O sucesso de "Rush Rush" foi uma surpresa e tanto
na época, pois a cantora só havia lançado até então, músicas mais dançantes
como singles de trabalho. Neste caso, "Rush Rush" foi um desafio muito
grande por se tratar de uma balada romântica e carro-chefe de um disco novo.
Poucos esperavam um sucesso tão grande.
O vídeo-clipe apresenta uma corrida de rua com o ator Keanu
Reeves, totalmente inspirado no filme JUVENTUDE TRANSVIADA, uma obra-prima do
cinema do ano de 1955, com o eterno rebelde JAMES DEAN (ícone da
cultura pop cinematográfica).
Este clássico de 1991 é até hoje conhecido como "a
música dos bailinhos", eventos tão tradicionais nos anos 80 e início dos
anos 90, onde se tocava em diversos recintos e lares de jovens românticos do
período. Confira abaixo o envolvente vídeo-clipe da canção:
PAULA ABDUL:
"...E Tudo o que eu quero de você, é o que você É"
Lembro que eu via o clipe por diversas vezes em transmissões na MTV Brasil. Foi em 2001, 10 anos após o seu lançamento, que eu me tornei fã desta linda música, assistindo e ouvindo esta maravilha da Paula!
Recordo-me também que, neste mesmo ano, encontrei uma coletânea numa loja de CDs localizada no Paineiras Shopping da cidade de Jundiaí - SP, chamada "Clube dos Namorados", que tinha inúmeros sucessos românticos, inclusive tinha "Rush Rush" integrando o seu repertório. Não resisti e comprei no ato o tal CD, um item que tenho em minha coleção até hoje.
Não preciso nem dizer que quase furei o CD de tanto tocar, não só por estar embalado ao sucesso "Rush Rush", mas também por outros hits inesquecíveis, como Madonna - Take a Bow, Madonna - Crazy For You, Berlin - Take my breath away, Mariah Carey - Without You, Toni Braxton - Un Break My Heart, Celine Dion - Because You Loved Me, Debbie Gibson - Lost In Your Eyes, Joan Osborne - One Of Us, The Cranberries - Ode To My Family, entre outras grandes músicas. A coletânea fez sucesso e rendeu outros volumes, mas estes infelizmente eu não cheguei a conhecer.
Uma das melhores coletâneas de música romântica que ouvi na vida: CD CLUBE DOS NAMORADOS (Gravadora Black Beat)
"Eu posso sentir você através de mim"
CURIOSIDADES
*Muita gente acha que essa é uma música da Madonna;
*"Rush Rush" é muito tocada ainda em rádios como Antena 1, Ouro Verde FM, Alpha FM;
*Escrita por Peter Lord, e produzida por Peter Lord e Jeffrey
V. Smith;
*A apresentadora brasileira Eliana fez uma versão em português de "Rush Rush" intitulada de "Como um Beijo em Noite de Luar", lançada em 1999;
*A música é um dos hits mais lembrados por fazer sucesso nas paradas musicais da MTV, como por exemplo o programa "Disk MTV", na época em que a MTV Brasil era recém inaugurada;
*"Rush Rush" é referência máxima dos bailinhos, quando os jovens dançavam juntinhos e abraçados com seus pares românticos;
*Paula Abdul gravou 3 álbuns ao longo de sua carreira: "Forever Your Girl" (1988), "Spellbound" (1991) e "Head over Heels" (1995);
*Paula Abdul não tem gravado mais álbuns, nestes últimos anos ela tem se dedicado bastante em programas de tv, sendo jurada de talentos desde 2002. Mas pelo visto ela não está mais exercendo esta função, pois Ellen DeGeneres acabou substituindo-a.
CANTORA ANGELINA: A SUA BATIDA MIAMI FEZ A ALEGRIA DE MUITOS TEENAGERS NOS ANOS 90!
"THE LATIN QUEEN OF DANCE"
Felizmente eu fui um adolescente nos anos 90 e pude apreciar toda aquela leva de cantoras, grupos e projetos da dance music, tão em alta naquela mágica década. Considero-me um enorme sortudo perante a isso, ainda mais se levarmos em conta o que os adolescentes desta atual geração estão ouvindo.
Uma destas cantoras que eu tanto ouvia, era a Angelina Camarillo (10 de fevereiro de 1976), ou simplesmente Angelina, como era conhecida pelo público jovem ouvinte de freestyle-pop-dance.
Angelina: Um grande Sucesso da Dance Music dos anos 90!
A super latina Angelina surgiu nas rádios brasileiras em 1996, com o sucesso bombástico de "Release Me". Logo os adolescentes queriam saber mais a respeito da garota, então muitos correram para as lojas comprar o seu CD - "The Álbum" (lançado pela extinta Paradoxx Music) e muitos também lotaram os seus shows realizados no Brasil, em agosto de 1996.
Angelina e Spanish Fly - Foto de Románi Reyez
A Angelina fazia uma dance music no estilo "freestyle", ou seja, trazia em sua música uma batida conhecida como "miami", muito comum nas músicas de "funk melody" dos anos 80 e 90.
Este período, entre 1995 e 1996, foi um momento muito rico e produtivo para esta vertente musical e para os artistas que beberam desta fonte. Além da californiana Angelina, outras cantoras e projetos caíram no agrado dos ouvintes da "miami beat", como exemplo: Lina Santiago, Planet Soul, Laura Martinez, Acid Factory, Spanish Fly e muitos outros.
Foi uma época sem internet e praticamente sem nenhum acesso a informações técnicas, então muitas pessoas acabavam confundindo o som destes artistas. Eu mesmo, quando ouvia "Set U Free" do Planet Soul tocando na Jovem Pan, achava que era uma música da Angelina, só percebendo a confusão que eu havia feito depois de alguns meses...
Um fato que é importante mencionar, é que a Angelina é a dona da bela voz presente em suas músicas... sei que parece óbvio demais divulgar isso, mas muitas cantoras e projetos daquela época eram "trapaceiros" e "fakes", pois apenas dublavam o que as cantoras profissionais gravavam nos estúdios, portanto, é muito válido reforçar o talento e a honestidade da poderosa Angelina.
Após "Release Me" arrebentar nos charts do mundo todo, inclusive nos EUA - onde ficou em #52 na HOT 100 da revista Billboard e #9 nas rádios americanas - foi a vez da Angelina liberar o seu 2º single "I Dont Need Your Love", que repetiu o sucesso da fórmula anterior. Nesta música, temos um batidão bem forte acompanhado do seu característico e doce vocal, além de uma melodia totalmente "chiclete", fazendo a nova canção cair rapidamente no gosto popular.
Não demorou muito e, quase que simultaneamente, saíram os novos singles de seu ainda 1º álbum: "Without Your Love", "Mambo" e "Tide is High", todos tocando muito nas rádios e pistas de dança no 1º semestre de 1997.
Este álbum da Angelina foi o seu único disco lançado aqui no Brasil, infelizmente. Apenas em 1999, 3 anos depois, que ela lançou um novo trabalho intitulado de "Vem a Mi (Come to Me)", porém o cenário musical aqui no Brasil já era totalmente outro... e a dance music já tinha perdido o seu espaço para o axé, o pagode e tantas outras músicas bregas.
Angelina foi um dos nomes mais populares da Dance Music dos anos 90
Já em 2002, foi a vez da Angelina lançar o seu 3º disco. Trata-se de "Love Ain't Here No More", que assim como o seu antecessor, não deu as caras por aqui, e mais uma vez não tivemos nenhuma música sua tocando em nossas rádios ou clubs.
Apesar dos fãs elogiarem bastante estes dois últimos álbuns da cantora, a verdade é que ambos não tiveram hits e boas vendagens mundiais, se compararmos com o 1º álbum da "Latin Queen of Dance".
E outra, não foi só a Paradoxx Music que não lançou estes dois últimos discos da Angelina. Outras gravadoras, que a representaram em outros países (e que lançaram o bem sucedido "The Álbum"), também não lançaram estes seus dois trabalhos - que são também muito bons!!
E é triste saber que o último disco da Angelina foi lançado há mais de 15 anos!
É fato também que a cantora sofreu muito com a perda de seu irmão, falecido em 2006, onde foi baleado enquanto estava num bar, então acredito que tudo isso só a fez se afastar mais ainda de sua carreira musical, o que é uma grande pena.
Segue abaixo, uma entrevista realizada da Angelina para a revista DJ Sound (1996). Clique na imagem e dê o zoom:
ANGELINA - "RELEASES"
BIOGRAFIA TRADUZIDA
By Fábio Allan
Nascida em 10 de fevereiro de 1976, no conturbado bairro
Decoto da Union City, Califórnia, Angelina Camarillo Ramos, ou simplesmente
Angelina, se destacou em Biologia e Psicologia na Universidade de Santa Clara e
planejou se tornar uma professora. Mas o dinheiro da bolsa de estudos e do seu
emprego de verão, de soldagem em tanque de gás na antiga fábrica de automóveis
NUMMI, não cobriram o custo total de uma educação jesuíta elitista.
Então, ela ouviu falar sobre uma audição aberta realizada
pela gravadora Upstairs Records, de San Jose. Angelina adorava cantar como
hobby e em coral. Seus gostos passavam por músicas suaves de Mariah Carey,
Gloria Estefan e Whitney Houston - uma combinação de R&B, Pop, Soul, Funk e
Hip-Hop.
A gravadora gostou do que ouviu e ajudou a jovem cantora a gravar
"Release Me", uma música escrita em casa. Impulsionada por um baixo
profundo e sintetizador, a música chegou rapidamente ao N° 52 no 'Hot 100' da
Billboard Magazine.
Pagar a matrícula de sua faculdade, de repente já não era mais problema...
Após a formatura, Angelina deixou de lado sua ambição pedagógica e se mudou com a gravadora Upstairs para Houston.
Angelina no Brasil, em agosto de 1996
Angelina aproveitou aquele seu momento de fama, lançou diversos singles de sucesso, fez vários shows, conheceu alguns países (como o Brasil), lançou seu 1º álbum, mas depois resolveu tirar umas férias de três anos, retornando com um novo disco apenas em 1999.
Ela também
conheceu e casou-se com seu marido, Anthony Ramos, um personal trainer.
Então, dois dias antes do Natal de 2006, ela foi atingida
por uma tragédia. Um de seus irmãos, Daniel Camarillo, foi morto quando um
homem armado disparou aleatoriamente para uma multidão que estava do lado de
fora de um bar, em San Leandro. Ele tinha apenas 23 anos de idade e era estudante
universitário.
“Daniel era apenas um espectador inocente”, disse. (Naquela
noite, acontecia um aniversário no interior do bar e Daniel era um dos
convidados. As pessoas iam para a parte de fora para pegar um pouco de ar ou
fumar).
“Ele foi o melhor de todos nós na família”. - Angelina.
Consequentemente Angelina parou de escrever músicas, mas
continuou fazendo algumas apresentações no circuito da Dance Music... mas de repente, Angelina resolveu se ausentar da música definitivamente:
“Eu simplesmente não tinha mais paixão por isso”, disse.
“Quando algo assim acontece, é quando você enfrenta seu
legado. O que eu fiz? Qual será a próxima coisa?”
Angelina e seu marido se mudaram para San Jose, onde ela
sempre quis lecionar. Angelina passou atuar como professora, então passou a ensinar aula de liderança na ACE Charter High
School.
Atualmente a voz de "Release Me" está no ramo das culinárias e trabalha em seu próprio restaurante.
MINHA COLEÇÃO DA ANGELINA:
*Fotos da artista by Revistas DJ Sound;
*"The Album" (CD Álbum by Paradoxx Music);
*"Release me" (CD-Single by Up Stairs);
*"I Don't Need Your Love" (CD-Single by Up Stairs);
*"Tide Is High" (CD-Single by Up Stairs);
*"Mambo" (CD-Single by Up Stairs);
*"Without Your Love" (CD-Single by Up Stairs).
CD- Single de "Tide Is High" - Um sucesso tocado nas rádios e danceterias em 1997 e o último trabalho de Angelina a se destacar no Brasil, depois disso a cantora não teve mais músicas nas FMs e casas noturnas...
Graças ao amigo Fábio Allan, consegui digitalmente os outros dois álbuns da Angelina: ANGELINA "VEN A MI" (1999) ANGELINA "LOVE AIN'T HERE NO MORE" (2002)
Conecte-se com Angelina Facebook Jamais nos esqueceremos desta grande estrela da dance music e do que ela fez pelo gênero. Sucesso sempre à esta talentosa e encantadora profissional que é a ANGELINA!
"JUST DANCE", O 1º GRANDE SUCESSO DE LADY GAGA COMPLETA 10 ANOS!
dançar [verbo]
rebolar, balançar as pernas, rodar, circular
Lady Gaga: Fechando os anos 2000 com chave de ouro
No decorrer da história da música pop, muitos foram os
artistas que conseguiram a façanha de nos colocar para balançar os nossos esqueletos. Uma das qualidades que mais deve ser admirada num artista,
na minha humilde opinião, é essa: a magia que ele tem sobre nós, fazendo com que
paremos um minuto de pensar em nossas preocupações e nos induzindo a dançar, a nos
divertir, como se não houvesse um amanhã. E se houver, que nos estimule a pensar
que é domingo!
Muitas gerações já "enceraram a pista" em alguma
discoteca, danceteria, casa noturna, boate… com algum
clássico animado dos Bee Gees, Cher, Olivia-Newton, ABBA, Vilage People, Madonna, Michael Jackson, Cyndi Lauper, Corona, Doublu You, Kylie Minogue, Lasgo, David Guetta..... entre muitos outros artistas, especialistas em nos
transformar em pequenos "John's Travolta" locais. E nessa vibe "disco" surgiu "Just Dance", da até então desconhecida: Lady Gaga (28 de março de 1986).
E você, dançou muito essa música de 2008?
O sucesso de "Just Dance" e o visual excêntrico da cantora a transformaram num fenômeno da música Pop
O tempo passou rápido demais, não é mesmo? Parece que foi ontem que ela surgiu... Há exatos 10 anos, LADY GAGA aparecia nos charts mundiais com "Just Dance", uma
canção com a cara da noite: alegre, divertida, dançante e vibrante, assim como
todas as músicas dos artistas acima citados.
O grande diferencial
deste hit de Lady Gaga, é que a música era a união do hip-hop (muito popular naqueles
anos 2000) com a enérgica música eletrônica. Muitos artistas beberam desta
fonte posteriormente, mas com certeza a “moda” foi iniciada aqui por Lady Gaga… inclusive, muitos ouvintes e fãs afirmavam que ela havia revolucionado o pop naquele período.
A letra de "Just Dance" não é nenhum primor, pois é bem simples e fala sobre noitadas,
bebedeiras, ressaca do dia seguinte, coisas que esquecemos que fizemos, ou seja: não obedece nenhum sentido poético e está bem longe de ser
algo grandioso para a história da música pop. Mas, ainda assim, devido a sua sonoridade, qualidades vocais da moça, e de toda a atenção que conseguiu
atrair para si, foi um marco e dificilmente será esquecida pelos bons
apreciadores da música dance-pop.
Pode parecer um exagero essa minha análise, mas "Just Dance" é um dos mais expressivos trabalhos da cantora, que surpreendeu à todos no final daqueles criativos anos 2000, numa época que a vocalista tinha apenas 22 anos de idade.
CURIOSIDADE: A VOZ NO RAP
A canção é uma parceria de Lady Gaga com o rapper Colby O'Donis Colón (14 de março de 1989) e foi composta por Gaga, Akon e pelo produtor RedOne.
Mas, agora uma reflexão... Vocês não acham que a voz do rapper soa mais como Akon que Colby O'Donis?
Na imagem Colby O'Donis e Akon.
Resumidamente ouvimos mais a voz de Akon em "Just Dance" que de Colby O'Donis
"Just Dance" foi criada inicialmente por Akon, ele trabalhou em todo o processo de produção, realizou arranjos, escreveu os versos e gravou a sua parte em rap na versão original.
Mas depois, infelizmente não pode inserir o seu nome oficialmente na faixa por questões contratuais. Então, sabe o que Akon fez? Chamou o rapper Colby O'Donis (ele era um artista produzido por Akon) e solicitou que ele refizesse os vocais masculinos em "Just Dance", mas claramente ainda ouvimos muito mais a voz de Akon...
Repare no rap da canção. Acredito que Colby O'Donis tenha participado minimamente da faixa, pois o que se destaca é sem dúvidas o backing vocal de Akon.
Ouça também outras músicas de Colby O'Donis e sinta que a sua voz e o seu estilo nada tem a ver com o que ouvimos em "Just Dance"...
Reforço ainda que Colby O'Donis não é apenas um modelo, desses que só dublam (como o grupo Milli Vanilli), ele realmente é um artista e gravou a faixa, mas não existe muito de seu desempenho artístico neste trabalho. Colby colaborou mais com a sua presença física e com o seu nome no "feat". O processo de produção, composição e boa parte dos vocais é de Akon, que foi liberado para aparecer no vídeo mas não pode ter o seu nome atrelado ao projeto “Lady Gaga” naquele momento.
Chamar Colby O'Donis para a faixa foi só uma estratégia que o rapper Akon encontrou para divulgar a música que ele tanto acreditou, e ele acertou em cheio em suas "previsões", pois a música foi realmente um grande sucesso mundial.
Colby O'Donis apenas "quebrou um galho" para Akon e depois sumiu de cena. Você conhece algum outro hit do artista? Provavelmente não, pois sua discografia é estranhamente minúscula.
Ouça "Just Dance":
Lady Gaga feat. ColbyO'Donis - "Just Dance" (2008)
CANTOR AKON NÃO QUIS MAIS TRABALHAR COM LADY GAGA
Nos tempos do "The Fame", quando Lady Gaga procurava a sua fama (ao lado de Akon)
Curiosidade: Em entrevista para uma rádio em 2014, Akon afirmou que já previa a queda de Lady Gaga em 2013, e que esses foram um dos principais motivos ao qual fez terminar o contrato com a cantora:
“Eu saí quando as coisas ainda estavam quentes. É como um negócio, você constrói para poder vender aquilo. Quando me dei conta de onde estávamos, senti que não havia mais para onde ir, só para baixo e por isso eu saí. Em outras palavras, eu vendi minha parte e saí antes que fosse tarde demais”, declarou Akon.
Mas, enquanto isso, Tony Bennett estendeu suas mãos para Lady Gaga em um dos momentos mais difíceis de sua carreira. Diferentemente de Akon, que tratou sua relação com Lady Gaga como "um ambiente de negócios", Tony não se importou se Gaga não vendia mais como antes, ou se estava sendo massacrada pela mídia.
Lady Gaga foi amparada pelo mestre Tony Bennett, após ao seu fracasso "Artpop"
Então, entre os dois cantores surgiu uma grande parceria para o álbum "Cheek to Cheek", e que rendeu o Grammy de 'Melhor Álbum Pop Vocal Tradicional', em 2015.
Depois da dolorosa e profunda depressão que Lady Gaga passou no álbum "Artpop", muitos fãs detestaram a ideia da cantora fazer um álbum de Jazz com Tony Bennett. Porém, é necessário lembrar que todo esse retorno triunfante da popstar aos palcos se deve justamente pelo apoio emocional que Tony deu à Lady Gaga. Essa foi a razão que a fez tatuar um trompete em seu braço com o sobrenome do cantor.
E hoje, o Akon, vocês sabem me dizer onde está? Lady Gaga ganhou um respeitado prêmio não faz muito tempo... Será que Akon tem algum Oscar em sua estante?
DEPOIS DE "JUST DANCE"
Logo após ao grande sucesso de "Just Dance", Lady Gaga chegou na sequência com outro arrasa quarteirões: "Poker Face", que emendou 2009 sendo um dos hits mais tocados naquele ano.
A Era "The Fame" é a minha favorita, pois
possui um espírito jovem, além de exibir uma essência retrô e ao mesmo tempo futurística, causando uma sensação interessante e agradável.
As músicas deste já clássico disco são alegres e dançantes, como "Poker Face", "Paparazzi", "Eh, eh (Nothing Else I Can Say)", "Disco Heaven", e lógico, a música responsável por esta publicação: "Just Dance".
Depois do álbum "The Fame", Lady Gaga - apesar de continuar fazendo muito sucesso - não conseguiu a mesma popularidade que alcançou com este trabalho.
Foi a fase de sua carreira que o mundo a descobria, e quando era uma grande sensação no cenário pop.
Foi aqui também que ela atraiu todos os holofotes para si, tudo isso devidamente ao seu enorme talento, e logicamente pelo seu chocante visual, sempre exagerado e muito divertido.
RELEMBRANDO O INÍCIO DE LADY GAGA
RedOne, Lady Gaga e Akon
Em uma entrevista recente, os produtores Akon e RedOne compartilharam vários detalhes sobre o início de carreira de Lady Gaga, principalmente dos momentos vividos nos backstages durante a produção de "Just Dance".
Confira a tradução completa dessa interessante análise dos dois músicos, que contam inúmeras curiosidades da época:
Artista batalhadora da cidade de Nova York, Lady Gaga assinou um contrato e logo foi demitida pela Def Jam, quando ela tinha 20 anos.
Depois que o compositor Rob Fusari abriu as portas para encontrar o produtor Vincent Herbert (que trabalhou comToni Braxton, Destiny’s Child), ele assinou com Gaga em sua nova marca Streamline Records na Interscope em novembro de 2007, sob a supervisão de Jimmy Iovine. O trabalho começou com o seu álbum de estreia, "The Fame", com a colaboração do músico Akon e do produtor RedOne.
REDONE: Naquela época, eu tinha acabado de fazer o meu primeiro hit com Kat DeLuna chamado “Whine Up.” Depois daquele single, eu disse ao meu empresário que eu queria trabalhar com artistas estabelecidos, mas eles me ligaram e disseram, “Hey, nós queremos que você trabalhe com uma garota…. Ela é talentosa, se você quiser conhecê-la por cinco minutos.”…. Eu a conheci do lado de fora do prédio da Sony em Nova York, e eu curti a vibe que eu estava sentindo! Ela ficava tipo, “Meu Deus, Eu amo ‘Whine Up!’” [risos]. Naqueles cinco minutos eu senti que ela era muito especial. E aqueles cinco minutos se transformaram em algumas sessões de estúdio.
Gaga gravou “Boys Boys Boys” no estúdio "Queen" do RedOne naquele dia.
REDONE: Estávamos falando sobre a música rock, tipo o som de Mötley Crüe, sabe, “Girls, girls, girls!”, hit que depois acabou influenciando a nossa produção “Boys, boys, boys!”… e aquilo criou os sons do álbum inteiro. Para “Just Dance” eu queria fazer uma música de rock com grandes tambores, mas ao invés de guitarras eu queria sintetizadores. É assim que “Just Dance” é! A abertura [sintetizadores] são como um refrão de guitarra…. Então eu comecei levando a Gaga para para todas as sessões que eu tinha com outros artistas, mas como compositora. E todos os artistas ficaram com medo dela e me pediram para não levá-la novamente. Eu lembro de dizer à ela: “Gaga, você é uma artista incrível e eles sentem a sua energia!” Ela era tão criativa, dando ideias para eles sobre como se vestir e como se comportar, e eles começaram a se sentir pequenos. E Gaga começou a chorar, falando “Eu só quero ajudá-los”. Eu disse, “Sim, mas mantenha essas ideias para você. Você é uma artista incrível.” Em uma dessas sessões, eu a apresentei para um amigo na indústria chamado Efe, e a primeira vez que eu toquei a música dela para ele, ele disse, “Meu Deus, essa garota é a próxima Madonna!”
AKON: Eu estava fascinado por ela em geral. Quando eu vejo uma estrela eu reconheço. Desde o momento que ela apareceu para nossa primeira reunião, a aparição e a atitude dela pareceu nova e fresca. Ela era tão destemida. Eu tive discussões com Jimmy Iovine, desde o momento que tudo acendeu. Nós ficamos animados com ela, começamos a fazer músicas e começamos a trabalhar na imagem dela. Naquela época, ela estava fazendo música no estilo de jazz, e eu acho que ela precisava de alguém para ouvi-la de verdade e ver o que faz sentido nas suas ideias, no seu look, e então combiná-la com sua música que se entrelaçou em uma única plataforma.
REDONE: Depois disso, nós fizemos todas as icônicas músicas: “Just Dance,” “Poker Face,” “LoveGame”… e Akon disse, “Red, segure essas músicas. Não dê para ninguém até eu chegar, porque eu quero levar essas músicas para Jimmy para nós tornarmos ela nossa prioridade!”
Os dois apresentaram o trabalho para Iovine, que brevemente sugeriu que a música “Just Dance” fosse enviada para o grupo feminino Pussycat Dolls, que estavam no auge na época. Ele queria essa música da Gaga para o álbum de 2008 delas, “Doll Domination”.
AKON: Eu fui contratado para fazer músicas para as Pussycat Dolls e eu tive bloqueio para escrever, então eu perguntei ao RedOne se nós poderíamos colaborar juntos para abrir nossas mentes… e “Just Dance” foi originalmente submetida para as Pussycat Dolls. Quando nós terminamos, de forma alguma “Just Dance” seria para elas.
REDONE: Nós nos encontramos com Jimmy Iovine e ele ouviu as músicas. Ele disse, “Eu amo a música. Posso dá-la para as Pussycat Dolls?” E Akon disse, “Não! É da Gaga! Ela pode ser a próxima grande coisa!” Jimmy disse, “Ok, mas tem uma coisa: eu tenho um problema com as similaridades de Gaga com uma outra artista pop” Eu disse, “Quem é a outra artista pop?” E ele continuou, “Gwen Stefani. Ela me lembra a Gwen Stefani." E Akon ressaltou, “Não, ela é totalmente diferente!” [Hoje Jimmy Iovine diz que Akon e RedOne estavam certos em expressar o desejo de manter a música para Gaga.]
A vontade de Gaga de gravar no estúdio ajudou na química instantânea, e o seu álbum de estreia, "The Fame", foi terminado aproximadamente em um mês depois, através da KonLive de Akon, Interscope, Streamline, e a Cherrytree de Martin Kierszenbaum.
AKON: Literalmente cada música que nós escrevemos foi feita de 30 minutos a uma hora. Foi tudo química. "The Fame" foi feito em 30 dias: mixado, masterizado e pronto para ser lançado. Foi outra razão pela qual eu estava tão animado em trabalhar com ela, porque as ideias e coisas que ela despertava eram tão frescas. Nós abrimos nossas mentes e tentamos tudo. Sem grades, sem barreiras, de forma que nos sentíamos bem, falando o que queríamos. Foi a primeira vez que ela não tinha ninguém a dizendo o que deveria fazer ou como ela deveria fazer.
REDONE: Gaga me lembrou uma artista que foi toda a inspiração para o seu som, seu nome é Leila K, da Suécia. Eu disse, "Gaga, quero tocar pra você esta artista, porque se nós conseguirmos fazer o que ela fez e fizermos isso agora, podemos mudar o mundo." É desse jeito que eu queria fazer um álbum que fosse diferente para todos na época - com sintetizadores, grandes tambores, grandes refrões - mas com a atitude de Gaga, inspirada por Leila K.
Com a sensação de que "Just Dance" se tornaria um hit em todo o mundo, Akon gravou seus vocais em destaque na música, mas uma disputa de gravadoras supostamente bloqueou o lançamento.
AKON: Eu estava na música original, mas a Universal não liberou meus vocais. [Vários funcionários da Universal e da Interscope não entraram em contato para falarem sobre esse assunto que envolvia os direitos autorais do artista naquela época.]
Foi um momento louco, então eu consegui o Colby O'Donis para cantar a música e fazer o que seria o meu papel. Mas eu mantive o meu vocal como backing vocal na música, porque os vocais de fundo não são considerados como participação, então assim foi liberado. Havia várias políticas acontecendo, uma grande competição entre a Interscope e a Universal. E eu não queria lutar contra isso. A canção estava feita, terminada, pronta para percorrer seu caminho até dois dias antes de filmarmos o vídeo, e foi quando recebemos o aviso de que não tínhamos a autorização [para minha participação]. Foi um grande choque para Gaga, porque este era o seu primeiro megaprojeto e o seu primeiro momento real.
Colby O'Donis era um artista da mesma gravadora do Akon, já tinha lançado algumas músicas de R&B e fazia um pequeno sucesso com o público jovem, mas não era ainda um grande nome na cena. Sem um nome conhecido na música, as perspectivas comerciais não diminuíram...
REDONE: A melodia era boa de qualquer maneira. Quem ouvia não se importava se era Akon ou não. Eles iriam ouvir uma música boa. Foi escrita para ser uma boa canção… E ainda assim a música levou nove meses depois do lançamento para alcançar o #1 na Billboard Hot 100, em janeiro de 2009.
O single de "Just Dance" finalmente conseguiu um lugar ao sol
REDONE: Nós a lançamos no dia 8 de abril de 2008 e levou um longo tempo para as pessoas amarem a música. Não foi bem aceita na América, mas ela se tornou nº 3 imediatamente na Suécia, porque esse é o país do pop e eles adoram!
AKON: Meu lema sempre foi nunca colocar um rótulo em qualquer música, tem que deixá-la encontrar o seu próprio público. Esse foi um dos maiores desafios, mesmo no início, e o motivo de ter demorado tanto tempo para estar nas rádios. Nós tentamos as rádios dos EUA, e não deu certo porque era uma música que soava como os anos 80, e aquele não era o som popular naquele momento. "Just Dance" não se encaixava no formato. Não era uma música que um DJ pudesse tocar antes ou depois de qualquer música que fosse um hit naquele momento. Voamos para o Reino Unido e tentamos fazer as coisas acontecerem lá, mas não funcionou. Quando fomos para o Canadá, foi aí quando aconteceu. Há um grande número de pessoas internacionais lá que são mais ousadas, tanto quanto ao que estão dispostos a ouvir. Então, os EUA começou a tocar e isso mudou o jogo inteiro, criou um novo movimento, especialmente na Costa Oeste e em São Francisco, onde o público era realmente eclético e deu a ela uma chance. A comunidade gay estava tipo, "essa música é um hino da p*rra", e eles a apoiaram a partir daquele momento, se tornando seu público principal. De lá, todos os outros pegaram a onda. Tudo na rádio soava exatamente da mesma forma... e você tinha uma nova artista saindo com algo novo!
Não tentamos encaixar isso, deixamos o público escolher. Isso foi o que eu disse numa rádio que fui: "Eu sei que vocês tem uma playlist específica para tocarem, mas toquem essa música que vocês perceberão que não soará como nenhuma outra. Apenas nos dê uma chance justa! Vocês não precisam tocá-la toda hora, basta uma vez por semana. Dê a música ao público e deixem ele tomar a decisão!". Levou quase um ano para se tornar popular nos EUA. Quando fizemos a turnê promocional com a Interscope, não conseguimos uma corrida completa, então eu a levei na minha turnê promocional, que era para o meu álbum. Não podíamos desistir. Eu me recusei a desistir porque sabia que ela era uma grande estrela; era apenas uma questão das rádios lhe darem uma chance justa. Estou feliz por ter feito isso. No final do dia, isso começou uma nova onda no mundo da música. Valeu a pena a luta!
Em última análise, a canção foi certificada 8x platina nos EUA e está a caminho de se tornar um dos singles mais vendidos de todos os tempos.
Depois de "Just Dance", vieram outros singles dançantes e de muito sucesso...
REDONE: Toda vez que eu ouço a música, é como se fosse ontem. É tão lindo! É a música que mudou nossas vidas. As letras são da Gaga. Não posso aceitar nenhum crédito pelas letras geniais. Elas vem a ela tão rápido. Eu amo a perfeição e Gaga deu perfeição em “Just Dance”. Ela é uma máquina! Ajudei com palavras aqui e ali, mas não posso dizer que escrevi ou co-escrevi a letra de "Just Dance". Mas posso levar crédito pelas melodias, progressões de acordes e produção.
AKON: Os artistas que têm a porta aberta para serem eles mesmos são os únicos que ganham. Suas opiniões devem ser a primeira coisa que importa. As gravadoras se envolvem e tentam te dizer para ir em uma determinada direção ou para tentar algo que vá render hits, isso é besteira. É tudo sobre você trazer algo novo para o jogo e funcionar, todos os outros vão se apegar a isso e tentar fazer o mesmo. Se você é o criador, você tem longevidade no negócio e isso lhe dá a criatividade e liberdade para tentar algo novo e fresco, e sempre funciona.
E ainda, os fãs pensam que Gaga está dizendo "Red Wine" em vez do nome do seu produtor.
REDONE: As pessoas sempre me dizem, "Oh, meu Deus, eu pensei que ela estava dizendo 'vinho tinto' (Red wine)! Esta é a história da minha vida, o mundo pensa que ela está dizendo "vinho tinto"!, Mas é 'Red One', o meu nome. Especialmente porque Gaga canta, "Eu bebi um pouco demais" no início, aí as pessoas pensam que ela está falando sobre álcool, como se ela tivesse bebido um pouco a mais de vinho tinto. Eu ainda estou feliz que nós fizemos história, então eu não me importo! É uma coisa linda da qual eu participei. Nós criamos uma história que vai durar pra sempre.
A música "JUST DANCE", há 10 anos, cumpria muito bem com o seu papel, fazendo você esquecer de seus problemas rotineiros e te pedindo somente para dançar!!
"Somebody" sendo recomendada pela saudosa revista DJ Sound, na época de seu lançamento
Vocês se lembram do ano de 1997? Na minha opinião, foi um ano muito bom para a eurodance, embora também este tenha sido o último ano realmente importante para a cena nos anos 90. No ano seguinte, 1998, tivemos uma queda brusca do estilo no cenário musical, e uma febre crescente no axé e forró, que ajudaram mais ainda a afastar a eurodance dos brasileiros. O gênero só voltou a ter relevância e espaço novamente no início dos anos 2000, com uma nova roupagem que o "dance" obteve, seguindo uma linha mais para a trance music. Mas voltando ao ano de 1997, tivemos várias músicas dançantes vindas da Europa para alegrar os jovens brasileiros. Foi um ano muito produtivo e especial para artistas como 2 Eivissa (Oh La La La), Regina (Day By Day), Alexia (Uh La La La), Taleesa (You And Me), Whigfield (No Tears to Cry), General Base (On & On), Gala (Come into my Life) e entre tantos outros. Outro forte expoente do eurodance que se destacou muito por aqui foi o grupo Double You, que é simplesmente um dos maiores astros da dance music, e que lançou naquele ano o seu ótimo single "Somebody". Mas vale ressaltar também que, antes mesmo deste seu lançamento, o vocalista William Naraine se apresentou por aqui com a argentina Karina no início daquele ano, onde performaram juntos a música "In The Name Of Love", faixa que foi um grande sucesso e tema de novela global.
Double You com Karina, no extinto Programa Livre, em 1997
Outro fato, que só reforça que 1997 foi um excelente ano para o Double You, é o lançamento da sua coletânea "The Best Of", lançada no Brasil pela Spotlight Records na primavera de 97. O disco trazia os seus maiores hits, sendo um sucesso de vendas.
Sobre o single "Somebody", ele atingiu o topo das músicas mais tocadas nos charts das danceterias daquele ano, assim também como foi muito bem executado nas rádios, como a Jovem Pan, 97 FM, Metropolitana e tantas outras.
William Naraine em 1997
DOUBLE YOU
William Naraine, Andrea De Antoni e Francesco Amato formaram o Double You em 1985, mas só foi em 1992 que o sucesso veio bater na porta do trio, quando conheceram o famoso produtor Roberto Zanetti (Robyx) e assim lançaram a regravação dance da canção "Please Don't Go", original da lendária banda KC And The Sunchine Band. Depois disso o sucesso não parou mais, principalmente no Brasil, onde eles vieram pra cá incontáveis vezes. Na verdade, podemos dizer que William Naraine passou a morar de vez no nosso país, fazendo esporadicamente alguns shows internacionais para os gringos.
Nos anos 2000 William se juntou a vários djs e produtores que eram tendência na época e criou novos sucessos como "Get Up" e "Beat Goes On" (DJ Ross) e "The Volume" (GM), mas seus clássicos noventistas ainda são os mais lembrados, como o 1º sucesso já citado, além das faixas "Run To Me", "Looking At My Girl", "Part-Time Lover", "Who's Fooling Who", "We All Need Love", entre tantos outros.
"Por favor, não vá embora"
No total, a banda Double You gravou 7 álbuns, um recorde para um artista de dance music. Muitos não conseguem gravar um disco se quer (Taleesa), e muitos outros lançam apenas um ou dois álbuns no máximo... Double You foi além, embora também, já faz 7 anos que eles não lançam novos trabalhos, tendo o seu último registro no ano de 2011. Apesar destes impressionantes números, é triste ver a queda de interesse do público durante o passar dos anos, pois se você pesquisar sobre os álbuns da banda, perceberá que somente os 2 primeiros discos é que foram realmente lançamentos mundiais e com altas vendagens.
Para se ter uma idéia, o primeiro álbum "We All Need Love" (1992) teve 30 edições lançadas em diversos países do mundo, enquanto que o segundo trabalho "The Blue Album" (1994) teve 14 edições, ou seja, perdeu mais da metade de suas distribuições, se compararmos com o disco anterior. Já o terceiro álbum, "Forever" (1996), só foi lançado no Brasil. Não existem registros deste trabalho em nenhum outro lugar do mundo. No mesmo ano de 1996, Andrea anunciou a saída do grupo. Já em 1998, agora sendo uma dupla, o Double You retornou com "Heaven", novo e quarto disco que saiu apenas na Itália e... Brasil, é claro! Querendo seguir novos rumos em sua carreira, o parceiro Franco Amato também veio a se desligar do Double You. Daí em diante, seguiu uma sequência de lançamentos apenas em território brasileiro, como "Studio Live" (2001), "Double You Live" (2008) e "Life" (2011), sendo este o seu último álbum gravado e lançado. Podemos deduzir então que o Brasil é o país onde o Double You mais teve visibilidade, mais sucesso em shows, mais vendagens de discos e mais fãs conquistados que em qualquer outro país do mundo. Até na Itália, terra natal da banda, o Double You parou de lançar seus discos, mas aqui eles continuaram firmemente.
MINHA COLEÇÃO
Estes são os meus CDs que tenho do Double You, que também deixo disponibilizado para download:
"THE BLUE ALBUM"
"FOREVER"
"DOUBLE YOU" (REVISTA "UAU")
"THE BEST OF DOUBLE YOU"
''Devo ter alma brasileira''
Com William Naraine, na cidade de Salto/SP
William Naraine passou então a se dedicar mais em shows, ao lado de Gino Martini, um músico brasileiro que se tornou parceiro a partir de 1995. Eles visitaram (e ainda continuam visitando) diversas cidades do Brasil, inclusive realizando shows em churrascarias e festas de casamento. Tudo isso é muito legal, pois mostra que apesar de décadas, o grupo segue firme, muito em forma, se apresentando e atraindo ainda muitos fãs. Eu mesmo realizei o sonho de ver o grupo pela 1ª vez no ano de 2017, graças à estes shows maravilhosos de flashbacks que eles andam fazendo pelo país todo.
Mas por outro lado, ficamos sem muitas novidades a respeito de novos singles e álbuns. Obviamente é compreensível toda essa escassez, já que o mercado fonográfico e tendências musicais não estão muito favoráveis para o Double You... Infelizmente o público que consome músicas atuais não está dando preferências para canções agradáveis e de qualidade, apenas exaltando "artistas" medíocres, lacradores com bordões de internet e quem faz apologia ao crime. Mas seguimos sempre esperançosos, de escutar mais músicas novas dos mestres inesquecíveis do eurodance: DOUBLE YOU!
CAZUZA: Comercial de TV - GLOBODISK - Coletâneas de CD's (1997)
Antigo comercial de tv que passava nas madrugadas da Globo.
Nesta época, a Som Livre e a TV Globo exibiam diversas propagandas do
"Globodisk", com coletâneas a venda de vários estilos musicais.
Aliás, com a baixa venda de CD's atualmente e crescente procura de músicas em
plataformas digitais, infelizmente estas propagandas de CD's não são mais
produzidas e veiculadas na TV.
Antigamente, o intervalo comercial ganhava mais magia e charme
quando alguma propaganda de CD ia ao ar.