quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

DEBRA MICHAELS - "HOW DO I LIVE" (1997)

 DEBRA MICHAELS - "HOW DO I LIVE" (1997) - ENTREVISTA

Debra Michaels: "Sem você, não haveria sol no meu céu"


Tem músicas que ficam eternizadas em nossas vidas e não tem jeito. Por mais que o artista se ausente e não apresente novos materiais, ele ainda continua rendendo boas lembranças através de sua arte e do que nos foi proporcionado em sua época de lançamento.

Assim podemos enquadrar "How Do I Live" de Debra Michaels, uma faixa que causa sensações nostálgicas em quem viveu e curtiu as baladas de 1998, tudo graças ao seu vocal que emociona, sua construção melódica e suas batidas, elementos que te levam direto àquela boa fase da adolescência... 

Cada caractserística sonora e grooves inseridos em "How Do I Live" estão em perfeita sintonia e no seu tempo correto, reativando e brincando com o nosso cérebro instantaneamente. É uma proposta parecida com Kriss Grekò - "Surrender", que também nos apresenta vocais quentes e poderosos, além de uma instrumental envolvente que se conecta de um jeito sensível com o ouvinte:


Debra Michaels - "How Do I Live" (1997) Live In USA.
A música foi lançada em 1997 e se destacou no Brasil em 1998


Assim funciona e acontece a mágica em "How Do I Live", que é, na verdade, um cover "dance" de um sucesso romântico cantado por LeAnn Rimes, lançado também em 1997. A BMG distribuiu no Brasil a versão de Debra Michaels, que foi muito bem nas danceterias e rádios brasileiras, além de entrar para a trilha sonora de uma novela global chamada "Corpo Dourado". 

Houve uma compilação para essa novela com "How Do I Live" no repertório, mas tivemos também outras coletâneas trazendo esta linda track, como "Dancenet Hits", "As 14 + Do Brasil", "H - Love Hits", e etc.

Nessa época, além da versão original e da versão cantada por Debra Michaels, houve ainda uma outra interpretada pelo projeto britânico Rochelle (Almighty Records), quem lembra? Saiu pela Paradoxx Music em vários CDs... mas aqui no Brasil - merecidamente - a versão da Debra foi a mais popular de todas, até mais mesmo que a original!!!

Muitas vezes o DJ estava tocando uma certa música que nem sequer estava agradando o público, mas quando ele colocava "How Do I Live" de Debra Michaels, você avistava o grande diferencial e sentia toda a empolgação na pista. 

Literalmente você assistia muitos braços sendo levantados, olhos brilhando ao reconhecer aquela harmonia sendo construída, e sorrisos eram lançados quando o DJ abaixava o volume, para que todos pudessem cantar juntos o vibrante refrão. Isso que era curtir uma noite nos anos 90! Isso que era se sentir dentro da música e fazer parte de uma festa!!!

Mas, e Debra Michaels? Quem é ela? 

Ela fez um grande sucesso em 1998, porém não tínhamos nenhum conhecimento sobre a imagem da artista, e também não sabíamos se ela tinha outras músicas, e tal... 

Quem era essa cantora, afinal?

Debra Michaels foi uma cantora de Dance Music dos anos 90, mais centrada na vertente Freestyle, um estilo que foi muito ouvido nos EUA (podemos citar outras estrelas do gênero que agradaram bastante os americanos, como Angelina, Laura Martinez, Lina Santiago, Katalina...). 

Não há muitas informações disponíveis sobre Debra, mas hoje finalmente vamos resolver essa questão e trazer aos leitores informações realmente relevantes sobre a trajetória desta talentosa artista. Sabía-se apenas que ela assinou um contrato com a gravadora americana Robbins Entertainment e lançou dois singles, um em 1997 e outro em 1998.

Bom, vamos lá. Em 1997, Debra lançou o seu primeiro single, "How Do I Live", que fez algum sucesso nos EUA, sendo que aqui no Brasil essa faixa alcançou uma popularidade ainda maior. Aqui no Brasil, como citado acima, foi a BMG que distribuiu "How Do I Live" aos DJs, programadores de rádios e diversas coletâneas, garantindo o seu auge perante ao público brasileiro.

No mesmo ano, Debra Michaels também gravou a música "Foolish Games" do projeto Jem. Essa segunda música foi lançada no Brasil pela Paradoxx Music, mas, apesar de entrar em algumas coletâneas (como Special Reserve Vol.2), não foi muito conhecida e até hoje segue sendo uma faixa bem obscura. 

"Foolish Games" foi produzida pelos mesmos produtores da bem sucedida "How Do I Live", embora não repetindo nem de longe o mesmo sucesso.


A partir do 2º single de Debra Michaels, descobrimos finalmente a sua imagem...


E 1998 uma luz no fim do túnel foi lançada quando saiu um novo trabalho da cantora  -  "Don't You Wanna Fly?", um freestyle-eletro que trazia em sua capa o rosto de uma moça loira. Seria ela, a vocalista? 

A música tocou muito pouco nas noites e apenas em alguns programas de mixagens (lembro até hoje, quando estreou no "Super Pista" da Radio Educadora FM - Campinas SP-  sendo uma indicação do DJ Carlinhos), mas, depois do fraco desempenho de "Don't You Wanna Fly?" constatamos que a cantora desapareceu e não nos trouxe mais novidades...


 O QUE ACONTECEU COM DEBRA MICHAELS?

Bom, nada melhor que a própria cantora para nos responder algumas dúvidas e dizer mais sobre a sua enigmática trajetória, certo? Então, fiquem com ela, a vocalista que causou fascínio e levou magia aos clubs naquele ano de 1998:


ENTREVISTA COM DEBRA MICHAELS 

"Como eu irei viver sem você?"


Debra, muito obrigado por aceitar essa entrevista. A versão de “How Do I Live” tocou muito no Brasil e foi ótimo dançar com a sua espetacular voz.

1) Rikardo: Em que cidade e país você nasceu?

Debra Michaels: Eu nasci na Filadélfia, PA, nos EUA.

2) Rikardo: Sua voz é muito contagiante e linda. Como você começou a cantar?

Debra Michaels: Tudo começou aos 4 anos de idade, eu sempre cantei com meus avós, tínhamos um grupo musical e viajávamos pela comunidade se apresentando em reuniões de idosos e asilos. Isso me ajudou muito a cantar como uma adulta, ao invés de soar como uma garotinha, e colaborou com que eu colocasse mais alma e emoção em meus vocais. 

3) Rikardo: Seus pais a incentivaram a seguir a carreira artística?

Debra Michaels: Sim, eles me ajudaram desde cedo e estive até na Broadway, no Alvin Theatre, no musical “Annie”. Eu era um talento-mirim, desempenhei alguns papéis, especialmente no National Tour. Também fiz alguns programas de TV e filmes na minha juventude para obter experiência, assim como estive num programa chamado "The Al Albert's Show" (um programa divertido de variedades para a família). Foi onde passei grande parte da minha juventude atuando na TV. Todas as quartas-feiras à noite, filmávamos para as exibições na manhã de domingo. Foi uma ótima experiência. Também me apresentei no cruzeiro "Walt Disney Cruise Line - Premier Cruises", no navio Majestic, por 7 dias por semana durante meses. Eu também estive em “Star Search” e “Big Break” de Natalie Cole, e foi aí que então comecei a gravar demos para artistas novos e conhecidos. Eu realmente ganhei muita experiência até gravar “How Do I Live”, e estava preparada! 


Créditos da imagem: Facebook de Debra Michaels


4) Rikardo: Você cantou a regravação de “How Do I Live”, que foi muito bem nas FMs e Club's. Como você teve a ideia de regravar essa balada romântica de LeAnn Rimes?

Debra Michaels: Na verdade, eu fui escolhida para cantá-la como uma demo para a cantora de freestyle Rockell, mas acho que fiz um ótimo trabalho com essa demo, e Cory Robbins me contratou para a Robbins Entertainment, num contrato que dizia ter um possível segundo single. Não tive tempo nem para revisar meu contrato. Foi enviado por fax no mesmo dia em que gravei “How Do I Live” e tive que assiná-lo. Meu empresário, na época, estava na costa oeste, era uma bagunça! Tudo aconteceu tão rápido que não tive tempo nem de tirar uma foto para a capa do single, então alguns blocos coloridos e um ponto de interrogação (?) se tornaram a capa de "How Do I Live". A música foi lançada dois dias depois, e nas rádios após mais dois dias. 

5) Rikardo: No Brasil, “How Do I Live” também foi trilha sonora de uma famosa novela (“Corpo Dourado”). Você sabia desse sucesso aqui no Brasil?

Debra Michaels: Eu não estava nem um pouco ciente disso. Estou muito feliz em saber disso agora! 


Adam Marano foi um excelente produtor de Freestyle e produziu muitos singles do gênero... Ele está por trás dos singles de Debra Michaels, além do projeto Clueless, que foi conhecido aqui no Brasil com a regravação de "Don't Speak" (1996)... Lembra dessa?? 
Adam Marano produziu ainda em 2005 três faixas para o disco Crazy Frog – "Crazy Hits", além de uma enxurrada de lançamentos de Dance Music, Freestyles e etc...


6) Rikardo: Quais artistas você gosta de ouvir? E quais artistas te influenciaram a cantar?

Debra Michaels: Naquela época eu diria Donna Summer, Whitney Houston, Mariah Carey, Barbra Streisand, Cher, Judy Garland, Patti Labelle, Toni Braxton, Regina Belle, Teena Marie, Sheena Easton, Taylor Dayne e muito mais.

7) Rikardo: Na Dance Music, muitos vocalistas gravavam nos estúdios mas não mostravam seus rostos nas performances e nas capas dos discos ... Os produtores colocavam modelos para fazer sincronismo labial ... o que você acha dessa prática?

Debra Michaels: É horrível isso, mas infelizmente ainda continua...e é muito triste, sabe? O público é enganado por falsos cantores há muito tempo...

8) Rikardo: Qual é a sua maior lembrança de “How Do I Live”?

Debra Michaels: Foi quando eu abri o show para o *NSYNC para a estação de rádio de minha cidade natal (Q102), foi o grande show "Monster" de primavera, na frente de 25.000 pessoas!


Debra Michaels com o pessoal do *NSYNC, em 1998.
Nessa época, eles estavam no topo das paradas.
Crédito da imagem: Facebook de Debra Michaels


9) Rikardo: Nessa época, eu lembro que eles estavam super estourados com "I Want You Back", que tocava muito nos club's e rádios, e era o primeiro dos muitos sucessos do *NSYNC que vieram depois...retrata muito bem o ano de 1998. Mas você, depois de “How Do I Live” lançou um freestyle chamado “Don't You Wanna Fly?” ... Como foi o processo de produção desse single ??

Debra Michaels: Foi incrível! Os produtores eram mundialmente conhecidos e residiam na Inglaterra, eram chamados de Cosgrove/Clark Productions. Eles apoiaram muito a minha voz de 5 oitavas e também produziram para mim algumas dance musics que ficaram excelentes, mas que nunca foram lançadas porque a minha gravadora estava pagando para um outro produtor produzir minhas faixas, e essas depois também nunca viram a luz do dia. 

10) Rikardo: Você trabalhou com o produtor Adam Marano, como foi trabalhar com ele?

Debra Michaels: Ele era um compositor e produtor muito profissional de dance music naquela época. Honestamente, eu aprendi alguma coisa? Não, mas ele teve muitos sucessos, principalmente no gênero Freestyle. 


Debra Michaels com Rita Ora
Crédito da imagem: Facebook de Debra Michaels


11) Rikardo: Como foi trabalhar com o selo Robbins Entertainment? Eles sempre a apoiavam quando você precisava? Ou houve alguma música que eles não queriam lançar?

Debra Michaels: Hmm ... agora estamos chegando na parte mais particular da questão lol. A Robbins deu muito apoio para “How Do I Live” como para qualquer outra faixa... nessa época, quando “How Do I Live” de LeAnn Rimes foi um hit nacional, eu já tinha uma versão dance muito poderosa e muito amada que estava subindo rapidamente nas paradas, então a gravadora viu que eu ia fazer um verdadeiro hit e eles contrataram um remixer bem conhecido no mercado de dance. Eles conseguiram também um grande anúncio na rádio quando eu estava impactando. Essa foi a nossa corrida com "How Do I Live". Se a Robbins não tivesse lançado a sua versão dance, poderíamos estar tendo uma conversa muito diferente agora. Ainda sou muito orgulhosa da versão que gravei e ainda sou muito questionada sobre.

12) Rikardo: Debra, que música você lançou depois de “Don't You Wanna Fly?” ? Por que demorou tanto para acontecer?

Debra Michaels: Hmm ... Chama-se “Voices” e é sobre a conscientização da nossa saúde mental e prevenção do suicídio. Eu tinha acabado de perder meu noivo naquela época para o suicídio. Ele não foi diagnosticado por 17 anos e, aos 44, foi diagnosticado com transtorno bipolar e transtorno depressivo. Ele literalmente ouviu vozes dizendo para se matar, e assim, infelizmente o fez depois de 30 tentativas anteriores. A música e o vídeo foram feitos para ajudar, a defender e a educar, mas também para PARAR o estigma referente à saúde mental. 


Debra Michaels em radio norte-americana
Crédio da imagem: Facebook de Debra Michaels


13) Rikardo: No Brasil sempre ouvíamos a sua voz em rádios e club’s em 1998, mas era difícil conseguir qualquer informação sobre você. O que aconteceu com a cantora Debra Michaels nos últimos anos?

Debra Michaels: Por onde começo??? Já que minha gravadora não apoiou totalmente o segundo single “Don't You Wanna Fly?”, minha gravação naquela época foi completamente interrompida. Minha mãe morreu de câncer no cérebro depois de uma batalha de quase 8 anos e meu pai morreu de um forte derrame. A vida real me atingiu com força, então tive que me virar e cuidar do meu irmão e da minha família. Eu peguei um emprego na área de hospedagem e no ramo de restaurantes, mas continuei cantando e me apresentando por todo o país em eventos corporativos e cassinos com minha banda chamada “The Debra Michaels Project”. Praticamente fiz isso até que gravei "Voices". Depois disso, continuei me apresentando e comecei a trabalhar como treinadora de desempenho vocal em tempo integral. 

Em 2017, eu fui diagnosticada com câncer de ovário em estágio inicial e os últimos 3 anos tratei com cirurgias, quimio, medicamentos e fisioterapia. Eu passei também a administrar meu estúdio e minha fundação para saúde mental chamada “Yo Cuz kidz4Cuz Foundation”. Nossa missão é conscientizar sobre a saúde mental, e também enviar sempre uma mensagem positiva através da plataforma de vozes infantis, Kidz4Cuz! É uma vitrine onde dou aos meus alunos a oportunidade de mostrar os seus vocais em diferentes temas e é sempre por uma grande causa. 


Debra Michaels com Backstreet Boys
Crédito da imagem: Facebook pessoal de Debra Michaels


14) Rikardo: Você tem algum sonho que ainda não se tornou realidade?

Debra Michaels: Sim! Eu adoraria voltar a fazer TV e cinema algum dia, e cantar no Apollo Theatre no Harlem, NY. Também quero fazer minha agência de talentos crescer mais ainda, na qual estou trabalhando agora. 

15) Rikardo: Quais são seus planos para o futuro?

Debra Michaels: Quero continuar cantando, atuando nos palcos, treinando jovens talentos e representar o talento fenomenal, quando eu o encontrar. Eu ainda fico animada e sei o quanto EU AMO ser mentora de nossas futuras estrelinhas! Eu também ADORARIA fazer uma turnê no Brasil e agradecer à todos vocês por todo o amor e apoio! 


Crédito da imagem: Facebook pessoal de Debra Michaels


16) Rikardo: Muitos DJs brasileiros tocaram “How Do I Live” e “Don't You Wanna Fly?” em Clubs e FMs ... Você poderia deixar um recado para esses profissionais, que acreditaram na força da sua voz?

Debra Michaels: Eu quero enviar um MUITO OBRIGADO de coração!! Sem TODOS VOCÊS, eu não estaria fazendo o que estou fazendo hoje. Eu realmente aprecio todo o amor e apoio de vocês em “How Do I Live”. Tenho muito orgulho da minha voz e dessa oportunidade que me foi dada. Desejo tudo de melhor em saúde, sucesso e prosperidade à vocês! Fiquem protegidos, saudáveis e que Deus os abençoe sempre.


AGRADECIMENTOS:

Espero que vocês tenham gostado de mais um conteúdo exclusivo, com outro artista da cena dance dos anos 90. Debra Michaels foi uma artista representada aqui no Brasil pela gravadora BMG, e seu estilo estava mais próximo do freestyle, um estilo de Dance Music que se destacava bastante nos EUA, até mais que o Eurodance.

Debra Michaels trabalhou com o produtor Adam Marano em outros projetos também, como Jem  "Foolish Games" (faixa com a mesma base de "How Do I Live", porém, licenciada desta vez pela Paradoxx Music).

O meu Muito Obrigado à Debra Michaels, por seu tempo cedido, à sua atenção e toda a sua imensa gentileza!! Foi emocionante conhecer a sua história de superação e toda a sua trajetória dentro da música. Obrigado, Debra!


Abraços à todos!



Para ler matéria sobre JACKIE RAWE, clique no link abaixo:

https://rikardomusic.blogspot.com/2025/12/jackie-rawe-i-believe-in-dreams-historia.html


quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

LINA SANTIAGO - "FEELS SO GOOD" (1995) - A UNÂNIMIDADE DAS PISTAS

 LINA SANTIAGO - "FEELS SO GOOD" (1995): POR ONDE ANDA?


Lina Santiago - "Feels So Good" (Album/Universal Music)

E aqui temos uma outra estrela "perdida" da Dance Music, a adorável Lina Santiago. Procurei informações sobre ela há alguns anos, mas sem sucesso... Em um novo rastreamento, em 2023, alguns vestígios sobre o seu atual paradeiro começaram a surgir, e por fim, em 2024 localizei-a, tentei um contato, e adivinhem??... 

Ela me respondeu!!

Lina Santiago lançou o seu primeiro e único álbum "Feels So Good" em 1996, pela Universal Music, que apostou as suas fichas na garota. Foi durante o ressurgimento da música freestyle em meados dos anos 90 que Lina, com até então 17 anos de idade, viu tudo reluzir!!!

Seu disco fez muito sucesso com seu primeiro single, "Feels So Good", produzido pelo DJ Juanito. A música entrou no Top 40 da Billboard e foi um sucesso estrondoso nas paradas de música dance em todo o mundo. 


Lina Santiago - "Feels So Good" (1995): Ela comandou o reinado do "Freestyle-Eletro" dos anos 90

O single de "Feels So Good" reinou junto com "Set U Free" do Planet Soul e "Release Me" da Angelina, três poderosos hits que trouxeram o gênero freestyle de volta às paradas, embora, na verdade, fossem algo mais para o electro-house do que para um freestyle clássico. Seja como for, Lina Santiago fez muito sucesso – por um breve momento; mas fez!

Segundo DJ Juanito, a gravadora Universal tinha uma visão musical diferente e o obrigou a gravar um álbum composto principalmente por baladas românticas e músicas com influência hip-hop (incluindo um ótimo remake do clássico funk "Cutie Pie", do One Way). 

Seu segundo single, a balada "Just Because I Love You", chegou ao Top 100 da Billboard, mas não alcançou o Top 40. Depois disso, Lina Santiago desapareceu, apesar de sua música "Dale Que Dale" fazer um relativo sucesso em alguns países, como o Brasil. Provavelmente, músicas dançantes mais animadas a teriam mantido em evidência (embora o movimento freestyle também tenha passado rápido como um foguete). 

Logo após ao boom de sua carreira, Lina Santiago entrou para a lista das Dance Stars desaparecidas dos anos 90, se juntando com seus contemporâneos Angelina, Planet Soul Laura Martinez. Aliás, que belo time!


Para ler a entrevista que realizei com DJ Juanito, clique no link abaixo:

https://rikardomusic.blogspot.com/2024/02/entrevista-exclusiva-dj-juanito-singles.html


PANDERA - I LOVE YOU BABY (PAPA DON) 1996

 PANDERA - "I LOVE YOU BABY (PAPA DON)" 1996 - A HISTÓRIA

Pandera de "I Love You Baby" (1996)

Pandera era um projeto musical "enigmático" que produziu muitos singles para serem tocados nos verões dos anos 90, mas o projeto não tinha um rosto, um personagem, uma imagem... O projeto realmente só destacava as vozes de seus cantores, que permaneciam ocultos do público. Essa foi uma prática idealizada pelo produtor Franz Merwald como um projeto de estúdio, sem brigas, sem egos entre os membros, apenas diversão e música de verão...

Mas todo mundo ficou perguntando quem estava por trás do Pandera...Quem eles eram realmente!? Então, em 2012, o segredo foi revelado: Os principais membros são o rapper Markus Schuster e a vocalista Christina Bianco.

Finalmente, o projeto Pandera tem um rosto, não apenas a música que o promoveu.

Após o projeto, Christina Bianco se concentrou em participações em programas de rádio e televisão, mas também possui um projeto musical chamado Mo'Acid, que toca diversos sucessos.


BIOGRAFIA

Integrantes: o rapper Markus Schuster, a vocalista Christina Bianco e o produtor Franz Merwald. Pandera é um projeto de euroreggae da Alemanha, uma banda de estúdio.

O primeiro single chama-se "I Love You Baby", um sucesso de verão na Europa. Em seguida, lançaram "In My Dreams", outro sucesso, mas veio num estilo diferente: Freestyle. 

No verão seguinte, em 1997, lançaram "Joy and Fun", seguido por "We've Got the Power", que alcançou o topo das paradas de música dance europeias.

Em 1998 foi lançado o primeiro álbum, "Piece of Paradise", que inclui todos os sucessos do verão, além de "Summer Feeling".

Em 1999, foi lançado um cover do sucesso dos anos 60 de Simon & Garfunkel"Cecilia", seguido por um novo álbum, "Sun Splash", lançado em 2000. Deste álbum saíram "Celebrate da Summertime""Night & Day""Join The Summertime" e "Lunica Donna Per Me".

Em 2001, foi lançado um novo material de freestyle chamado "From Old 2 New School", que inclui faixas de freestyle.

Em 2012, Christina Bianco surgiu na cena musical com um novo projeto chamado Mo'Acid, gênero musical explorado por esse projeto e seus diversos sucessos.


DISCOGRAFIA

Albums:

Joy And Fun Mar 1997

Piece of Paradise May 1998

From Sunrise 2 Sunset (studio album) Mar 2000

Sun Splash Apr 2000


Singles:

I Love You Baby (Papa Don) May 1996

Come To Me Mar 1997

Joy And Fun May 1997

We ve Got The Power May 1997

In my dreams 28th Sep 1997

Lunica Donna Per Me 28th Apr 1998

Cecilia May 1998

Summerfeeling May 1999

Night And Day Apr 2000

Join The Summertime May 2000

Celebrate Da Summertime 14th May 2001


Remixes:

Sunshine Megamix 28th Apr 1998

The Freestyle Megamix 28th Apr 1999

Summer Hit Pack 14th May 2002


Featurings:

Freestyle Project - From Old 2 New School


Para ler sobre o grupo Ace Of Base, um dos maiores expoentes e inspiradores do Euroragga, clique no link abaixo:

https://rikardomusic.blogspot.com/2023/12/vem-ai-o-documentario-do-ace-of-base.html