DEMANDA POR SHOWS, VENDAS FÍSICAS (CDS E VINIS) E GRAVAÇÕES DE DANCE MUSIC AUMENTARAM NOS ÚLTIMOS 12 MESES
Segundo o site djmag.com, o Relatório de Negócios IMS 2024 - publicado na última quarta-feira, 24 de abril - mostra que a indústria da Dance Music está agora avaliada em US$ 11,8 bilhões e teve um aumento de 17% em relação aos 12 meses anteriores.
A gravação de Dance Music também deu sinais de crescimento, as vendas físicas cresceram (CDs, Discos de Vinil) e o streaming aumentou 10% em 2023. Dentro disso, as gravadoras pequenas e independentes aumentaram a sua participação e agora respondem por 31% do mercado total.
Países como o Brasil, o México, a Índia e a África do Sul foram todos identificados como territórios-chave que impulsionam e expandem o "fandom" da música eletrônica a nível mundial, que está a crescer mais rapidamente do que qualquer outro gênero.
Neste período de um ano, a vertente Tech-House foi a mais popular que saiu no relatório, seguido pela House Music, Techno, "Melodic House and Techno" e Drum & Bass. O Afro-House é hoje o 23º estilo mais pesquisado no mundo, acima do Rock, Reggae, Hip Hop Clássico e do Trance.
A demanda por shows também aumentou bastante. Foram arrecadados 9,2 mil milhões de dólares no último ano, superando em muito 2019 – o último ano “normal” não afetado pela Covid-19, que gerou 5,5 mil milhões de dólares. A música Dance gravada no estúdio é uma coisa, mas assistir uma apresentação Dance ao vivo é uma experiência totalmente diferente e memorável.
Os festivais são os principais geradores de dinheiro para muitos artistas de Dance Music e, ao contrário do hip-hop, seu sucesso transcende a geografia, tornando-se sucessos mundiais. Novos festivais de Dance Music já foram estabelecidos em países tão distantes como Cuba, Panamá, Vietnã e Filipinas. É verdadeiramente um gênero musical global.
Um estudo recente publicado pela Nielsen Music nos Estados Unidos analisou vários eventos de música ao vivo, e mostrou que os eventos de música eletônica foram os únicos geraram crescimentos nos lucros.
As danceterias - ou clubs - estão tendo o maior crescimento de público e de lucros arrecadados em dólares anualmente, enquanto que outras casas voltadas para outros gêneros não tiveram tanto crescimento ou estão, na verdade, observando uma tendência reversa.
A pandemia certamente não ajudou em nada nos shows, mas agora, os shows de Dance Music estão se recuperando melhor do que qualquer outro gênero. No geral, as empresas envolvidas na cena eletrônica tiveram um crescimento mais forte do que qualquer outro tipo de negócio, alcançando ganhos de 35%.
"2022 foi um ano incomum, pois refletiu o efeito de recuperação pós-pandemia para os shows. Havia o risco de que 2023 lutasse para corresponder a essas expectativas, mas em vez disso, a indústria da música eletrônica cresceu fortemente mais uma vez, com resultados impressionantes, tendo um crescimento em praticamente todas as suas partes constituintes", disse Mark Mulligan, Analista da MIDiA Research e autor do IMS Business Report.
"Fora isso, a cultura da Dance Music fez aumentar seus fãs mais rapidamente do que outro gênero, principalmente entre os fãs africanos, ilustrando a crescente pegada cultural da música eletrônica e suas vibrantes cenas globais”, continuou.
O artista mais rico da Dance Music atualmente é Calvin Harris, com um patrimônio estimado em US$ 300 milhões. Os demais são Tiesto com US$ 170 milhões, David Guetta com US$ 150 milhões, Steve Aoki com US$ 120 milhões e Thomas Bangalter com US$ 90 milhões.
Embora esses valores não cheguem nem perto dos principais nomes do hip-hop, rock ou pop, a taxa de crescimento do gênero é maior do que a desses gêneros mencionados de longe.
Mas apesar do ótimo crescimento, o relatório reconhece vários desafios, como o crescimento do streaming - que continua difícil de ser monetizado de forma justa para os artistas. Há também uma certa preocupação com a A.I. (Inteligência Artificial), e alguns artistas estão com dificuldade em agendar seus shows.
Outro detalhe negativo, é que as mulheres que promovem a expansão do gênero ainda são particularmente desfavorecidas. No relatório consta que há uma maior probabilidade de serem injustiçadas, interrompidas, excluídas, questionadas e julgadas, mais que os homens que trabalham no mercado da cena eletrõnica. Temos vários casos recapitulados aqui no Blog de cantoras de estúdio, como Samira Besic, Martha Wash, Annerley Gordon, e tantas outras, que trabalharam arduamente em diversas produções e não tiveram nenhum reconhecimento dado (ou muito pouco). Não podemos nos esquecer também da desarmonia salarial entre homem x mulher que continua muito forte em nossa época atual.
Enfim, no geral, os resultados nestes últimos 12 meses para o mercado da Dance Music foram bem positivos, e a expectativa de todos é que 2024 apresente números mais satisfatórios ainda.
Rikardo Rocha
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-RIKARDO ROCHA
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Olá Rikardo!Parabens mais uma vez por trazer os fatos e as notícias da nossa querida "Dance Misic".Isso reflete justamente o belo trabalho que pessoas como vc faz.São graças à vcs que dão voz a Dance Music que ela contiuará cada vez mais viva!Um grande abraço, sucesso cada vez maior.
ResponderExcluirtutaduda@outlook.com É um filme 📼 que tem uma história muito boa na vida no mundo do cinema e da música 🎶 e da TV 📺
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