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domingo, 28 de abril de 2024

VALOR DA INDÚSTRIA DE DANCE MUSIC CRESCE E BRASIL É UM DOS PAÍSES QUE MAIS EXPANDE O GÊNERO


DEMANDA POR SHOWS, VENDAS FÍSICAS (CDS E VINIS) E GRAVAÇÕES DE DANCE MUSIC AUMENTARAM NOS ÚLTIMOS 12 MESES

Os fãs e o consumo de música electrônica estão a prosperar...


Segundo o site djmag.com, o Relatório de Negócios IMS 2024 - publicado na última quarta-feira,  24 de abril - mostra que a indústria da Dance Music está agora avaliada em US$ 11,8 bilhões e teve um aumento de 17% em relação aos 12 meses anteriores. 

A gravação de Dance Music também deu sinais de crescimento, as vendas físicas cresceram (CDs, Discos de Vinil) e o streaming aumentou 10% em 2023. Dentro disso, as gravadoras pequenas e independentes aumentaram a sua participação e agora respondem por 31% do mercado total. 

Países como o Brasil, o México, a Índia e a África do Sul foram todos identificados como territórios-chave que impulsionam e expandem o "fandom" da música eletrônica a nível mundial, que está a crescer mais rapidamente do que qualquer outro gênero

Neste período de um ano, a vertente Tech-House foi a mais popular que saiu no relatório, seguido pela House Music, Techno, "Melodic House and Techno" e Drum & Bass. O Afro-House é hoje o 23º estilo mais pesquisado no mundo, acima do Rock, Reggae, Hip Hop Clássico e do Trance.  

A demanda por shows também aumentou bastante. Foram arrecadados 9,2 mil milhões de dólares no último ano, superando em muito 2019 – o último ano “normal” não afetado pela Covid-19, que gerou 5,5 mil milhões de dólares. A música Dance gravada no estúdio é uma coisa, mas assistir uma apresentação Dance ao vivo é uma experiência totalmente diferente e memorável.

Os festivais são os principais geradores de dinheiro para muitos artistas de Dance Music e, ao contrário do hip-hop, seu sucesso transcende a geografia, tornando-se sucessos mundiais. Novos festivais de Dance Music já foram estabelecidos em países tão distantes como Cuba, Panamá, Vietnã e Filipinas. É verdadeiramente um gênero musical global.

Um estudo recente publicado pela Nielsen Music nos Estados Unidos analisou vários eventos de música ao vivo, e mostrou que os eventos de música eletônica foram os únicos geraram crescimentos nos lucros.

As danceterias - ou clubs - estão tendo o maior crescimento de público e de lucros arrecadados em dólares anualmente, enquanto que outras casas voltadas para outros gêneros não tiveram tanto crescimento ou estão, na verdade, observando uma tendência reversa.

A pandemia certamente não ajudou em nada nos shows, mas agora, os shows de Dance Music estão se recuperando melhor do que qualquer outro gênero. No geral, as empresas envolvidas na cena eletrônica tiveram um crescimento mais forte do que qualquer outro tipo de negócio, alcançando ganhos de 35%. 

"2022 foi um ano incomum, pois refletiu o efeito de recuperação pós-pandemia para os shows. Havia o risco de que 2023 lutasse para corresponder a essas expectativas, mas em vez disso, a indústria da música eletrônica cresceu fortemente mais uma vez, com resultados impressionantes, tendo um crescimento em praticamente todas as suas partes constituintes", disse Mark Mulligan, Analista da MIDiA Research e autor do IMS Business Report. 


Mark Mulligan, Analista da MIDiA Research: "A Dance Music é o gênero que mais cresceu nos últimos 12 meses"

"Fora isso, a cultura da Dance Music fez aumentar seus fãs mais rapidamente do que outro gênero, principalmente entre os fãs africanos, ilustrando a crescente pegada cultural da música eletrônica e suas vibrantes cenas globais”, continuou.

O artista mais rico da Dance Music atualmente é Calvin Harris, com um patrimônio estimado em US$ 300 milhões. Os demais são Tiesto com US$ 170 milhões, David Guetta com US$ 150 milhões, Steve Aoki com US$ 120 milhões e Thomas Bangalter com US$ 90 milhões.

Embora esses valores não cheguem nem perto dos principais nomes do hip-hop, rock ou pop, a taxa de crescimento do gênero é maior do que a desses gêneros mencionados de longe. 

Mas apesar do ótimo crescimento, o relatório reconhece vários desafios, como o crescimento do streaming - que continua difícil de ser monetizado de forma justa para os artistas. Há também uma certa preocupação com a A.I. (Inteligência Artificial), e alguns artistas estão com dificuldade em agendar seus shows.

Outro detalhe negativo, é que as mulheres que promovem a expansão do gênero ainda são particularmente desfavorecidas. No relatório consta que há uma maior probabilidade de serem injustiçadas, interrompidas, excluídas, questionadas e julgadas, mais que os homens que trabalham no mercado da cena eletrõnica. Temos vários casos recapitulados aqui no Blog de cantoras de estúdio, como Samira Besic, Martha Wash, Annerley Gordon, e tantas outras, que trabalharam arduamente em diversas produções e não tiveram nenhum reconhecimento dado (ou muito pouco). Não podemos nos esquecer também da desarmonia salarial entre homem x mulher que continua muito forte em nossa época atual.

Enfim, no geral, os resultados nestes últimos 12 meses para o mercado da Dance Music foram bem positivos, e a expectativa de todos é que 2024 apresente números mais satisfatórios ainda.


Rikardo Rocha


 Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado abaixo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA



Links sobre os Clássicos do Terror:

SEM AVISO (1980) (WITHOUT WARNING)





















REDNEX - "COTTON EYE JOE" (1994) QUEBRA RECORDE

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REDNEX - GRUPO DE EURODANCE É O MAIS OUVIDO DO YOUTUBE EM 26 DIAS!

 "Cotton Eye Joe" está completando 30 anos e voltou a ser uma sensação no Youtube!


A Eurodance pode impressionar àqueles que acham que o gênero está morto ou esquecido, e neste atual cenário o grupo Rednex nos prova que este estilo musical ainda está vivo e sendo celebrado por muita gente... 

Quem entre nós poderia imaginar que a canção "Cotton Eye Joe" - hit do sueco Rednex - fosse bater um recorde 30 anos após o seu lançamento original?? Pois é, isso mesmo!

A divertida canção de 1994 foi tocada 3 bilhões de vezes -  sim, 3 Bilhões , com "b" - em 26 dias!!

Tudo aconteceu através de uma série viral do youtube chamada Gedagedigedagedago, que é na verdade uma produção visual criada pelo canal GoLub. Os vídeos postados neste canal são bem curtos, trazem diversos personagens animados (e bem bobos), e alguns incluem trechos da famosa canção de eurodance "Cotton Eye Joe".


Vídeos curtos fizeram a música de 1994 "crescer" no Youtube de maneira grandiosa

Logo após a viralização no youtube, a música do Rednex subiu em seu número de reproduções 28 vezes maior que o videoclipe mais popular do YouTube... ou seja, "Cotton Eye Joe" do Rednex atingiu a marca de um bilhão de visualizações em apenas oito dias, uma conquista que a cantora Adele levou 87 dias para alcançar com seu single “Hello”!!

De acordo com um comunicado de imprensa emitido pelo Rednex, a responsabilidade – ou culpa – por esse desempenho recorde aconteceu devido aos Shorts do YouTube:

“Na esteira do crescimento explosivo do YouTube Shorts, esta última viralidade gerou 20 milhões de horas de audição no período de 26 dias. Isso equivale a 700 milhões de visualizações tradicionais e o suficiente para afirmar que Rednex é atualmente o artista mais tocado do mundo.”

“Está acontecendo uma mudança de paradigma onde perguntamos: como o sucesso musical é melhor medido?” disse o cofundador do Rednex e produtor de "Cotton Eye Joe" - Pat Reiniz.


Pat Reiniz é o "dono" do Rednex desde o início do grupo

Ele, que também foi um membro visual do Rednex em seus primórdios, continuou:

"Este feito foi causado graças a milhões de criadores de vídeos que geraram bilhões de vídeos curtos contendo a música do Rednex, em oposição à forma tradicional de ouvir músicas. Será um desafio para a indústria musical refletir sobre estas várias contagens em gráficos / medições, e até questionarão como será daqui para frente e se algo será mudado para coletar melhor estes dados."

Para os fãs de Eurodance que ainda não entenderam, ou que subestimam a banda Rednex, é bom frisar que a música de Eurodance foi ouvida por 12% de todos os telespectadores do You Tube e 4% da população mundial.

Coincidentemente, uma das formações do Rednex também está iniciando uma turnê no Brasil. Segue a agenda completa com as cidades que receberão os caipiras:


Turnê do Rednex passa pelo Brasil!
Bom show para quem for vê-los!!

Para saber qual formação do grupo virá ao Brasil, quem são os verdadeiros cantores e também se informar sobre todas as tretas e "causos" do Rednex, clique aqui.


quinta-feira, 25 de abril de 2024

2 BROTHERS ON THE 4TH FLOOR - RAPPER D-ROCK ANUNCIA QUE FOI DIAGNOSTICADO COM PARKINSON

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-RIKARDO ROCHA

RAPPER D-ROCK, DO GRUPO 2 BROTHERS ON THE 4TH FLOOR, ANUNCIA DOENÇA AOS FÃS

D-Rock é um dos ídolos da Eurodance e encantou a geração anos 90 com suas letras positivas, alegres e contagiantes 


O rapper D-Rock (2 Brothers on the 4th Floor) anunciou que tem a doença de Parkinson nessa quinta-feira, 25 de abril de 2024, num programa de TV chamado "90's Dance" da emissora holandesa NPO3.

No programa ele disse que foi diagnosticado há cerca de quinze anos com a doença, mas que até agora não quis divulgar isso ao público.

“Quando eu tinha 38 anos, fui diagnosticado com Parkinson”, disse D-Rock, cujo nome verdadeiro é René Phillips e tem atuais 54 anos. 

O rapper contou à apresentadora Hila Noorzai que, a princípio, não conseguia acreditar que estava doente. "Eu não queria acreditar. Isso para mim era impossível. Eu ainda era tão jovem, sabe... Tinha 38 anos. Não cara, isso não é possível, não acreditei. Mas era verdade", disse o rapper.


D-Rock contando sobre a sua doença para a TV NPO3. Claramente percebemos um nítido desconforto nele ao contar sobre o seu problema de saúde...

D-Rock decidiu não compartilhar seu diagnóstico com o público, só agora, depois de 15 anos (e após ser submetido a uma cirurgia) que ele resolveu se abrir com os fãs:

 "O show deve continuar. Nós apenas temos que seguir em frente. Eu não queria ser o motivo da nossa agenda de shows estar em baixa. Pensei: vou continuar e não contar a ninguém" 

O rapper esteve visivelmente emocionado e entristecido em contar a sua história: “É difícil, não é?” 

A sua parceira de mais de 30 anos de estrada, Des-ray, também esteve com ele e o confortou neste momento de visível dificuldade.

“É um grande passo”, disse a vocalista sobre a revelação, e D-Rock afirma na sequência: “Também é assustador. Tipo: como as pessoas vão reagir?” 


Des'Ray também conviveu com uma séria doença há alguns anos, quando enfrentou um câncer. Hoje a vocalista está curada


Des-ray relembrou ainda o momento quando D-Rock percebeu que tinha Parkinson: "Ele começou a se tremer numa apresentação, e foi piorando tanto que ele teve que se sentar. Ele não aguentava mais."

Com o tempo, D-Rock aceitou que tinha que conviver com a doença, também fez uma cirurgia no cérebro, e hoje consegue “regular” melhor os seus tremores. 

E sobre o rapper continuar atuando nos palcos sem despertar a desconfiança da plateia, isso se deve em parte ao seu neuroestimulador, implantado na cirurgia:

"Isso é um salva-vidas. Estou feliz por ser um dos primeiros a conseguir isso. Se minhas mãos ou pernas estão tremendo, posso regular isso com esse neuroestimulador”, diz D-Rock.


‘Tenho que ser realista, afinal tenho Parkinson’

Des'Ray e D-Rock formam uma das duplas mais amadas da Eurodance

D-Rock afirmou ainda que espera poder se apresentar por muito tempo com o grupo 2 Brothers no 4th Floor:

“Quero continuar me apresentando com o 2 Brothers por muito tempo, mas também tenho que ser realista, afinal tenho Parkinson.”

O rapper chama essa doença de “estranha”. "Posso me sentir muito bem agora, mas em dez minutos posso ficar muito deprimido ou meu corpo pode reagir de maneira muito diferente. Mas acho que o futuro será bom."

O grupo holandês 2 Brothers on the 4th Floor foi fundado pelos irmãos Bobby Boer e Martin Boer, tendo o seu auge na década de 1990. Eles fizeram muito sucesso mundialmente e emplacaram singles como "Never Alone", "Dreams (Will Come Alive)", "Let Me Be Free", "Fairytales", entre muitos outros hits das danceterias e rádios.


"Dreams (Will Come Alive)" foi a música mais bem sucedida do 2 Brothers On The 4th Floor aqui no Brasil (embora eles também tenham outras faixas bem conhecidas)

Vale lembrar que D-Rock e Des'Ray estiveram aqui no Brasil em março de 1995 (uma única vez!), e cantaram os seus principais sucessos no Close Up In Concert Dance Festival, além de "Fly (Fly To The Stars Skies)"- que na época era um single novo do grupo.


O Blog Rikardo.Music deseja que D-Rock continue tendo uma excelente resposta com o seu neuroestimulador, e que ele atue com o 2 Brothers On The 4Th Floor por longos e longos anos...

Fonte: Vídeo completo do programa holandês (sem tradução)


domingo, 21 de abril de 2024

SOPHIE ELLIS-BEXTOR LANÇARÁ NOVAS MÚSICAS ATÉ O FINAL DE 2024

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-RIKARDO ROCHA


SOPHIE ELLIS-BEXTOR: OS ANOS 2000 ESTÃO DE VOLTA COM ELA, E TRARÃO TAMBÉM SEU NOVO ÁLBUM!

Estrela da Dance-Pop dos anos 2000 está de volta e pronta para lançar seu novo álbum ainda neste ano!

Sophie Ellis-Bextor é uma cantora inglesa, nascida em 10 de abril de 1979, e ficou conhecida na cena Dance após contribuir com o produtor Spiller, estourando com o hít "Groovejet" (1999)  - licenciado aqui no Brasil pela sempre citada Paradoxx Music.

A vocalista que deu corpo definitivo à track, declarou em 2000 que não estava nem aí para o sucesso de "Groovejet": "Dance Music é algo que eu nunca imaginei trabalhar musicalmente. Minha meta sempre foi o BritPop!".

Acredite, essa belíssima dama de voz envolvente tinha uma preferência em fazer parte do time das meninas que faziam projetos solos, como a "Posh Spice" - Victoria Beckham

Devido ao sucesso da sua colaboração com Spiller, Sophie Ellis-Bextor partiu para a sua carreira solo e apresentou as suas novas faixas de trabalho...e felizmente, todas no estilo Dance!


Sophie Ellis-Bextor - "Murder On The Dancefloor" (2001)
Video Oficial

"Murder On The Dancefloor", "Take Me Home" e "Get Over You" foram músicas que balançaram o início dos anos 2000 e estiveram no topo das paradas, inclusive, lembro até de uma rádio de pagode daqui de São Paulo que fazia questão de tocar em sua programação a charmosa "Take Me Home"...

E para a surpresa geral da nação, "Murder On The Dancefloor" - que é uma canção de 2001 - voltou a se popularizar entre os jovens recentemente... Tudo deu início porque a faixa entrou para a trilha sonora de um filme recente chamado "Saltburn", e assim, explodiu novamente nos charts mundiais e lançou fortes holofotes para a bela e talentosa Sophie Ellis-Bextor.


A cantora Sophie Ellis-Bextor voltou e não mudou praticamente em nada...mantendo a sua beleza, talento, jovialidade e "psicopatia" nas pistas!

Vale lembrar que o interesse do público também levou a estrela de "Murder On The Dancefloor" para uma turnê pelos Estados Unidos e a um contrato com a gravadora Universal Music, e diante desta alta procura, é lógico que a cantora revelou estar pronta para retornar com um novo álbum...afinal, nessas horas surgem (até de bueiros) vários produtores, gravadoras e compositores interessados em trabalhar com o artista. 


Richard 'Biff' Stannard 

Richard 'Biff' Stannard - um famoso compositor e produtor do Reino Unido - já revelou que está trabalhando com Sophie em faixas inéditas de seu próximo álbum. Sophie Ellis-Bextor, por sua vez, está frequentando os estúdios e já elaborando as novas faixas. O novo álbum da artista ainda não tem nome e nem previsão de lançamento, mas será lançado até o final de 2024 e contará com alguns dos maiores e mais bem-sucedidos compositores e produtores do pop/dance.

O marido de Sophie, Richard Jones, confirmou ainda que a artista se reuniu com a cantora / compositora Cathy Dennis (que escreveu alguns dos maiores híts de Kylie Minogue, Britney Spears e da própria faixa de Sophie - "Catch You") e a convidou para trabalhar neste seu novo álbum.


Cathy Dennis tem um currículo impecável na indústria musical, tendo escrito hits dançantes para Britney Spears ("Toxic"), Kylie Minogue ("Can't Get You Outta My Head") e etc, além de ter sido uma cantora de Pop-Dance em 1990 e apresentando sucessos solo, como "Touch Me (All Night Long)" e "Just Another Dream"

Sophie revelou também que esteve no estúdio com o colaborador frequente Ed Harcourt e com a lenda das discotecas Nile Rodgers... Ou seja, vem aí mais material na linha Dance Music:

"Eu tenho escrito músicas. Estive em estúdio com Ed Harcourt e Nile Rodgers. Foi realmente muito divertido. Você acredita? Fizemos algo meio estranho. Eu gosto disso. Eu gosto muito" , disse ela (via coluna Bizarre do The Sun).

Sobre a fase atual da cantora, fontes afirmam: “Sophie se tornou uma estrela global novamente. A Universal, sua antiga gravadora, a recontratou e ela lançará novas músicas ainda este ano. É provável que ela seja uma estrela maior do que era antigamente. Isso surgiu do nada para Sophie e ela está emocionada e muito animada.”


Album novo para 2024
Sophie Ellis-Bextor no estúdio com Richard 'Biff' Stannard e outros produtores


Sobre a sua popularidade estar em alta novamente após "Murder On The Dancefloor" ser adicionada em "Saltburn", Sophie Ellis-Bextor acrescentou: 

“É simplesmente uma coisa extraordinária e muito difícil de entender. Parece um pouco mais real agora, mas estou tentando fazer o meu melhor para apenas aproveitar.”


Venha nos matar de dançar mais uma vez, Sophie! Nossos pés são todos seus!!

sexta-feira, 29 de março de 2024

AIRPLAY -"THE MUSIC IS MOVING" (2001) E ASTROLINE - "CLOSE MY EYES" (2000) - DOIS PROJETOS NA VOZ DE KATHLEEN GOOSSENS

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-RIKARDO ROCHA

AIRPLAY & ASTROLINE


DOIS NOMES QUE OS FÃS DA DANCE MUSIC DOS ANOS 2000 SE RECUSAM A ESQUECER!

O QUE FOI O AIRPLAY?

O Airplay foi um projeto belga de Trance do início dos anos 2000, inclusive, esta foi uma época muito rentável e produtiva para os lançamentos do gênero. Foi aí que estouraram também Alice DJ, Kriss Grekò, Lasgo, Ian Van Dahl, Fragma, Dee Dee, Astroline, e tantos outros que você - fã de Eurodance -  com certeza deve se lembrar.

Infelizmente o Airplay só teve uma música lançada, que é justamente "The Music Is Moving" (2001), e também não realizou performances ao vivo e nenhuma turnê. O único single foi distribuído no saudoso ano de 2001 e possui aquela já conhecida vibe lamentosa, vocal hipnotizante e teclados altamente delirantes que conquistaram os clubbers dos anos 2000.


Airplay - "The Music Is Moving" (2001)

A faixa foi recebida aqui no Brasil pela Fieldzz Discos e entrou também na programação de várias rádios e danceterias, além de ter sido adicionada em algumas compilações brasileiras de Dance Music, como os CDs "Chupim", "Radio DJ 97 FM" e "Planeta DJ Vol.3".

No geral, o projeto foi criado e produzido pela dupla de produtores Danny Corten e Eddy Weyns, dois especialistas da cena "dance" belga dos anos 2000. Além de produzir a música, a dupla também se encontra creditada como os compositores da letra, que nos diz:


Airplay - "The Music Is Moving" (2001)

"Há alguma coisa dentro de mim, e eu nunca me senti tão forte antes

É a música que está dentro de mim, será que é ela que continua me levando pra frente?

A música está se movendo...

E ela continua me levando pra frente..."


Danny Corten: DJ e um dos compositores / produtores do Airplay


Danny Corten nasceu na cidade de Antuérpia (Bélgica) em 9 de fevereiro de 1974, e seu interesse pela música começou desde quando era muito jovem. Além de muitos trabalhos como produtor, Danny Corten tocou como DJ em club's de diversos países, como os EUA, Canadá, França, Portugal, Rússia, Croácia e Reino Unido. Em 2001 ele fez essa parceria com Eddy Weyns e lançaram "The Music Is Moving" para o projeto trance Airplay. 

Já em 2004, quando o Trance perdia a sua força, Danny Corten se juntou com o produtor Mark Carpentier e produziram o conhecido projeto Paris Avenue, que seguia uma linha mais direcionada ao House. Com os vocais de Robin One, o trio alcançou o sucesso com a espetacular faixa "I Want You" (2004), que aposto que você dançou muito.


Eddy Weyns: DJ e um dos compositores / produtores do Airplay

Sobre Eddy Weyns, ele nasceu na cidade de Turnhout (Bélgica) em 05 de junho de 1965, começando a sua carreira como DJ em 1994, além de atuar como produtor em muitos projetos. Weyns ainda abriu o seu selo independente, a Byte Records, em 1999, e foi lá que eles gravaram "The Music Is Moving" do Airplay (Byte Studio 1).

Atualmente Eddy Weyns trabalha no grande evento Tomorrowland (desde fevereiro de 2019). Como produtor, ele produziu outros projetos importantes do Trance, como o Zippora - que trazia a vocalista Zippora De Brauwer.


O CLIPE DO AIRPLAY É UM MATERIAL RECICLADO

Eu sou fã de "The Music Is Moving" desde 2002, quando o DJ do club Grêmio CP a tocava e fazia toda a galera viajar na pista! 

É o único single do projeto; não teve nenhuma performance ao vivo; mas pelo menos existe um videoclipe oficial para a música, certo?

Bem, mais ou menos...

Este material foi filmado numa estação de metrô em Praga - cidade da República Checa - e automaticamente faz a gente se lembrar de outras dezenas de produções da época, como a videografia do LasgoMadelyneDee Dee4 StringsNovaspace, entre outros projetos dos anos 2000. 

Podemos também sentir que há um tom futurista no vídeo, e isso inclui cenas que combinam com a sonoridade da música... Funciona como uma obra que veio do futuro, e na minha opinião, soa muito mais atual que muitos sucessos que estão aí nos charts recentes!

Mas agora, vem a maior surpresa!!

Vocês sabiam que, na verdade, este video é de uma outra música - e que em nada tem a ver com "The Music Is Moving" do Airplay?


Split - "Perfect Bass" (1997)
Video Official

Pois é... Oficialmente este vídeoclipe pertence a música do projeto alemão Split - "Perfect Bass" (1997), que estranhamente não tem nenhuma correlação com os produtores do Airplay - "The Music Is Moving" (2001). Então, a pergunta que fica é: Como essa junção ocorreu e quais foram os motivos que levaram a isso?

A resposta é: Foi a gravadora "EastWest" (representante dos dois projetos na Alemanha) que resolveu reutilizar este vídeo de 1997 para "The Music Is Moving" do Airplay, muito provavelmente para economizar no "caixa". Ou seja, foi enviado para as emissoras de TV (e sites) o mesmo clipe para duas músicas diferentes... Curioso isso, né?

Falei também com Eddy Weins do Airplay, e olha só como ele ficou surpreso com essa história do vídeo... Deixo aqui também os meus agradecimentos ao Eddy, por ter sido tão solícito neste rápido bate-papo que tivemos:


UMA RÁPIDA CONVERSA COM O PRODUTOR EDDY WEYNS

Eddy Weyns

Olá Eddy, eu sou do Brasil e muito fã da canção "The Music Is Moving" do Airplay. Por favor, você pode me confirmar se houve alguma apresentação ao vivo desta música? 

Eddy Weyns: Olá Rikardo, obrigado pela sua mensagem. Fizemos um vídeo, mas não houve apresentação ao vivo. A vocalista, nós contratamos para uma "sessão de estúdio" e esse foi o resultado. Tudo de bom para você, meu amigo!

Obrigado por me responder, Eddy! Você pode me contar como foi produzir este projeto? Quem escolheu o nome "Airplay"? Tenho um blog sobre música aqui no Brasil e estou escrevendo um artigo sobre essa bela track de 2001. Muito obrigado mais uma vez!

Eddy Weyns: Foi só mais um dia comum no escritório (risos). Não, só estou brincando, vou te contar como foi. Eu estava trabalhando como produtor interno de gravações da Byte Records. O grande "boss" queria novos artistas para suas marcas / gravadoras, então convidou um dos DJs da época (Danny Corten) para fazer uma sessão comigo no estúdio. Danny tocou alguns discos que eram tendência naquela época, acho que o projeto Rank1 esteve nesta lista, e tentei seguir a mesma vibração deles. Fiz depois alguns riffs bem legais com o teclado Roland jp8080, escrevi algumas letras e convidei uma garota para cantar.

Ótimo! E por acaso essa garota é Kathleen Goossens do Astroline?

Eddy Weyns: Aí você mostrou que sabe!

Você também perguntou sobre o nome do projeto, então eu irei te responder. Como o nome "airwave" já havia sido captado por meu amigo Laurent Veronnez, e o nome "airscape" por meu outro amigo Johan Gielen, resolvemos escolher pelo "airplay". Não me lembro por que precisávamos tanto de "ar" (risos).


Rank 1 -  "Airwave" (1999)
Segundo o próprio Eddy Weyns, ele se espelhou no projeto Rank 1 para criar "The Music Is Moving" do Airplay

Por que o Airplay não lançou mais músicas? Você se lembra?

Eddy Weyns: Sim, eu me lembro, infelizmente. Danny não tinha muito tempo. Ele tinha um emprego de período integral durante a semana, e nos finais de semana sempre ia fazer shows em todos os lugares. Ele ainda tinha um relacionamento com uma mulher nos Estados Unidos, então era bem difícil a gente conseguir se unir. Quando finalmente encontramos tempo, começamos um novo trabalho. Estava quase terminado, muito promissor... mas, o meu disco rígido morreu e perdemos tudo. Danny ficou furioso e essa foi a última vez que ele trabalhou comigo. Mas fiz alguns outros projetos com outras pessoas legais, como Gemini II, Zippora, Robert Armani, Definitely n.o.t, etc...


Esta imagem é apenas uma parte de um Top 25 das músicas mais tocadas da rádio paulistana Metropolitana FM, referente ao mês de Março de 2002. Percebam que "The Music Is Moving" do Airplay estreou em #8. 
Há exatos 23 aninhos...

E atualmente? Você tem produzido músicas novas?

Eddy Weyns: Eu sempre estou produzindo música, é isso que eu faço, as pessoas gostem ou não.

Em 1997 um vídeo foi lançado para o projeto Split - "Perfect Bass", mas a gravadora alemã utilizou este mesmo vídeo para o projeto Airplay. Você sabia disso? (Enviei também o link do vídeo para Eddy)

Eddy Weyns: Haha eu não sabia disso... como isso é engraçado (risos).

Confesso que o vídeo ficou melhor com a sua música...

Eddy Weyns: Qualquer vídeo ficaria melhor com a nossa música (risos).

Concordo! "The Music is Moving" é fantástica até hoje! Nunca envelhece!! Muito obrigado por produzir este projeto. Faz parte da vida de tanta gente...

Eddy Weyns: Eu estou honrado. Obrigado Sr. Rikardo.

Muito obrigado por esta conversa, estimado Eddy!

Eddy Weyns: Agradeço meu amigo. Se cuide!


A VOCALISTA DO AIRPLAY

Kathleen Goossens

Dentre os colaboradores do Airplay, temos a não menos importante participação da vocalista (citada logo acima), pois com a sua marota e cativante voz deu muita emoção e profundidade para "The Music Is Moving"

Kathleen Goossens nasceu em Lier, Bélgica, no dia 23 de maio de 1976, e tem atualmente 47 anos de idade. Ela começou a trabalhar profissionalmente depois de se formar em Marketing, conseguindo um emprego de meio período numa agência de artistas dirigida por sua irmã e, como resultado, acabou indo parar no projeto Astroline em 1997.


O QUE FOI O ASTROLINE?

A vocalista Kathleen Goossens (jaqueta jeans) com a dupla de dançarinas - que visualmente também eram personas importantes para a imagem do Astroline

O Astroline foi um projeto que obteve muito mais reconhecimento que o Airplay, justamente pela quantidade de músicas que lançou (7 singles), pela quantidade de shows que realizou e também por sua longevidade no mercado da cena eletrônica - se mantendo ativo de 1997 até 2001. 

Na verdade, o Astroline não teve um fim definitivo, pois voltou a se apresentar nos festivais de "revivals" alguns anos após o seu término, e estão até os dias atuais performando nestes eventos que celebram os anos 90 e 2000, contudo, o seu trabalho criativo e produtivo em estúdios durou de 1997 até 2001.

Os realizadores do Astroline são Bart Smolders (conhecido também como DJ Bart), Peter Luts (um dos produtores do Lasgo), Gert Corvers (um dos produtores de Esther), Christophe Chantzis (produtor do Absolom e Ian Van Dal), Stefan Wuyts (DJ Jimmy Goldschmitz & Heliac) e também, é claro, temos a presença da compositora, dançarina e vocalista Kathleen Goossens.


Astroline: Christophe Chantzis, Peter Luts e Kathleen Goossens, entre dançarinos como Cindy De Visschere (atualmente administradora comercial), Ellen Kempenaers (atualmente gerente de uma empresa que trabalha com modelos/recepcionistas/anfitriãs para eventos), Ann Houben (ainda trabalha como dançarina), e etc.
Peter Luts também subia aos palcos para performar com seus teclados, assim como já fez Gert Covers algumas vezes...
Além da vocalista, produtores e dançarinas, na foto temos Feront Pascale (vocal do Absolom - que atualmente trabalha numa acessoria financeira e ainda atua como cantora). 


Kathleen Goossens

Kathleen foi a cantora oficial do Astroline, mas o projeto costumava apresentar, além da vocalista, duas dançarinas "imagens" que apareciam bastante frente ao grupo: An Hoube e Katarina Vincente.

Curiosamente, esta ideia de mostrar três garotas sexy's frente a um projeto continuou no início do também belga Ian Van Dahl, onde tínhamos Annemie Coenen e as dançarinas Jeanine e Diana. Na realidade, este era um conceito habitual em outros projetos trance da época - como o holandês Alice Deejay - que visava a "vocalista" mas não deixava de jogar holofotes de igual para igual nas duas dançarinas (principalmente nas imagens promocionais).


OS SINGLES DO ASTROLINE

Em resposta a uma pergunta que fiz à vocalista (via instagram), Kathleen Goossens contou que gravou apenas algumas músicas do Astroline, e que outras foram gravadas por cantoras de estúdio!! 
Confira algumas imagens capturadas da conversa que tivemos, onde ela destaca que gravou todas as músicas do Orion Too e apenas algumas do Astroline:

Kathleen Goossens confirmou que gravou com a sua voz as canções do Astroline -"Close My Eyes", "Angels", "Take Care Good", "Smiling Faces" e que também foi a backing vocal em "Feel The Fire" (temos uma outra vocalista principal em sua maior parte). 
Já as canções "No Way Out" e "Happy Christmas, War Is Over", estas foram totalmente gravadas por cantores de estúdio. Numa outra conversa, Kathleen confirmou que gravou "The Music Is Moving" do Airplay e complementou que adoraria receber um convite de algum produtor de eventos para se apresentar no Brasil (quando eu informei à ela que receberemos a Tour de Evi Goffin em abril/ maio - 2024):

 "Faça chegar no ouvido dos managers, por favor, eu iria adorar!"



TODOS OS SINGLES DO PROJETO (1997-2001)


"Take Good Care" (1997)

-Vamos começar do começo. A primeira produção do Astroline foi "Take Good Care" (1997), escrita e produzida pela dupla Bart Smolders / Christophe Chantzis, e com trechos cantados por Kathleen Goossens, como vemos nos créditos do vinil belga: ''Vocais de Kathleen G.". E claro, a própria Kathleen nos confirmou que é a voz dela neste 1º single do projeto.

Sobre a produção de "Take Good Care" (1997), esta é uma viagem potente e lasciva do Trance noventista, de uma época que era "radical" demais para ser tocada no "As 7 Melhores" da Jovem Pan. Foi originalmente lançado em 1997 e apresenta um "featuring" em sua capa: Astroline Feat. DJ Bart;


"Smiling Faces" (1998)

-No segundo single "Smiling Faces" (1998), os créditos para compositores e produtores estão direcionados para Bart Smolders, Peter Luts e Gert Corvers. É mais um trance que não chegou ao Brasil, infelizmente...

Para a vocalista, o crédito está informado como ''Vocais de Kathleen G.", e de fato, é a voz dela que ouvimos neste single;


"Feel The Fire" (1998)

-O trabalho seguinte foi "Feel The Fire" (1998), escrito e produzido por Christophe Chantzis, Bart Smolders, Gert Corvers e Peter Luts. 

Se saiu muito bem nas paradas belgas, principalmente no Ultratop Dance Chart - onde conquistou o 1º lugar. É uma das minhas favoritas do Astroline, e sem dúvidas, é uma track extremamente eletrizante até hoje!


Astroline - "Feel The Fire" (Live - Year: 1999)
Kathleen Goossens canta ao vivo e também é muito bem articulada em cima do palco, provando ser, sem dúvidas, uma das melhores vocalistas do Vocal Trance Belga. 

Apesar do trecho animadinho "Da dum da da di da oh eh" ser cantado por Kathleen Goossens, ouvimos ainda uma voz diferente na maior parte em "Feel The Fire", e quando vamos verificar os créditos no verso do disco constatamos que estes apresentam a informação: "Vocais de Kathleen G. & Cindy". Ou seja, tem essa outra participação feminina em "Feel The Fire", de alguém chamado Cindy.

Perguntei à Kathleen Goossens se ela lembra do nome completo da vocalista principal de "Feel The Fire", mas ela disse não se lembrar, então, o que me restou a fazer? Recorrer por outros meios, é claro...  

Pois é, meus amigos! Agora vamos de mais uma exclusividade deste Blog:


Cyndi ainda sente o fogo da música...

No perfil (do Facebook) de Peter Luts encontrei várias mulheres com o nome de Cindy, e depois de checar diversas dessas contas, encontrei a cantora de "Feel The Fire"!! Coincidiu da pessoa ter o mesmo nome daquela que foi creditada no single, além do fato de ser uma cantora.


Cindy Buckenberghs foi uma das vocalistas do Astroline, nunca mostrada antes, mas que você fica sabendo aqui...

O nome da vocalista é Cindy Buckenberghs, nasceu no dia 05 de agosto de 1975, tem atuais 49 anos de idade. Ela canta atualmente músicas no estilo Rock.

Não precisei perguntar para a cantora se ela gravou "Feel The Fire" do Astroline, pois escutando a sua voz em seus vídeos ao vivo, pude perceber facilmente o quanto a sua voz continua inconfundível... mas, ainda teve um outro motivo plausível para que eu tivesse certeza de que era ela:


Cindy relembra "Feel The Fire" numa postagem de 2022


Vasculhei o Facebook de Cindy Buckenberghs e encontrei uma materialidade muito importante, onde ela cita a canção do Astroline, inclusive, ainda não fica muito contente com o crédito minúsculo que lhe deram:

"Memórias com Ilona Gybels... Tirando algumas músicas de gavetas antigas... 'Feel The Fire' com Astroline, estou referida como Cindy (7)??? Não tem graça!" (algo como "só isso", "que chato")

Mesmo assim surgiu uma oportunidade de conversar com a vocalista e ela confirmou-me que gravou apenas "Feel The Fire" para o Astroline, e que "Happy Christmas, War Is Over" não é com ela nos vocais, como deduzi inicialmente que pudesse ser.


"No Way Out" (1999)

-"No Way Out'' (1999) foi o quarto single e apresenta uma letra composta por Kathleen Goossens e Elfi Strackx. 

Segue o mesmo estilo extasiante das produções anteriores e não há vocais mencionados no single. A voz da cantora, percebemos que está diferente... não é a voz de Kathleen (apesar da própria ter sido uma das compositoras da faixa).

 Quem seria a cantora, afinal? Outra exclusividade que você só vê aqui:


A cantora de estúdio da música "No Way Out" do Astroline

A cantora aqui é Elfi Strackx! Sim, uma das compositoras da música! Rastreei o seu nome e percebi que hoje ela atende por Elphy Strackx (às vezes é encontrada como Elfi) e trabalha desde 2014 numa empresa chamada "Positive Vibes" - voltada ao ramo de coaching / treinamento, com foco motivacional / habilidades pessoais. Indo mais a fundo, alcancei também o seu perfil artístico. Ela é realmente uma compositora / vocalista e ainda está ativa na Bélgica, cantando principalmente em casamentos (foto acima). 

Elphy cresceu em uma família musical. Seu pai era guitarrista / cantor amador e possuía uma extensa coleção de discos, que Elphy começou a explorar desde cedo. Aos 9 anos ela espontaneamente começou a cantar esses discos. O talento de Elphy também não passou despercebido na escola e ela logo foi selecionada para o coral local. Pouco depois, quando tinha apenas 14 anos, participou do show VTM Soundmix regravando a música "Queen For Tonight" de Helen Shapiro, que lhe rendeu uma considerável visibilidade. Logo depois ela se juntou ao grupo feminino Secret Fantasy, junto com Linda Mertens (sim, ela mesma, do Milk Inc., também em seu início de carreira). 


Elphy escreveu e cantou para o Astroline na faixa "No Way Out", além de outros projetos de Trance da época...

Através de algumas apresentações de sucesso na TV, Elphy teve contato com vários compositores e produtores conhecidos, incluindo Miguel Wiels, Peter Gilis, Daniël Moerenhout e Peter Luts. Foi aí que ela gravou algumas faixas de Dance Music, como:

- "The Music" Fiocco (1999, Antler-Subway, EMI Music Belgium)

- "No Way Out"Astroline (1999, Antler-Subway)

- "Virtual Love" - Requiem feat. Chiara Gio (2002, Antler-Subway)


Escrevi uma mensagem na página da Elphy (onde ela oferece seus serviços como cantora de casamentos), e depois de algumas semanas ela me respondeu por e-mail:
"Oi Rikardo. Obrigada por sua mensagem. Sim, eu fui a cantora de 'No Way Out' do Astroline. Saudações da Bélgica! Elphy"
14/04/2024

Depois disso, Elphy fez muitos trabalhos de estúdio para álbuns de outros artistas, e hoje continua cantando e se apresentando, embora também tenha uma outra profissão, como mencionado.

E para concluir de vez, Kathleen Goossens fez apenas as apresentações ao vivo de "No Way Out", já que as gravações no estúdio aconteceram com Elphy Strackx;


"Angels" (2000)

-"Angels'' (2000) foi o quinto single do Astroline. Possui uma vibe que vai te levar aos céus e teclados mais que ensandecidos! É mais uma belíssima faixa que merece ser endeusada pelos fãs em todas as dimensões possíveis:


Astroline - "Angels" (Live - Year: 2000) 

Os créditos da letra de "Angels" são de Peter Luts, Kathleen Goossens e Gert Covers, no entanto, sem vocais creditados no single. 

Esta é uma das faixas que eu mais gosto do Astroline, e a própria Kathleen Goossens afimou que, não apenas a compôs, como também a gravou com sua voz;


"Close My Eyes" (2000)

"Close My Eyes" (2000) foi o maior sucesso do Astroline no Brasil, e na época, chamada também pelos DJ's como uma "música de Paty". 

A voz na canção não nos deixa dúvidas, é pertencente a Kathleen Goossens, mas mesmo assim podemos checar o seguinte crédito no vinil: ''Vocais de Kathleen G.". 

E não estranhe se este sexto single do Astroline se assemelhar muito com os singles do Lasgo, tenha apenas em mente que a letra de "Close My Eyes" foi composta simplesmente pela dupla David Vervoort e Peter Luts (a dupla do Lasgo), além da produção ser totalmente de Peter Luts;


"Happy Christmas, War is Over" (2001)

-Enquanto aqui no Brasil os jovens se deleitavam nas danceterias com a viciante "Close My Eyes", na Bélgica o Astroline lançava o seu último single "Happy Christmas, War Is Over" (2001), que foi uma regravação de John Lennon e que serviu também como uma mensagem de paz e de conforto às pessoas  -  que estavam chocadas e amedrontadas após aos ataques terroristas do fatídico 11 de Setembro.

Foi lançada em coletânea natalina no ano de 1999, mas ganhou lançamento oficial em single no ano de 2001.

Não há créditos vocais informados no single, mas eu já tinha a convicta certeza de que a vocalista aqui não seria Kathleen Goossens. Foi através desse vocal diferente que resolvi entrar em contato com a loira, e assim Kathleen respondeu-me que não a gravou no estúdio, porém a performou nos shows, assim como também fez com "Feel The Fire" e "No Way Out". Como mencionado acima, Kathleen não sabe quem foi a cantora (e o blog também não descobriu até o momento).

Ainda neste single foi adicionada uma outra faixa inédita aos fãs: "Sensations".


Kathleen Goossens com Christophe Chantzis (um dos produtores do Astroline, Absolom e Ian Van Dahl). Kathleen foi a cantora verdadeira na maioria dos singles do Astroline, e sempre interpretou todas as músicas do projeto de maneira satisfatória e plausível nos palcos!!

Vale lembrar que o Astroline não lançou nenhum álbum em sua trajetória, nenhum videoclipe, e focou apenas em singles e apresentações ao vivo. Estes singles foram lançados pela gravadora A&S (Antler-Subway), que nos anos seguintes apoiou também outros projetos fervorosos do trance, como Lasgo e Ian Van Dahl.


ASTROLINE NO BRASIL

Aqui no Brasil o Astroline ficou mais conhecido entre 2001 e 2002 através do hit "Close My Eyes", título licenciado pela Building Records e muito tocado em nossas pistas e FM's - embora a canção tenha sido lançada oficialmente no dia 3 de julho de 2000 (na Bélgica). 

A empresa brasileira deu atenção total à "Close My Eyes" a inserindo em várias coletâneas "dance" da época - como "Comando 97 FM" (ano: 2001 - talvez a primeira aparição da música para o público brasileiro colecionador de mídias) e a bem sucedida "As 7 Melhores 2002" (quase dois anos após o seu lançamento oficial!). Fora isso, a Spottlight, em parceria com a Som Livre, também trabalhou com "Close My Eyes" e a distribuiu em suas compilações de música eletrônica, como "dance.com - Jovem Rio 94,9 FM" (2001) e "Trance Party" (2002).

Spottlight e Building competiram-se e lançaram "Close My Eyes" em suas coletâneas, mas inexplicavelmente não investiram em nenhum outro single do Astroline...
Ao centro da imagem, um TOP 10 dos singles mais vendidos em março de 2002 e publicado na revista brasileira DJ Sound #107 (clique na imagem para ver em melhor resolução)

Só foi uma pena nenhuma destas companhias terem aproveitado as outras faixas do Astroline, como as estupendas "Take Good Care", "Feel The Fire" e "Angels", produções que mereciam um reconhecimento muito maior por aqui, inclusive, são canções até mais conhecidas que "Close My Eyes" em muitos países europeus.


OS ASTROS SE COLIDIRAM

Ian Van Dahl e Lasgo

Quanto ao término do Astroline, muito foi se falado em sites da época que os produtores encerraram o projeto para focar fortemente nas produções do Ian Van Dahl e Lasgo. Christophe Chantzis precisava de mais tempo para se dedicar ao Ian Van Dahl e produzir o seu álbum de estreia "Ace", assim como Peter Luts se empenharia em absoluto para o projeto Lasgo -  ambos em bastante ascensão naquele ano de 2001. Sobre Stefan Wuyts, ele também foi trabalhar no Lasgo em 2001 e se tornou um dos produtores executivos do álbum "Some Things", assim como Gert Covers criou e produziu a bela e viajante faixa "Cloud Surfers*" deste álbum. Já Bart Smolders (DJ Bart), deixou de lado as produções e tem em seu currículo apenas os singles do Astroline (embora muita gente confunda-o com o DJ Bart de "Message" de 2001).


Kathleen Goossens foi gravar no projeto trance Orion Too...

Enquanto estava no Astroline, Kathleen Goossens gravou em 1999 a faixa "Harmony" de DJ Philip, e em 2001 realizou mais alguns trabalhos vocais para DJ's e produtores belgas, como a música do Airplay - "The Music Is Moving", assim como gravou de 2001 até 2005 para o ótimo projeto Orion Too. E é interessante observar que Kathleen Goossens assumiu o pseudônimo de "Caitlin" enquanto atuava no Orion Too, muito provavelmente por conta de seu contrato de exclusividade com os produtores do Astroline (talvez o mesmo motivo de não ter sido creditada no Airplay e na música com DJ Philip).


A RESPOSTA DO PÚBLICO JOVEM DOS ANOS 2000

Kathleen Goossens -   A voz do Astroline e Airplay

Tanto “Close My Eyes” do Astroline, quanto "The Music Is Moving" do Airplay são dois exemplos do gênero Vocal Trance que ressoaram positivamente entre os entusiastas brasileiros da música eletrônica naquele início de século XXI. 

Com suas batidas pulsantes, melodias hipnotizantes, vocais quentes e teclados que "soltavam chamas", estas duas faixas tornaram-se verdadeiros hinos noturnos para os baladeiros e principalmente para os fãs de Lasgo, Ian Van Dahl, Fragma, Paul van Dyk, Kriss Grekò, Deal, Dee Dee...

Quem viveu, saboreou tudo isso com muita vontade e proveito!!


KATHLEEN GOOSSENS - APÓS A FASE DE OURO DO TRANCE

Kathleen Goossens atualmente: Ela continua envolvida na música, mas também se concentra em outros empreendimentos...

Com o encerramento do Astroline, a cantora e compositora Kathleen Goossens foi vista também atuando como atriz na TV belga. Sim, além de continuar escrevendo e gravando para outros projetos, Kathleen se tornou uma atriz a partir de 2001 e participou de algumas produções televisivas da Bélgica, além de um longametragem chamado "Meisjes" (2009).

Já em outubro de 2009, Kathleen apareceu em um reality show que buscava por uma cantora para um grupo musical chamado K3, porém, a voz de "Close My Eyes" não conseguiu passar para a sexta fase do reality. Foi também nessa época que Kathleen engravidou e teve um filho.


ASTROLINE - Filmagem de 2022
Kathleen Goossens continua a frente do Astroline e cantando os seus sucessos, como "Smiling Faces", "Close My Eyes" e "Feel The Fire"

Neste momento atual, Kathleen continua se apresentando como uma integrante do Astroline em diversos festivais pela Europa, além de ser a proprietária de uma loja chamada "Barnature" - que vende produtos naturais (suplementos, alimentos orgânicos, sem glúten, sem lactose, e etc). 


Barnature - Loja de produtos naturais de Kathleen Gooseens

A cantora de Trance Music se especializou também em 2022 em Hipnoterapia, e hoje aplica a técnica da hipnose em seus pacientes. 

Com certeza, uma mulher que continua linda, talentosa e acima de tudo muito determinada em seus projetos profissionais, principalmente naqueles que se referem a música, aquela arte encantadora que sabe nos empurrar para a frente!!


Agradecimentos: Eddy Weyns, Kathleen Goossens, Elphy Strackx, Cindy Buckenberghs.


Outra pequena postagem sobre Airplay - "The Music Is Moving" (2001), mais especificamente sobre o CD-single que ganhei de presente:

https://rikardomusic.blogspot.com/2023/10/airplay-music-is-moving-2001-um-vocal.html