Chester Bennington: Um dos maiores expoentes do Rock anos 2000
Musicalmente, o início dos anos 2000 foi muito marcante para
a pessoa aqui. O "Nu-Metal" surgia explosivamente junto com o novo
século, dando uma cara nova ao Rock.
Saudades daqueles tempos, mais precisamente do ano de 2001,
quando ouvi "Crawling" (o primeiro sucesso) do Linkin Park na rádio
89 FM.
Depois desta música, o grupo fez muito mais outros sucessos
mas a minha canção favorita sempre foi - e sempre será - "Crawling".
Tínhamos outras "pauleiras" também de outras
bandas inesquecíveis do período, tais como Limp Bizkit, Korn, P.O.D., Papa
Roach, Crazy Town, Slipknot, Sum 41, Puddle Of Mudd, System of Down,
Evanescence, e tantos outros que faziam a trilha sonora de muitos adolescentes
daqueles "futurísticos" anos 2000.
Uma pena tudo isso ter acabado... e mais triste ainda é
saber que o vocalista de uma das melhores bandas deste estilo veio a falecer...
e ainda tão jovem.
Jamais me esquecerei daquelas manhãs de 2001, quando eu já
levantava da cama ao som enfurecido de "Crawling".
Muito antes de Kylie Minogue fazer sucesso, bem antes de
Madonna e Cyndi Lauper destruírem tudo nos anos 80, antes mesmo de Britney
Spears existir... houve um momento em que a música pop era comandada pela
loiríssima OLIVIA NEWTON-JOHN (26 de setembro de 1948).
A inglesa, que cresceu na Austrália, se viu fazendo sucesso
pela 1ª vez em 1971, com uma canção regravada de Bob Dylan : "IF NOT FOR
YOU" . Com os holofotes voltados para ela, Olivia Newton-John foi logo convidada
para contracenar com John Travolta no musical clássico de 1978: "GREASE -
NOS TEMPOS DA BRILHANTINA".
Olivia Newton-John
Além de agradar o público e a crítica atuando como a
personagem Sandy (curiosidade: a cantora brasileira Sandy tem este nome em
homenagem a esta personagem), a loira ainda cantava as músicas do longa, que
foram praticamente todos grandes sucessos, assim como o filme também foi,
levando de vez a carreira da jovem cantora para a ascensão.
Depois de se tornar um fenômeno pop nos anos 1970 e sucesso
enorme nas bilheterias dos cinemas, a primeiríssima loira da indústria da
música pop lançou o seu maior sucesso em 1981: a música "PHYSICAL",
carro-chefe do seu bem sucedido álbum de mesmo nome.
A música tem uma letra bem diferente das apresentadas pela
artista nos anos anteriores. "PHYSICAL" não tem nada de muito
"meiguinho". Seu lado "bitch" veio à tona e Olivia
Newton-John atrevidamente nos apresentou esta canção, cheia de malícias e letra
com duplos sentidos. Um pedaço da letra diz: "Não há nada para conversar, a não
ser horizontalmente".
A música por ter uma carga sexual notável, principalmente
para aquela época, foi proibida de ser executada em alguns lugares, mas ao
mesmo tempo chamou a atenção de muitos devido a polêmica que causou, e logo se
tornou uma enorme febre mundial, tanto é que ficou 10 semanas em 1# na HOT100 da
Billboard. Ou seja, a polêmica foi boa!
A linda e talentosa Olivia Newton-John
A preocupação da cantora passou então para o vídeo-clipe, e em
como fazê-lo. Como a letra é picante, sobre sexo, a cantora inseriu alguns
caras fortões malhando com ela numa academia, pois os exercícios físicos
combinariam perfeitamente com o duplo sentido apresentado na letra.
Dito e feito! O vídeo saiu praticamente junto com a inauguração da
MTV americana, e foi um sucesso! Além da música se tornar uma das canções mais
sensuais do planeta, também foi associada rapidamente à malhação e às
atividades físicas. Até hoje, muito lembrada quando o assunto é "academia" pelos meios de comunicação.
O sucesso do vídeo foi grande não só entre os apreciadores
de ginástica e musculação, mas também entre os gays!
A cantora quis "causar" no final do vídeo e colocou
dois casais de homens marombados saindo juntos da academia de mãos dadas. Isso, para o início dos anos 1980 era tudo muito novidade, um grande choque!
A cena obviamente gerou polêmica na época, bem antes de
qualquer clipe da Madonna, que veio a surgir no mundo artístico um ano depois,
em 1982, com a básica e simples "EVERYBODY".
ÁLBUM "PHISICAL"
1 - Landslide 4:27
2 - Stranger's Touch 4:00
3 - Make a Move On Me 3:17
4 - Falling 3:45
5 - Love Make Me Strong 3:10
6 - Physical 3:44
7 - Silvery Rain 3:39
8 - Carried Away 3:42
9 - Recovery 4:18
10 -The Promise (The Dolphin Song) 4:32
O vídeo de "Physical" marcou história nos anos 80
"PHYSICAL" é um clipe divertido, considerado simples se compararmos com os vídeos da atualidade, e tão pouco polêmico como foi em 1981.
É um marco na história da música pop, querido na cultura
gay, uma das músicas mais sensuais de todos os tempos e um hino inspirador para
quem está a fim de perder uns quilinhos na malhação!
ETERNO CASAL: Olivia Newton John e John Travolta Em 1978 e atualmente
"Physical" é um imperdível álbum para os apreciadores da boa, velha e legítima música pop, tão rara nos dias de hoje. Recomendo à todos! 😉😉
RECORTE DE JORNAL DE JUNDIAÍ, SOBRE SHOW NA "DANCIN' DAYS"
Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.
-RIKARDO ROCHA
WHIGFIELD: Show em 30/10/1998 - Itatiba - SP
O ano de 1998 infelizmente foi o último ano realmente importante para o eurodance dos anos 90. Neste ano já notava-se um certo desgaste no gênero, com poucas produções sendo lançadas e com um espaço cada vez menor nas rádios e pistas de dança. Nesta década, quando um artista de eurodance estourava por aqui, não demorava muito para que ele viesse se apresentar em terras brasileiras, onde realizava shows em diversas cidades e também aparecia em vários programas de TV. Foi assim com Nicki French, Double You, Ice MC, Corona, Taleesa, DJ Bobo e tantos outros.
Whigfield também pintou por aqui em 1996, e depois em 1998, mas infelizmente ela não se apresentou nenhuma vez na TV cantando algum sucesso, que eram inúmeros. Mas ao menos seus fãs puderam apreciar seus shows realizados em diversas cidades brasileiras. Um deles eu pude assistir em 30/10/1998, na cidade de Itatiba / SP (o show divulgado na imagem acima). O evento citado aconteceu na casa noturna "Dancin' Days", propriedade do empresário Adilson Luciano, este que também era responsável pela vinda de Sannie Carlson e de outros artistas ao Brasil.
Mas infelizmente esta apresentação que assisti foi deplorável e vergonhosa. Pense num playback ruim!!! t.com
A cantora que era para vir ao Brasil
Fãs do projeto, não me levem a mal, mas o projeto foi uma "farsa" no estilo Milli Vanilli, e eu sei que vocês já sabem disso. Eu sou fã dessas produções até hoje, mas o Whigfield, assim como vários outros projetos que seguiam essa fórmula, não passa de uma verdadeira aberração da música.
Colocar uma modelo para enganar o público, e esta fingir que canta, é o que? Isso É UM ATENTADO AO BOM SENSO e sem o menor respeito ao público. Digo isso com todo o respeito aos fãs e envolvidos, pois foi terrível descobrir essa verdade...e também não culpo a modelo, visto que a ideia partiu dos produtores.
Eu tenho todos os CDs, revistas da época e guardo tudo com muito carinho, mas não vou fazer "vista grossa" para a realidade e inventar mil desculpas mirabolantes, insistindo que Sannie gravou as músicas do projeto, pois ela não gravou.
Sobre o show que assisti, obviamente que nesta época eu não sabia ainda sobre a farsa, não imaginava que Sannie fosse só a modelo e que Annerley Gordon era a verdadeira cantora, então eu não conseguia entender o motivo dos shows serem sempre dublados (pela moça loira).
O Vengaboys também é famoso por sempre dublar nos palcos (também desaprovo a atitude de seus integrantes), mas existe uma diferença muito grande entre assistir Vengaboys e Whigfield, pois ao menos os dubladores que cantam "Sha la la la la" se dedicam muito nas danças e coreografias. Já Whigfield só mexe os lábios...
Sem mencionar que no palco ela aparenta ser bem desinteressada e não sabe interagir com o público. Frustrante!
Logo após a realização deste show na sexta-feira, em Itatiba, Whigfield se apresentou no domingo, 01/11/1998, em Campinas-SP, na extinta Rhodes, conforme "flyer" abaixo. Na época conversei também com alguns fãs que assistiram esse show, e a maioria o resumiu como: "decepcionante".
Whigfield na Rhodes em 1998 Só a banda era ao vivo, os vocais eram do CD, que tocou no show inteiro...
Olhem só, a verdadeira Whigfield - Annerley Gordon - cantando realmente ao vivo na Espanha, enquanto aqui ficamos com uma modelo no playback...
Bom, como já fomos enganados e isso ficou no passado, vamos esquecer um pouco desta fraude? (difícil alguém esquecer que foi lesado, né? Fica marcado para sempre, ainda mais vindo de um ídolo...)
Entre no clima de nostalgia e ouça abaixo alguns áudios da época, veiculados em rádios como propagandas destes shows de Whigfield:
ANÚNCIOS DIVERSOS DA TURNÊ QUE PASSOU NO BRASIL EM 1998
WHIGFIELD EM CAMPINAS, ITATIBA E AMERICANA-SP
NAS RÁDIOS: JOVEM PAN 89.9 CAMPINAS - SP, EDUCADORA FM 91.7 CAMPINAS - SP, VOX 90 90.3 AMERICANA - SP, RÁDIO DE ITATIBA 98,1 ITATIBA-SP
Desconsiderem quando o locutor diz "ao vivo", pois todo mundo sabe que a modelo só dublava, tanto é que só dublou nesses shows, e em todos os outros também, afinal a voz sempre foi de Annerley Gordon.
ANÚNCIO NA RADIO EDUCADORA FM 91,7 CAMPINAS - SP
Vale relembrar também que Whigfield retornou ao Brasil após 14 anos, em 2012, onde se apresentou na festa "Energia da Véia", festa que, inclusive, já trouxe Gala, Taleesa, Nicki French, Snap!, entre outros fortes expoentes do euro 90.
Já que praticamente não temos mais shows de dance music aqui no Brasil, vamos ao menos recordar destes anos dourados, em que tínhamos boa música nas rádios e shows destes artistas da cena "Dance". Muitos eram fraudes grotescas e toscas como Whigfield, mas as músicas ainda eram cativantes...