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domingo, 1 de junho de 2025

TATJANA - SANTA MARIA (1995)

 TATJANA - "SANTA MARIA" (1995) - HINO DA EURODANCE COMPLETA 30 ANOS DE ANIVERSÁRIO!

"Santa Maria" da Tatjana foi uma das músicas mais tocadas em 1995

Sem palavras para descrever essa música da Tatjana - "Santa Maria"... Estes vocais, esta melodia, este pianinho... tudo isso marcou meus anos 90 de uma maneira indescritível!! Sem palavrões, sem exaltação ao crime, sem baixaria... Só diversão para todos e com uma produção de tirar o chapéu!!!

Curiosamente, algumas pessoas ainda questionam se Tatjana Simic é de fato a vocalista do hit, já que era muito comum, na época, rostos bonitos apenas dublarem as canções, enquanto que as cantoras profissionais cantavam às escondidas nos estúdios.

Bem, essa resposta é um pouco complexa, porque, a croata Tatjana é modelo sim, mas ela também sabe cantar muito bem! Ela gravou verdadeiramente em suas músicas, mas aqui em "Santa Maria" o refrão conhecidíssimo não foi gravado por ela!!

Surpresos com este fato?

Simplesmente é a voz da compositora da canção neste trecho!!

Para saber mais sobre esta curiosidade, além de outras, embarque conosco no artigo abaixo e boa leitura!!

Tatjana - "Santa Maria" (1995) Ao vivaço no Japão!!!
A voz é minha e eu provo cantando ao vivo! (exceto em alguns trechos, rs)


A BELEZA E O TALENTO DE TATJANA

Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado neste artigo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA


Infelizmente, aqui no Brasil somente "Santa Maria" fez sucesso  embora "Feel Good", "Calendar Girl" e "Ain't Gonna Cry" tenham figurado em alguns charts brasileiros  mas lá fora, Tatjana Simic é conhecida por muitos outros híts, principalmente no continente europeu.

Na Europa, por exemplo, "Santa Maria", "Chica Cubana", "Feel Good" e "Awaka Boy" são seus maiores sucessos. Por lá, também podem ser encontrados facilmente diversos produtos envolvendo o nome "Tatjana", como CDs, DVDs, Revistas, CD-Rom, Posteres...e etc.


Tatjana Simic
Tatjana: Colírio para os olhos e Eurodance para os ouvidos

Tatjana Simic, ou simplesmente Tatjana, nasceu em 09 de junho de 1963, na Croácia e se tornou rapidamente numa das cantoras de "dance-pop" mais produtivas do continente europeu, tendo uma discografia com vários singles e muitos vídeo-clipes filmados.

Sua escalada rumo ao sucesso começou em 1979, quando ela se mudou para Roterdã, na Holanda, com sua irmã e mãe para começar uma nova vida. Ela trabalhou como guia turístico na cidade holandesa, antes de começar um trabalho com esportes e recreação no departamento da prefeitura local.

Depois de ganhar um concurso organizado por uma revista holandesa, ela começou a sua carreira de modelo em 1985. Tatjana também apareceu em comerciais de TV e foi convidada pelo produtor do filme "Flodder", a participar do longa. Ela fez o papel de Kres Flodder, a filha desobediente da família.

"Flodder" se tornou no filme mais bem sucedido da Holanda, visto por mais de 2,5 milhões de pessoas no país.

A popularidade de Tatjana estava em alta nos anos 80. Seu sucesso e beleza eram tão notáveis que ela posou para a revista Playboy 16 vezes (!), começando em 1986 e terminando em 2012. Dessas edições, 12 foram para a versão holandesa, e 4 para a versão alemã.


DISCOGRAFIA

Tatjana: Das revistas para os estúdios

Tatjana lançou o seu primeiro single, "Baby Love" (1987), com o produtor e empresário holandês Bert Conard. Esse trabalho é um cover das The Supremes, você percebe que é um pop mais maduro e inclui até alguns sons de guitarras.

Depois ela foi trabalhar com os italianos Mauro Farina e Giuliano Crivellente, estes que estavam impressionados com a aparição vulcânica de Sabrina e sua febre dançante "Boys" (1987), então os dois símbolos da Dance Music se inspiraram muito na Sabrina para criar o próximo som da Tatjana. 

Em 1988, foi lançado finalmente o single "Awaka Boy", uma faixa dançante que possui uma voz masculina que lembra muito o rapper de Sabrina "Boys" (1987). Aliás, como já mencionado, a produção de "Awaka Boy" lembra muito este sucesso da Sabrina. A estratégia dada por Mauro Farina e Giuliano Crivellente deu bastante certo, pois "Awaka Boy" se tornou bem popular na Europa e também em alguns países da América do Sul, levando Tatjana ao hall das cantoras mais promissoras do gênero Dance Music naquele final de anos 80.

Mas, foi apenas em 1991 que foi lançado o 1º álbum da loira, intitulado simplesmente de "TATJANA", e contendo essas duas primeiras faixas de trabalho.

Em 1993 ela lançou "Feel Good" (uma de suas melhores músicas), que chegou ao Brasil através da ToCo International e distribuída em coletâneas pela PolyGram (uma delas é a ótima "Dance Total"). Definitivamente, foi a primeira música da Tatjana que o público brasileiro teve contato. 

Devido a este sucesso alcançado, foi distribuído o 2º álbum dela, intitulado de "Feel Good" (1993). Infelizmente não recebemos por cá este, e nenhum outro álbum de Tatjana. 

Obs: Apesar de ser praticamente um relançamento de seu 1º disco (tem as mesmas músicas do disco anterior), "Feel Good" é considerado um álbum novo por sua equipe, pois traz novos sucessos como a faixa título, além das regravações de "Can't Take My Eyes Off You" e "Don't You Want Me".

Vale lembrar também que, de todos os seus álbuns, "Feel Good" foi o seu disco melhor distribuído, sendo lançado em diversos países pelo mundo a fora.


FEEL GOOD: Um de seus maiores sucessos ganha vídeo em Miami

Já em 1995, foi a vez do hit "Santa Maria" fazer sucesso no cenário dance, então Tatjana aproveitou e lançou um novíssimo álbum no ano de 1996, produto que, recebeu obviamente o título da canção. Este álbum, "Santa Maria", também foi lançado na Coréia do Norte, Hong Kong e Taiwan.

Este, na minha humilde opinião, é o seu melhor álbum pois tem várias canções excelentes, todas no mesmo clima de magia e qualidade do single "Santa Maria". Inclusive, a produção impecável ficou a cargo dos mestres Mike Stock e Matt Aitken, então a dispensa de comentários é total.

Recomendo muito as faixas "Your Love is Magic", "The First Time", "Searching For You", "Boy I Know", "Lets Go Round Again", "Show Me", "Ain't Gonna Cry" e "Nothing To Me". Um álbum simplesmente irresistível!

Um fato memorável, é que diante do sucesso da música "Santa Maria", a cantora Samantha Fox resolveu regravar este clássico em 1997. O resultado ficou bom, mas, na minha opinião, bem inferior a versão original da Tatjana. Aliás, duas loiras belíssimas, talentosas e que disputavam o mesmo filão: música e carnalidade.


Quem ganhava essa disputa? Ah, eram os homens, é claro!

Heteros ou gays, eram os homens que se deliciavam com os trabalhos destas maravilhosas artistas. Existia uma primorosa sensualidade nos trabalhos de ambas, longe de denegrir ou vulgarizar a imagem da mulher. 

Eram sensuais em seus vídeos e apresentações, mas também tinham boas vozes, músicas com arranjos bem construídos, coreografias decentes, instrumentais agradáveis, e sem essa apelação gratuita que as péssimas cantoras da atualidade usam nas letras e nas danças, no desespero para "chocar" e "viralizar".

A garota do calendário: Tatjana

Já em 1997, Tatjana lançou seu novo álbum - "New Look", na Finlândia e Holanda, mas... quem for esperto vai perceber que se trata de um relançamento de seu bem sucedido disco "Santa Maria". A diferença desta edição, é que temos aqui também a faixa inédita "Calendar Girl", single lançado em 1996 e que fez um relativo sucesso naquele período.

Infelizmente, "New Look" foi o último álbum da bela croata, além de ter sido lançado em poucos países. Com a queda de interesse do público (e também com o declínio da eurodance), Tatjana não tem lançado mais álbuns, desde então.


CURIOSIDADES ACERCA DE "SANTA MARIA"

"Paradoxx, pede para o pessoal não tocar a primeira faixa"


Foi no início de 1995, que os olhos da famosa dupla Mike Stock e Matt Aitken caíram sobre a loira e linda Tatjana Simic. Eles ficaram interessados em trabalhar com ela, e assim, nasceu "Santa Maria".

"Santa Maria" foi lançada em single pela primeira vez em julho de 1995. Por ter sido produzida por estes dois respeitados profissionais, esperava-se muito mais do desempenho mundial de "Santa Maria", já que em seus outros trabalhos, Mike Stock e Matt Aitken estavam sempre nos topos das paradas. 

No mercado "dance", a música foi muito bem nos charts, mas nas listas mundiais de pop (onde a dupla estava acostumada a figurar-se), não alcançou as posições mais almejadas.

Chegou apenas no #37 do Mega Top 50 (importante chart britânico). Além disso, a música gerou uma certa polêmica na época, pois a sua equipe de produção foi acusada de pagar o famoso "jabá" para se manter nas paradas. Então, este single teve que ser retirado do Reino Unido em 1995, só sendo lançado novamente em 1996. Este ocorrido afetou negativamente (mais ainda) o desempenho da faixa.

Mas, apesar da "tragédia" que se instalou, não conseguiram apagar a chama de "Santa Maria". Além de conquistar vários fãs, "Santa Maria" teve ainda outros cantores que quiseram regravá-la, como é o caso da já citada Samantha Fox e também o latino Carlos Oliva & Los Sobrinos (aqueles do cover de "Macarena").

Samantha Fox fez a sua versão em 1997, e o cubano Carlos Oliva, em 1996:


Ouça o cover de Carlos Oliva & Los Sobrinos para "Santa Maria"
Observe que nos primeiros minutos, parece ser uma música totalmente diferente, mas depois "se transforma" na "Santa Maria" que tanto conhecemos.
Preste atenção a partir de 02'02"

*Curiosidade II: A então inédita "Calendar Girl" está presente no álbum "New Look", em duas versões: "Disco Version" e "Brasil Version" (!). Esta canção marca também o retorno da compositora Kirsti Johansen, que tinha trabalhado com Tatjana em "Santa Maria".

*Curiosidade III: Apesar de não lançar mais álbuns, Tatjana ainda gravava as suas canções no início dos anos 2000. Um destes trabalhos (que não ganhou álbum) e que merece destaque, é "Baila Baila", de 2000. A música tinha tudo para se tornar num hit, mas infelizmente não foi muito bem nos charts, apesar do clipe circular bastante na MTV Latinoamerica em 2000 / 2001.

Vale a pena conferir o vídeo deste seu trabalho:


A promessa de hit não vingou em "BAILA BAILA", infelizmente.

TATJANA VERSÃO 2000: Single "Baila Baila" decepciona. A cantora lançou ainda em 2003 uma nova versão para "Santa Maria" (2003 Almighty 12'' Mix)

A mídia física de "Baila Baila" chegou num single todo convidativo, cheio de atrativos e divulgação, mas infelizmente não conseguiu o sucesso que a gravadora esperava. 

Diante de todo o investimento perdido, a cantora só voltou a ter um relativo sucesso anos depois, com uma releitura de um de seus maiores clássicos, a versão 2003 de "Santa Maria". Nessa época, início de anos 2000, diversas músicas de eurodance estavam recebendo uma nova roupagem, com uma pegada mais "trance", como "Mr. Vain" (Culture Beat), "Saturday Night" (Whigfield) e "Push The Feeling On" (Nightcrawlers), e lógico, não poderia faltar o remake de "Santa Maria".


FILMES OUSADOS?

Como já mencionado,Tatjana também participou de alguns longas, aliás, a artista tem vários fãs que amam este seu lado atriz. Seus filmes tinham algumas cenas picantes, mas definitivamente não eram iguais aqueles "atuados" por Rita Cadillac e Gretchen aqui no Brasil... se é que vocês me entendem...

Os filmes da Tatjana não eram tão explícitos (ou confundíveis com os filmes adultos), digamos que eram produções mais "soft".

A propósito, a sua canção "Santa Maria" tem um 2º vídeo chamado de "Sexy Version", onde Tatjana sensualiza o tempo todo em frente às câmeras e fotógrafos. Esta versão apresenta cenas parecidas com as quais você poderá encontrar num de seus filmes, ou seja, nada de muito impactante ou vulgar.

Tatjana Simic é uma artista super versátil, talentosa, linda e querida pelo público (principalmente o masculino). No geral, ela é mais conhecida na Europa pelo seu papel no filme "Flodder" (1986), que devido ao sucesso na Holanda acabou gerando mais duas sequências e uma série de TV, entretanto, ela também se deu bem na música.

Resumidamente, Tatjana Simic é amada pelos marmanjões heteros, mas com o tempo também foi ganhando o seu público gay, principalmente quando a sua música "Santa Maria" entrou para a trilha sonora do seriado gay mais popular do entretenimento: "Queer as Folk" (2000-2005).


OS PRODUTORES DE "SANTA MARIA": MIKE STOCK E MATT AITKEN

A dupla Mike Stock e Matt Aitken

Na minha opinião, "Santa Maria" possui uma das produções mais belas e envolventes da Dance Music dos anos 90. A faixa em questão, logo em seus primeiros segundos, já apresenta sons vibrantes de ondas se quebrando e nos remetendo à praia, sol e verão. Logo na sequência, a música vai recebendo algumas batidas mais fortes e "secas", que vão se acelerando num ritmo mais contagiante e dançante. Não devemos nos esquecer dos "sussurros" femininos (cantando "Oh, Oh Oh..."), quase que angelicais, que vão de encontro com algumas frases ditas por um rapper, de forma bem rápida e totalmente enérgica.

A música tem vários bons momentos, mas talvez o clímax em "Santa Maria" esteja na inserção do pianinho, num intervalo mais relax, entrando em seguida o célebre refrão "santa mariaaaa", acelerando tudo outra vez.

Não devemos nos esquecer da base de fundo, sendo muito cativante e dando mais frescor e intensidade para "Santa Maria", principalmente quando esta instrumental, em um certo momento, se mistura com alguns dos elementos acima citados (uma junção perfeita das batidas, do pianinho, dos vocais...). Um verdadeiro deleite!!!!

Definitivamente, os ingleses Michael Stock (3 de dezembro de 1951) e Matthew James Aitken (25 de agosto de 1956) capricharam muito nesta linda track...

Obs.: A versão Extended (Wah-Wey Mix) é a que mais valoriza todos estes ótimos momentos citados, como nenhuma outra versão. Vale a pena conferir!

Tatjana - "Santa Maria"
(Wah Wey Mix)

QUEM É A VOCALISTA DO REFRÃO?

Kirsti Johansen e Kjetil Røsnes

Já o trabalho de composição da letra de "Santa Maria" ficou com o casal de noruegueses Kirsti Johansen e Kjetil Røsnes. Eles escreveram grande parte da música, embora esteja também constado nos créditos os nomes dos dois produtores Stock / Aitken (acredito que estes dois nem participaram da escrita da letra).

Inclusive, a participação de Kirsti Johansen foi extremamente importante para o êxito de "Santa Maria", pois além de compor a faixa juntamente de seu marido, ela ainda teve os seus vocais adicionados na canção. Sim, ela foi devidamente creditada como "Vocal Adicional", e conseguimos ouvir a sua voz no refrão da música.

Kirsti Johansen (22 de setembro de 1963) e seu marido Kjetil Røsnes (30 de março de 1960) eram integrantes do duo Avalanche (uma espécie de Roxette da Noruega) e cantavam músicas de europop.

O casal fundou o grupo em 1984, vivendo e trabalhando na Alemanha e na França, foi aí então que a dupla se tornou conhecida para os produtores de Tatjana.

Obs.: São nos sussurros ("Oh, Oh, Oh...") e também no enfático refrão que contem a voz de Kirsti Johansen. A sua voz provavelmente estava na versão "demo", e assim os produtores de Tatjana resolveram manter estes trechos na versão finalizada, justamente porque ficaram melhores e mais harmoniosos na voz da Kirsti.

E quando a loira Tatjana canta esta música ao vivo, percebe-se que, nestes exatos fragmentos ficam faltando os vocais de Kirsti. É muito nítido isso   apesar da croata mandar super bem ao vivo com o microfone ligado.

Kirsti Johansen: A voz no refrão é dela

A voz de Tatjana é mais suave e "aveludada", enquanto que a voz de Kirsti é um pouco mais aguda, embora ambas sejam lindas vozes.

Com a finalidade de evitar eventuais confusões, é bom salientar novamente que Tatjana não é uma modelo dubladora, dessas tão presentes e comuns na Dance Music. Tatjana Simic é a dona de seus vocais em "Santa Maria", e em todas as suas músicas gravadas, no entanto, é evidente que tem muito de Kirsti Johansen neste seu sucesso de 1995.

Há algum tempo atrás eu mandei uma mensagem à Kirsti, perguntando se era a sua voz em "Santa Maria", mas olhem só que interessante, depois de muito tempo, a Kirsti resolveu me responder, dizendo que realmente é a sua voz no refrão da música... Então, fica aqui a resposta da própria cantora para aqueles que ainda tem alguma dúvida em relação à estes vocais:


"Oi Rikardo! É a minha voz nos refrões de "Santa Maria", mas Tatjana cantou nos versos. A outra música 'Ridin' High' não sou eu cantando... Desculpe-me pela resposta tardia! Eu espero que você esteja bem no Brasil" - Kirsti Johansen.


APÓS O ÊXITO DE "SANTA MARIA"

Como citado anteriormente, esta parceria de Tatjana com Kirsti Johansen foi tão bem sucedida que a artista norueguesa foi convidada à trabalhar mais uma vez com a loira croata. Deste sucesso surgiu o novo single "Calendar Girl" (1996), onde Kirsti só escreveu a canção, desta vez não tendo seus vocais adicionados.

Sobre o atual paradeiro do casal Kirsti Johansen e Kjetil Røsnes, eles estão afastados dos estúdios por enquanto, mas ainda realizam apresentações cantando seus antigos hits em shows de Revivals. Atualmente o casal vive com sua família em Aurskog, na Noruega, onde também são avós. Atualmente eles preferem dar mais prioridade à família, dividindo momentos de lazer ao lado de seus filhos e netos.


TATJANA FEAT. REAL MCCOY? 

Sim, quase isso.
O vocal de O-Jay foi sampleado

Apesar do single e do álbum de Tatjana - "Santa Maria" creditarem os vocais de Kirsti Johansen, tem um outro vocal que não foi creditado aqui...

Sim, o trecho "rap" em "Santa Maria":

"Rhyme to the rhythm

Come on feel the rhythm

There's a rhythm that rhymes

That rock the whole time"


Sabe de quem é esta voz???

É do O-Jay, o rapper do grupo REAL MCCOY:

Olaf Jeglitza

Sim, Olaf Jeglitza (O-Jay) é o dono da voz masculina em "Santa Maria" de Tatjana. 

Quando o projeto dele ainda respondia por MC SAR & THE REAL MCCOY, ele lançou uma cover de "Pump Up The Jam" do Technotronic que ficou muito legal. Repare, são os mesmos vocais masculinos, e tem ainda o mesmo trecho que foi sampleado:

Não está convencido ainda? Então avance aos 3:42 e ouça este mesmo trecho original, que foi adicionado na música "Santa Maria" da Tatjana. Isso não é fantástico??

Muitos podem achar estranho, mas é realmente a voz de O-Jay que está em "Santa Maria" e "Pump Up The Jam". Ele apenas mudou o estilo de fazer seus rap’s (a partir de 1993), e passou a seguir um padrão novo após ao sucesso mundial de “Another Night”.

Quando eu perguntei à ele, em 2007, se era a sua voz nessa música da Tatjana, o próprio me confirmou que sim e ao mesmo tempo ficou surpreso, pois ele não conhecia "Santa Maria" da Tatjana, e nem sabia que tinham sampleado o seu trecho de "Pump Up The Jam"

Lembro que O-Jay tinha um blog naquela época, e em seguida fez até uma postagem contando essa história, além de mencionar que foi eu quem lhe mostrou essa música da Tatjana. 

Em 2024, o O-Jay veio ao Brasil, fez um show maravilhoso aqui em São Paulo e também nos encontramos pela primeira vez. Tocamos neste assunto, e ele ainda autografou o meu single da Tatjana: "Para o nosso fã nº 1 Ricardo".

Ah, e não estou contando isso para "me engrandecer", mas apenas para esclarecer que realmente é a voz dele, e que eu sei do que estou falando, só isso.

O-Jay do Real McCoy nem sabia que sua voz havia sido sampleada em "Santa Maria" de Tatjana, tomando conhecimento disso apenas em 2007, quando entrei em contato e perguntei se é a voz dele que ouvimos na música.


As vozes que você ouve no hit "Santa Maria" 
(Vídeo que montei em 2020, quando a música completou 25 anos)


FICHA TÉCNICA
TATJANA - "SANTA MARIA"
Vocalista: TATJANA SIMIC
Gravadora: Love This Records
Engenheiro de som: Dean Murphy, Peter Day
Assistente: Barrie Steele
Produtores: Stock e Aitken
Voz adicional: Kirsti Johansen
Sample Vocal - "Rap" (Não creditado): Olaf Jeglitza (MC Sar & The Real MCCoy)
Compositores: Johansen, Roesnes, Stock / Aitken
Gravado em Londres
Ano de Produção: 1995



TATJANA 2025

Tatjana Simic atualmente. Hoje, ela tem quase 62 anos de idade (completa no dia 9 de junho).

Infelizmente a cantora Tatjana não tem mais gravado músicas com a mesma frequência de antes, o que é uma grande pena. Seus últimos singles são as desconhecidas “Ik Laat Je Gaan” e “Blago Onom Ko Te Ima”, que são canções gravadas em 2008 e lançadas apenas em terras holandesas, e também cantadas no idioma holandês. 

Em 2012 saiu uma coletânea dela no mercado holandês, mas sem novidades, apenas trazendo suas músicas antigas.

Tatjana viveu um relacionamento de 2008 até 2010 com o multimilionário Ronny Rosenbaum, mas hoje está felizmente casada com Lex van Hessen, há mais de dez anos. 

Embora afastada da música, parece que Tatjana ainda continua conectada com seus filmes, podendo retornar num spin-off de seu longa mais famoso — "Flodder" (1986). 

"Fui abordada, estamos trabalhando muito nisso. Ainda não sabemos exatamente como vai ser e o que vai ser", disse a atriz / cantora.

A produtora NewBe já anunciou que está trabalhando nessa nova produção, mas Tatjana disse que tem dificuldades com isso...  Ela hesitou por um longo tempo: "Eu disse três vezes no começo: 'Acho que não devo fazer isso'. Hoje tenho 60 e poucos anos, preciso mesmo?"


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Obrigado, Tatjana!

Apesar de Tatjana ter gravado diversas músicas, a minha canção favorita dela é (e sempre será) "Santa Maria" —  licenciada aqui pela saudosa Paradoxx Music e fazendo um grande sucesso em 1995. 

Essa faixa esteve ainda em diversas coletâneas de Eurodance, mas creio que a mais popular de todas foi a "TV DANCE", que trazia ainda o clipe de "Santa Maria" numa faixa em CD-ROM!!! Quem lembra? A propaganda do CD circulava muito em dezembro de 1995 na TV!

"Santa Maria" ganhou dois vídeo-clipes, ganhou duas regravações feitas por dois artistas (um britânico e outro cubano), entrou para diversas coletâneas, integrou a trilha sonora de um seriado de TV americano, recebeu vários remixes de inúmeros DJs, teve um remake em 2003...

Enfim, "Santa Maria" é mais que um sucesso, é um grande marco dentro do gênero Dance Music dos anos 90! 

E podem vir mais 30 anos, que estaremos sempre com nossos ouvidos dispostos para ouvir "Santa Mariaaaaaaaaaaaaaa"



Leia mais sobre o que já foi publicado de Tatjana:

-DVD TATJANA MY OWN STORY

https://rikardomusic.blogspot.com/2022/04/dvd-tatjana-my-own-story-2002.html

- SUPERTICIOSOS CORRELACIONAM A TRAGÉDIA EM SANTA MARIA - RS COM MÚSICA DE TATJANA - "SANTA MARIA" (1995)

https://rikardomusic.blogspot.com/p/tatjana-incencio-em-santa-maria-rs-2013.html




sábado, 26 de abril de 2025

ANDREW SIXTY - A HISTÓRIA DOS HITS DOS ANOS 60 EM VERSÕES DANCE

ANDREW SIXTY - O PROJETO QUE LEVOU OS ANOS 60 ÀS PISTAS DOS ANOS 90

Esse é o 2º álbum "Let's Make Love" do Andrew Sixty, lançado no Brasil pela Paradoxx Music


Andrew Sixty foi um projeto italiano que era especialista em regravar vários clássicos do rock dos anos 60 em versões Dance, e seu vocalista era o talentoso e sempre simpático Andrea Alberghi  que também era um grande fã de Elvis Presley e das músicas dos anos 60. 
Tudo aconteceu inicialmente com o lançamento da música "Diana" na versão do projeto Perfect Style, que foi produzida em 1994 pela mesma dupla de produtores do Andrew Sixty: Max Moroldo e Gianluca Mensi. Depois deste cover de "Diana", surgiu a inspiração nestes mesmos produtores em atualizar outros demais híts dos anos 60, mas agora já assumindo uma nova identidade: Andrew Sixty.


Atenção: Toda pesquisa, entrevista e texto digitado neste artigo pertencem à Rikardo Rocha. Caso você ver este conteúdo em algum site, fórum, youtube, ou qualquer outra plataforma, saiba que foi copiado daqui. O dono do blog não autoriza o compartilhamento das informações postadas abaixo sem o seu consentimento. Para maiores informações, clique aqui.

-RIKARDO ROCHA


Max Moroldo e Gianluca Mensi eram conhecidos na época como a dupla Tutti & Nessuno, e produziram dezenas de músicas com o vocalista Andrea Alberghi, entretanto, "Oh Carol" foi a que mais chamou a atenção aqui no Brasil, entrando em charts de muitas rádios, sendo executada com força nas discotecas, além de entrar em inúmeras coletâneas da Paradoxx Music, como a famosa e muito consumida "As 7 Melhores Volume 2".

"Oh Carol" nos trouxe uma base sonora produzida num contagiante teclado que lembra muito o estouro "The Rhythm Of The Night" do Corona, mas é certo que todo o conjunto da obra foi responsável pelo seu grande sucesso, incluindo é claro, o imponente e belo vocal de Andrea Alberghi. O single, que foi muito popular no primeiro semestre de 1995, foi gravado na Itália em 1994, assim como vários outros singles que se tornaram populares depois. 

Diante da popularidade de "Oh Carol", vieram na sequência os demais lançamentos do grupo, como "Diana", "Caterina""You Got It" e a original "Let's Make Love" (que linda canção!), que também se tornaram bem conhecidas entre os fãs brasileiros de eurodance, e que também acabaram entrando em vários CD's de compilações famosas da Paradoxx Music


O primeiro álbum do Andrew Sixty (House Records)


O primeiro álbum do Andrew Sixty foi lançado aqui no Brasil pela House Records (um selo sócio da própria Paradoxx) e trazia vários clássicos dos anos 60 na voz de Andrea Alberghi, como "Oh Carol""Tutti Frutti", "Stand By Me", "Hound Dog", "Jailhouse Rock", "Johnny Be Good""Tequila", "Caterina", "Great Balls Of Fire" e "Be Bop A Lula". 

São todas músicas que o vocalista gravou em um único mês, e que entraram no repertório deste álbum intitulado na Itália como "Juke Box Mania" (1994), porém aqui no Brasil saiu com outro título: "Andrew Sixty - Special Dance Remix" (1995). Definitivamente, uma animada fusão entre os anos 60 e a dançante música dos anos 90!


O segundo álbum traz os integrantes na capa... (Paradoxx Music)


Sem dúvidas, este foi um período que a Dance Music estava super em alta aqui no Brasil, então a Paradoxx Music investiu também no segundo álbum dos italianos, que desta vez trazia as inéditas "Let's Make Love", "Pretty Woman", "Fever", "You Got It", "Diana", "The Time Of My Life", "Blue Moon", "Shake It", "Spending All My Life", e claro, novamente os maiores sucessos do disco anterior: "Oh Carol" e "Caterina" (estão em versões diferentes). O nome deste segundo álbum é "Lets Make Love" (1995), mesmo nome da faixa de trabalho da época (e que não era uma regravação como as demais). Detalhe que, quando Andrea Alberghi a cantava nos palcos, ele distribuía rosas para a mulherada na plateia, no melhor estilo romântico. 

Percebe-se também que este disco possui uma capa mais comercial, trazendo todos os integrantes do grupo para dentro de sua arte gráfica (no primeiro lançamento eles não aparecem e tem apenas um carro antigo na capa). 


O Andrew Sixty era Luca, Andrea e Max
Para quem não "sacou", Luca e Max são os conhecidíssimos produtores da Italodance Gianluca Mensi e Max Moroldo, que realmente foram os produtores do Andrew Sixty. E sim, eles vieram ao Brasil em 1995 e estiveram com Andrea Alberghi em várias casas noturnas, inclusive, também estiveram na TV, nos programas 'Sabadão' , 'Xuxa Hits' e 'Tarde Criança'. Resumindo: o Andrew Sixty que a plateia brasileira assistiu era composto por artistas reais, diferentemente dos shows de Whigfield, Randy Bush, Corona, Fourteen 14, e etc, que eram apenas personagens provisórios (modelos que dublavam).


-Uma curiosidade, é que a música "You Got It" foi lançada em algumas coletâneas não com o nome de "Andrew Sixty", mas sim com o nome de projeto Mistic Man. No álbum "Let's Make Love" essa música se encontra na versão "Sing Mix", no entanto, creio que a versão mais conhecida seja a "Saturday Mix", que contem uma base sonora completamente copiada de “Saturday Night” de Whigfield;

- Quanto a “Tutti Frutti”, essa regravação de Elvis Presley possui uma base instrumental muito semelhante a “Everybody Dance Now” do C&C Music Factory, além de “Caterina” e “Hound Dog” nos conceder umas batidas de Euro-ragga bem no famoso estilo Ace Of Base;

- Se lembram do projeto KM -"Needles And Pins"? Então, essa música é muito boa, né??? Foi lançada em 1995 pelo selo espanhol Chin Chin Pum Records (o mesmo de DJ Tururu - “Countdown”), e contém também os vocais de Andrea Alberghi;

- O projeto Chemistry lançou a música “Emotions” (1996) também pelo selo Chin Chim Pum Records, mas apesar de algumas páginas brasileiras associarem os vocais masculinos deste dueto com os vocais de Andrea Alberghi, o próprio vocalista foi irredutível e afirmou que aqui NÃO é ele quem está cantando. “Eu gravei muitas músicas para Max Moroldo, mas essa não é a minha voz, não sou eu com essa mulher” -Andrea Alberghi;

-“Emotions” trata-se de um dueto de um cantor desconhecido com a brasileira Regina; essa sim nos confirmou ter gravado a parte feminina:


Regina Saraiva: antes de "Day By Day" já havia trabalhado com Max Moroldo


- Você sabia que a cantora de estúdio Simona Baraldo, a vocalista real do hít "Countdown" de DJ Tururu, gravou também algumas músicas para o projeto Andrew Sixty? Pois é... Max Moroldo e Gianluca Mensi tinham uma forte conexão com a Chin Chin Pum Records do produtor espanhol Manuel González Almodóvar, então as parcerias entre eles eram fáceis de acontecer... Enquanto Simona Baraldo gravava para a Chin Chin Pum Records, ela fez também os vocais principais para "The Time Of My Life" (1995) do Andrew Sixty, além de ter sido a backing vocal em outros trabalhos conhecidos do projeto, aparecendo creditada em "Fever", "You Got It" e "Let's Make Love";

- A música "Diana" foi regravada em 1995 pelo projeto Andrew Sixty, certo? Mas, você sabia que a mesma música também está presente no single do projeto Perfect Style?? Neste vinil em questão, há uma versão cantada por Andrea Alberghi, mas há também uma versão cantada por um outro vocalista de nome artístico Marcocram DJ (nome real: Marco Faltoni). É o mesmo caso do projeto Nora Simon - "Run Baby Run" (1994), que apresentava no mesmo disco uma versão cantada pela Maria Caprì e outra versão na voz de Patrizia Musolino (a versão que "virou" Randy Bush e acabou tornando-se hit no Brasil em 1996). Aliás, Marcocram DJ demonstrou um certo ressentimento no vídeo do Andrew Sixty - "Oh Carol" (Live Programa Sabadão). Ele escreveu nos comentários: 

"Tudo começou com uma ideia minha, depois a evolução trouxe outras pessoas adiante. Perfect Style "Diana" é uma ideia do DJ Marcocram, então Max Moroldo pegou essa música e fez outras parecidas com Andrew Sixty. Infelizmente não vi os frutos do meu trabalho. Obrigado a quem roubou minhas ideias e projetos. Talvez eu também estivesse ao redor do mundo". - Marcocram. (2015). 

Marcocram DJ: Ele é DJ, produtor e cantor. Em 1994, ele lançou "Diana" pela primeira vez num vinil que trazia duas versões, uma cantada por ele e outra por Andrea Alberghi. Esse projeto teve também a produção de Max Moroldo, então Marcocram alega que a sua ideia foi "roubada" e levada depois ao Andrew Sixty. Em 1995, foi lançada a faixa "Diana" pelo Andrew Sixty e com uma outra base sonora. Ouça a primeira versão de "Diana", produzida em 1994 e também com a grave voz de Andrea Alberghi:

Perfect Style - "Diana" (1994)
Foi a partir deste projeto que começaram a surgir as inspirações para o projeto Andrew Sixty


-Outra curiosidade do Andrew Sixty, é que a faixa "Do You Wanna Dance" não saiu em single e também não consta em nenhum dos álbuns do grupo. Uma pena pois essa faixa fez sucesso, conquistou fãs e se tornou uma das mais queridas do Andrew Sixty!!

-Andrea Alberghi recebeu apenas 100 dólares para gravar “Oh Carol”, em 1994. Todas as músicas que ele gravou também foram a este modo. Ele trabalhava como "freelancer" e recebia por cada obra gravada. Os lucros obtidos com vendagens de discos não eram divididos com ele;

-Em 1995 foi lançado um cover dance de Paul Mauriat And His Orchestra - "Love Is Blue", sob o nome de Mister X e também com os conhecidos vocais de Andrea Alberghi. Conversando com o vocalista via whatsapp, ele confirmou que são realmente os seus vocais nesta produção, mas disse que nem se lembrava mais dessa música: "Gravei essa em cinco minutos, e confesso que nem me lembrava mais"Os produtores são os mesmos do Andrew Sixty, Max Moroldo e Gianluca Mensi, que atendiam na época pelo nome Tutti & Nessuno;

Mister X - "Love Is Blue" (1995)
A mesma equipe do Andrew Sixty com o mesmo vocalista...



-Max Moroldo produziu também anos mais tarde ReginaGala e Soundlovers, assim como Gianluca Mensi produziu mais tarde Erika e Magic Box;


Andrea Alberghi em performance da romântica "Lets Make Love"... Perceba que a moça está segurando um botão de rosa que acabou de ganhar do vocalista... Belos tempos!!


- Em entrevista dada ao Blog Rikardo.Music, o vocalista Andrea Alberghi nos contou que o Andrew Sixty inicialmente era um projeto solo, e que não tinha nenhum outro integrante físico além do próprio vocalista. Tudo mudou quando o sucesso começou a acontecer no Brasil, então entraram os dois produtores para compor a "banda" Andrew Sixty, que no caso foram Gianluca Mensi e Max Moroldo. Isso frustrou o vocalista, além de outras regras impostas que ele não concordava.... Confira mais aqui:


Compilação do Andrew Sixty lançada em 2014 no Brasil


-Mais uma curiosidade? Saiu no Brasil em 2014, pela desconhecida Radar Records Brasil, um CD / compilação do Andrew Sixty: Greatest Hits que trazia várias faixas mescladas dos dois primeiros álbuns. Infelizmente também não nos trouxe a canção "Do You Wanna Dance", ausente nos dois primeiros álbuns como já mencionado. Muito interessante este lançamento em pleno ano de 2014, o ano que a mídia física já não era mais tão valorizada pelo consumidor de música, e a Eurodance também não era prioridade já há muitos anos...



ANDREW 60 ATUALMENTE
Atualmente Andrea Alberghi ainda canta, faz shows, gravou recentemente uma nova música chamada "Oh Mary", contudo, devido aos direitos autorais referente ao nome do projeto, não se apresenta mais como Andrew Sixty. Hoje ele atua como Andrew 60 e reside na paradisíaca ilha Lanzarote no arquipélago das Canárias, na Espanha.

Andrea Alberghi, o vocalista do Andrew Sixty cantando em 2025 no Brasil, na atual turnê que está fazendo por nosso país (em sua reta final). Ele passou de norte a sul do Brasil, visitou pontos turísticos, fez questão de conhecer aldeias indígenas no Amazonas (quando passou pelo estado para se apresentar em Manaus), gravou um videoclipe para a sua nova música “Oh Mary”, comemorou em nossas terras o seu aniversário de 58 anos (ele nasceu em 13 de abril de 1967)... Ou seja, Andrea Alberghi causou e aproveitou, no melhor sentido!!!


Andrew Sixty no Brasil, em 1995

 Andrew Sixty no Brasil, em 1995 (Revista DJ Sound)


Após 30 anos do sucesso de "Oh Carol", Andrea Alberghi continua em forma, cantando muito bem ao vivo (finalmente, porque na turnê de 1995 ele teve que fazer playback!!!) e sendo um artista muito querido, humilde e simpático com todos!!!
Em seu instagram, Andrea Alberghi agradeceu emocionado o povo brasileiro pela hospitalidade e carinho que recebeu:

"Obrigado ao Brasil pela acolhida maravilhosa e pela experiência incrível que vivi: Levarei sempre comigo o calor, a beleza,  e a energia deste país extraordinário" - Andrea Alberghi.

Foram 10 cidades brasileiras que ele visitou, cantou, e entreteu, em mais uma inesquecível turnê realizada pelo nosso amigo paranaense DJ Kica.



OBRIGADO E VOLTE SEMPRE, ANDREA ALBERGHI!!

sábado, 1 de março de 2025

DJ FREDERIK - "LA FOLLIA" (2000) 25 ANOS

  FREDERIK - "LA FOLLIA" EM SEU 25º ANIVERSÁRIO!

O carnaval chegou com o aniversário de 25 anos de Frederik - 'LA FOLLIA" (2000)

Mais um carnaval brasileiro chegando, e aqui estamos nós a todo vapor com mais uma publicação voltada ao... samba? Ao pagode? Ao axé music? Nada disso, meus jovens foliões! Aqui é, e sempre será, 100% Dance Music!

Hoje vamos falar de uma track eletrizante chamada "La Follia" de um tal de Frederik, reconhecem essa pérola? 
Este é um single que fez o maior sucesso nos clubs no ano de 2001, embora seu lançamento original tenha ocorrido pela primeira vez em 2000. 
E aí? Prontos para cair nesta folia?

Particularmente eu odeio o carnaval e toda essa barulheira infernal, e como fã de Dance Music que sou, prefiro ficar longe dos perigos carnavalescos e de toda essa poluição sonora para descansar, relaxar... e claro, também ouvir alguns CDs de música eletrônica, principalmente aqueles produzidos na década de 90 e 2000. Falando nisso, hoje vamos adentrar ao universo das coletâneas da Building Records e resgatar um fonograma que foi distribuído em muitas daquelas compilações saudosas, como "Sucesso das Pistas" (2001) e "Na Balada 4" (2001)... possíveis títulos que você deve ter aí na sua casa, certo?


"La Follia" de Frederik saiu em vinil pela primeira vez há 25 anos!


"La Follia" foi lançada inicialmente em 2000 pelo selo italiano Dance Pollution, no entanto também contou com o apoio da empresa Arsenic Sound Srl, que era nada mais que um subselo da conhecidíssima S.A.I.F.A.M.
Quanto a produção e a composição de "La Follia", tiveram uma ajudinha básica do mago Mauro Farina (o dono da S.A.I.F.A.M.), que trabalhou ao lado de DJ Andrea Boari e Paolino Nobile, outros profissionais que também deram vida à este produto icônico das boates.

O primeiro single saiu no ano 2000, numa edição simples em vinil com apenas 3 versões, e creio que estes produtores nem imaginavam a grande repercussão que "La Follia" receberia meses depois... 

Com o passar das semanas, "La Follia" começou a se destacar em outros países europeus, além da Itália. Já no ano de 2001, o single obteve seu auge absoluto e se espalhou para países de outros continentes, como o Brasil, que recebeu-o de braços abertos e pés fervorosos nas pistas.
Devido a tamanha popularidade atingida, em 2001 saiu novamente na Itália um outro vinil chamado "La Follia Remix", agora lançado pela Houzy Records - um outro subselo da S.A.I.F.A.M., dando mais enfase ainda para esta "febre" entre os clubbers e DJs.


"La Follia" se tornou nº1 nos clubs, incluindo os brasileiros


"La Follia" também chegou a ser lançada na França como "La Folia" (com um L só), pelo selo Omnisounds, mas a grafia correta e oficial deste título é com dois Ls. 

"FOLLIA" NO BRASIL E NO MUNDO

A palavra "follia" é quase que universal, tendo o mesmo significado em muitos países. Significa "festejo", "animação", "farra", "dança", entre outros. 

"Follia" vem diretamente da palavra "follis", que é do Latin e depois acabou derivando “folie” (loucura) no francês. Essa "loucura" tem a ver justamente com o "endoidar de tanto festejar", "curtir ao máximo", "se esbaldar entre a multidão", "dançar como louco", ou seja, o mesmo caráter da folia tão evidente nos carnavais brasileiros (ou em qualquer outro festejo onde há uma entrega alucinante do público). 


Frederik - "La Follia" (2000)
Infelizmente, a gravadora SAIFAM não criou um videoclipe oficial para este clássico...


"La Follia" chegou aos clubs brasileiros em março de 2001 e logo se tornou numa poderosa bomba, sendo um dos híts mais aguardados pelo público que frequentava as noites lideradas pelos DJs de casas noturnas. 

Era só o DJ iniciar a sua introdução que a casa ia abaixo com sua base agressiva, cheia de personalidade e com um sample bem “roubado” de “Folletti” (1996) do projeto Der Hammer:

Der Hammer - “Folletti” (1996)


Lembro quando eu estava no barzinho do Club Grêmio C.P. (Jundiaí/SP) com alguns amigos, e de repente o DJ soltou essa pedrada chamada "La Follia".... Pra que? Imediatamente todo mundo se levantou euforicamente das mesas para ir à pista e dançar a track do momento... 
Jamais irei me esquecer disso! O público simplesmente reconheceu a música nos primeiros segundos de execução, e tal cena presenciada parecia algo combinado, algo ensaiado, mas era apenas a "loucura" que estava contagiando aqueles jovens que respiravam o ar de 2001... Que saudades!!

DESEMPENHO NO BRASIL

Estamos em março de 2025, e foi justamente neste mês que o single "La Follia" de Frederik chegou com tudo nos clubs brasileiros, há exatos 24 anos!! 

Mas, para sermos mais precisos, a música foi concluída e lançada pela primeira vez em 2000, na Itália, portanto, está completando o seu surpreendente 25º aniversário! 

Quem diria, hein? Eu jamais imaginei estar comemorando o aniversário de 25 anos de uma Dance Music que me parece ainda tão atual, tão recente...


TOP 40 CLUB TRACKS SÃO PAULO - MARÇO/ABRIL 2001


"La Follia" foi licenciada aqui no Brasil pela Building Records e, como citado anteriormente, também esteve em muitas coletâneas desta extinta gravadora. 

Nos meses de março e abril de 2001 conquistou o #1 em todos os clubs de São Paulo, segundo o TOP40 Club Tracks presente na revista DJ Sound #102, além de ser uma das músicas mais tocadas nas rádios paulistanas, como a Metropolitana FM e Energia 97
Literalmente, uma loucura!!!

Demorou um pouquinho para estrear na Jovem Pan 2, mas depois quando viram que tudo estava dominado, então não teve jeito e acabou sendo também adicionada na programação desta famosa rede de rádios, mais precisamente em julho de 2001. 
Essa era a época que a música eletrônica raíz era aclamada pelo público jovem e o sucesso foi certeiro!! Não tinha como "La Follia" fugir daquele seu destino, entenderam foliões??!!

Matrix - Março de 2001
Matrix foi uma famosa casa paulistana dos anos 2000, e "La Follia" de Frederik foi muito ecoada por lá..


Com o sucesso inesperado, a turma da S.A.I.F.A.M. teve que correr para aproveitar aquele rico momento, lançando novos singles para o seu projeto Frederik, então vieram outros petardos que mais uma vez balançaram os clubs...

"La Trasgressione" foi o segundo single do Frederik, e foi lançado originalmente na Itália em 2001. Outra produção estrondosa, extremamente dançante, e com aquela mesmíssima voz masculina, autoritária e imponente obrigando você a... Dançar! Uma das minhas favoritas!!!

Lembro quando ouvi "La Trasgressione" pela primeira vez e pensei: "De quem é essa voz, afinal? Quem é esse cara? Ele voltou e ainda não sabemos quem é ele??!"

DJ Frederik - "Las Trasgressione" (2001) sendo indicada na DJ Sound no quadro "Dance Floor"


A Building foi licenciando aqui no Brasil tudo que o Frederik ia lançando lá na Itália, como "Energia" - o terceiro single e bastante parecido com a pancada "La Follia". Tocou muito também!

Em 2003, eu lembro que ouvi pela primeira vez "Musica", terceiro single, no programa de mixagem "Super Pista" da Educadora FM. Foi a indicação da noite, juntamente com uma outra poderosa: Lasgo - "Pray".

Nessa época, Frederik era conhecido também como "DJ Frederik", no entanto, devemos nos lembrar que este era apenas o nome fantasia de um simples projeto, não tinha nada a ver com um DJ em ação, como era o caso de personas reais como Paul van DykTiëstoDavid Guetta.

Lista de todos os singles explosivos do projeto Frederik (2000 - 2003):


"La Follia"
Dance Pollution
2000

"La Trasgressione"
Houzy Records
2001

"Energia"
Houzy Records
2002

"Musica"
Houzy Records
2002

"I Have A Dream"
Vision Soundcarriers
2003

Os quatro primeiros singles foram muito bem executados no Brasil, possuem o mesmo vibrante vocal masculino e saíram pela Building Records. Já "I Have A Dream", o quinto single, não ganhou tanto conhecimento do nosso público, e ainda fugiu um pouco do estilo das faixas anteriores (apesar de possuir as mesmas batidas nervosas). Aquela voz marcante e já conhecida fez muita falta aqui, e agora ouvimos uma voz feminina trabalhada num vocoder. 

ALBUM "FOLLIA TOTALE" (ITALIANO) E "TECHNOFOLLIA" (FRANCÊS)

Muitos não sabem, mas o projeto Frederik lançou até um álbum em 2003, trazendo todas estas faixas acima mencionadas e mais outras inéditas: 

1 - La Follia 6:14
2 - Light In The Dark 7:00
3 - Energia 5:48
4 - Play This Loud 5:33
5 - I Have A Dream 5:38
6 - La Trasgressione 5:42
7 - Musica 5:28
8 - Maybe One Day 6:47
9 - Fuego 4:50
10 - You Will Survive 5:20
11 - Here Comes The Killer 5:54
12 - La Follia (Tuneboy Rmx) 6:14

Na capa do álbum, em sua edição italiana, vemos destacado "DJ Frederik" e não apenas "Frederik". Já o título do disco ficou como "Follia Totale" (The Saifam Group srl). Quem aparece na capa deste referido disco não é o vocalista daquelas faixas que se destacaram nos clubs, mas sim um dos produtores - Paolino Nobile, dando a entender para o fã de Dance Music que ele era o tal do "DJ Frederik". 

Álbum "Follia Totale" de DJ Frederik, lançado na Itália em 2003
Paolino Nobile aparece na capa com um fone de ouvido em torno de seu pescoço...


Em meados dos anos 2000, até imaginei que Paolino Nobile pudesse ser também o dono daqueles vocais masculinos tão entusiasmantes (após ter o conhecimento desta capa), mas, definitivamente o cara apenas participou de outros processos produtivos do Frederik, e não foi o vocalista. A propósito, no site Discogs alguém creditou no "achismo" que Paolino Nobile é o vocalista do Frederik, e essa informação equivocada se encontra registrada por lá até hoje.

Em 2020, pesquisando mais aprofundamente sobre "DJ Frederik", cheguei a conclusão que este personagem nunca existiu de fato. Era só um projeto com bons produtores, DJs, e alguns cantores de estúdio (até a cantora Melody Castellari gravou algumas faixas presentes no álbum "Follia Totale"). Continuando sobre Paolino Nobile, além de produtor executivo, ele foi ainda o dono do projeto, então era ele quem escolhia quem deveria aparecer na capa do álbum, e nesse caso, ele próprio optou em ser a tal imagem do Frederik após ver a repercussão positiva que sua obra recebeu.

Este mesmo álbum foi lançado ainda na França, mas com um outro título diferente -  "Technofollia", e curiosamente não traz Paolino Nobile na capa, apenas vemos um design gráfico simples e com a arte de uma estrela.

FREDERIK CONTINUOU, MAS SEM O MESMO BRILHO

Frederik - "La Follia" 2006


Querendo surfar no sucesso conquistado com o "Frederik", Paolino Nobile voltou a trabalhar com novas músicas para o seu projeto, contudo, não repetiu a fórmula bem sucedida dos primeiros singles. 

Os novos trabalhos vieram a partir de 2004, mas apenas "La Dolce Vita" trouxe aquele vocal já tão característico e que levanta até defunto...  A faixa "Mela Dai" já traz um outro vocalista masculino, perceptivelmente mais "fofo" e nos remetendo aos romenos do O-Zone

Exceto o single "La Dolce Vita" (2004), todos os demais infelizmente não trouxeram de volta o vocalista de "La Follia":

"La Dolce Vita"
Houzy Records
2004

"Mela Dai"
Houzy Records
2004

"House Gym"
Takuma Records
2006

"Bounce"
Takuma Records
2006

"Touchscreen"
Takuma Records
2007

"Heat Me"
Takuma Records
2008

"Fat Loss"
Spectra Records
2009

Vale destacar que em 2006 houve um relançamento: "La Follia 2006". Saiu em vinil no mercado francês pelo selo Multitempo.


QUEM É O CANTOR??

Federico Trebbi (Fede Trebbi)

Pois é, meus foliões da Dance Music, depois de 25 anos, vocês estão vendo finalmente a imagem deste incrível vocalista…  Pela primeira vez e exclusivamente aqui neste Blog!

E caso você ver este conteúdo por aí, sem os devidos créditos ou menções à nossa página, saiba que foi daqui que o "ladrão" capturou esta informação exclusiva.

Bem, o vocalista de "La Follia", "La Trasgressione", "Energia" e "Musica" se chama Federico Trebbi, e não gravou muitas músicas, apesar de sua imperiosa voz. 

Ele usava o nome de "Fede Trebbi" e assim era conhecido nas noites italianas, cantando mais ao vivo nas danceterias do que trabalhando nos estúdios, assim como também fazia a excelente vocalista Cristina Del Greco (do projeto Kriss Grekò e que tinha um ótimo sucesso da mesma época: "Surrender").

Fede Trebbi na infância
Crédito: Instagram Fede Trebbi


Federico Trebbi nasceu no dia 16 de maio de 1977 na cidade de Bolonha, Itália, e deu os primeiros passos a nível artístico como vocalista de uma banda de rock, em sua cidade natal. Ele contou exclusivamente para este Blog que, sua voz surpreendeu o público quando pegou pela primeira vez o microfone, e isso aconteceu em uma festa:

 “Eu estava numa festa com uns amigos, mas eles sumiram, e no final já estava cansado para sair procurando-os, então por acaso peguei o microfone e anunciei ali que estava indo embora, imaginando que, aonde estivessem, iriam escutar a minha mensagem... Então vi que os organizadores fizeram de tudo para que eu continuasse com o microfone. Comecei a fazer noites de finais de semana, e depois, quando percebi também começaram a me oferecer vários compromissos no meio da semana... Foi aí que entendi que ser vocalista poderia virar um trabalho". -Fede Trebbi

A carreira de Federico Trebbi como vocalista de clubs foi longa, cantando ao vivo em alguns dos melhores clubs italianos. Ele começou primeiramente nas noites de sua cidade natal, Bolonha, se apresentando ao vivo nas discotecas Matis, Chalet delle Rose e Ruvido, depois esteve na região de Romagna Riviera - nos mais variados e famosos clubs como Prince, Pasciâ, Villa delle Rose, Paradisio, Byblos e Papeete Beach, assim como esteve em outras cidades e clubs locais.

Suas experiências profissionais também incluem a de locutor de rádio, chegando a atuar em algumas emissoras bolonhesas. 

Em 1993, Fede Trebbi tinha apenas 16 anos de idade e já estava cantando no Ranch Saloon em Kentucky (Itália)... Basicamente, sete anos antes de gravar "La Follia" para o projeto Frederik
Crédito: Instagram Fede Trebbi


Em uma matéria de 2009 que encontrei em 2020 (salvei e não está mais on-line), dizia que a razão do sucesso de Fede Trebbi é bastante simples de entender: o estilo do vocalista ao microfone. Simplesmente ele usa sua voz com muita alegria e faz tudo o que um bom vocalista tem que fazer, ou seja, ele sabe cumprimentar quem está à mesa, incita a pista com slogans que dão energia... mas, acima de tudo, é alguém que se diverte enquanto trabalha.


Fedde Trebbi, 1998
Crédito: Instagram Fede Trebbi


Nesta matéria, o jornalista ainda complementou que rapidamente percebeu a presença de Fede Trebbi num evento que esteve presente, dizendo que ele estava no palco ao lado dos dançarinos e segurava ainda uma taça de champanhe na mão, perfeitamente à vontade. Ainda enfatizou que Fede Trebbi parecia natural, e sem o desejo do protagonismo: "Ele ficava à vontade na discoteca e até pedia algo para beber no bar." 

“Um vocalista sempre tem o limite pela frente, ou seja, quando ele exagera ele começa a irritar ao invés de animar. Sobre cantar em discotecas, acredito que a diferença nesse trabalho é feita pela preparação musical... entender qual é a estrutura das músicas, assim você sabe quando intervir e quando não". - Fede Trebbi

“Existem locais muito diferentes para se cantar, mas gosto de destacar como as escolhas corajosas costumam compensar. Tem clubs onde os sábados é com bastante jovens e na pista são tocados apenas os singles do momento, mas tem outros clubs, como o Coco Beach, que tem um espaço exclusivo dedicado ao público acima dos 30 anos, então a seleção musical vai além dos sucessos habituais e tem aquele momento dos clássicos antigos, e o resultado é um monte de pessoas dançando loucamente do começo ao fim da noite!" - Fede Trebbi

Fede Trebbi, 2009, ao vivo agitando um club italiano com sua potente e animada voz!


Foi em 2000 que Fede Trebbi recebeu um convite do produtor Paolino Nobile para gravar "La Follia", então o vocalista, que tinha 23 anos de idade na época, se dirigiu ao Arsenic Studios - localizado na cidade italiana de Verona -  e colocou os seus vocais neste que é um dos maiores clássicos dos anos 2000. A propósito, vemos muitas páginas da Dance 2000 citar os mesmos nomes de sempre - Lasgo, Ian Van Dahl, DJ Ross, Magic Box e Erika, mas deixam de fora outros artistas e projetos maravilhosos da Dance Music daquela década, como o próprio Frederik. Já perceberam?

No álbum do projeto, “Follia Totale”, Fede Trebbi cantou no total em seis músicas diferentes e um remix de "La Follia" , assim como as cantoras Melody Castellari e Juliet O’Brien cantaram outras faixas:

1- La Follia (Fede Trebbi)
2 - Light In The Dark 
3 - Energia (Fede Trebbi)
4 - Play This Loud (Fede Trebbi)
5 - I Have A Dream 
6 - La Trasgressione (Fede Trebbi)
7 - Musica (Fede Trebbi)
8 - Maybe One Day 
9 - Fuego (Fede Trebbi)
10 - You Will Survive
11 - Here Comes The Killer
12 - La Follia (Tuneboy Rmx) (Fede Trebbi)

Em 2004, Fede Trebbi gravou ainda “La Dolce Vita” para o Frederik“Up & Down” para Gianluca Motta.


DOS CLUBS PARA OS HOSPITAIS ITALIANOS

Fede Trebbi, 2021, pandemia Covid-19
Crédito: Instagram Fede Trebbi

Apesar do sucesso com sua voz, Fede Trebbi tem outras formações em seu currículo. Ele também é um cirurgião médico e atuou bastante nesta área (depois que deixou de cantar nas discotecas).

De fato, ele é uma pessoa muito positiva, e como diz o artigo de 2009, não gosta muito do protagonismo. É um cara muito humilde, ama os animais, tem seu cachorro, tem sua gata, e outro detalhe que "pesquei" sobre ele, é que procura sempre ajudar alguém "fraco" na dificuldade...

Atualmente, Fede Trebbi não está mais atuando como cirurgião nos hospitais, mas ele continua salvando vidas, dando acolhimento às pessoas com deficiência dentro de espaços e serviços prestados em cidades italianas. O homem que deu voz aos hít "La Follia" há 25 anos, hoje trabalha como Diretor Comercial e Gerente de uma instituição chamada World 4 All (Mundo para todos), que visa a inclusão social de pessoas com alguma deficiência.


Fede Trebbi: "Cirurgião. Amo meu trabalho"
Crédito: Instagram Fede Trebbi


Com a facilidade que Fede Trebbi tem em se comunicar com sua voz, ele ainda participa de algumas coletivas com outros profissionais voltados à área da Inclusão Social, e foi com um vídeo onde ele palestrava que encontrei-o e fiz o primeiro contato. É possível encontrá-lo nos sites de busca, mas nada relacionado a gravações em estúdios ou sobre suas performances nos clubs... Na verdade, essa fase musical de Fede Trebbi não aparece catalogada nos sites, justamente porque ele nunca foi uma pessoa que investiu muito nessa área, mas apenas alguém que trabalhou com sua voz em um determinado momento de sua vida.

"Sim, sou eu"
"Foi há muito tempo atrás"


Fede Trebbi aparentemente não gosta de falar sobre estas músicas do projeto Frederik, mas mesmo assim contei que foram grandes híts nas rádios e clubs brasileiros, então ele confirmou que é a sua voz nessas faixas, e disse que gravou para este projeto "há muito tempo".

No show da Taleesa em novembro de 2024, tocou "La Follia" em um determinado momento da festa, então filmei um trecho e enviei para que ele visse a galera brasileira se "acabando" na pista, mesmo depois de mais de duas décadas após seu lançamento.


Fede Trebbi e sua gata Carla Fracci, 2022
Crédito: Instagram Fede Trebbi


Prestes a completar 48 anos em maio deste ano, Fede Trebbi menciona que não liga para a idade, e que não irá se apetecer quando envelhecer.

Apesar de não estar mais trabalhando com sua voz (como antigamente), ele diz que cantar é como respirar, e complementa dizendo que ainda é de graça: "Graças a Deus, porque posso pagar, e assim sinto-me rico, de fato muito rico..."


FEDE TREBBI- JANEIRO DE 2025
Crédito: Instagram Fede Trebbi


Em seu instagram, ele posta suas fotos e vídeos juntamente com algumas legendas engraçadas e outras  motivacionais, como: 

"sorria o máximo que puder, porque os motivos para fazê-lo estão ao seu redor..."
"É difícil tentar ser sério!!"
"Às vezes você pode não saber exatamente o que fazer, em que direção seguir, mas não há nada mais errado do que ficar parado, então..... Vai."
 "Aprenda com o passado, viva o seu presente e estenda a mão para o futuro"
"Nunca se esqueça de sorrir"
"Orgulhoso de ser útil no que posso. Não é tanto, mas vem do coração..."
"Não se esqueça de quem você foi e de quem não quer ser novamente ...."
"Que o silêncio do lugar de onde você estiver ajude a diminuir o volume do barulho dentro de você."


Fede Trebbi - Ouça essa voz, que continua exatamente a mesma!!!!


Nestes 25 anos de Frederik -  "La Follia", só podemos dizer que FEDERICO TREBBI foi uma figura essencial para o projeto, e que muito do sucesso alcançado foi sem dúvidas com o mérito dele. 

Fede Trebbi foi o puro suco do entrenimento noturno do início dos anos 2000, mesmo sem aparecer ou sem ter o seu nome linkado ao Frederik. E nós, fãs da Dance Music, somos muito gratos por isso.

PARABÉNS PELOS 25TH!


Questa è la follia!!!!