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terça-feira, 29 de março de 2022

MR. PRESIDENT - "COCO JAMBOO" (1996) 26º ANIVERSÁRIO


HINO DO VERÃO - "COCO JAMBOO" DE MR. PRESIDENT COMPLETA 26 ANOS

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA

Um summer-dance-hit e um visual provocativo, mas o melhor ninguém podia ver...

Tá aqui um hino soberano do eurodance que ainda ecoa nas lembranças de quem curtiu os anos 90... 

É meus amigos, estou falando de "Coco Jamboo" do grupo alemão Mr. President, do qual está completando hoje o seu 26º aniversário, e ainda sendo um verdadeiro patrimônio da Dance Music!!

Apesar de ter várias tracks muito bem sucedidas, "Coco Jamboo" é de longe o maior sucesso alcançado pelo Mr. President. O single foi lançado oficialmente em 29 de março de 1996 e se tornou rapidamente num estouro das pistas e FMs mundiais - além de impulsionar a vinda do trio ao Brasil pela 1ª e única vez em 1997, há 25 anos!


Single: Mr. President - "Coco Jamboo" (1996)
Letra: Delroy Rennalls, Rainer Gaffrey
Produção:  Kai Matthiesen, Rainer Gaffrey


Se alguém lhe pedir para classificar uma vertente para "Coco Jamboo", com certeza você deve dizer que é a Euro-ragga, estilo que deu muito certo também com o Ace Of Base, Pandera, Randy Bush, DJ Bobo, entre outros importantes nomes da cena. Aliás, o estilo trouxe tantos resultados positivos para o grupo que eles não pensaram duas vezes em lançar a sua próxima novidade  -  o single "Jojo Action" (1997, do álbum "Night Club") -  também surfando numa "onda" parecida.


As modelos do Mr. President mostrando os seus atributos


Ainda hoje, "Coco Jamboo" é um dos híts de verão mais populares de todos os tempos! Um Big Tune avassalador e com um refrão matador... Inclusive, é sempre bom recordar que este tal refrão é cantado pelo cantor e compositor William "Billy" King, e não pelo integrante que aparecia frente ao Mr. President - o rapper Lazy Dee (Delroy Rennalds) - como muitos imaginam. 

Lazy Dee apenas fez os raps do grupo, mas todos os versos masculinos das músicas do Mr. President foram cantados por William "Billy" King, que não aparecia nos videos, shows e nem nas capas dos discos.


William "Billy" King cantou com sua voz mas nunca apareceu frente ao Mr. President.


Enquanto Lazy Dee teve uma participação apenas nos raps, pelo menos ele participou de algo nos estúdios, né? Já aquelas duas garotas lindas e estilosas... 

Como já falamos no artigo especial sobre o Mr. President, a loira T-Seven e a ruivinha Lady Danii não cantaram uma nota sequer nos sucessos do grupo... Elas estavam ali apenas para fazer a decoração visual e causar uma impressão cool aos olhos dos adolescentes e ouvintes da Dance Music.

O hit que comemora hoje os seus 26 anos de aniversário não tem as vozes, composições, ou qualquer outro tipo de mão-de-obra envolvendo essas duas beldades… Literalmente, a dupla apenas enfeitou os vídeos e palcos!


A voz feminina que ouvimos em "Coco Jamboo" e em inúmeros hits do Mr. President é dela: Caren Miller


Enquanto umas se mostravam até demais, a verdadeira artista do Mr. President era o oposto e bem "recatada"


Para conhecer a verdadeira cantora -  Caren Miller - clique aqui e descubra mais sobre essa incrível artista alemã, que até assumiu em 2014 que foi a verdadeira vocalista do Mr President, além de justificar que nunca teve vontade de aparecer no grupo e que achava cansativo ter que ficar viajando e fazendo turnês.

Voltando ao desempenho do nosso single aniversariante, "Coco Jamboo" ficou basicamente 9 meses do ano de 1996 em várias paradas ao redor do mundo. 

Conquistou também 2 Discos de Platina, 7 Discos de Ouro e 2 Discos de Prata.


ECHO AWARDS' 1997
Quem recebia os prêmios e todo o prestígio do Mr. President eram os integrantes visuais


Em 1997 o grupo alemão ganhou o prêmio BMI Awards por "Coco Jamboo" , que era a faixa europeia mais tocada nas estações de rádios americanas. Em 06 de março de 1997 venceu ainda a categoria de "Melhor Single Dance" - na premiação Echo Awards.

Com esse auge e grande ascensão, o Mr. President logo lançou o seu 2º álbum intitulado de "We See The Same Sun", considerado um disco de bons hits coloridos e festivos, além de ter uma excelente e elogiada produção. É claro que "Coco Jamboo" foi incluso nesse disco, engrandecendo ainda mais este memorável álbum.

A animada "Coco Jamboo"  ainda obteve excelentes posições em diversos charts mundiais, sendo os mais notáveis:

Suíça nº 1

Áustria nº1

Suécia nº1

Alemanha nº2

Holanda nº 2

Noruega nº2

Finlândia nº 3

Irlanda nº 3

Austrália nº 7

Reino Unido nº 8

Nova Zelândia nº8

Japão nº 8

Bélgica nº 11

EUA nº 21

França nº 28

A faixa ainda se destacou em países como Hungria, Polônia, Romênia, Grécia, Luxemburgo, Brasil, México, Chile, Argentina... e etc.


"Coco Jamboo": Um dos vários prêmios conquistados 

Atualmente todos já sabem da farsa envolvendo as integrantes visuais, mas mesmo assim T-Seven nunca tocou sobre o assunto e jamais citou o nome de Caren Miller, a verdadeira vocalista que gravou os hits que conhecemos.

Hoje a loira canta ao vivo em sua carreira solo (antes só fazia playback), então é muito claro e perceptível que sua voz nada tem a ver com aquela que tanto escutamos nas músicas do Mr. President, além de ser uma voz bem fraca e nada convincente. 

Porém, nada disso impede de T-Seven de se apresentar em alguns palcos pela Alemanha, então ela realiza esses shows e se auto identifica ao público como uma "ex-integrante" do Mr. President. Como os anunciantes sabem de toda a verdade, então nunca citam-na como "a cantora do grupo", já que essa função realmente nunca foi exercida por ela:


No dia anunciado acima rolou uma apresentação da ex-Mr. President e também uma apresentação com A VOZ do Masterboy. Sentiram a diferença e toda a sutileza?


Críticas e polêmicas de lado, "Coco Jamboo" é sem dúvidas, competindo com "Macarena", um dos grandes hinos do verão já dançados da história...  É uma faixa para ser ouvida e admirada ainda por muitas gerações, pois potencial e alto astral continua tendo de sobra.



domingo, 27 de junho de 2021

PANDERA - "I LOVE YOU BABY (PAPA DON)" (1996) - O EURO-RAGGA DOS ANOS 90

PANDERA - "I LOVE YOU BABY" (1996) 
UM HIT DO EURO-RAGGA PARA TE LEVAR AO PARAÍSO

Como diz a capa do single, "I Love You Baby (Papa Don)" foi um hit com sabor de verão


Talvez muitos leitores nunca tenham ouvido falar no projeto de euro-ragga Pandera, mas para alguns "dinossauros", este nome é bem popular.
Eles divertiram o mundo Dance em meados dos anos 90 com "I Love You Baby (Papa Don)", um grudento sucesso que rolava nas principais pistas e nas grandes FM's, como a Jovem Pan, 97 FM, Metropolitana, Nova...e etc.
Alguém aí se lembra da coletânea "Dance Philco Music" (by Paradoxx Music)? Então, na época eu comprei esse CD mais por causa dessa animadinha faixa...

Não se lembrou ainda desse fantástico hit
Para quem é fã da voz de Balca Tözün (Fun Factory) e da música "Coco Jambo" do Mr. President, pode ter a certeza que ao conhecê-lo irá se amarrar.

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA



FICHA TÉCNICA 
E PRODUÇÃO

Este projeto alemão foi criado pelo produtor executivo Franz Merwald, que nitidamente quis entregar uma atmosfera de litoral, festa, diversão e ragga aos singles do Pandera, embora algumas destas faixas sejam mais voltadas ao freestyle... Sim, eles faziam essas variações em alguns singles!

"I Love You Baby (Papa Don)" foi lançada em 1996 e nos apresentou o doce vocal da cantora Christina Bianco, além de algumas batidas de "tambor" que nos levavam diretamente ao clima do verão, ou melhor, ao paraíso da capa do single, como queiram...

Não podemos nos esquecer de citar, é lógico, alguns instrumentos de sopro extremamente elegantes que harmonizam totalmente esta produção, além de alguns sons de ondas se quebrando, das gaivotas ao fundo (!), ou seja, mais particularidades do verão para fazer você entrar nessa viagem tão cativante.

O refrão de "I Love You Baby" é bem insistente, repetitivo, mas de excelente bom gosto. Sem perceber, você se pega cantando junto com essa melodia simpática e de astral elevado:


Pandera - "I Love You Baby (Papa Don)"  (1995)


MICHAEL BAUR - O PRODUTOR
Vocês se lembram de "Emotion" de DJ Ross? Pois é, alguns fóruns chegaram a divulgar que o alemão Michael Baur seria o vocalista dessa canção italiana dos anos 2000, mas isso está totalmente fora da realidade... O cara sempre foi um produtor, sem falar que tinha um cantor de estúdio por de trás de "Emotion"... Bom, a curiosidade da vez é que Michael Baur esteve envolvido como produtor aqui no Pandera e participou de muitos singles, como exemplo "I Love You Baby (Papa Don)".


O produtor Michael Baur
Ele produziu vários projetos alemães, a maioria de hard-techno. O Pandera é uma de suas concepções mais pop dentro da música eletrônica...


O nome real desse produtor é Michael Maretimo - Baur, e como um de seus pseudônimos é Steven Maverick, isso bastou para que o creditassem como o "vocalista" do hit de DJ Ross. 

Para saber quem é a voz real de DJ Ross - "Emotion" (2002), clique aqui e veja toda a saga dessa investigação.

O Sr. Baur continua em atividades e produzindo muito para a sua gravadora Maretimo Records. O video abaixo é de uma livestream que ele realizou no Youtube há 3 dias, e você pode notar que ele ainda continua produzindo músicas com essa temática de verão, praia, sol... apesar do vídeo focar mais no estilo Lounge:


Michael Baur - Weekly Livestream "Maretimo Lounge Radio Show"


Sobre o "Produtor Executivo" do Pandera, Franz Merwald, esse cara tem muitos fãs na música hard-techno, mas a sua identidade é ainda um grande mistério... Absolutamente ninguém sabe quem ele é, e qual é o seu paradeiro... Só sabemos que ele tem inúmeros pseudônimos no mundo das produções, e que aqui ele trabalhou como “Beatbuster” (Alguns de seus admiradores comentam em fóruns internacionais que ele pode ser, na verdade, o já citado Michael Baur).

Michael Baur também foi um dos compositores de "I Love You Baby (Papa Don)" junto com o rapper Markus Shuster, que aliás, fez um ótimo trabalho aqui, dando mais energia e clima praiano para a canção:


MARKUS SHUSTER - O RAPPER RAGGA

Markus Shuster : Irre Locke : Ed Masano
É dele o vocal ragga em "I Love You Baby (Papa Don)"


O rapper Markus Shuster atende pelo nome artístico de Irre Locke, tem sua carreira solo e foi integrante de alguns grupos de Hip Hop, Reggae e Dancehall da Alemanha.
O alemão nasceu em Augsburgo / Bavaria e também foi membro do grupo de rap Bassreflex, além de fundar a sua própria gravadora, a Locke Records. No mundo da música desde 1984, ele ainda possui o pseudônimo de Ed Masano em produções diversas. O rapper também é conhecido por fazer músicas com muitas criticas e por sempre gerar discussões através de suas letras. 

No single "I Love You Baby (Papa Don)" só temos a participação dele e da cantora Christina Bianco nos vocais, mas em outras músicas do Pandera podemos encontrar ainda a voz do rapper Rose O'Neill, que é um outro integrante que sumiu sem deixar vestígios. 


Indicação na revista DJ Sound - Coluna "Dance Floor"


A TRILHA SONORA DO PARAÍSO
"I Love You Baby (Papa Don)" foi o primeiro lançamento do Pandera e se tornou o hit do verão na Alemanha. Em seguida, eles apostaram num novo single chamado "In My Dreams", que infelizmente não decolou no Brasil, apesar de ser uma ótima produção e de ter ido bem em diversos países europeus. 
É bom ressaltar que esta nova música fugiu um pouco do estilo anterior, não sendo tão festiva ou animada... A melodia, incluindo a voz do rapper, lembra bastante "So Strung Out" do também alemão C-Block.
Nesse single, você irá perceber ainda a mudança brusca de estilo que o Pandera optou em fazer, agora se distanciando do euro-ragga e embarcando totalmente no gênero freestyle.

No verão de 1997, eles lançaram (só no Japão) o seu 1º álbum "Joy And Fun" (1997), que trazia apenas 10 faixas.
Os instrumentos de sopro e o ritmo do verão voltam na alegre canção "Joy And Fun", ragga perfeito para abrir um disco e mostrar ao ouvinte que, se ele gostou do 1º single do projeto, sem dúvidas vai se divertir bastante com o restante do material.

Nessa época, o produtor Michael Baur ainda investiu no single "Pussy Lover Man" (1997) do projeto MC Rose, que Christina Bianco também havia gravado com sua bela voz. O sample é do clássico "Bette Davis Eyes" de Kim Carnes, e o rapper é Rose O'Neill, que compôs e fez o vocal em algumas outras faixas do Pandera (como "In My Dreams").

Neste álbum de estreia, prestem atenção em "Rastafari", que é um ragga praticamente instrumental e bem conhecido em alguns países sul-americanos. Se você se aprofundar neste registro, irá perceber que a música já havia sido lançada antes, mas com um nome de projeto diferente: Mongawa. A mesma música que saiu no álbum do Mongawa (sim, eles chegaram a lançar um álbum) está aqui também no álbum do Pandera, e em sua mesmíssima versão. Como estamos falando de mais uma produção de Franz Merwald, então ele resolveu acrescentar este trabalho aqui nesse disco também.

A música "In My Dreams" do Pandera chegou em junho de 1998 ao Brasil (via Paradoxx Music), mas infelizmente não fez sucesso. 1998 foi o ano da Axé Music nas rádios e do Techno nos clubs. Tirando "Suddenly" da Gala e "Feel It" do The Tamperer, todas as músicas do TOP 10 acima não foram muito bem nas paradas musicais.


"UM PEDAÇO DO PARAÍSO"
Àlbum - Pandera - "A Piece Of Paradise" (1998)


Em 1998, foi a vez do Pandera distribuir o novo disco "A Piece Of Paradise". Até hoje muitos afirmam que este é o 2º álbum do projeto, mas na verdade trata-se de um relançamento do álbum japonês, incluindo quase todas as faixas que estão no "Joy And Fun", além de outras canções inéditas.

Um desses trabalhos inéditos que podemos citar é "We've Got The Power", que tem um sax bem atrativo e que combina com as batidas cadenciadas da música. Existe ainda uma versão freestyle bem eletrizante para esse som, seguindo uma estrutura semelhante com a de "In My Dreams".

No álbum japonês tem uma música que não está aqui, é a já citada "Rastafari", mas em compensação temos a inédita "Summerfeeling", que é um legítimo ragga nos moldes de "I Love You Baby (Papa Don)" e com aqueles mesmos agradáveis instrumentos de sopro. Participam desta faixa Irre Locke, MC Rose, e claro, Christina Bianco.

Nesse disco temos ainda uma canção que nunca foi do Pandera, mas que curiosamente foi inserida por se tratar dos mesmos produtores...  É a música "Terra Nova" de um projeto chamado Janina, e que possui o mesmo estilo "ragga" do Pandera. E se você for um leitor atento, talvez irá se lembrar do caso "Randy Bush", um projeto italiano que sofreu dessa mesma experiência e que teve várias músicas de outros projetos adicionadas em seu álbum oficial, como se todas fossem do "Randy Bush"...

O problema maior, é quando isso acaba confundindo os fãs, afinal, esses projetos tinham um nome e de repente, da noite para o dia, se tornam músicas de outros grupos (?)... Isso fica mais estranho ainda quando a vocalista não é a mesma, como é o caso aqui. Você ouve este álbum do Pandera e percebe que a cantora de "Terra Nova" não é a mesma das outras faixas. 

Single: Janina - "Terra Nova" (1997)

"Terra Nova" já era uma música conhecida em alguns países como "Janina", tinha até uma personagem na capa de seu single, e do nada, se tornou uma faixa do Pandera. Quem acompanhava o início de ambos os projetos, no mínimo, achou estranha essa movimentação.

Até hoje, alguns fãs gringos se perguntam (na internet) sobre quem é o verdadeiro possuinte da tal música... Pandera ou Janina? 
A resposta correta seria: Os produtores
Eles eram os verdadeiros membros e proprietários do Pandera, Janina, MC Rose... apenas se escondiam atrás desses nomes "fantasias".

Sobre outras faixas deste álbum, temos ainda "Come To Me", que foi single de trabalho. A música, apesar de ser um euro-ragga, tem menos elementos africanos, e o rap em alguns momentos nos lembra o estilo de DJ Bobo.

"Diamond Chord" é um som mais instrumental e possui a mesma legitimidade "ragga" da faixa "Rastafari" (álbum "Joy And Fun"). Na verdade, essa é outra faixa que já existia antes e foi acrescentada depois neste álbum. O produtor Franz Merwald produziu-a inicialmente e a lançou em algumas compilações de euro-ragga sob o pseudônimo de Mongawa. Depois, ele resolveu inclui-la também nos álbuns do Pandera. 


Compilação de Franz Merwald trazendo Papaya, African Vibes, Ronaldo, Mongawa, Cosmic Vibrations... 
São todos pseudônimos dele, e algumas dessas músicas já estavam prontas em seu catálogo


A faixa 10 desse disco nos apresenta a música "Papa Don", contendo aquele famoso trecho interpretado por Irre Locke em "I Love You Baby (Papa Don)". É uma produção inteiramente dedicada apenas ao rapper, com mais letra e mais conteúdo do universo africano. Para alguns, pode ainda soar familiar com as produções de Dr. Alban. 

Existem outras músicas deste disco que seguem essa mesma temática e não fornecem nenhum refrão feminino, como é o caso de "High & Low", "Fifth Colour Man" e "Waiting Man" (que tem uma base de fundo hipnotizante). 
Essas três últimas citadas também já haviam sido lançadas no mercado fonográfico com outros nomes diferentes: Mongawa e Bushman.

A música "High & Low" é outra que já havia sido lançada antes pelo projeto Mongawa, e depois foi acrescentada no álbum do Pandera "A Piece Of Paradise". Em seu lançamento original era "High + Low" (Mongawa), mas quando entrou no álbum do Pandera passou a ser "High & Low".


Para fechar o álbum, a track escolhida é "It's A Dream". Essa é uma faixa inteiramente instrumental, com base viajante e sem aquela batida quebrada que deu fama ao projeto. É a track mais eletrônica do álbum. 
Essa música ainda saiu em algumas compilações de 1997, não com o nome "Pandera", mas como um projeto intitulado de Cosmic Vibrations. Só no ano seguinte, em 1998, que a faixa foi incluída no álbum do projeto Pandera.


O álbum de Mongawa - “Tribal Feelings”
Na época, o produtor utilizava o nome artístico de Toni Mongawa... Provavelmente, Franz Merwald também não seja o seu nome real... E como mencionei antes, nenhum fã conhece a sua verdadeira identidade.

Verso do álbum com o nome das faixas
Dê o zoom na imagem e veja "Rastafari", "It's A Dream", "High + Low", "Fifth Colour Man""Waiting Man"... todas foram lançadas primeiramente neste álbum de 1997, além de serem adicionadas em algumas coletâneas.


Já em 1999 o Pandera retornou com uma cover de "Cecilia", do Simon & Garfunkel. Apesar de criarem ainda uma versão freestyle para esse remake, existe uma versão euro-ragga bem no estilo praia & verão (que eles eram tão especialistas em fazer). 

No ano seguinte, em 2000, eles lançaram o 2º álbum de inéditas "Sun Splash Summerdance & Freestyle", uma produção que trouxe faixas inéditas como "Night & Day", "Join The Summertime" (que freestyle sensacional, o teclado é estrondoso!!) e "Lunica Donna Per Me". Não ouvi na íntegra este e os próximos álbuns do Pandera, mas posso dizer que gostei muito das músicas citadas. É uma miscelânea positiva, que novamente alterna entre o "ragga" e o "freestyle".

Uma curiosidade, é que nesse disco também foi acrescentada a faixa "Pussy Lover Man" do Mc Rose, como se fosse uma música oficial do Pandera. Porém, diferente do caso "Janina", essa música ao menos nos apresenta a mesma vocalista, Christina Bianco.

Em 2001, o Pandera se reuniu com um outro projeto de freestyle chamado The Freestyle Crew (também do produtor Michael Baur, é claro) e lançaram um novo material chamado "From Old 2 New School".

Em 2002, lançaram o último álbum oficial do projeto, o "From Sunrise 2 Sunset".

Como vocês podem ver, o Pandera lançou vários álbuns, além de algumas compilações especiais com versões remixes, e a maioria destes CDs tiveram vendas expressivas em vários países, especialmente na Romênia, Japão e Coréia do Sul (o Pandera teve até disco de ouro). Na Rússia e Malásia, eles também tiveram bastante destaque.

Já aqui no Brasil, eles ficaram marcados apenas com o single de "I Love You Baby (Papa Don)", o que é uma pena...


CHRISTINA BIANCO
A vocalista do Pandera

Christina Bianco nasceu em 25 de janeiro de 1967, na mesma cidade que nasceu o rapper Markus Shuster, em Augsburgo.
Desde pequena ela sempre quis ser cantora, e em seu web-site diz orgulhosa: "Estou feliz que deu certo".

Christina Bianco não é um nome artístico, mas sim seu nome de solteira. Ela começou a sua carreira musical no final dos anos 1980, como a vocal-leader da banda afro-americana Boys and Soul (e como já sugere o nome da banda, eles eram do gênero Soul).

Christina Bianco, ainda bebê
"Desde pequena sempre quis ser cantora…. Estou feliz que funcionou ..."


No início dos anos 90, a loira então foi contratada para ser a cantora fixa de um club bem popular de sua cidade natal, onde passou a se apresentar com vários músicos convidados, durante 3 vezes por semana, e isso aconteceu por longos 6 anos...

Foi em 1996 que a sua bela voz foi adicionada ao projeto Pandera, um dos maiores sucessos de sua carreira e que exportou o seu talento para diversos países. 
Apesar da abrangência que essas músicas alcançaram, e do efeito positivo que o Pandera causou nas pessoas, parece que Christina Bianco não gosta muito de falar sobre o Pandera.... Além disso, a vocalista não inseriu nenhuma informação sobre o projeto em seu site ou redes sociais. Estranho, né?



Eu consegui falar com Christina sobre essa sua colaboração no Pandera, mas apesar de parecer ser uma pessoa simpática... não quis adentrar muito sobre esse assunto. Apenas confirmou que foi a vocalista e depois deixou de responder.

Em sua biografia oficial, por exemplo, são mencionadas algumas de suas colaborações em vários grupos, como a que fez na banda Boys And Soul e também quando ela foi a cantora contratada no club de sua cidade, mas nada sobre o Pandera. Inexplicavelmente há um salto para 1997, onde é mencionado apenas sobre a banda MO'ACID - que a cantora fundou com o compositor (e futuro marido) Jaro Messerschmidt. E o tempo em que ficou no Pandera? Por que não é citado?

Apesar de Christina Bianco ter sido creditada no Pandera, a imagem da vocalista mal apareceu no projeto. Em algumas capas de singles tinham apenas algumas paisagens, praias, desenhos, modelos... A capa do single de "Come To Me" foi uma rara exceção (ao menos a loira se parece com ela, mas também não sei dizer, com certeza, se é ela). 
Sobre o rapaz, provavelmente não é nenhum dos rappers.


Talvez Christina Bianco prefira não falar sobre o Pandera porque este foi apenas um projeto isolado, em que foi a cantora contratada; não era o seu projeto pessoal. 

Em seu web-site ela destaca ainda outros trabalhos de estúdio, como jingles publicitários, gravações promocionais para a "Radio Bayern 3", algumas performances ao vivo com bandas, entre outros trabalhos menores, mas realmente não há nenhuma menção sobre o Pandera... que foi um trabalho bem maior em níveis de reconhecimento e de sucesso mundial.


Christina Bianco - Capa de seu álbum solo "My Soul Secrets"

Christina Bianco tem atualmente 53 anos de idade, se casou com o compositor e colega Jaro Messerschmidt, e em suas raízes circula o Soul, Funk, Jazz, R&B e baladas da época da Motown. Ela também é uma cantora soprano e trabalha com o grupo Cash-n-go, fundado em 2002 (composto por 5 homens e ela, a única mulher), que continua atuante e já até ganhou alguns prêmios.   

Desde 2010 Christina Bianco também se apresenta com seus shows solo, que acontecem regularmente com diversos músicos na região de Augsburgo. 
Por cantar um estilo mais sério e por ter em seu palco músicos e instrumentistas renomados, talvez esse também deva ser um dos motivos da vocalista não querer falar sobre um projeto descompromissado de euro-ragga / freestyle que ela participou nos anos 90...

Não sei se é o caso dela, mas muitos vocalistas sentem vergonha ao citar que a Dance Music foi o seu "ganha-pão" nos anos 90 ou 2000. 

Talvez não seja tão interessante para Christina Bianco... relembrar o público alemão que gravou essas músicas, inclusive uma chamada "Pussy Lover Man" (1997).


CHRISTINA BIANCO ATUALMENTE

Christina Bianco hoje aos seus 53 anos está mais envolvida com o Soul, músicas de orquestras, sons acústicos...

Além dos álbuns do Pandera (já citados acima), a cantora gravou no mínimo mais 8 discos. Em sua carreira solo temos dois registros oficiais:"My Soul Secrets" e "My Soul Secrets - Live". 
Adicione também 3 álbuns com Cash-n-go; o disco "Outback - The Sound Of Australia" (uma parceria com Nik Reich & Jaro Messerschmidt ‎– seu marido); além de uma participação no Brother Joscephus And The Love Revival Revolution Orchestra ‎– que rendeu dois álbuns nos anos 2000.

Aqui nesse vídeo de 2014, Christina Bianco se apresenta com a banda Nu Secrets, cantando totalmente ao vivo a música "Soul Food To Go":

Christina Bianco & Nu Secrets - "Soul food to go"
Diferente de Whigfield, Surama K, Corona, J.K., Randy Bush... pelo menos vemos que a voz é realmente de Christina Bianco, e que ela sabe cantar muito bem ao vivo e sem enrolar o público.


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MICHAEL BAUR



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na minha opinião, os produtores do Pandera foram muito felizes (e corajosos) ao criarem este projeto alemão que mescla dois estilos musicais tão distintos... 
Aliás, os públicos desses gêneros também são bem diferentes um do outro, não é mesmo?... Afinal, como conseguir "segurar" os ouvintes se o estilo da próxima música pode vir a variar??
Literalmente, o Pandera se arriscou ao trocar o Euro-Ragga em 1997 pelo Freestyle na faixa "In My Dreams", mas principalmente soube trazer qualidade em suas produções, e assim nos brindou, sem medo, vários outros singles super dançantes e sempre nessa oscilação sonora... 

Obrigado à todos eles!!
Ao ouvir este hit, use protetor solar e óculos com proteção UV…☀️🌞🥵😎
Definitivamente eu não gosto do calorão, mas essa música quase me convence que sentir calor é legal 😜👌🏻😅


"We have joy, We have fun
we are dreaming in the sun
and we leave together for every one"

Aos leitores, até a nossa próxima viagem!
🌞⛱🕶

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

ONDINA - "INTO THE NIGHT" (1996) - A VERDADEIRA VOCALISTA

VOCÊ DANÇOU DUAS VEZES COM O PROJETO ONDINA: QUANDO ELES LANÇARAM SEUS SINGLES E QUANDO VOCÊ ACREDITOU QUE A LOIRA DO CLIPE CANTAVA

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-RIKARDO ROCHA


Petra Lundquist, aos 22 anos, mostrando os seus atributos físicos

PRIMEIRO VOCÊ SENTE A FARSA NO FEELING, DEPOIS VEM A CONSTATAÇÃO

Nas minhas últimas investigações, eu tenho percebido cada vez mais que os fãs brasileiros de dance music são os que mais se dedicam, os que mais se informam, e também, os que mais tem a intuição acertiva em relação aos verdadeiros cantores do gênero.
Afirmo isso pois, conversando com alguns fãs europeus, eu venho notando que muitos deles ainda acreditam que certas modelos cantam algumas músicas, sendo que é nítido que existem cantores de estúdio por de trás destas produções.

O projeto sueco Ondina, por exemplo, é um destes "fakes" que tanto assolaram nos anos 90, sendo que muitos fãs gringos insistem (e defendem) a história de que é cantado pela modelo Petra Lundquist

A tal moça que aparece no vídeo não é a dona daquele vozeirão lindo. E nem basta ser um expert no assunto para saber disso, pois a resposta está na percepção intuitiva também, de você assistir o vídeo (ou ver as capas do CD) e começar a deduzir a evidente farsa, através de sua experiência musical, de suas recorrentes audições e também por vivenciar no passado outros históricos parecidos, como Corona, Technotronic, Black Box, C&C Music Factory, Milli Vanilli, entre outros. Devido a isso, tudo vai facilitando e abrindo novas possibilidades até chegarmos na grande verdade. Aquilo que era apenas suspeito, acaba se firmando como uma grande farsa da música. Apenas mais uma, entre tantas músicas do gênero eurodance.
Por isso afirmo: Petra Lundquist nunca foi a cantora real do Ondina e vamos detalhar melhor os fatos aqui.

Bom, vamos começar do início, falando sobre a curta história do Ondina e de seus dois únicos singles lançados: "Into The Night" (1996) e "Summer of Love" (1997):


A TRAJETÓRIA DO ONDINA E SEUS SINGLES "INTO THE NIGHT" E "SUMMER OF LOVE"

Nota que saiu na Revista Billboard a respeito de "Into the Night", em 1996.

"Into the Night" sendo indicada na revista DJ Sound, por ninguém mais que DJ Ronaldinho (1996)

O projeto Ondina foi criado em 1996, através do músico John Oakfield (29 de junho de 1971), nascido em Kungsbacka, na Suécia. Nessa época, ele era um jovem que gostava muito de música, além de ser também um cantor e produtor musical.
Após o sucesso do Ondina, ele também passou a cantar e a produzir o seu projeto pessoal chamado Robin Cook, e fez um relativo sucesso em alguns países europeus.
Mas profissionalmente, o Ondina foi o seu primeiro trabalho a nível internacional e gerou bastante reconhecimento e sucesso ao Mr. Oakfield, também conhecido no meio artístico como Jonas Ekfeldt.

Não sei o motivo da escolha do nome "Ondina" para o projeto, mas a palavra ondina é conhecida na mitologia como sendo "um espírito da natureza que vive em rios, lagos e mares. É uma espécie de sereia, um gênio do amor, uma figura da imaginação poética" (fonte). Então, pode ser que surgiu daí a inspiração de John Oakfield para dar nome ao seu projeto.

A capa do single de "Into The Night"

O primeiro single do Ondina foi "Into The Night", sendo rapidamente um grande sucesso, saindo da Europa e alcançando outros continentes, como a África, América do Norte e América do Sul. 
Nos EUA, "Into The Night" chegou através do selo Interhit, responsável por distribuir as músicas de eurodance aos americanos.

Ao lado de grandes nomes internacionais, "Into The Night" do Ondina foi um dos singles mais vendidos em 16/09/1996

"Into The Night" também chegou ao Brasil e fez bastante sucesso nas pistas de dança e rádios daqui, através da Spotlight Records. A gravadora lançou a música em algumas coletâneas, como "Power Dance" (Som Livre) e "Aprovado Jovem Pan 2" . Infelizmente não ganhamos o single brasileiro deste hit, ao contrário de outros países como Alemanha (Zyx Music), Itália (Space Records), Canadá (Numusik), Espanha (Blanco Y Negro), França (Airplay Records), FonoVisa (México), entre outros países.

Coletânea "Aprovado 2" da Jovem Pan e Spotlight Records

O sucesso desta música se justifica pela sua bela melodia e seu incrível refrão, altamente contagiantes. A produção - com suas batidas aceleradas - lembra muito também os híts do Playahitty "The Summer Is Magic" e "One, Two, Three", conforme mencionado pelo DJ Ronaldinho, em imagem disponível acima.

É lógico que os belos vocais de "Into The Night" também dão um brilho a mais nesta magnífica produção. A linda voz da vocalista tem uma doçura e uma potência que nos remetem a um outro sucesso chamado "Fly Free" do projeto Vestania, lembram-se? Mas são apenas vozes parecidas, pois as cantoras são diferentes, além de épocas também diferentes.
Eu considero a voz do Ondina como uma mistura de Jenny B (Corona) com Balca Tözün (Fun Factory), ou seja, muito atrativa e agradável de se ouvir!
Já a letra de "Into The Night" foi escrita por John Oakfield, o dono do projeto e que teve que ser rápido para fazer o vídeo da música, que estava estourada em vários países do mundo.
O produtor não esperava um sucesso tão repentino, então não se empenhou tanto na criação da capa do single, que traz apenas um rosto feminino com alguns efeitos e numa posição não muito favorecida, características que ajudam a ocultar mais ainda a sua identidade, mas claramente percebemos que não é o rosto da modelo do vídeo.

Após sua aparição no vídeo de "Into The Night", Petra Lundquist também teve a sua imagem adicionada na capa do novo single: "Summer Of Love" (1997)

Após o sucesso de "Into The Night" (em 1996), John Oakfield quis continuar a sua jornada exitosa com o Ondina, lançando então em 1997 o seu segundo single "Summer Of Love", com a mesma vocalista do hit anterior. 
A música não repetiu o grande sucesso do 1º single, mas mesmo assim fez muitos fãs, e os cultiva até os dias atuais.
Nos créditos de "Summer Of Love" consta que a canção foi escrita também por John Oakfield, mas apareceu um cara no Youtube dizendo ser o autor da faixa e seu perfil está identificado como Jay Oh (Seria um outro pseudônimo de Oakfield? Provavelmente sim, já que a idade dele também confere).

No Youtube, ele também relatou um pouco sobre as suas lembranças da época, quando escreveu esta canção:

"Eu escrevi e produzi esta faixa em 1997, em um ambiente cinza no subsolo, nos arredores de Gotemburgo, na Suécia. Eu tinha 26 anos e ansiava pelo verão. Eu sentia falta do sol - daí o título e as letras. Há uma história semelhante por trás do "O Sole Mio" de Capurro, mas ele, obviamente, teve um sucesso mais comercial do que eu." (Jay Oh).


Como eu mencionei anteriormente, "Summer Of Love" não teve muito sucesso, mas a sua versão Thunder Mix é muito querida e sempre mencionada por diversos fãs de outros países. A música também foi muito bem distribuída em diversas edições em singles, quase nas mesmas proporções do single anterior, o bem sucedido "Into The Night".

"Summer Of Love" traz um clima que nos lembra as produções do projeto alemão Pandera, nos remetendo ao verão, "ragga" e apresenta também os vocais do rapper MC Milton.

E o talentoso John Oakfield era tão dedicado ao Ondina, que ele produziu, escreveu, criou todos os arranjos e acompanhou todo o processo de mixagem das duas músicas. Há rumores de que ele também foi o responsável por reproduzir os teclados em "Into The Night". Ou seja, ele só faltou mesmo cantar com a sua voz, pois nas demais atividades ele participou em quase todas.
Como ele já tinha idealizado o projeto com uma vocalista feminina, então recorreu à uma velha amiga para fornecer a voz que ele tanto esperava no Ondina, e essa amiga claramente não é a modelo que está no vídeo...

Música "Summer Of Love" (Thunder mix)
Essa versão, 'Thunder Mix", é bem querida entre os fãs. Reparem que a passagem para a 1'30 da música é diretamente adaptada da música "Rain Falls" do projeto God Groove, além também de lembrar muito com B.B.E. "Flash"
este é um artigo do blog rikardomusic.blogspot.com
God Groove "Rain Falls"


VÍDEO
"INTO THE NIGHT"
A música "Into The Night" recebeu um vídeo, mas como "Summer Of Love" não foi o sucesso esperado, acabou ficando sem vídeo mesmo.
A loira linda que aparece no vídeo de "Into The Night", foi só a modelo para representar o Ondina, sendo que os vocais originais não são dela. Aliás, ela tem alguns traços transsexuais, não é mesmo? Confira-a no vídeo abaixo:

Aperte o play e deixe "Into The Night" tocar enquanto você faz a sua leitura.

Enfim, o vídeo é bem divertido, onde temos algumas crianças num local que aparenta ser uma biblioteca. De repente, após uma mordida numa maçã encantada, todos se tornam adultos e acabam se divertindo / dançando/ tomando alguns drinks, enquanto a modelo dubla a voz que não é dela. 
As características e personalidades dos personagens permanecem neles, mesmo adultos, e isso se torna divertido quando os comparamos com as crianças. 
Neste vídeo, foram contratados alguns modelos para atuar no clipe, que contracenam com a também modelo sueca Petra Lundquist (a dubladora).

Como eu havia citado antes, na capa do single de "Into The Night", o rosto que aparece quase que irreconhecível não é da modelo Petra Lundquist, mas na capa do 2º single -"Summer Of Love" -  é ela quem aparece, numa capa mais caprichada e visivelmente melhor elaborada. Provavelmente, a bela loira não havia sido contratada ainda, na estréia de "Into The Night". Um caso muito semelhante com Olga de Souza em "The Rhythm Of The Night" (1993), onde a modelo brasileira também está ausente pois ainda não pertencia ao projeto.

A MODELO 
PETRA LUNDQUIST
Como a modelo ofereceu a sua beleza e imagem para o Ondina, iremos comentar agora algumas informações sobre esta frontwoman:

-Nome Real: Petra Lundquist

-Alguns sites, blogs e fãs a intitulam de Petra "Lundqvist", mas a escrita está totalmente incorreta. Interessante que são as mesmas pessoas que dizem que ela é a verdadeira vocalista. Não sabem nem o nome verdadeiro da modelo, e ainda querem afirmar algo;

-Em junho de 2018 (ano passado) ela tinha 44 anos de idade, quando realizou uma entrevista para um jornal e cedeu esta informação;

-Quando ela atuou / dublou no video de "Into The Night", tinha apenas 22 anos de idade;

-No seu perfil pessoal do facebook, não tem nenhum fã comentando ou perguntando sobre as músicas do Ondina. Provavelmente ela não aceita convites de amizade de pessoas desconhecidas, justamente para evitar estes momentos embaraçosos, já que ela nunca foi a verdadeira vocalista do Ondina. Certamente ela não quer ficar se explicando sobre a farsa. E é algo que não tem nem explicação, devido tamanha a desonestidade que teve para com o seu público;

-Em todas as suas entrevistas, nas suas redes sociais e em todas as matérias que é mencionada, ela nunca cita nada sobre Música. Muito menos cita o Ondina, ou que já foi cantora em algum momento de sua vida. Ela ignora totalmente isso, pois obviamente não foi algo muito orgulhoso que ela fez em vida;

-Atualmente ela vive em Kungsbacka, na Suécia, num apartamento em que está reformando:
"-Eu amo Kungsbacka! Aqui tudo é tão acolhedor e bonito. Além disso, Kungsbacka é incrivelmente central e você está perto de tudo." (fonte);

-Ela tem três filhos: Lucas, Vincent e Stela;

Petra Lundquist em foto mais recente (2018)

-Petra Lundquist sofreu um bocado recentemente (em 2018) com um divórcio e isso acabou afetando um pouco na sua carreira profissional. Ela tinha acabado de assinar um contrato com uma importante empresa, mas pediu demissão devido a dificuldades que vivenciou durante o período. 
Hoje, ela assegura que está tudo bem e que já superou esta fase:
"Eu passei por uma crise e fiz tudo o que podia para me encontrar novamente. Foi uma época difícil, mas agora sinto que a energia está voltando" - Disse ela numa entrevista ao se referir ao divórcio, após um relacionamento de 23 anos (fonte);

-Existe uma senhora sueca chamada Petra Lundqvist, que realmente é cantora, mas muita atenção para não confundi-la com a vocalista real do projeto Ondina. Apesar do nome ser semelhante com o nome da modelo, esta senhora não tem nenhuma relação com o projeto. Meras coincidências;

-Mais coincidências: Existe uma cantora espanhola chamada Ondina Maldonado (artisticamente também chamada de Ondina), que muita gente confunde achando ser deste projeto de eurodance. Teve um vídeo que eu vi no youtube, que se trata de uma montagem de fotos para a música "Into the Night", e nesta edição, o indivíduo inseriu várias fotos da modelo Petra Lundquist e também desta cantora, fazendo uma grande confusão de identidades. Apesar de ser jovem e loira, esta espanhola não tem nenhuma relação com as músicas "Into the Night" e "Summer Of Love";


-Petra Lundquist nunca trabalhou como cantora, mas sim como modelo no Ondina e se formou academicamente em Fisioterapia, tendo Licenciatura em Medicina Ortopédica;


-A modelo do Ondina atualmente é uma terapeuta bem sucedida na área de esportes, ajudando também como treinadora esportiva. Nos círculos esportivos, Petra Lundquist é muito respeitada e já treinou muitos indivíduos, equipes nacionais e equipes de clubes.  
Ela também trabalha meio período numa famosa clínica especializada em lesões esportivas e diz:
"- É um trabalho fantástico e divertido onde encontro atletas em todos os níveis. Eu os levo de volta ao esporte da melhor maneira. Adoro vê-los voltando a ativa novamente. É um prazer fazer parte disso e ver a recuperação dos atletas lesionados".;

-Ela ama handebol e futebol, além de todos os outros esportes;

-Este aqui é um playlist exclusivo da modelo, com seus vídeos preferidos no Youtube. Reparem que "Ondina" não está em nenhum vídeo;

-Já a imagem abaixo é referente ao playlist de Petra Lundquist em seu perfil pessoal no Spotify, onde podemos ver que "Into the Night" está entre suas músicas preferidas:


DESCOBRINDO A 
VERDADEIRA VOZ DO ONDINA
Bom, como eu estava muito curioso para descobrir a voz real do Ondina (e também querendo mostrar aos "sabidões" de plantão que Petra Lundquist sempre foi só a modelo), fui atrás de investigar o projeto, de cabo a rabo.

Primeiramente, tentei procurar no facebook o criador do Ondina, John Oakfield, na esperança de "arrancar" alguma informação em sua página pessoal. 
Como eu não era "amigo" dele, eu também não tinha acesso às suas publicações, disponíveis apenas aos seus amigos. Então, na maior cara de pau enviei um convite de amizade à ele e também já mandei uma mensagem perguntando (de maneira bem direta) quem seria a verdadeira vocalista do projeto.
Como John Oakfield não é um usuário muito assíduo da rede social (a maioria dos gringos sinto que estão acessando cada vez menos...), ele demorou para me aceitar e me responder, mas isso aconteceu depois de uns 3 meses, após o meu primeiro e único contato.

 John Oakfield

Oakfield se demonstrou um tanto intimidado com a minha pergunta e perguntou o que eu quis dizer com "vocalista real". Ali eu percebi que ele "tremeu" um pouco, pois era uma pergunta tão clara e eu fui tão direto...como assim, "o que eu quis dizer"? Ele escondia algo e na verdade quis me perguntar: "como você descobriu a verdade, porra??"


Como eu já estava conversando com ele, respondi que algumas pessoas estavam afirmando que a vocalista é a mesma do Corona, a Jenny B, por isso eu queria essa confirmação, já que sempre fui muito fã do projeto Ondina.
Obviamente eu sabia que a vocalista não era a Jenny B, mas como eu tinha que continuar com a conversa, até ele me informar algo, eu simplesmente citei a Jenny B pois muitas pessoas comentam no Youtube que a voz é dela, então usei isso como argumento, esperando a sua resposta.
Após ele visualizar o nome "Jenny B", e ler o que digitei a respeito dos comentários no Youtube, ele simplesmente passou a não me responder mais. Não me bloqueou, visualizava todas as minhas mensagens, apenas não me respondia. 
Tentei elogiar o seu trabalho solo (que nem fez sucesso aqui no Brasil) tentando atrair novamente alguma atenção, mas Oakfield apenas visualizava e só me ignorava, rs. Foi aí que me lembrei que ele tinha me aceito quando solicitei sua amizade no facebook, então antes que ele me bloqueasse, fui fuçar nas suas publicações, que agora já estavam na íntegra disponíveis para mim.

Nestas "estalkeadas", percebi também que John Oakfield é uma pessoa muito "ciumenta" em relação as suas produções e odeia ver qualquer indivíduo se aventurando com seus materiais. Quando ele descobre remixes amadores envolvendo suas músicas, ele se demonstra bem zangado em seu perfil pessoal. Oakfield aparentemente tem muito orgulho de suas canções, sempre compartilhando notícias e vídeos que envolvam os seus projetos, como o Ondina e Robin Cook (aqui nesta publicação inseri apenas um print, logo abaixo, mas ele vive compartilhando informações sobre seus projetos na sua página pessoal).

John Oakfield e seu projeto Robin Cook

Também visualizei um comentário da modelo Petra Lundquist, lhe desejando "feliz aniversário" e ele respondeu, agradecendo-a todo educado e de maneira bem amigável, a chamando de "linda". Vi aí que eles ainda tinham um bom relacionamento.
Fui percebendo que nas publicações sobre o Ondina, ele sempre marcava uma tal de Jenny, e isso foi me deixando um tanto intrigado. Ele tem ainda hoje relações com a modelo Petra Lundquist, mas ele nunca a marcava, e sempre essa Jenny estava em suas marcações quando se tratava do Ondina... Muito suspeito, não? 
Então, eu cliquei no perfil dessa tal Jenny e mandei uma mensagem, perguntando se era dela a voz no Ondina. Tentei também procurar por alguma informação em seu perfil, mas suas publicações também estavam restritas para visitantes, então eu só conseguia ver poucas fotos dela (eu procurava por algum registro dela em algum estúdio ou palco). Mas quando digitei o seu nome completo no campo de buscas do facebook, aí apareceram várias fotos dela dos anos 80 ou 90, cantando em uma banda, em fotos publicadas por algum integrante da banda em que ela cantava na época.
Foi aí que... BINGOOO!
Ela é a cantora oficial do Ondina!
Seu nome? JENNY BRUSK!!

Quando a música completou 20 anos, ganhou uma nova versão em 2016. Na empolgação do momento, o produtor fez uma publicação e marcou novamente a voz real: Jenny. E nos comentários, entre eles dois:
este é um artigo do blog rikardomusic.blogspot.com
-Agora meu nome mudou para "Limmona" (Jenny Brusk)
- Bem mais cedo você se chamava Ondina (John Oakfield)
-Exatamente, mas eu sabia pelo menos sobre isso (Jenny Brusk, numa referência ao segredo entre eles)
- Quem diria que esta nossa música iria durar até hoje? (John Oakfield)


JENNY BRUSK É A DONA DA MARAVILHOSA VOZ NO ONDINA
Jenny Brusk: Além de ser uma talentosa instrumentista, ainda possui uma voz excepcional

Por isso o produtor tremeu quando eu disse "Jenny B". Mas foi apenas coincidência, pois eu apenas citei o nome da cantora do Corona e Playahitty, pois as pessoas estavam de fato comentando isso no vídeo de "Into The Night".

Bom, como se não bastasse, logo Jenny Brusk me respondeu no messenger e me confirmou que sim, que ela foi a vocalista do Ondina. Ela disse ser muito bacana receber a minha mensagem, pois não esperava conversar com um fã, depois de tantos anos.
Jenny Brusk me disse também que mudou totalmente de ramo profissional e que sente muitas saudades de cantar, pois era algo que realmente gostava de fazer, embora também esteja muito feliz e consolidada na sua atual carreira. 


"Oi! Sim, de fato sou eu"

Também enviei o link da música do Vestania "Fly Free" e perguntei se era dela a voz , aí ela disse que não, que nunca tinha escutado esta música antes. Também informou que não está cantando mais e que sente muita falta...

Ela também disse que além de cantar é instrumentista e que tocou numa banda chamada Punk Funk Union. Eu perguntei em quais outras músicas eu poderia ouvir a sua linda voz e ela me respondeu que cantou em algumas bandas suecas, como E.g., Stonefunkers, Sator e Oro. 
"Não tivemos tanto sucesso nestas músicas, então você vai precisar de sorte para encontrá-las", disse a simpática Jenny Brusk.


Aqui ela cita seus trabalhos musicais, como instrumentista e vocalista em outras músicas além do Ondina

Jenny Brusk atualmente é uma desenvolvedora de games bem sucedida na Suécia e reconhecida em alguns outros países pelo seu trabalho com jogos. Ela também é uma pesquisadora, professora e palestrante.
A vocalista do Ondina, que descobrimos com exclusividade

Na verdade, quando ela gravou no Ondina, já estava iniciando o seu trabalho com jogos, em 1996, como programadora no Tati / Vision Park. Mas aí, o seu sucesso neste ramo foi crescente, fazendo com que ela se dedicasse mais na área de games e cada vez menos na música. 

Ela também se tornou posteriormente a fundadora do DONNA, promovendo o desenvolvimento de jogos destinado ao público feminino. Ela aposta não só na igualdade de gênero, mas afirma:
"Também faço parte de um projeto no qual crio jogos que podem ser jogados por deficientes visuais em igualdade de condições e com igual satisfação."- Jenny Brusk

Ela tem também mais de 20 anos de experiência em lingüística computacional e é diretora de programa de Desenvolvimento de Jogos de Computador - Design e professor em vários cursos, como: Pré-produção de jogos guiados por histórias, Design e escrita de jogosMecânica Experimental de Jogos e Sistemas de Diálogo de Jogo.
É também supervisora ​​e examinadora de teses de bacharel em informática com especificação para desenvolvimento de jogos.

A talentosa Jenny Brusk já cantou em algumas bandas de rock/pop, soul, funk e também já foi instrumentista.

Jenny Brusk perguntou-me se sou músico também, e eu disse que não, apenas um admirador de belas vozes como a dela.
Seu nome completo é Jenny Carol Amenhie Brusk e nasceu na cidade Alingsås, na Suécia. Ela mora ainda hoje na sua cidade natal, ao lado do seu marido Thomas Oldrell (52 anos) e a sua filha adolescente Thea Brusk Oldrell (de 19 anos).
Jenny tem atualmente 50 anos de idade e a sua data de nascimento é 05/11/1968.
Uma pena, uma voz tão bonita como a dela, não estar nos estúdios gravando outras músicas tão boas quanto "Into The Night" e "Summer Of Love", mas se ela está feliz e satisfeita em sua atual carreira, então ficamos felizes também por ela...

"Tenho saudades de cantar"


CRÉDITOS

Composição: John Oakfield
Gravadora: Remixed Records (Suécia) / Spothlight (Brasil)
Produção: John Oakfield
VOCAIS (NÃO CREDITADOS): JENNY BRUSK

Um detalhe importante, é que nos agradecimentos na contra-capa do single "Into The Night", tem uma menção a uma tal de Jenny. Alguém tem dúvidas de quem seja?

 
OUTRAS MÚSICAS NA VOZ DE JENNY BRUSKY
Olha só que surpresa agradável, consegui resgatar 3 músicas que contam com a participação de Jenny Brusk nos vocais! Ela fez backing vocal nas referidas canções, todas do grupo sueco Oro (Organic Revolution Orchestra)
São músicas totalmente diferentes das gravadas no Ondina, então já estou avisando para não se surpreenderem com a diferença de estilos...
Estas canções pertencem mais aos estilos "folk", "experimental" e "rock-pop", sendo gravadas em 1995, um ano anterior ao Ondina. 
Desfrutem desta magnífica voz, que mesmo sendo uma voz de fundo, dá para reconhecer claramente os vocais desta brilhante vocalista:


Oro - Led Mig

Oro - Karlek Smittar

Oro - Direktorn Som Dog

Já sobre John Oakfield, após me ignorar no messenger, agradeci à ele por informar o nome da Jenny Brusk por diversas vezes em suas postagens no facebook, inclusive mandei prints destas suas próprias postagens onde ele a marcava em diversos momentos. 
Depois disso ele me respondeu, apenas com um emoticon, desfazendo a amizade em seguida.

O produtor do Ondina também mudou de carreira, infelizmente não trabalhando mais com músicas. 
Hoje ele tem uma empresa chamada Altalex Advokatkursercom foco na formação jurídica, ou seja, na capacitação de advogados. 
Que medo de ser processado...




Conecte-se com 
Jenny Brusk










AGRADECIMENTOS:

À Jenny Brusk

Imagens:
Internet (Google)